sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A MENTIRA NA VERDADE DAS PESQUISAS

O modelo é novo, com a soca, bagaço e carcaça do velho.

Com o intuito de sensibilizar o que a muito não é mais insensível, dizem que os institutos de pesquisas anunciaram, por A + B, que não haveria segundo turno para, com isso, aventarem a ideia de que os institutos erraram e continuam errados e que os números divulgados agora no segundo turno não são reais.

Por A + B, afirmo, reafirmo e repito, isso não é verdade.

houve realmente uma ligeira discrepância entre os números mostrados pelos institutos e os resultantes do primeiro turno das eleições mas, nada que tenha o condão de desqualificar as pesquisas de intenções de voto de modo geral.

Às vésperas da votação de 03 de outubro, os institutos todos, com base em suas amostragens, já não garantiam a vitória de Dilma no primeiro turno e acenavam com a possibilidade de um segundo turno.

Ora, foi exatamente o que ocorreu porém, não pelo crescimento de Serra como os tucanos querem fazer parecer e sim, pelo crescimento da Marina Silva que foi realmente quem surpreendeu no primeiro turno dessas eleições, o que nos permite uma observação curiosa: "a arquitetação e realização de um auxílio  indireto de uma mídia direta e de direita que torta estava pela impossibilidade de fazer Serra decolar e aí colaram na Marina para extrair a migalha que lhes interessava do 50% + 1 da Dilma. E conseguiram.

Portanto, tudo o que estão dizendo e tudo o que estão fazendo é choro de quem está atrás no placar e não se contenta em ser preterido pela vontade soberana do povo.

Os números atuais são reais sim e apontam uma considerável vantagem a favor da candidata do PT, Dilma Roussef, o que lhe garante uma vitória maciça se as eleições fossem hoje.

No entanto, atentem.
Acontece hoje o sempre temeroso debate da intrigante Rede Globo de Televisão.
Não se deixe influenciar. Firme-se no seu propósito e na sua convicção.

A verdade precisa vencer a mentira.
A verdade precisa ser mais forte e a verdade é, incontestavelmente, o governo Lula.
A verdade é Dilma13 para o Brasil seguir mudando.

Roberval Paulo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GLOBO E VEJA - Quanta semelhança?

Qual a semelhança existente entre a Rede Globo – mais precisamente o seu carro chefe, o Jornal Nacional – e a Revista Veja? Alguém saberia responder? Não é resposta fácil, dada às sutilezas e intenções ocultas e ainda, às “coincidências propositadas” em que estas ocorrem. A primeira e, menos importante e também, mais amena, é o fato de serem, os dois, Globo e Veja, veículos de comunicação importantes deste nosso tão mais importante País. Findam-se aí as semelhanças coincidentes e inocentes pois todas as outras são propositadas, premeditadas e, “machiavelmente”, arquitetadas, sem me reportar aqui ao grande Filósofo e político Niccolò Machiavelli, dito Machiavel e sim, à interpretação deturpada que fizeram da sua obra, sem considerar a época e a sociedade em que este viveu.

Entre essas terríveis semelhanças está a de que os dois veículos, Rede Globo e Revista Veja foram credenciados e contratados pelo oligopólio da mídia de comunicação direitista no Brasil como palanque externo do candidato José Serra, do PSDB, trabalhando paralelamente e em consonância com o programa do horário eleitoral do candidato tucano. É tudo muito bem sincronizado.

É impressionante como os assuntos e temas, logo que noticiados por estes veículos de comunicação, são, em seguida, tratados no programa eleitoral do PSDB, inclusive sendo apontadas as soluções.

É vergonhoso como veículos de comunicação de tamanha importância e que gozam de tão expressivo conceito; que deviam operar como o espelho da imparcialidade, se prestam, de forma discarada e sensacionalista, a favorecer abertamente, em seu noticiário diário, a candidatura de José Serra em detrimento da candidatura de Dilma Roussef, do PT, utilizando para esse intento de denúncias e mais denúncias, muitas irresponsáveis e infundadas e de acusações levianas, credenciando todas elas à Ministra Dilma Roussef e ao governo Lula.

Desde que a Globo influenciou no resultado das Eleições de 1989, disputadas entre Lula e Collor, ajudando a sacramentar a vitória de Collor, que nós não víamos uma participação tão efetiva, voraz e ferrenha dos meios de comunicação em prol de um candidato. Não dá mais pra diferenciar o que é noticiário político e o que é programa eleitoral, tal é o grau de favorecimento pregado por estes veículos à candidatura de José Serra.

Esquecem-se eles que não estão falando só em favor da candidatura tucana elitista e sim, contra o povo e contra um governo que se notabilizou por trazer para o cenário das grandes discussões o problema social e as classes menos favorecidas e que, longe de ser o governo ideal, tem apresentado e consolidado conquistas importantes com relação a uma melhor distribuição de renda, à popularização do acesso ao crédito e, consequentemente, um aumento considerável nos índices de inclusão social.

Assisto com olhos negativos e tristes essa tentativa de parte da mídia televisiva e escrita do nosso tão querido País, de favorecer a interesses implícitos e obscuros aos olhos da maioria, a despeito da preferência e do direito livre de escolha do povo, dentro do seu próprio critério de avaliação.

É razoável dizer que nós, povo, ainda somos massa de manobra, mas que, dada a própria democratização da informação e ao nosso novo e atual entendimento do que é democracia, estamos praticamente prontos para manobrarmos, nós mesmos, a nosso favor.

A favor do povo.
A favor da Nação antes que do País.
É só termos um pouquinho mais de posição firme e decidirmos o nosso caminho pelos nossos próprios critérios, matando em nós aquela máxima de que o povo é maria vai com as outras.
Então, que assim seja. Martelo batido e ponta virada.

Roberval Paulo

DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS NA GLOBO

"Reedito aqui, com suaves alterações, só para adequação ao momento, artigo que escrevi quando do debate dos presidenciáveis na globo, no 1º turno dessas eleições. O texto casa perfeitamente com o debate programado para esta próxima sexta-feira pois continuo temeroso com os intentos ocultos que possam ser revelados e despejados goela abaixo do telespectador."

 Será nesta sexta feira, após a novela Passione, o tão esperado debate entre os presidenciáveis, na Rede Globo de Televisão e, por sua vez, também o debate mais temido. É o mais temido porque já vimos, em um passado bem recente, debate organizado pela emissora Globo alterar a preferência do eleitorado e decidir eleição. Sabemos também que a Rede Globo de Televisão, juntamente com outros fortes e influentes veículos, a despeito da sua importância para o País enquanto veículo de comunicação e ainda, a maior e mais influente, é integrante e defensora da velha direita elitista, conservadora e altamente capitalista. Caçadora algoz e implacável dos capitaneados capitais. Praticante voraz do monopólio e oligopólio, almejando estar sempre na vanguarda das decisões importantes do País, para decidir a seu favor e daqueles que lha auxiliem na consolidação e fortalecimento do seu papel e da sua estrutura frente a sociedade. Fizeram isso nas eleições de 1989 e sacramentaram a vitória de Fernando Collor no 1º turno das eleições daquele ano. O desfecho final todos nós conhecemos.

Nessas eleições, por incontáveis vezes, a Globo se transformou em palanque paralelo da campanha de José Serra, em detrimento das outras candidaturas. Seu intento ficou claro e escancarado, considerando as matérias apresentadas no Jornal Nacional apontando problemas sociais pelos quais passam o Brasil e logo a seguir, via-se as soluções desses problemas apresentadas no programa eleitoral do candidato José Serra.

Tem ainda a exploração, ao extremo, das denúncias de irregularidades na Receita Federal e na Casa Civil, credenciando tudo ao Governo Lula e à Ministra Dilma Roussef, antes mesmo de investigada e comprovada a culpabilidade, imputando as responsabilidades com leviandade, atendendo somente aos seus interesses eleitoreiros. Casos estes que, o primeiro está devidamente comprovado que a motivação para o levantamento das informações e a formatação do tão famigerado dossiê se deu por questões internas do PSDB na disputa por espaço entre o grupo de Aécio e Serra e o segundo caso culminou na demissão sumária da ministra Erenice e a competente investigação para elucidação do fato pela Polícia Federal.

Esse debate que ora se aproxima é realmente necessário mas, chega a dar medo. É o único que tem o poder de promover alterações na preferência de voto do eleitorado, pelos índices de audiência que alcança e pela importância e influência da Rede Globo de Televisão dentro do País e do mundo capitalista. Diante de tudo isso, a pergunta que não quer calar: O que estão preparando e arquitetando para o apagar das luzes? O que vem por aí? O debate acontece hoje, já findado o prazo para a propaganda eleitoral. Então, o candidato que, por ventura, for prejudicado neste debate e cair nas pesquisas, dificilmente terá tempo para se recuperar. Fiquemos, portanto, de olhos bem abertos. Acredito que estão se municiando para a tentativa de um tiro certeiro, que acerte, de preferência, bem no centro do Governo Lula e que seus fragmentos resvalem na imagem e história da candidata Dilma e a jogue por terra, ela e todo o governo do PT.

Porém, penso que a história desta sexta feira será diferente, tendo como base as grandes transformações sociais alcançadas pelo Presidente Lula frente ao governo, o que lhe confere hoje uma aprovação de 83%; a maior até hoje atribuída a um Presidente e que vem numa crescente já por três amostragens seguidas. Leva-se em conta ainda que, apesar de todas as acusações e denuncias apresentadas e demasiadamente exploradas pela mídia conservadora e elitista, a candidata Dilma continua inabalável e à frente nas pesquisas de opinião, o que lhe assegura, hoje, a vitória com uma certa tranquilidade.

O povo acordou de vez porque foram despertados por ações do governo Lula que, de fato, trouxeram mais comida à mesa do pobre e, por uma série de outros fatores como: a facilidade de acesso ao crédito pelas famílias de baixa renda; o aumento no consumo e consumo de qualidade por estas mesmas famílias; a inclusão social de 28 milhões de pessoas à classe baixa mas trabalhadora; a mudança para a classe média de 36 milhões de pessoas; a melhoria sistemática ocorrida na distribuição mais proporcional da renda, sem contar com a dignidade e o conceito de cidadania readquiridos por aqueles que já se sentiam inúteis e alijados do processo e totalmente fora das estatísticas segmentadas do País.

As transformações sociais ocorreram e consolidaram-se, vindo para ficar.
E o povo viu isso e, mais ainda, o povo sentiu.
Então, olhos atentos ao debate desta sexta, todos nós brasileiros, mas, não vamos nos deixar iludir e nem nos influenciar por interesses ocultos e obscuros apresentados de última hora.

Vamos pelo evidente e o evidente é a transformação social e econômica promovida e realizada pelo Governo Lula nos seus oito anos de mandato, plantando neste País algo jamais visto:
a valorização do cidadão pelo cidadão;
a valorização do povo pelo povo;
o reconhecimento de que o povo é a Nação e que a Nação existe para proporcionar e zelar pelo bem estar desse mesmo povo.
Está na Constituição Federal, a nossa carta maior.

Então que o povo seja soberano na hora de votar e de decidir.
Que o povo determine e escolha, manso e serenamente, o caminho a seguir.
Que o número treze, que já foi tido como número do azar, seja, mais uma vez, a nossa feliz e real solução. E, parafraseando o grande Mário Jorge Lobo ZAGALLO, vamos dizer a toda essa direita conservadora e elitista, arcaica e obsoleta, o mais novo hino de um povo altivo e soberano: Vocês vão ter que nos engolir. Até domingo.

Roberval Paulo

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A PRIVATIZAÇÃO DO SOL

Mais uma de Zé das Trevas

Essa do sol para todos é utopia. Utopia não, é mesmo é piada. O sol não nasce para todos. Quer dizer, nasce para todos mas, a sua luz, o seu esplendor e a sua energia cósmica e divinal não chegam a todos pelo fato de ser o mesmo, estatal. Não sabiam? Pois é verdade. O sol é,  por característica, de utilidade pública, então, é bem público. Eu explico. Vejam bem; todos tem direito à sua luz e ao seu brilho mas, nem todos o tem e, uma das razões, penso eu, está no fato do mesmo se caracterizar pela utilização pública pois, sendo o nosso serviço público de tão péssima qualidade, jamais os seus benefícios haverão de chegar a todos e, mesmo quando chegam, é só o serviço, sem qualidade nenhuma.

Bem, preocupado diante deste tão sério problema e buscando uma maneira de levar a luz do sol e seus benefícios a todas as pessoas, resolvi me atirar de cabeça na criação de um programa de "privatização" do sol.

Na elaboração de tal projeto, surge o primeiro problema.
Se o sol for privatizado, com certeza, irá melhorar a qualidade no atendimento e na prestação dos serviços em geral mas, por outro lado, será menor o número de pessoas com acesso a esse serviço que, sendo o mesmo privatizado, é imprescindível maximizar o lucro e para essa maximização tão necessária à manutenção desse capitalismo selvagem, é preciso que as pessoas paguem um preço muito alto.

Aí me pergunto. E quem não puder pagar? Vai ser condenado a viver no escuro?
Não, não pode ser. Assim eu estaria restringindo o uso do sol ao privilégio de uma minoria e não é esse o meu objetivo.

Nesse impasse, resolvi então reformular o projeto.
- Ah! Já sei. Vou instituir uma fundação filantrópica, sem fins lucrativos e aberta a todos, indistintamente e indiscriminadamente. Agora, como bancar e manter esta fundação? Com que recurso? Com que dinheiro?

Pensei, pensei. Eureka! Encontrei a solução. Com o fundo de campanha dos candidatos. Esse dinheiro não serve para outra coisa que não seja escurecer a vida das pessoas, roubando-lhes o sol, despojando-as da sua cidadania e, o cidadão, privado do direito natural líquido e certo de ver e curtir o seu próprio sol, não pode ser nem chamado de cidadão. É um sem sol e sem pátria; sem mundo e sem vida.

Enquanto eu elaborava esse projeto, e falava, e sonhava, Zé das Trevas, candidato da vida e político da conveniência, sentado bem do meu lado, assistia a tudo, intrigado. Por fim, falou.
- É, esse seu projeto, se aprovado, é pro fim da vida é? Pra durar eternamente?
- Sim, respondi.
- É um projeto muito caro, audacioso, de valor quase que incalculável né? Tornou ele.
- Sim, respondi de novo.
- Então só esse dinheirinho do fundo de campanha dos candidatos não vai dá pra bancar esse projeto não. Como é que você vai fazer?
Respondi sem poder conter meu entusiasmo.
- Dá e ainda sobra Zé; e sobra muito. O meu projeto destina apenas 1 %  do fundo de campanha dos candidatos para o programa "Privatização do sol". O restante, ou seja, 99 % do fundo de campanha eu vou acrescentar na lei que sejam destinados à saúde e à educação do povo. Se não der para resolver todo o problema da educação e da saúde, pelo menos dá uma ajudazinha. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Com a aprovação desse projeto, o problema do sol ficará definitivamente resolvido e o mesmo brilhará, intenso e divino, com qualidade total, para todos, indiscriminadamente. Até para você Zé das Trevas.

- Não. Eu já estou acostumado com o escuro. Acho que não vou querer não, falou Zé das Trevas.

- Não tem essa de não querer não "Zezin"? Tem que aceitar e se adequar. É lei, respondi.

Zé das Trevas coçou a cabeça, remexeu-se na cadeira e pigarreou. Olhou para o sol protegendo os olhos com o dorso da mão, fez uma careta e tascou.
- Vai começar a insatisfação e a dor de cabeça toda de novo. Tenho que mexer os pauzinhos pra derrubar esse seu projeto. Ele é bastante revolucionário e, se é revolucionário, é perigoso demais para nós.

O novo me mete medo, principalmente quando tem esse negócio de povo envolvido.

Mas o pior é que pra conseguir derrubá-lo, só aplicando nos fundos de campanha. Esse meu grupo de apoio não dão um voto sequer sem uma pasta de dólares acompanhando.

Roberval Paulo

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O REI DO FUTEBOL E SEUS 70 ANOS

Uma pausa na campanha eleitoral para, fazer parte, com muita honra, do time de homenagens ao Rei Pelé.

Tenho 42 anos de idade e não tive o prazer nem a grata satisfação de ver Pelé jogar. Sou da geração Zico e Maradona e acompanhei de perto a carreira desses dois excelentes, mágicos atletas e maestros do futebol e presenciei mais uma dessas injustiças praticadas com muita frequência no futebol.

Maradona teve o nome mais explorado pela mídia e, consequentemente, mais popularizado mundialmente em razão de ter participado de duas copas do mundo em que a Argentina sagrou-se campeã, com atuações memoráveis, dignas de um craque.

O Zico, por sua vez, com toda a sua excelência, qualidade e classe, disputou três copas do mundo e não conseguiu ser campeão por razões que só os deuses do futebol são capazes de explicar e, por este motivo, foi menos badalado pela mídia e pelo povão que só carimba e atesta verdadeiro o que a mídia ensaia e passa a bola para que o povo diga.

Mesmo assim, analisando friamente a carreira dos dois e vou me ater, para isso, só ao futebol, o Zico foi muito mais jogador que o Maradona; muito mais inteligente e bem mais completo. Cobrador de faltas com excelência e o melhor, mundialmente falando, nesse fundamento; habilidade com as duas pernas; alcançava um raio de ação com a vista que lhe proporcionava uma visão de jogo invejável, sendo preciso nos lançamentos a curta e longa distância e nas jogadas pra frente, em diagonal, as famosas enfiadas.

Sendo os dois, Zico e Maradona, meias, por característica, basta comparar o número de gols marcados por um e pelo outro para se chegar à conclusão de quem foi o melhor. Zico, na sua posição, é o maior artilheiro de todos os tempos do futebol mundial.

Mas, pera aí. Não tô entendendo mais nada. Esse futebol é mesmo mágico.

Eu comecei a escrever sobre o Rei do Futebol e, que eu saiba, o Rei do Futebol é, foi e acredito que será sempre o Pelé, o nosso tão amado e querido e idolatrado Edson Arantes do Nascimento.

Bem, deixando as polêmicas de lado e adotando a máxima de que quem foi rei nunca perde a magestade, esse sim, é Rei de fato e de direito.

É o maior jogador de todos os tempos.
O atleta do século.
O maior artilheiro também de todos os tempos.
O atleta que mobilizou o mundo em torno do futebol e, com isso, possibilitou a abertura de tantas e tantas portas para as discussões de problemas tanto dentro do futebol como para questões sociais e cruciais para os destinos da humanidade.

Quando se fala de Rei do futebol, Pelé é unanimidade nacional e mundial.
É aclamado e reverenciado por onde passa.
Platéias e países inteiros silenciam à tua presença e o aplaudem com fervor e paixão.
E ainda mais, o reconhecem exatamente como o Rei do futebol.

Como disse no início, não o vi jogar mas, não precisava.
A história fala por si e os "tapes" que vemos hoje com as jogadas do Pelé atestam, incontestavelmente, essa realidade.

Ele é o nosso Rei. Nosso Rei e Rei do futebol mundial.
Um mágico da bola. Um artista das quatro linhas.
Suas jogadas são investidas de tanta plástica e perfeição que às vezes parece não ser real.
Encantou torcidas, gerações inteiras, multidões pelo mundo.
É realmente o nosso Rei do futebol e, pela sua excelência e competência e qualidade, virou cidadão do mundo.

Valeu Pelé! É muito bom, deveras, excelente tê-lo como nosso.
Parabéns por estes seus 70 anos e parabéns por tantas alegrias dadas de graça, só pelo seu talento, ao nosso povo e, principalmente, aos amantes do futebol. Do bom futebol e do futebol enquanto arte.

Parabéns Pelé!
Você é nosso e não te deixaremos.
Temos aqui conosco e teremos sempre em nossos corações, um patrimônio da humanidade.
Patrimônio da humanidade e que é nosso. Todinho nosso.
Parabéns Pelé! Valeu!
Parabéns com toda honra e gratidão ao Senhor Edson Arantes do Nascimento, o popular PELÉ.

Roberval Paulo

A GLOBO E ALIADOS - Cap 2 - A Nova Investida

Foram muitas as tentativas e muitos os temas explorados pela Rede Globo de Televisão, juntamente com diversos outros aliados do mesmo propósito, com o intuito claro de desvirtuar, desmerecer e desqualificar a candidata Dilma Roussef e o governo Lula, em prol da direita conservadora representada pelo PSDB e pela campanha do candidato José Serra.

Em muitas ocasiões isso ficou tão evidente que mais parecia o Jornal Nacional um palanque pró-serra, dado o veneno e a destinação das informações e denúncias veiculadas.

E todo este "desserviço" dispensado ao país em serviço prestado pela rede Globo e aliados à campanha tucana é gratuito e voluntário. Tem simplesmente o simples e único objetivo de transformar o Brasil no porto seguro da entrada dos capitais privados, nacional ou internacional, não importa, desde que seja capital e, de preferência, especulativo e lastreado pela selvageria do lucro a qualquer custo, em detrimento do próximo bem próximo fisicamente e tão distante a perder de vista pela exclusão malévola patrocinada pelo capitalismo conservador e tradicional que transforma em ouro tudo o que em ouro é pesado e deita em terra virgem e fria tudo que é sonho e aspiração e povo e gente.

O mantenedor e investidor desse modelo de sociedade planejada e pregada pela campanha "tucana" nada tem de verde nem de ave, muito menos de social e popular. O tucano como símbolo é mais uma artimanha gatuna de dar o tapa e esconder a unha da camaleonada do Serra e companhia.

Esse grupo é cruel e está centrado na garantia dos lucros exorbitantes aos detentores do capital e à massa, a sobra. É, entre outras coisas, um investidor inescrupuloso, a serviço unicamente do mesmo capital, forjado, alimentado e realimentado na escola do tudo por ele nada sem ele. Eis a grande verdade. Porém pregam um governo de união nacional; um pacto nacional pela educação; um governo de igualdade. Atentem pois é tudo isso uma grande mentira e terrível enganação.

A última desses nossos conceituadíssimos veículos da informação é trazer novamente à cena o caso da Receita Federal.

Ora, se a violação dos dados fiscais das lideranças tucanas foram produzidas e levadas a efeito pelo senhor Amaury Ribeiro Jr, funcionário do Jornal o Estado de Minas e, segundo a Polícia Federal, todas as despesas com as viagens de Amaury e com a obtenção dos documentos fiscais foram custeadas pelo mesmo jornal;

Considerando depoimento do próprio Amaury, esse dossiê era para ser utilizado em defesa do governo de Minas, do então Governador Aécio Neves, do PSDB;

Considerando ainda que essa violação ocorreu em setembro e outubro de 2009, bem antes do início da pré-campanha eleitoral;

Evidente está que a arquitetação para montagem deste dossiê foi motivada por uma contenda interna do PSDB, entre o grupo de Aécio e o de Serra, não querendo aqui confirmar o envolvimento destes mas, tudo isso está devidamente elucidado.

Agora, a esta altura da campanha eleitoral, nada conseguindo provar, como diz a própria Polícia Federal que nada foi comprovado da utilização dessas informações na campanha, vem a divulgação de que os dados, é bom que se lembre sempre, coletados pelo senhor Amaury Ribeiro Jr, a serviço do jornal o Estado de Minas e em defesa do Governo de Minas Gerais foram roubados por um integrante da campanha de Dilma Roussef. Pacência. Roubados como? Por quem? Como e quando? E para quê?

Dados levantados dentro do próprio PSDB, com objetivos sabe se lá quais, só eles é que podem dizer e agora em poder do PT e da campanha da Dilma? Como? A que a de servir essas informações senão aos autores da mesma.

Esse é o modelo torto da direita elitista e conservadora agir. Atribuir ao outro o que é característico seu, medindo a todos pela regra da sua própria régua, desregrada e desprovida de medidas justas, só atendendo às necessidades da pequena fração que lhes dizem respeito, em detrimento do todo.

A eles, tudo e, ao povo, a sobra do resto.
É a proposta falso-moralista que tenta incutir na cabeça das pessoas um projeto de governo que nem eles mesmos acreditam, no jogo do vale tudo, pois é preciso  ganhar.

São déspotas e hipócritas e seus discursos carregados de tanto cinismo que, às mentes mais desatentas e desarmadas de maus sentimentos, faz tudo parecer verdadeiro.

Precisamos estar atentos e vigilantes para não permitir que nos roubem no que temos de mais importante: a nossa própria consciência.

Vamos firmar o nosso propósito e o propósito do Brasil, consolidado e tão bem guiado pelo governo Lula, na direção da justiça, da igualdade, da não discriminação e da paz social tão amada, sonhada e perseguida por todos nós brasileiros.

Roberval Paulo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - VERGONHA NACIONAL - Reflita e faça a sua parte

É triste e lamentável. Chegamos ao extremo dos extremos. Ao absurdo dos absurdos. Ao cúmulo de todas as leviandades e irresponsabilidades acumuladas, multiplicadas quarenta e cinco vezes e tantas outras vezes possíveis e impossíveis, desde que no fim do túnel a luz brilhe, mesmo que envolta e embebida da mágoa e dor alheia; da indignidade e da vergonha popular. Mesmo que envolta e embebida da carne e do sangue de uma nação inteira. É vergonhoso. É muito mais do que isso. É caso de polícia.

A sociedade assiste a tudo, estupefata e impassível, sem entender e sem saber o que de fato está a acontecer; sem alcançar a exata noção de realidade; sem precisar o rumo certo a seguir e para quem a banda toca.

Essa é a pior campanha presidencial da nossa "controvertida" história republicana, em todos os aspectos e, diante deste fato, precisamos refletir bastante.
Primeiro, porque temos uma candidata, a Dilma Roussef que, reafirmando a sua história em defesa de um país e reagindo à opressão imposta e sofrida, representa um governo e um projeto que vem dando certo, com conquistas relevantes no campo social, na distribuição de renda, no acesso ao crédito e no emprego, realizações essas que foram capazes de proporcionar uma vida mais digna e trazer de volta às pessoas de vida comum a capacidade de sonhar e de novamente acreditar e ter esperanças em dias melhores para si e para os seus. Enfim, dias melhores para as comunidades até então sempre excluídas das estatísticas sociais, portanto, um governo que, salvo as irregularidades, infelismente, características do sistema; salvo a manutenção da estrutura de poder para a tal e tão necessária governabilidade, tem sido um governo voltado para as aspirações do povo, principalmente para as classes menos favorecida da nossa sociedade e do nosso Brasil.

Segundo porque, realmente, se põe em segundo, temos um candidato, o José Serra que, dado ao seu histórico político, diga-se de passagem, de valor considerável, detentor de diversos mandatos, sempre votado e aceito por uma parte da sociedade, não devia se dar a esse papel cruel de difamar e de agredir, de ferir e de imputar responsabilidades sem provas, sem fundamentação, com total leviandade e irresponsabilidade, criando factóides, agredindo a moral e ética das pessoas, colocando em choque e jogando por terra valores familiares, trazendo para o ápice da discussão a fé e as crenças religiosas, algo inaceitável no seio da verdadeira comunidade cristã, arquitetando e comungando de planos torpes e inescrupulosos em benefício próprio, não se incomodando e não se importando com a destruição irreparável que estes podem causar ou a quantas pessoas podem estes ferir, enfim, reinventando a roda ou a própira comunicação humana, desde que estas garantam-lhe a vitória e, o resto, todo o resto que se exploda.

É vergonhoso e lamentável e triste mas é essa a nossa realidade e da qual não podemos nos desvencilhar e nem nos furtarmos a fazer valer as nossas próprias convicções, o nosso ideal e o ideal que pensamos para todos em comum e para as gerações futuras.

No final de tudo, você eleitor, é a peça chave e fundamental de todo esse processo. Processo esse sujo ou limpo, verdadeiro ou mentiroso, fantasioso ou real, você eleitor, é o alvo principal.

Faça valer a pena. Analise com critério e muito cuidado. Não se acovarde nem se venda. Não se deixe levar por uma mídia sensacionalista, imediatista e interesseira que, com seus olhos de vácuo, cheios de ambição e egoísmo, enxerga a população como simplesmente sua massa de manobra e nos joga goela abaixo sua podridão e enxôfre para a nossa degustação alienada e fragilizada pela nossa própria falta de posição.

Faça valer a pena. Não se curve e não entregue seu destino aos interesses de outros que não sabem e não conhecem as suas dores, muito menos as suas necessidades.

Faça valer a pena meu caro eleitor. Você é soberano da sua vontade e senhor único da sua decisão.
Lembre-se. A sua decisão é capaz de conduzir os destinos de uma nação inteira.

E mesmo com este poder, você é a parte mais fraca e consequentemente, será a mais afetada se a sua escolha e decisão for pelo lado errado.

Decida-se. Levante o peito e diga com altivez.
 - A minha escolha é em defesa do povo.
 - A minha decisão é pela continuidade do projeto que trouxe:
diginidade;
melhor distribuição de renda;
mais comida na mesa dos brasileiros;
mais inclusão social;
mais crédito e crédito fácil à população menos favorecida;
mais emprego;
mais sonhos e esperanças a uma nação que já não mais sabia sonhar.

Uma nação que, pós oito anos de governo LULA, volta a acreditar que...
é possível crer mesmo quando já duvidam todas as crenças;
que é possível acreditar mesmo onde a mentira impera;
que ainda é possível sonhar mesmo quando só de pesadelos temos a vida.
E, ainda mais, que é preciso resistir e persistir, mesmo com a navalha na carne, desde que seja justa e nobre a causa e que você nela acredite.

Acredite então no sonho e o persiga e este se fará em doce realidade.

Pondere e reflita em até 13 vezes e...acerte.
O Brasil lhe agradecerá e a paz e a justiça se aplacarão sobre toda a nação e poderemos enfim, todos nós, brasileiros, caminharmos mais soberanamente rumo ao futuro que nós próprios traçamos para o nosso povo e para a nossa tão querida e idolatrada salve! salve! Nação Brasil.

Roberval Paulo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O SISTEMA POLÍTICO E A EVOLUÇÃO DO TER

Sucesso não é só ter dinheiro. Dinheiro é importante e necessário porque o mundo é capitalista e precisa-se dele para viver. Para saciar vontades, desejos, vaidades; para satisfazer o ego. Dinheiro não é tudo mas, é preciso tê-lo. Porém ter sucesso não é só ter dinheiro.

Ter sucesso é estar em paz consigo mesmo e estar em paz com o mundo. Ter sucesso é não perder a essência do natural. É não perder a autenticidade e não perder os valores familiares, os valores éticos e os valores morais.

Ter sucesso é se harmonizar com o mundo; se harmonizar com as coisas e se harmonizar com as pessoas.Ter sucesso é ter paz de espírito e viver harmonicamente com tudo que o cerca, situando-se passivo e serenamente no universo que o rodeia; no ambiente no qual está inserido.

Ter sucesso é poder levantar-se todo dia com a consciência em paz e, à noite, voltar para o aconchego do seu lar e dos seus aposentos, sem alterações, com essa consciência ainda em paz e poder recostar a sua cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos, sonhando com o outro dia que vai nascer e que você novamente vai acordar brando e sereno, para continuar essa tua nobre missão aqui debaixo do sol, nessa simplória vida; simplória vida de carne e lama.

Ter sucesso é compreender o contexto e a conjuntura da qual participa e ter voz ativa e consciência coletiva para discernir e assimilar que a estrutura é de todos e todos dela dependem e precisam e que esta relação precisa se dar da forma mais harmoniosa possível, sem elevar demais mas também sem excluir, buscando, inteligentemente, o ponto de equilíbrio necessário à sobrevivência de todos.

Precisamos nos mexer. Não sei como mas precisamos lutar contra o poder do ter em detrimento do ser. O dinheiro virou a verdade absoluta das coisas e tudo pode por ele. Tudo é permitido desde que o objetivo seja adquirir, angariar e ganhar mais e mais para acumular bens e riquezas materiais. Tudo é permitido desde que seja pelo dinheiro. Isso é triste e lamentável. Tudo por ele, nada sem ele.

Acostumamos-nos a isso e fermentamos em nós a insensatez, a indiferença e impotência diante da situação.

É impressionante como “cidadãos” que outrora protagonizaram grandes escândalos financeiros em que comprovadamente foram culpados; que se apoderaram do alheio, do bem público; que praticaram o tão falado tráfico de influência; que roubaram, saquearam cofres públicos, desviaram verbas; subtraíram, ludibriaram, enganaram e, hoje, posam de bom moço e são, em muitos casos, pessoas ilustres e notáveis para o país e são admirados por todos. Tiveram problemas com a justiça, se defenderam e saíram impunes e, por terem dinheiro, participam como ilustres da “alta e podre” sociedade.

O dinheiro compra a imagem. O dinheiro compra a índole das pessoas, a integridade moral. O dinheiro trás status, poder e notoriedade e transforma o seu detentor em celebridade, mesmo que sua origem seja duvidosa ou que seja resultado do crime. Não importa de onde venha, desde que se tenha em grande quantidade, em abundância. O sujeito rouba e rouba, vira milionário e todos sabem disso e, depois, ele cria uma fundação, uma ONG, uma associação e vai lavar – dar status de legal ao que é ilegal - todo o dinheiro roubado.

Mas a nossa mídia sensacionalista e interesseira e altamente capitalista e ainda, totalmente imediatista, prega que este é um cidadão de bem e que está preocupado com a situação social do país, transformando-o em exemplo de honradez e solidariedade. Passam todos a admira-lo, mesmo conhecendo o seu passado. É o império da hipocrisia.

Ressalto sempre que o dinheiro é importante e é necessário tê-lo, pois é com ele que compramos a nossa casa, o nosso carro, a faculdade do nosso filho. É ele que nos permite desfrutar de tanta coisa boa que a vida oferece, satisfazendo e massageando o nosso ego e vaidade. Mas, o que refuto é que o TER não pode sobrepor-se ao SER.

Observem quanto caótica é a nossa realidade. Não existe, em nosso país, nenhum outro segmento que, num intervalo de tempo bem pequeno, promova mais o enriquecimento ilícito de pessoas do que o sistema político. O sujeito vira prefeito, deputado estadual e quando chega a deputado federal, já está milionário. Não tem, para isso, uma explicação lógica, pois, somando-se todas as rendas e subsídios recebidos oficialmente, revela-se uma discrepância e incompatibilidade, enormes, em relação ao patrimônio adquirido.

Mas, todos consideram isso normal. Daí, é só chegar as campanhas eleitorais e nós estamos lá “embaixo” do palanque, aplaudindo este mesmo cidadão ladrão. E a sociedade toda o respeita, venera e admira. Ele compra todos. Isso é demais e mostra o quanto somos acomodados e alheios à nossa realidade e o quanto nos corrompemos também.

Mas a realidade é cara e se apresenta aos nossos olhos para ser comprada, todos os dias. E se mostra da sua forma mais dura e cruel.

>Meninos abandonados e unidos, nos sinais de trânsito das grandes cidades ou nos pátios tortos das praças mortas, tão pequenos e maltrapilhos que nem gente parece, tendo sacos de cola como alimento e roubando, roubando o que a sociedade lhe roubou: a dignidade, a inclusão, a família;

>O tráfico aliciando crianças e jovens, homens e mulheres e matando inescrupulosamente e desgovernadamente quem não aderir ou se calar ao seu poderio, tendo o estado como principal financiador.

>As nossas meninas, a cada dia, mais novas, expostas e jogadas nos campos de prostituição, vendendo o corpo e a alma, vendendo os seus sonhos de menina e perdendo a sua aura de anjo.

>As famílias enclausuradas pelas cercas físicas e cercas do medo, assustadas e angustiadas por aqueles que o estado não acolheu e que a evolução lhes negou oportunidades.

>Pais de família começando a roubar, atirados ao submundo pela necessidade. Daí, para o crime pelo crime é só a distância entre a fome e a necessidade de comer; entre a dignidade e o descaso.

>As cidades inchando-se dia após dia de sonhadores em busca de dias melhores e que se transformarão, num futuro bem próximo, em um novo bando de miseráveis que arribaram do campo, tangidos pela miséria e pela fome, e que agora engrossam as estatísticas da miséria e da exclusão nos leitos aflitos e imundos das formidáveis favelas.

Enquanto isso, o outro lado do mundo se movimenta; a outra face da moeda mostra a sua cara sinistra.
Seus jatinhos e carrões, mansões e paraísos fiscais, piscinas e restaurantes, bebidas e mulheres. Éh! Mulheres são mercadorias, adquiridas para a sua satisfação e depois descartadas, valendo menos que casca de banana que, por sua vez, ainda aduba a terra. As mulheres, descartadas, já não mais vivem, vegetam, relegadas à impureza e ao assalto da sua alma e do seu corpo.

É triste, mas é assim. Essa é a nossa realidade. E o pior. Nós entendemos tudo isso como normal. Esses caras, os da política, legislam em causa própria.

Vejam o nosso congresso nacional, que mistura! Lá tem representantes de todos os segmentos que se dizem organizados do nosso país. Só não tem, de verdade, representantes do povo, do povão mesmo, da massa. Defendem somente os seus próprios interesses e não os interesses do povo. E ainda votamos e os elegemos, para nos roubar.

Mas, coitados de nós. Somos pobres e fracos; alienados e subordinados; usados e subornados; interesseiros e imediatistas; sem consciência política e, hipócritas. Só me resta dizer: Que país é este! E deixar que o silêncio, a impotência, a parcimônia, a insensatez, o imediatismo, o comodismo, a omissão e a degradação humana falem por todos nós.

Sentarmos-nos na esfera do tempo e deixar que o cortejo das horas nos leve ao outro lado do sonho, onde a realidade já foi subjugada e a vida, sozinha e única e despida de toda podre e pobre matéria, viva, esplêndida e celestialmente, para todo o sempre.

E que Deus perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Amém!

Roberval Paulo

SER

Quero o poder
de não me dobrar
ao poder do dinheiro.
Quero ter dinheiro
mais quero o poder
de ser o seu dono
e não o contrário.
Quero o poder,
de não ser egoísta,
de não pensar só em mim.
Quero o poder de tirar do caminho
o que me faz mal,
o que faz mal à sociedade,
como um todo.
Quero o poder da igualdade,
quero partilhar;
partilhar idéias, sonhos,
desejos,
vontades;
partilhar o pão
alimento da vida;
partilhar meu sangue
se preciso for.
Quero ser gente; apenas gente.
Quero ser povo
e ser esperança.
Quero um sono tranqüilo
nas noites frias de inverno
e um cobertor de céu
para me aquecer.
Quero uma rede
pra me embalar
e fazer no balanço
o balanço da vida,
pra esfriar minha mente;
e refrescar meu corpo;
e aliviar meu peito;
e acalmar meus sonhos
em dias de calor.
Quero ser ponte para unir,
para ligar.
Me ligar com as cidades,
com os povos.
Me ligar com a terra,
com o velho
com o novo.
Me ligar com o mundo,
com as dores do mundo
com as coisas boas do mundo.
Me ligar com a vida
que é ligada à morte;
à morte do índio, da branco, do negro;
à morte do cão, do lobo, da ovelha;
à morte do justo; à morte do ímpio;
à morte igual do fraco e do forte.
E continuar a ligar;
me ligar com você,
me ligar comigo mesmo
e me ligar com DEUS.
E quero ser fonte,
a fonte incansável,
a correr sem parar,
sem se abater;
insaciável, a deslizar
pela encosta dos montes;
pelos vales do sol,
vales das sombras,
em sua corrida interminável;
levando em seu seio,
apenas água,
límpida água,
que lava tudo
que lava a terra
que lava o pecado
que sacia a sede,
a sede do mundo;
Que lava minh’alma
e a sua alma
e as nossas almas, e todas as almas
e nos faz um carinho
e nos leva daqui
a um lugar distante
mais perto dos céus
bem junto de “DEUS”.

Roberval Paulo

ELEIÇÕES 2010 - A capa da Veja


Batemos o recorde! Nova capa da Veja é destruída 1 minuto após divulgação!

Que a revista Veja não passa de um panfleto da extrema direita tupiniquim, atualmente a serviço da campanha de José Serra, ninguém tem mais dúvida. Por isso não vou chover no molhado. Com o advento da internet e o surgimento da blogosfera progressista, as mentiras, os factóides e a hipocrisia de Veja passaram a ser desmascaradas em questão de dias, depois horas e agora... minutos!

A galera do twitter estava de olho esperando o que o pasquim dos Civita ia aprontar contra Dilma e... bingo: aborto! O objetivo é claro, mostrar que Dilma é "do mal", a favor de "matar criancinhas", além de mentirosa e incoerente.

Mas é mais um tiro no pé. Bastou Veja divulgar a capa "bombástica" que alguém pesquisou e achou outra capa da mesma revista, de setembro de 1997, que trazia uma matéria séria sobre o tema, amplamente favorável à liberação do aborto, com confissões abertas inclusive feitas por celebridades! Confira:

"NÓS FIZEMOS ABORTO"

Mulheres de três gerações enfrentam a lei, o medo
e o preconceito e revelam suas experiências

- Andréa Barros, Angélica Santa Cruz e Neuza Sanches

ELAS RESOLVERAM FALAR. Quebrando o muro de silêncio que sempre cercou o aborto, oito dezenas de mulheres procuradas por VEJA decidiram contar como aconteceu, quando, por quê. Falaram atrizes, cantoras, intelectuais mas também operárias, domésticas, donas de casa. Falaram de angústia, de culpa, de dor e de solidão. Também falaram de clínicas mal equipadas, de médicos sem escrúpulos, de enfermeiras sem preparo, de maridos e namorados ausentes. A apresentadora Hebe Camargo contou que, quando era uma jovem de 18 anos, ficou grávida do primeiro namorado e foi parar nas mãos de uma curiosa que fez a cirurgia sem anestesia nem cuidado. A atriz Aracy Balabanian, a Cassandra do Sai de Baixo, ficou grávida quando estava chegando aos 40 anos e dando fim a um longo relacionamento. Resolveu fazer o aborto, convencida de que a criança não teria um bom pai nem ela seria capaz de criá-la sozinha. Metalúrgica da Força Sindical, a mineira Nair Goulart, 45 anos, fez dois abortos nos anos 70 por motivos econômicos. Ela e o marido, também operário, ganhavam pouco, viviam num quarto de despejo e não teriam meios de educar nenhum filho.

Quando o Congresso brasileiro debate a regulamentação de uma legislação que autoriza a realização de aborto apenas em caso de estupro e de risco de vida para a mãe como está previsto no Código Penal desde 1940 , a disposição das mulheres que falaram a VEJA não é apenas oportuna, mas também corajosa. Embora o 1º Tribunal do Júri de São Paulo, o maior do país, já tenha completado mais de uma década sem condenar nenhuma mulher em função do aborto, a legislação estabelece para esses casos penas que vão de um a três anos de prisão. E a maioria delas não fez aborto pelos motivos previstos em lei, mas porque, cada uma em seu momento, cada uma com sua história pessoal, considerou as circunstâncias e concluiu que interromper a gravidez era uma saída menos dolorosa do que ter um filho que não poderia criar.

Ah, outra coisa importante: a blogosfera também desencavou uma reportagem da revista TRIP de nº 41, na qual Soninha Francine declarou que já tinha feito aborto e que era favorável à descriminalização.

Detalhe: Soninha, ex-esquerdista e atual neocon renascida, é uma das coordenadoras de campanha de José Serra (PSDB). Ela é cotada para ser Ministra de Serra, se ele vencesse, e atua na campanha sobretudo na internet. E é pela internet, através de emails em massa, que partidários de Serra espalham a campanha de ódio e difamação contra Dilma.

Se não me engano, a denúncia foi feita pelo blog Os Amigos do Presidente Lula, que fez questão de comentar: "Nós não somos como eles, e não vamos apedrejar Soninha. O próprio cristianismo ensina que, quem não tiver pecados, que atire a primeira pedra. Vamos só denunciar essa hipocrisia, essa má-fé, o falso testemunho, e esse uso do nome do Senhor em vão, com fins eleitoreiros, pelos partidários de José Serra."

E agora, José Serra? Será que sua esposinha vai sair por aí gritando aos quatro ventos que a Hebe Camargo e Soninha gostam de "matar criancinhas"? Quem viver, verá...

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SOU BRASIL! SOU DILMA 13!

Sou alma e corpo Nação Brasileira!

Partilhar tudo.
Partilhar ainda até o que eu não tenho.
Partilho assim, minha alma que é minha mas, pelo mistério da vida
ou talvez pelo enigma do Apocalipse, não me pertence.
Partilho meus sonhos e meus dias, indiscriminadamente.
Partilho eu todo e não sei em qual parte me encontro por inteiro.
Sou pedaços; partículas de um bem maior que ainda desconheço mas que habita em mim e me faz
olhar todos com o mesmo olhar,
sem a discriminação e o desprezo dos olhos "capitalistas".

Sou Nação antes de ser país;
Sou a Justiça antes do direito;
Sou a paz no meio da guerra, querendo ser ouvida;
Sou o Ser antes do ter, considerando e conciliando o diferente na equação da igualdade;
Sou Igreja "Povo" antes da religião;
Sou Brasil, sou Nação Brasileira;
Sou o povo em suas conquistas diárias;
Sou Dilma 13 por convicção;
Sou Dilma 13 por um Brasil mais justo e solidário, que agregue a todos sem segregar um sequer;
Sou Deus antes de todos nós;
Sou Coração e que a razão não nos negue a paz.

Dilma Brasil Lula Nação
É o sonho Brasileiro que enfim se realiza.
Dilma para Presidente 13 vezes, multiplicada quantas vezes 13 for possível.

Roberval Paulo

DILMA E A FÉ CRISTÃ - Pela árvore se conhece os frutos

POLÍTICA - Dilma e a fé cristã.
Frei Betto escreve sobre Dilma e a fé cristã.

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de “marxista ateia”.

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula.
De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória – diria, terrorista – acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.

Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.

Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos?
Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa.
Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Fonte: Blog Bahia de Fato.

domingo, 10 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - NOVA PESQUISA DATAFOLHA PARA A CORRIDA PRESIDENCIAL

O Instituto Datafolha mostra a candidata petista Dilma Roussef na frente de seu opositor José Serra na corrida rumo ao Palácio da Alvorada. Se o segundo turno das eleições se realizasse hoje, Dilma seria eleita com 54% dos votos válidos contra 46% do candidato José Serra, considerando-se aí só os votos válidos, o que exclui da contagem os votos nulos e brancos. Contabilizando os votos totais, Dilma venceria as eleições com 48% do total de votos contra 41% de José Serra.

Esta pesquisa do Instituto Datafolha foi encomendada pelo Jornal Folha de São Paulo e pela Rede Globo de Televisão e foi realizada na última sexta feira, dia 08, em 201 cidades do país, entrevistando 3.265 eleitores, a qual será publicada neste domingo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Essa pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 35114/2010.

O instituto salienta que esta sondagem não é capaz ainda de medir o impacto completo causado pelo reinício dos programas eleitorais dos candidatos que recomeçaram na tarde desta sexta-feira mas, é importante registrar que, em comparação com o cenário existente nas vésperas do 1º turno, houve uma ligeira queda de 4 pontos percentuais da candidata Dilma enquanto que José Serra subiu um ponto. Porém os pontos perdidos por Dilma não foram acrescentados aos números de Serra e sim ao contingente de votos em branco ou nulo e de indecisos, que agora chega a 11%.

Outro fator preponderante da pesquisa é que dos votos declarados à candidata do PV, Marina Silva, Serra, até o momento, herdou a maioria, ou seja, 51%, enquanto que Dilma ficou com 22% desses votos. Mas é importante ressaltar que entre os eleitores de Marina Silva, aumentou muito o percentual de indecisos que era de 4% antes do primeito turno e agora representam 18 %, votos esses que serão perseguidos pelos candidatos em disputa. Outros 9% desses votos disseram que pretendem anular o voto ou votar em branco.

Explica-se a vantagem de Dilma apontada nessa pesquisa pela larga margem de votos da candidata petista no Nordeste, com 62% das intenções de votos na região, apresentando o dobro dos 31% destinados a Serra. Em outras regiões configura-se quase sempre um empate técnico ou uma pequena vantagem do Tucano.

No Sudeste, Serra tem 44% das intenções de voto, contra 41% de Dilma. A situação se repete na combinação das regiões Norte e Centro-Oeste, com 46% para Serra e 44% para Dilma, diferença dentro da margem de erro da pesquisa.

A vantagem do candidato Tucano só se mostra fora da margem de erro da pesquisa na região Sul do País, onde 48% dos entrevistados dizem votar em Serra contra 43% hipotecando voto à candidata Dilma Roussef.

Considerando o percentual de 11% hoje que representa os votos em branco ou nulo e de indecisos e ficando no patamar de 6% e 5,5% o percentual de votos brancos e nulos como foi nas eleições de 2002 e 2006, respectivamente, haveria só 5% de eleitores que seriam alvos de Dilma e de Serra, afirma o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, em avaliação publicada pela "Folha". Sendo assim, mesmo que todos votassem no candidato tucano, ele ainda ficaria numericamente atrás da candidata Dilma, perdendo a eleição por 48% para Dilma e 46% para Serra.

Os dados dessa pesquisa foram antecipados pelo Blog do Noblat.

Roberval Paulo

sábado, 9 de outubro de 2010

DESCONTRAÇÃO, de verdade

O papai brincando com o filhinho:
          >serra serra serradô
            serra o papo do vovô
            quantas serras já serrou?

E o menino, pulando lá longe, responde:
            >já serrei quarenta e cinco
              um monte de cinzas virou

              e de todas que eu serrei
              só a número treze vingou...

Atentem todos.
Até as crianças sabem. Não vamos tocar fogo no Brasil e transforma-lo em um montão de cinzas.
Vamos de Dilma.
Vamos de Dilma 13 para Presidente.
O voto livre. O voto da consciência.
O voto DILMA13 para um Brasil mais justo e mais igualitário.

Roberval Paulo

AMBICIOSO BUSCAR

Gostar de ver de sentir de amar em mim e em ti é sonhar o ser e não poder chorar de rir de sofrer de doer como se fosse amor prazer de estar e pensar no sonhar pesadelos em novelos de enrolar sem encontrar a ponta a razão do querer sem perder sem poder se despir ao ganhar o sol e trocar trovar troçar pelo azul dos olhos de prateado ser à distância deusa nua de lua de vestes de sonhos musa tua também minha e nossa mãe dor sentimento e mãe do mundo da vida natureza morta sofrida enlutada na cruz da espada punhal trespassando o peito perfeito sem jeito imperfeito de ver e ouvir o rugir da fera que em mim habita em nós que ser gente é imprudente no pulsar preemente das veias teias de sangue e...que enleiam o sim da vitória discórdia na escória dos seres viventes indigentes sorridentes no realizar do nada dos dias da existência envolvidos em densas nuvens carregadas impregnadas do AMBICIOSO BUSCAR dos povos no querer alcançar degraus impossíveis galgar o mais alto e cair flutuar no ar ao luar que voar é pensar navegar ir atrás acreditar e partir pelo mar e chegar ao fundo limite da existência inexistência fundo do olhar de quem crê conquistar o sonhado o legado e se dar se achar se doar gozar do sabor do labor de alcançar sem saber perceber desconhecer o sentido da terra da guerra morrer que viver tudo vale tudo pede tudo posso naquele que me fortalece e em frente a seguir trilhar o caminho que enobrece empobrece desconhece o porque o sentido de viver morrer vou pensar que não mais sou que sou que vou percorrer o céu tênue véu mel rosa flor escarlate amor é o fim o que vale o que fica e não passa embaça realça o findar de tudo de todo e qualquer ser que o inferno é aqui e o eterno se faz ao partir e que Deus me perdoe te perdoe nos perdoe e nos dê nos conceda a grata graça do perdão e do sorrir.

Roberval Paulo


A LIVRE INTERNET x O PENSAMENTO LIVRE

Em um tempo bem recente a onda era os correios, as cartas, os velhos postais, meu Deus, os telegramas até para comunicado de morte; a informação mais segura e codificada do telex e do rádio amador. O mundo evoluiu rápido e com ele, a tecnologia da informação. Evoluiu situando-se na vanguarda de todos os processos. Por caminhar mais depressa que os outros sistemas, ficou sozinha em seu ambiente e perdeu o passo; perdeu o controle do seu próprio caminhar e se desvirtuou do seu objetivo e fundamento maior que era simplesmente e sempre passar adiante a realidade dos fatos e acontecimentos o mais depressa possível e o mais fielmente possível. A informação se desvirtuou por completo e atende hoje a outros tantos interesses que não só o de informar e se fazer conhecer. No quesito velocidade nada se questiona. Está muito rápido, até mais que Airton Senna e Michael Schumacher juntos.

A questão é a qualidade desta informação e os interesses que ela defende. A informação está ferida de morte e a internet é o ataúde, o caixão, o recipiente, o caldeirão "fervente" que acolhe e abriga tudo. É como a terra. Abriga o anjo tal qual abriga o demônio aos olhos crédulos e incrédulos, atenciosos e alienados, de boa fé e mal intencionados no teatro protagonizado e dirigido pela humanidade irracionalizada e desumanizada pela selvageria dos interesses materiais e de poder impostos por aqueles que por força da corrupção do ter, já estão, a muito tempo, desprovidos dos valores éticos e morais que ainda deveriam nortear as ações e decisões humanas. O senso caiu no ridículo e é operado e levado a efeito no fundamento raivoso do instinto. A estratégia e planejamento das ações na disseminação da informação tem como objetivo único convencer; somente convencer sem se importar se há verdade; somente convencer mesmo sendo a informação um castigo e um pecado para a sociedade.

Estamos vivenciando este momento de cruéis noticiários levianos e insanos que ferem de morte a nossa soberania conquistada a sangue e lágrimas e,  a internet, é o palco maior dessa selvagem batalha. Tudo se fala e se escreve mas nem tudo se prova. Tudo se produz e essa produção fétida e podre é repetidamente cambiada e recambiada para os olhares das pessoas no intuito de vencer pelo cansaço as mentes e corpos já surrados por esta louca e  surreal realidade. Ferem a honra de pessoas, a moral de outras e tudo vale pelo desejo macabro do poder. Estraçalham sentimentos, extravasam emoções e brincam com a fé e crença das pessoas, usando e abusando até de preceitos religiosos ainda não resolvidos nas instituições e muito menos na cabeça do povo. A informação agride, pela internet, o ambiente livre dos sonhos, onde tudo pode e é possivel e permitido sem se importar com o rastro de destruição que segue na calda dessa informação, capaz de dizimar e reduzir a cinzas e ao pó sonhos inteiros da humanidade.

Vigiemos. Vamos nos atentar mais para o descontrole da informação pela internet, nos embasando mais e aprofundando e fundamentando nosso estudo antes de comprar a ideia. Vamos ser a nossa principal crítica. Não se aliene. Filtre tudo e absorva só o que é importante. Não importante só para você mas, principalmente, para a coletividade. Não ponha crença em tudo e não se deixe levar pela ideia dominante de que eu fiz e vou fazer mais porque sei como fazer e ja estive lá. Não vale só saber fazer. É preciso ter em si o perfil solidário e compromissado com o povo. Compromissado com o povo e com as causas sociais que tanto afligem a nossa população. Antes de saber fazer é preciso querer fazer e ter essas ações como prioridade. À internet pode-se tudo dizer mas vamos nos dizer só o que realmente nos seja importante. À nós e à sociedade. À nossa população, sem exclusões e ao Brasil como um todo. Vamos controlar o descontrole. Vamos respeitar e preservar os nossos valores. Vamos dizer não ao desrespeito e àqueles que estão nos desrespeitando. Vamos dizer "não" nem que seja quarenta e cinco vezes e vamos dizer treze vezes: Sou 13 e não abro.

Roberval Paulo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

LEONARDO BOFF APOIA ALIANÇA MARINA/DILMA

O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?

É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.

Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as “humilhadas e ofendidas” e consideradas “zeros econômicos” pelo pouco que produzem e consomem.

Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma virada de magnitude histórica.

Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.

O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluídos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.

Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neocolonialismo e do globocolonialismo pois sempre se atém aos ditames dos países centrais.

José Serra do PSDB representa esse ideário. Por detrás dele estão o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.

O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora.

Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.

Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.

Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.

É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental. Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.

Leonardo Boff
Filósofo, teólogo, escritor e professor

MARINA, NÃO SE PINTE!

Marina... você se pintou?

“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.

                Maurício Abdalla - Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ELEIÇÕES NO TOCANTINS

TRANSIÇÃO: A FACA DE DOIS "LEGUMES"

Qualquer processo de transição, em qualquer governo ou em qualquer outro segmento, é uma situação por demais delicada e melindrosa, que requer, de ambos os lados, além das ações de trâmites legais, muita, mas muita reflexão. De um lado, o grupo ou equipe que sai, deixando para trás as suas ações e realizações, seus acordos e desacordos, compromissos e outros compromissos "necessários", promessas cumpridas e não cumpridas, enfim, para trás todos os seus erros e acertos que não podem mais ser corrigidos nem usufluídos. Ficarão para trás e vai ser objeto de estudo, de análise e de interpretação de outro. Do outro lado, o grupo ou equipe que vai assumir um processo que não sabe como está e que precisa colher o maior número de informações possíveis durante o período de transição sobre a real situação do sistema para poder se situar e se posicionar no momento de assumir.

Quando essa transição se dá de forma pacífica, amigável e harmônica, o entendimento se dá da mesma forma e quem sai e quem entra se abraçam, se entendem e selam o cordial acordo de que tudo seguro e você me avaliza. Ah! Quando assim acontece, tudo está em casa; tudo se converte na mais perfeita e “acordada” paz. A vida segue e tudo se encaixa como certo e correto.

Agora, quando essa transição se dá com litígio, daquele modelo que a parte minha não estou levando e o que vou herdar está subtraído, aí a coisa pega. O desentendimento é geral e a contenda prosseguirá até pós o encerramento de um e o início do outro. É defesa e ataque o tempo todo. É processo de auditoria, é deixou de fazer isso, errou ao fazer aquilo, estou saindo com a consciência tranqüila, estou entregando a situação normalizada e assim por diante.

De modo geral, os interesses de um a outro lado são priorizados e o que aconteceu de fato é o que menos importa. O que importa é cada um tirar a vantagem que for possível nesse processo de transição e esmiuçar em seu curriculum para ser utilizado nos próximos embates. Essa é uma realidade latente em nosso país, principalmente nas transições político-administrativas.

É chegado o momento de mais uma transição política no nosso querido estado do Tocantins. O povo, mais uma vez, foi soberano e fez valer a sua vontade. Elegeu Siqueira Campos para o governo, o qual realizará o seu quarto mandato como comandante maior do estado, em detrimento do atual governador, Carlos Gaguim, que viu seu castelo de sonhos e de areia se desmoronar nas mãos sábias e soberanas do povo. Fica um legado. Que o povo, acima de tudo, seja respeitado na sua decisão. Que os nossos políticos se sensibilizem e se situem dentro da atual situação e que esta transição que ora se afigura possa acontecer da forma mais pacífica e harmônica possível. Que não causem mais prejuízos ao povo do que o próprio embate político já causou, cicatrizes estas que ainda vamos carregar por bastante tempo. A eleição passou e, com ela, a disputa do poder. O que existe hoje é a consolidação do processo. Certo ou errado, foi a decisão da maioria, o que mostra e reafirma a concretização do exercício da democracia.

Como versa no artigo 1º da nossa carta maior, parágrafo único, em outras palavras, todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Que realmente, em nosso Tocantins, o poder seja exercido em nome da decisão soberana do povo. Que a procuração dada por nós, povo, ao Governador ora eleito seja utilizada para a realização e prática de ações em proveito deste mesmo povo. Que essa transição que já se avizinhou, respeitando o interstício de cidadania e soberania entregue à população, possa transcorrer dentro da mais primorosa ordem e paz, não se transformando esta em uma faca de dois legumes em que cada um dos lados come o seu e ao povo a sobra, o bagaço, o resto, o nada. Que a nossa procuração cumpra o seu fim e referende-se “Ad eternum”.

Roberval Paulo

terça-feira, 5 de outubro de 2010

SONHO AZUL

O céu era azul como é azul todo céu.
De vez em quando, branco, enfumaçado, plúmbeo
mas azul, porque céu tem cor de azul e não de chumbo.

Céu da boca é vermelho, rosa, pálido, esquálido,
lânguido céu da boca da onça
Mas aí, é outra coisa e outro céu
e não o céu que se funde com o mar.

E sob o céu azul brincávamos
no azul do nosso amor,
sobre as folhas e plumagens
verdes, amarelas, róseas, vermelhas,
expostas ao verde-vida da planície azulada.

A vida era escura, quase azul marinho
na casa onde morávamos.
Mas o amor,
o nosso amor era azul
azul resplandescente
de céu e de verde-mar
jorrando natureza viva,
viva no azul deste sol
viva o azul dos teus olhos
vida o azul da vida-viva
no azul do teu corpo e teu ser
que o mundo é azul e de azul
se fez o universo e nós.

De azul em azul, eu e você
No verde-azul deste mundo de amor
Sonho azul, mar azul, tudo azul
Céu e terra, azul nos azuis
Das borboletas azuis de voar azul
Vôo azul do nosso sentimento.

Roberval Paulo

FLAMENGO X VANDERLEI LUXEMBURGO - Será que dá certo?

Uma crise sem precedentes se instalou no Flamengo mas, nada que não possa ser contornado com o tempo pois essa modalidade de ocorrência é bem característico do nosso futebol. Diante dos últimos acontecimentos, a situação foi criada. O Flamengo precisando urgentemente de um treinador. O técnico Vanderlei Luxemburgo precisando urgentementge de um time para treinar. Ocorreu a união do útil ao agradável? Não sei mas, com certeza, ocorreu o encontro da necessidade, de ambos os lados. E mesmo considerando as circunstâncias, acredito que pode dar certo. O Flamengo, o maior clube e maior torcida do Brasil. Vanderlei, o maior técnico brasileiro e o maior vencedor. É um encontro de gigantes; diria até o encontro de Titãs. O quadro real é um típico quadro de batalha, de guerra. O Flamengo lutando desesperadamente para se distanciar do abismo que o quer puxar a qualquer custo: a famosa zona do rebaixamento. O Vanderlei querendo e precisando mostrar resultados pois, considerado em vários momentos o melhor Técnico em atividade no Brasil, vem amargando inúmeros fracassos pelos últimos times em que passou. Não me chamem exagerado mas, de ambos os lados é quase uma situação de desespero. Agora, é preciso considerar que Vanderlei Luxemburgo é grande como  técnico e muito maior ainda é a instituição Flamengo. Nesse ponto os dois se encaixam e se equilibram e talvez aí é que esteja o grande segredo; o item que faltava para a harmonia total. O Flamengo, já a algum tempo, não tem um treinador a altura do seu nome, não querendo menosprezar de maneira nenhuma os que por lá passaram ultimamente. Mas é que são treinadores novos, com pouca experiência, pouca bagagem e quando se deparam alvo dos holofotes e olhos e interesses e críticas e cobranças do complexo imenso e complicado que é o Flamengo, entram em parafuso e nada mais acertam; nada mais dá certo. Um treinador experiente, acostumado a grandes conquistas e a trabalhar sempre sob pressão de diretoria, de imprensa, de cartolas e de torcida, não sente tanto o efeito desses fatores e consegue encaixar e colocar em prática as suas ideias com mais tranquilidade e serenidade. Este é o caso de Vanderlei Luxemburgo. O Flamengo, tal qual Vanderlei Luxemburgo, precisam se levantar e voltarem a ser os grandes do futebol que sempre foram. Então, é um dar a mão ao outro e seguirem juntos, dispensando, dedicando e concentrando todo o esforço e trabalho, planejamento e organização, garra e determinação a um mesmo objetivo que é o caminho da vitória para ambos. Acredito que pode dar certo e estou torcendo por isso, como milhões e milhões de brasileiros da inquietável e tão homogênea e ao mesmo tempo, heterogênea nação rubro negra. Vamos dar tempo ao tempo e deixar que o futebol conte a sua história. 

Roberval Paulo 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SILAS DEMITIDO DO FLAMENGO

A saída de Silas do comando técnico do Flamengo era questão de tempo. Os últimos acontecimentos no clube, que culminaram com a saída do eterno ídolo do Flamengo do comando do Departamento de Futebol do clube, o Zico, apontavam para mais acontecimentos. E essa novela ainda não chegou ao fim. O Zico pensou em um trabalho planejado e de longo prazo. Parte da diretoria rubro negra é adepta do imediatismo e praticam o estilo do toma lá da cá, coisa com a qual o Zico não comunga. Se houve a participaçao de filhos do Zico na negociação de jogadores para o Flamengo, é bom que se apure e esclareça a situação. Mas todos sabemos e conhecemos a índole do Zico como cidadão e como atleta e sabemos que com esse tipo de administração ele não compactua. Voltemos ao Silas. Foi trazido pelo Zico após a saída conturbada do Andrade, sem explicação e a permanência equivocada do Rogério Lourenço no comando. Tudo já vinha errado. Aí vem o Silas, que, pelo momento que o Flamengo estava passando, foi uma escolha errada mas, era o que tinha disponível no mercado. Sabe aquele negócio na falta de tu vai tu mesmo. O futebol nosso é bem amador ainda; só não é amador para dar dinheiro para os malandrões do futebol, que eu, nem sob tortura, me arrisco a dizer os nomes deles. Bem, o Silas chegou desinformado e desinformado continuou sobre o elenco do Flamengo. Não conseguiu a leitura real do que o Flamengo tinha a disposição. Aí, já viu, entra Correa, sai correa e Toró fica. Não vou nem mais me estender sobre o resto do elenco pois, só com essa exemplicação, já viram que o Silas continuava fora de órbita. Os maus resultados se sucederam. E foi a desculpa para o Senhor Capitão Léo - num sei nem que título é esse - produzir e destilar a sua "mal querência" com o Galinho de Quintino. Acho que ele pensou que dois galos não podiam cantar no mesmo terreiro, sem saber ele que o Zico não veio para cantar e sim para Reger todos os outros cantos e cantares. Mas o Zico se desmotivou e não quis participar nem continuar nessa sujeira. Acho até que ele podia tentar um pouco mais mas, não vou discordar do Galinho. Pra ele ter tomado essa decisão de deixar o Flamengo, podem crer que o que lhe foi apresentado era realmente cabuloso e cabeludo. Turbulências políticas, desorganização de gestão, interesses imensos em jogo, jogadores no meio de um fogo que não entendem, Silas remanascente da gestão Zico, só faltava ele pra sair. Era mais um mal resultado e o homem estava fora. E assim aconteceu. Empate com o Goiás. Um tempinho pra votar e Silas fora. Luxemburgo deve vir. Não vai pegar molesa. Vem desgastado de comandos fracassados, um atrás do outro. Pega o Flamengo todo quebrado, moído pelos últimos acontecimentos e, beirando a zona de rebaixamento. Espero que dê certo. O futebol tem, ao longo da sua história, coisas que não se explicam. Que seja uma dessas a recuperação do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Que seja uma dessas a recuperação da Instituição Flamengo, enquanto time, enquanto equipe, enquanto entidade esportiva e enquanto a verdadeira, grandiosa e única Nação Rubro Negra que deve ser. Salve o Flamengo / O campeão dos campeões....Abafa, abafa, abafa. Esse hino é outro. É tanta confusão que eu até me perdi...Perdoem-me!

Roberval Paulo