quarta-feira, 30 de novembro de 2011

POEMA DO GRANDE AMOR - Roberval Paulo


Quão bom seria se todos os casais tivessem
Paz.
A paz tão sonhada da mulher, do homem,
de quem ama.
A paz do amor livre,
regada em doses de compreensão e entrega.
Duas partes a formar um todo.

A taça repleta de vinho
a adocicar o paladar
no estalar da língua
e no gotejar das minas do pensamento.
Nascente inesgotável de água para a vida.

Água virgem
Véo natural do tempo
Sangue do mundo
A escorrer pela terra e para a terra
Clara e transparente como o amor.

O amor
Esse pode tudo
E é por ele que se vive
Se justifica por si só
Se qualifica por só ser
Sem acessórios, sem adereços
Sem complementos, sem endereço.

O amor só pelo amor
Completo em si
Transcendente, sem materialismos
Espírito de luz e cor
Alma e corpo em luta de amar.

Um sonhar de dois
Olhos falando segredos
Gestos dissimulados,
a dizer tudo
sem pronunciar palavra.

O amor tudo entende
Sua chama nunca apaga
Também nunca queima
Nem dói.
Dói. Mais sem doer.

É como disse o poeta:
         AMOR....    é fogo que arde sem se ver
                            é ferida que dói e não se sente
                            é um contentamento descontente
                            é dor que desatina sem doer.

Parafraseando o poeta:
         O AMOR... se auto flagela
                            se auto ajuda
                            por si só se cura

                            se vencido, é vencedor
                            se no abismo, o mesmo amor
                            pelo amor, sobe às alturas.

E enquanto não chega o imprevisível
tempo
de partir para o inevitável,
a vida segue.
Dos dois se fará um
Nesse universo de sol e mar.

A base será sempre o amor
Cumplicidade sem culpa
Realidade em cor de criança
Beijo de pétalas a bafejar o espírito
pelo espírito.
A carne queimando em desejo
Também é amor
Ardente
Na química do dois em um.
E o um só tornará em dois
Quando vencida a fronteira do desconhecido
Em busca dos jardins dos céus
Na eternidade do tempo sem horas.

É o novo tempo
A continuidade desconhecida da existência
A nova vida
Do divino amor.

Para trás, tudo
Menos o amor
Está no ser
E o ser é o espírito
E é tudo o que resta
         O espírito que é amor
         O amor que é espírito.

Roberval Paulo

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