Meus
conceitos não são velhos
Velho
é me conceituar
Velho
é tecer conceitos
A
quem não segue conceitos
Pois
conceitos não são feitos
Para
as gentes bitolar
Quando
muito, pra lembrar
Que
o conceito conceitua
Mas
nele não se acentua
O
acento do caminhar
Pois
que a luz do estradar
É
o reflexo do passante
Chega
a ser entediante
A
quem negligenciar
Que a ordem conceitual
Não
vá te desordenar
A
rua rima com lua
Mais
só uma é de andar
A
outra é pra apreciar
Sem
um qualquer preconceito
Pois
que dentro do conceito
A
lua é moça formosa
Pretendente
venturosa
Do
sol raivoso e sisudo
Que
em um conceito mudo
É
quase ouro a brilhar
E
que no seu viajar
Manifesta
sua grandeza
Mas
não nos dá a certeza
Que
essa airosa grandeza
Mesmo
estando posta à mesa
Alguém
vá conceituar?
Então
não me conceitue
Conceitue,
mas assim
Não
conceituando a mim
Mas
a ti dê seu conceito
Pois
dando a ti o efeito
Do
conceito dado a mim
Compreenderás
enfim
Bebendo
o próprio veneno
Adentrarás
o terreno
Da
consciência moral
Não
desejando ao igual
O
que não queres pra ti
É
só em frente seguir
O
caminhar está feito
Pois
o efeito do conceito
Não
mais irá te ferir.
Autor: Roberval Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Poste o seu comentário aqui