quarta-feira, 28 de agosto de 2019

PARTILHA! - Roberval Paulo


Partilhar tudo! 
Partilhar ainda até o que eu não tenho. 
Partilho assim minha alma que é minha,
Mas que, pelo mistério da vida ou talvez pelo enigma 
do Apocalipse, não me pertence.

Partilho meus sonhos e meus dias, indiscriminadamente. 
Partilho eu todo e não sei em qual parte me encontro por inteiro. 

Sou pedaços, partículas de um bem maior que ainda desconheço, mas que habita em mim 
e me faz olhar todos com o mesmo olhar, sem a discriminação e o desprezo dos olhos "capitalistas". 

Sou Nação antes de ser país;  
Sou a Justiça antes do direito; 
Sou a paz no meio da guerra, querendo ser ouvida; 
Sou o Ser antes do ter, considerando e conciliando o diferente na equação da igualdade. 

Sou Igreja "Povo" antes da religião. 
Sou Deus antes de todos nós. 
Sou Coração e que a razão não nos negue a paz.

Roberval Paulo

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

SEGUNDOS! - Roberval Paulo


A vida é somente um sopro
Repense o seu pensar
Renove sua atitude
Dê graça ao seu caminhar

Semeie por onde for
Carinho, amor, harmonia
Dê por graça o seu sorriso
Promoção de alegria

É tudo tão passageiro
Tudo chega sem aviso
Desfaça a cara amarrada
Libere ao mundo o seu riso

Não se perca na soberba
Não turve o seu pensamento
Seja em si um ser de amor
Só o amor vence o tempo.


Roberval Paulo

A POESIA - Roberval Paulo


A poesia é tudo belo
Não fosse bela a poesia
Seria belo o poema
Da noite no dia a dia
A treva se irradiando
Em luz na mais longa via
Via de destino torto
Que se endireita arredia
Que se endireita entortando
Alinhavando a poesia

A poesia é feito chama
Que aquece a bola do dia
Que embola o frio da noite
E acende a luz da magia
Respinga estrelas no céu
Faz luzir quem não luzia
Faz da cinza um fogaréu
Brilha a lua ao meio dia
Vai por aí feito vida
Findando onde principia


Roberval Paulo

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

EXALTAÇÃO - Roberval Paulo


O meu coração no teu
Minha paz a tua paz
Teu amor o meu amor
Feito efeito contumaz

Minha luz a tua luz
Meu existir teu voar
Teu voar em mim reluz
Essa luz que me seduz
A luz que aviva o mar

Meu encontro, teu querer
Minha busca o teu buscar
Teu encontro, meu querer
O meu rio no teu mar

Minha sina, tua sina
Tua sina, meu pensar
Teu pensar que se destina
Minha nuvem pequenina
Bússola do meu caminhar

Meu canto, teu acalanto
Teu canto, meu habitar
Minha habitação, a tua
Teu mundo, meu abraçar

Meu sorrir, tua alegria
Tua alegria, meu ar
Teu olhar mina poesia
Teu verso água vertia
Meu hino o teu cantar.

Roberval Paulo

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

IRMÃOS DE SANGUE - Crônica publicada no Jornal do Tocantins de 06/08/2019


Jornal do Tocantins
CRÔNICAS & CAUSOS
Irmãos de sangue são mais irmãos
Roberval Paulo - Poeta
" Se algum mal cometia, era a si mesmo e, consequentemente, à família, que vivia em preocupação constante com a sua boemia"
06/08/2019 - 07:00
Gracindino, um homem comum e cidadão do bem. De alta estatura, esguio e curvado, rosto sulcado, de feição avermelhada e clara e cabelos levemente encaracolados e curtos. Vivia às voltas com seus vícios; o famigerado álcool, a boemia e mulheres. Não era de ofender a ninguém, seriamente, mas tinha bastante curto o estopim e não dispensava uma boa troca de murros quando em seus momentos de embriaguez. Se algum mal cometia, era a si mesmo e, consequentemente, à família, que vivia em preocupação constante com a sua boemia.
Alceste, seu irmão mais velho, era o oposto. Não tão esguio quanto Gracindino, mas em mesma estatura e feição. A diferença entre estes irmãos, fisicamente tão parecidos, estava na compostura. Alceste, como todo jovem, teve seus momentos de boemia e bebidas, mas por pouco tempo. Casou-se cedo, convertendo-se ao protestantismo, consagrando-se Pastor rapidamente. Família constituída, sendo a esposa e um casal de filhos e uma vida centrada na oração e no cuidado ministerial com a sua igreja e seus membros, saindo do sério somente quando tinha que se posicionar frente às confusões criadas pelo irmão Gracindino, o que ocorria com certa frequência.
Essas ocorrências, porém, não produzia efeitos negativos à reputação de Alceste, nem tão pouco, pasmem, à de Gracindino, pois todos muito bem os conheciam. De família íntegra, defensora dos bons costumes e de imutável conduta, logo que passada a situação vexatória e reparados os erros, todos reconheciam a estampa meritória do Pastor e pai de família Alceste e de mesmo modo, a do cidadão e homem de bem Gracindino, somente um boêmio inveterado.
Certa noite, já por volta das 22h00min horas, depois de ter engolido todas em sua comunhão quase que rotineira, Gracindino, despedindo-se dos amigos de confraria e de cruz, deixa para trás o bar, trilhando rumo a casa. Ora assoviando, ora cantando, envereda-se por um atalho tencionando encurtar o caminho, afadigado pelo peso dos tantos goles degustados. De súbito, vê-se cercado por cinco elementos em diligência por acerto de contas em homenagem a umas tapas desfraldadas por Gracindino há uns dias atrás em um dos tais. Gracindino vê-se em desvantagem, mas não arrega, adepto fervoroso da boa troca de murros.
Começam a troca de farpas e a arenga é esboçada em empurrões. Um garoto, passando pelo local, corre a dar notícias do ocorrido ao irmão Alceste que, a esta hora, de paletó e gravata, finalizava a pregação aos fiéis. O garoto adentra a igreja correndo e anuncia que Gracindino está em contenda e em desvantagem, pois são cinco contra um.
Alceste, digerindo a notícia incontinenti, brada seu amém aos fiéis e deixa para trás a Bíblia, saindo avexado ao socorro do irmão. Ao dobrar a esquina, vê Gracindino engalfinhado com a curriola. Cena que passaria em branco ao coração do pastor, mas que fere e atinge em cheio o coração do irmão. Não houve conversa nem ponderação e lá estão Alceste e Gracindino botando pra correr os safardanas à custa de murros e pescoções. O pastor mais uma vez é mais irmão. Gracindino é levado para casa e lá, em quatro paredes, o pastor lhe diz as do fim; ele pode e deve, mas aceitar outro agredi-lo, isso não.
Em outra feita, estava Gracindino em um bordel. Já alto pelo fogo da bebida, saca de uma arma e desfere uns tiros para cima. Foi terrível o rebuliço. Uns se apertam nas portas buscando saída ao mesmo tempo enquanto outros saltam pelas janelas. Nesse salve-se quem puder, ecoam gritos: socorro! Polícia! Gracindino serve mais uma bebida e senta-se, ajeitando em cada perna uma garota, vangloriando-se do feito.
De repente risca no pórtico a viatura e saltam dois policiais dispostos a dar fim ao episódio. Da porta gritam as palavras de ordem: “teje” preso Gracindino. Era o soldado Camelo, acompanhado do parceiro Adnero. Gracindino, lá nos fundos do salão, uma moça em cada perna e de costas para a porta, permanece imóvel. A voz soa novamente, dita pelo soldado Camelo: “teje” preso Gracindino!
Gracindino conhece a voz. Sentado estava, sentado ficou. Sacando da arma presa à cintura, vira o braço imediatamente e vocifera: Oh! Camelo, eu estava mesmo querendo lhe ver; tava doido pra lhe dar um tiro na testa. Simultaneamente à voz, o tiro é disparado e acerta o umbral da porta. Camelo e Adnero pegos de surpresa afastam-se correndo ao uníssono grito de valha-me Deus, deixando para trás a viatura. Neste ínterim, já avisado por terceiros, Alceste adentra o salão. Surpresa no rosto de todos; não é o local mais adequado para um pastor, mas o irmão está lá e aspira por socorro. Gracindino é conduzido para casa e ouvirá um monte com certeza. Obediente ao irmão, nada replicará e terão descanso por algum período.
Os irmãos mais uma vez são notícia de primeira mão no agudo boca a boca do interior e lá se vai o pastor Alceste se explicar com a cidade, com os fiéis e com os policiais destratados e amigos. Tudo resolvido. A rotina volta ao normal na pacata cidadezinha. A bocas pequenas corre o assunto, todos aguardando a próxima de Gracindino. É quando a cidade de fato se movimenta e todos tem muito que dizer.
Roberval Paulo

terça-feira, 6 de agosto de 2019

CLUBE DA ESQUINA - Milton Nascimento

Posted: 04 Aug 2019 08:00 PM PDT - Musicaria Brasil
Por Vinícius Juberte


Na última semana passou por São Paulo a turnê “Clube da Esquina”, álbum antológico de um dos artistas mais talentosos e completos da MPB, Milton “Bituca” Nascimento. Falar da excelência de Milton (ou “Bituca”, apelido pelo qual o próprio prefere ser chamado) é chover no molhado. Gostaria nesse texto de abordar alguns aspectos das músicas dos discos Clube da Esquina e Clube da Esquina II, o show que tive o prazer de assistir e os tempos pelos quais passa o Brasil.

De início, é bom frisar que segurar as lágrimas durante esse show foi tarefa quase impossível. Como não sentir uma batida forte no peito com “Tudo o Que Você Podia Ser” abrindo aquela noite? De versos como “você queria ser o grande herói das estradas”, “tudo o que você devia ser, sem medo!” e claro, aqueles dizeres que parecem quase um tapinha nas costas de consolo e incentivo por esses dias pelos quais passamos: “você ainda pensa e é melhor do que nada”. E de fato, foi impossível não pensar no Brasil durante todo esse show. Do país que fomos, que somos, mas principalmente, do que podemos ser.

O próprio Milton Nascimento é uma síntese da diversidade e da beleza, em todos os sentidos, do povo brasileiro: menino negro nascido nos morros do Rio, adotado por um casal de classe média, mãe musicista e pai dono de estação de rádio, radicado em Três Pontas, interior de Minas Gerais, escriturário de profissão que decide largar tudo para viver do sonho de cantar. Na música, junto de outras figuras fundamentais como os irmãos Borges (Márcio e Lô, para quem Bituca dedica os shows dessa turnê), Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Toninho Horta e Fernando Brandt (esse último lembrado por Milton durante o show: “Para mim é difícil falar sobre o Fernando. Só posso dizer que a vida não teria sido tão bonita sem a amizade dele”), Bituca criou dois álbuns antológicos da música brasileira: Clube da Esquina e Clube da Esquina II. Uma mistura de The Beatles, bossa nova, jazz e cantigas do cancioneiro popular mineiro. Algo único, genuinamente brasileiro.

Vale sempre lembrar que o cantor e compositor resistiu a todo o peso da ditadura militar sem ir para o exílio, sofreu uma perseguição implacável dos órgãos de repressão que ameaçavam a vida de seu filho como forma de tortura psicológica. Na mesma época, apesar de tudo, Milton estendeu o seu talento em encontros por toda América do Sul que lutava por liberdade. Minas se uniu ao Chile, a Argentina, a Venezuela…o abraço musical de Bituca na mítica Violeta Parra e o dueto com a inigualável Mercedes Sosa nos faz lembrar de algo crucial: entre tantas facetas de nossa formação, somos também latino-americanos. O Brasil faz parte de algo maior, faz parte da Grande América, que desde de tempos imemoriais compartilha dores e esperanças, triunfos e tragédias. Trajetória rememorada na belíssima e melancólica “San Vicente”: “Um sabor de vida e morte/ coração americano/ um sabor de vidro e corte…”.

O que mais me encanta no artista Milton Nascimento é a sua capacidade ímpar de ser local e universal ao mesmo tempo. Ser local sem ser provinciano, e ser universal sem deixar de ser brasileiro. Não seria essa, justamente, a definição do próprio Brasil? Aliás, Milton sintetizou com maestria essa percepção junto a Márcio Borges em “Para Lennon e McCartney”: “Eu sou da América do Sul/ eu sei vocês não vão saber/ mas agora sou cowboy, sou do ouro, eu sou vocês/ sou o mundo/ sou Minas Gerais”. O apelo daquele que quer ser reconhecido como um outro a ser visto e respeitado no mundo.

Voltando ao show, como não pensar nas agruras do Brasil atual e no desejo por mudanças estampadas na letra de “Clube da Esquina”? “Perto da noite estou/ o rumo encontro nas pedras/ encontro de vez, um grande país eu espero/ espero do fundo da noite chegar”. Uma certa melancolia de fundo otimista que dá lugar a certeza de um novo tempo em “Nada Será Como Antes”: “Já estou com o pé nessa estrada/ qualquer dia a gente se vê/ sei que nada será como antes amanhã”.

Destaco que esse novo tempo estava lá, presente nos detalhes do show: a arte de fundo que dava todo o clima da apresentação junto com as luzes era de autoria dos grafiteiros Osvaldo e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos. Também violão e voz ficaram a cargo de Zé Ibarra, vocalista da banda Dônica, jovem que dá um toque todo especial com seu belo timbre de voz às músicas do Clube.

Se Milton já apresenta certa fragilidade física pela idade e lutas acumuladas durante a vida, sua voz traz a força e o vigor de sempre, mostrando que barreira alguma é impossível de ser transposta. Foram duas horas de espetáculo, de lágrimas, de aplausos, cantoria e êxtase. Ou seja, uma catarse que só uma entidade como Milton Nascimento é capaz de proporcionar. O melhor do Brasil estava naquele palco: a música, o canto, o instrumental, os desenhos, as luzes, o velho e o novo apontando para novos caminhos. Em tempos de grossura bolsonarista, um alento e um vislumbre do que o Brasil é capaz de ser. Somos capazes de construir uma versão melhor de nós mesmos. Como diz a canção “O Que Foi Feito Devera”, um dos momentos altos do show: “Se muito vale o já feito/ mais vale o que será/ e o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir” e a promessa final: “Outros outubros virão/ outras manhãs. Plenas de sol e de luz”. Uma lição e um caminho para um novo futuro.

Como dizia Darcy Ribeiro, não há lugar melhor no mundo para se construir um grande país que não aqui, que não no Brasil. E Milton Nascimento é a prova viva de que o velho professor tinha razão. Não há tempo ruim que dure para sempre, nem mesmo por aqui. Que o sonho de um grande país continue nos guiando embalados por canções tão cheias de vida e significado quanto essas do Clube da Esquina. Afinal de contas, como canta Bituca em “Clube da Esquina II”: “sonhos não envelhecem!”.

30 ANOS SEM LUIZ GONZAGA: LEGADO DO REI DO BAIÃO PERMANECE VIVO CULTURA BRASILEIRA

Posted: 05 Aug 2019 08:00 PM PDT - Musicaria Brasil

O artista morreu em 2 de agosto de 1989


O cantor morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória, em 1989. 

Luiz Gonzaga do Nascimento, popularmente conhecido como Luiz Gonzaga, é um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira. O cantor pernambucano ficou marcado por mostrar ao Brasil ritmos, até então, pouco expressivos, como o baião, o xote e o xaxado. Sempre acompanhado de uma sanfona e um triângulo, abordava em suas músicas o sofrimento do povo que habita o sertão nordestino. 

Nesta quinta-feira, 2 de agosto de 2018, completam-se 29 anos que Gonzaga morreu, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Mesmo depois de tanto tempo, as composições do autor ainda permeiam todo um povo nordestino e o seu legado continua espalhado por todo o Brasil. 

O Rei do Baião

O apelido não é à toa. Com composições marcantes como Asa branca, Súplica Cearense e Xote das meninas, espalhou para todo o povo brasileiro o sofrimento do povo do sertão nordestino, assim como a alegria e o orgulho de ter as raízes do lugar de onde saiu. O estilo musical tocado nas festas juninas nunca mais seria o mesmo. O baião e o xote tomaram conta das festividades por todo o Brasil. Confira uma das composições do cantor:
A origem
Nascido em 13 de dezembro de 1912, Luiz Gonzaga é filho de Januário José dos Santos Nascimento e Ana Batista de Jesus Gonzaga do Nascimento. Teve oito irmãos e foi o segundo dos filhos a nascer. Herdou a técnica dos instrumentos do pai, que também tinha habilidade com o acordeão. 

O cantor e compositor Luiz Gonzaga durante show em colégio. 
Exu
Cidade pernambucana, Exu é o lar de Luiz Gonzaga. E a cidade vive a cultura e o legado do cantor. O local tem um patrimônio cultural deixado pelo Rei do Baião, dentro do parque Aza Branca, nomeado em homenagem a uma das canções famosas do artista. No espaço, estão localizados a casa em que morou, com muitas fotografias e o Museu do Gonzagão, com acervo fonográfico, troféus e presentes. O sanfoneiro e a mulher, Helena, estão enterrados no mausoléu, um monumento funerário, que se encontra no parque. 

Mausoléu de Gonzagão na cidade de Exu, em Pernambuco. 
Produções
Diversos livros, documentários, músicas regravadas, monumentos e até um filme sobre a vida da estrela nordestina foram produzidos. O legado do cantor se espalhou mundialmente e a sua história ainda vive. Confira o trailer do longa que retrata Luiz Gonzaga, lançado em 2012: 

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Como rezar a Novena das Mãos Ensanguentadas de Jesus?

Mãos ensanguentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz! Vêm tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!


Disponibilizamos a Novena das Mãos Ensanguentadas de Jesus completa para você rezar em sua casa ou grupo de oração. Veja abaixo o conteúdo e as instruções para você começar a rezar hoje mesmo:
Oração
Cura-me, Senhor Jesus!
“Jesus, coloca Tuas Mãos benditas, ensanguentadas, chagadas e abertas sobre mim, neste momento. Sinto-me completamente sem forças para prosseguir carregando as minhas cruzes. Preciso que a força e o poder de Tuas Mãos, que suportaram a mais profunda dor ao serem pregadas na Cruz, reergam-me e curem-me agora. Jesus, não peço somente por mim, mas também por todos aqueles que mais amo. Nós precisamos desesperadamente de cura física e espiritual, através do toque consolador de Tuas Mãos ensanguentadas e infinitamente poderosas.Eu reconheço, apesar de toda a minha limitação e da infinidade dos meus pecados, que és Deus, Onipotente e Misericordioso, para agir e realizar o impossível. Com fé e total confiança, posso dizer: ‘Mãos ensanguentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz!Vêm tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!’”
*Concluir cada dia, rezando um Pai Nosso e um Glória, em agradecimento às graças, bênçãos e milagres que serão concedidos pelas Mãos ensanguentadas de Jesus através desta Novena.

Fonte:

A RODA DA VIDA - Roberval Paulo

Hoje, 02 de agosto do ano de 2019, mais uma sexta feira. Mais um fim de semana que chega para descanso depois de uma semana como todas. De trabalho e cansaço, de realizações e sonhos, de buscas e encontros, enfim, da batalha incansável que é a vida, que é o viver.

A rotina reclama sempre o seu lugar. Chega a sexta tão ansiosamente esperada, junto com os preparativos para o tão merecido descanso. Um acordar pouco mais tarde, uma ligação dos amigos, o tão gratificante e contagiante e empolgante futebol. Umas cervejas, churrasco, conversa que vai e que vem e sorrisos que não se conta.

O filho correndo solto e sendo admirado. O momento que não devia acabar; devia durar mais que o sentimento. A mulher de tantas lutas e o seu tão nobre amor, sempre dispondo, doando, amando. A alegria se faz tão doce que até parece que todo o mundo é seu.

A vida segue o curso e a visita, a família e todos os agregados desse universo de amor trás deleite e repouso ao coração. A mãe, o pai e a benção do amor maior que te faz suspirar e de fato saber quem és.

O domingo de missa, de culto, de Deus. De reunião em comunidade, de louvação, de comoção, de comunhão. De entrega, agradecimentos e de pedidos para os seus, para a vida, para o amigo com problemas, para a justiça imperar. Para o governo em desgoverno, para a mãe ter mais saúde, para a promoção chegar e a vida ser melhor.

A alma está lavada, o coração tá quase puro e o tão desejado fim de semana já dá mostras de cansaço, suspira em breve adeus e caminha para o fim. O sono está se aproximando e lentamente e em ritmo de dormência vai assumindo o comando, preparando-te para a segunda feira que logo acenderá no horizonte e tudo recomeça outra vez.

É a roda viva da vida que tão vivo e mágico faz o nosso existir. Mais disposição, mais correria; é quase um mais de tudo no enfrentamento da sobrevivência. O trabalho, a feira, a escola e os dias brancos que cansam, mais que é bom. Compromissos e obrigações, aspirações e suor e o penoso e doce ansiar pra que a sexta chegue logo.

É o mais do mesmo sempre, mas tudo é tão novo e diferente que trás até a impressão que a rotina "desrotinou-se" e agora opera a seara da novidade, fazendo novo e alentador o que já é demasiadamente velho. Demasiadamente velho, mas novo no giro que a roda dá. A roda viva que gira girando o nosso existir, gira desejos e sonhos e nos faz esperançar. Faz o moço ficar velho para depois remoçar.

Roberval Paulo