sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A RODA DA VIDA - Roberval Paulo

Hoje, 02 de agosto do ano de 2019, mais uma sexta feira. Mais um fim de semana que chega para descanso depois de uma semana como todas. De trabalho e cansaço, de realizações e sonhos, de buscas e encontros, enfim, da batalha incansável que é a vida, que é o viver.

A rotina reclama sempre o seu lugar. Chega a sexta tão ansiosamente esperada, junto com os preparativos para o tão merecido descanso. Um acordar pouco mais tarde, uma ligação dos amigos, o tão gratificante e contagiante e empolgante futebol. Umas cervejas, churrasco, conversa que vai e que vem e sorrisos que não se conta.

O filho correndo solto e sendo admirado. O momento que não devia acabar; devia durar mais que o sentimento. A mulher de tantas lutas e o seu tão nobre amor, sempre dispondo, doando, amando. A alegria se faz tão doce que até parece que todo o mundo é seu.

A vida segue o curso e a visita, a família e todos os agregados desse universo de amor trás deleite e repouso ao coração. A mãe, o pai e a benção do amor maior que te faz suspirar e de fato saber quem és.

O domingo de missa, de culto, de Deus. De reunião em comunidade, de louvação, de comoção, de comunhão. De entrega, agradecimentos e de pedidos para os seus, para a vida, para o amigo com problemas, para a justiça imperar. Para o governo em desgoverno, para a mãe ter mais saúde, para a promoção chegar e a vida ser melhor.

A alma está lavada, o coração tá quase puro e o tão desejado fim de semana já dá mostras de cansaço, suspira em breve adeus e caminha para o fim. O sono está se aproximando e lentamente e em ritmo de dormência vai assumindo o comando, preparando-te para a segunda feira que logo acenderá no horizonte e tudo recomeça outra vez.

É a roda viva da vida que tão vivo e mágico faz o nosso existir. Mais disposição, mais correria; é quase um mais de tudo no enfrentamento da sobrevivência. O trabalho, a feira, a escola e os dias brancos que cansam, mais que é bom. Compromissos e obrigações, aspirações e suor e o penoso e doce ansiar pra que a sexta chegue logo.

É o mais do mesmo sempre, mas tudo é tão novo e diferente que trás até a impressão que a rotina "desrotinou-se" e agora opera a seara da novidade, fazendo novo e alentador o que já é demasiadamente velho. Demasiadamente velho, mas novo no giro que a roda dá. A roda viva que gira girando o nosso existir, gira desejos e sonhos e nos faz esperançar. Faz o moço ficar velho para depois remoçar.

Roberval Paulo


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