quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FLAMENGO E AVAÍ - é nesta QUARTA, pelo BRASILEIRÃO

Sem vencer há quatro jogos, Fla visita o animado e desesperado Avaí

Time da casa vem de vitória heroica no clássico contra o Figueira, mas tem
pela frente um candidato ao título. Ronaldinho dá 'até logo' rumo à Seleção

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis
O Flamengo começa nesta quarta-feira, contra o Avaí, às 21h50m, na Ressacada, a segunda parte do seu caminho na briga pelo título. Na primeira partida pelo returno do Brasileirão, o Rubro-Negro tenta quebrar uma sequência de quatro jogos sem vitórias na competição, enquanto o time catarinense tenta pegar o embalo pela vitória por 3 a 2 sobre o rival Figueirense na última rodada para espantar o fantasma do rebaixamento.
Na vice-liderança com 36 pontos, um a menos do que o Corinthians, o Flamengo completou uma série de quatro partidas sem vencer: empate com o Palmeiras (0 a 0), derrota para o Atlético-GO (1 a 4) e mais dois tropeços contra Internacional (2 a 2) e Vasco (0 a 0).
Depois da partida, Ronaldinho Gaúcho se apresentará à Seleção Brasileira para o amistoso contra Gana, na próxima segunda-feira. O craque desfalcará a equipe na partida diante do Bahia, domingo, no Engenhão.
Enquanto o Flamengo luta na parte do alto da tabela, o Avaí tenta sair da incômoda 18ª colocação. Com 17 pontos, o time venceu apenas quatro vezes no Brasileirão e vive assombrado pela degola. Além disso, a equipe tem a defesa mais vazada da competição: 40 gols sofridos em 19 jogos.
header o que esta em jogo
Avaí:  o time mostrou grande poder de superação  no clássico contra o Figueirense. Mesmo jogando na casa do rival e depois de ficar duas vezes atrás no placar, a equipe conseguiu a virada heroica e esse desempenho é tido como um exemplo em busca da reação, já que o Avaí ainda amarga a zona do rebaixamento.
Flamengo: O Flamengo segue em busca da liderança do Brasileirão. Com 36 pontos, o Rubro-Negro quer bater o Avaí, e torce por um tropeço do Corinthians, que tem 37, diante do Grêmio, no Pacaembu. O Rubro-Negro vem de uma sequência de quatro partidas sem vitórias no Brasileirão..
header as escalações 2
Avaí: Diogo Orlando entra na vaga do suspenso Acleisson. A dúvida fica no ataque. Robinho poderá permanecer no time. Rafael Coelho, que cumpriu suspensão no domingo, treinou entre os reservas nesta terça. O Avaí deverá entrar em campo com Felipe; Gustavo Bastos, Bruno e Dirceu; Arlan, Diogo Orlando, Pedro Ken, Lincoln e Romano; William e Robinho (Rafael Coelho).
Flamengo: com os desfalques de Airton e Alex Silva, lesionados, e Welinton e Junior Cesar, suspensos, Vanderlei Luxemburgo terá a volta de Thiago Neves, recuperado de um estiramento na coxa direita. O treinador não confirmou o time, mas a equipe que deve ir a campo é Felipe, Léo Moura, Gustavo, Ronaldo Angelim e Renato; Willians, Luiz Antonio, Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid.
quem esta fora
Avaí: Acleisson, suspenso. Cássio e Caçapa seguem machucados
Flamengo: Luxemburgo não poderá contar com Airton, que se recupera de cirurgia no joelho esquerdo, Maldonado, em fase final de preparação física após lesão, Alex Silva, que se contundiu na partida contra o Vasco, e David Braz, que sofreu com uma forte amigdalite.
header pendurados
Avaí: Arlan, Cleverson, Gustavo Bastos, Marcos Paulo, Romano e William.
Flamengo: Felipe, Bottinelli, Willians e Muralha.
header fique de olho 2
Avaí: o lateral Arlan teve grande atuação no clássico contra o Figueirense, com ótimas assistências. William, autor de dois gols no último domingo, também merece destaque.
Flamengo: Diante do Vasco, no último domingo, Ronaldinho Gaúcho passou em branco. Com 10 gols no Brasileirão, o jogador é, como de costume, a grande aposta do Flamengo para conseguir a vitória. Depois da partida, o camisa 10 segue para a Seleção Brasileira, para o amistoso contra Gana.
header o que eles disseram

Toninho Cecílio, técnico do Avaí: "Precisamos ter disciplina tática, conservadorismo defensivo, cautela de respeitar o adversário e diminuir os espaços. O Flamengo é candidatíssimo ao título não só pela equipe, pela camisa e história. O seu comandante é um dos melhores treinadores com quem já trabalhei".
Felipe, goleiro do Flamengo: “Não podemos deixar mais pontos para trás. Em duas oportunidades, ficamos quatro jogos sem vencer e depois engatamos quatro vitórias seguidas. Esperamos que isso possa acontecer também contra o Avaí”
header números e curiosidades
* Quem venceu mais? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
*Avaí e Flamengo se enfrentaram apenas seis vezes pelo Campeonato Brasileiro. O primeiro confronto aconteceu em 1974 (27/04/74), em Florianópolis, e teve vitória do Flamengo por 1 a 0, gol de Zico. Em 2009, Fla e Avaí empataram sem gols no Maracanã e, no returno, o Avaí venceu por 3 a 0 na Ressacada, gols de Luís Ricardo, Léo Gago e Fabinho Capixaba. Ano passado, empate por 1 a 1 no Maracanã e por 2 a 2 na Ressacada. No primeiro turno deste ano, goleada rubro-negra por 4 a 0 em Macaé.
* Computando jogos por diferentes competições e amistosos, foram 11 confrontos entre Flamengo e Avaí, com sete vitórias do Fla, três empates e uma vitória do Avaí, 22 gols do Fla e 11 da equipe catarinense. Curiosamente, todos os cinco amistosos entre Flamengo e Avaí tiveram vitórias da equipe rubro-negra (3x0/61; 4x2/67; 2x1/87; 2x0/94; 3x2/2000). O primeiro confronto entre Flamengo e Avaí aconteceu há 50 anos. No dia 04/06/61, o Fla venceu por 3 a 0, gols de Henrique (dois) e Gérson em amistoso disputado em Florianópolis.
header último confronto v2 
No dia 25 de maio, em Macaé, o Flamengo não tomou conhecimento do Avaí e goleou por 4 a 0, com gols de Bottinelli, Ronaldinho, Thiago Neves e Diego Maurício. A partida foi válida pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. 

Blog Roberval Paulo: AMOR PRIMEIRO - Roberval Paulo

Blog Roberval Paulo: AMOR PRIMEIRO - Roberval Paulo: Primeira vez ela me olhou E eu pensei em casamento Era como se o sol passeasse no jardim E despertou o amor em mim As flores e o firmamento ...

AMOR PRIMEIRO - Roberval Paulo

Primeira vez ela me olhou
E eu pensei em casamento
Era como se o sol passeasse no jardim
E despertou o amor em mim
As flores e o firmamento

Segunda vez que ela me olhou
Desfiz as malas da viagem
Era como se o inferno tivesse chegado a mim
Ela falava tanto em mim
Que reversou meu pensamento

O amor tal como chega
Se vai embora
Segue lento como as horas de um dia em pesadelos
Tão ligeiro como o vento
Vai varrendo a nossa história

De um amor que se iludiu na ilusão desiludida
De um quarto se memória.

Roberval Paulo

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Blog Roberval Paulo: SONHOS E ESPERANÇAS

Blog Roberval Paulo: SONHOS E ESPERANÇAS: Recomeçar todo dia até o anoitecer O sol se esconde, é hora de dormir Recuperar sonhos perdidos Se...

SONHOS E ESPERANÇAS



Recomeçar todo dia até o anoitecer
O sol se esconde, é hora de dormir
Recuperar sonhos perdidos
Se embrenhar na imensidão da noite
O dia também é grande
E as forças precisam estar renovadas.

Todo dia é o mesmo dia
De um novo dia que surge com a manhã
Manhãs novas, manhãs escuras
Manhãs verdes de sonhos e esperanças
Manhãs azuis de palavras e começos
Recomeço no começo de um novo dia.

Roberval Paulo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A CASA DA SEREIA - Roberval Paulo - "Um texto extraído do fundo da alma...


No fundo do mar, bem lá no fundo, no lugar encantado do mar existe casa. Casa mesmo, de verdade; casa de tijolos e telha, casa seca, com móveis, colchão macio, geladeira, fogão, churrasqueira; é, dá até pra se fazer churrasco. Tem chuveiro quente, varanda... quintal com árvores, flores e pardais.

É lá que habita a sereia do mar. Quando desencanta, é claro. E lá ela é mulher de verdade, a mulher mais linda do mundo, e com duas pernas, igual as das outras mulheres e com tudo o mais de mulher. Lá ela não tem calda de peixe não. Lá ela é mulher de verdade, de verdade mesmo e que sabe tudo de amar e de amor.

Bobo que não sou, é lá que eu quero ir; é lá que eu quero chegar. Só aguardo a aparição da sereia pra me mandar daqui e seguir com ela. Quando ela aparece, te atrai. E se te beija, você se encanta com ela e aí, não se afoga, pode ir no fundo do mar até a casa da sereia. E lá, depois do encanto, você será um homem feliz e terá do seu lado a mulher mais linda do mundo e também o seu amor. Felicidade eterna, posto que lá não se envelhece. Lá o tempo não passa, pois lá não se vê a luz do sol. Tudo debaixo do sol passa, porém, lá é diferente. Como não é iluminado; não é alcançado pela luz do sol, essa morada fica imune a ação do tempo.

Só existe uma situação em que tudo pode mudar. Não se pode perder o amor da sereia amada. É diferente da vida aqui, acima das águas e debaixo do sol. Ela precisa estar apaixonada sempre. E para isso, tu precisas lhe devotar todo o amor do mundo, amá-la todos os dias e noites, satisfazer todos os seus caprichos e desejos, dedicar  todo o seu tempo de vida  à sereia amada. Ela, realmente, precisa estar sempre apaixonada, porque senão, desfaz-se o encanto. Se ela se desencantar de você, ela se veste de sua calda de peixe e vem à praia seduzir um outro amor. E se isso acontecer, você já é passado pra ela. E como a vida no fundo do mar; a vida de casa de sereia é imune a ação do tempo pela ausência da luz do sol, isso quer dizer que lá o passado não existe, e, consequentemente, você também não mais existirá, desaparecendo como que em um encantamento, extinguindo-se na imensidão das águas, que, por sua vez, notícia alguma darão de ti, sendo o seu fim eterno, sem direito a uma nova chance.

Então, em se encantando e se enamorando dela, não perca o amor da sereia amada; não dê motivos para que ela venha a deixar de gostar de você. Sede fiel e único em sua vida e assim a terá por toda a eternidade, pois o amor verdadeiro jamais morrerá. O amor perdura por toda a vida, seja lá, seja cá, e, uma vez perdido, despedaça, e, despedaçado, seus cacos nunca mais se juntarão, tanto lá, como cá. Então, seja o seu amor sereia ou mulher; seja lá ou seja cá, ame-a com todas as suas forças, e lealdade, e amor, e dedicação para não vê-la partir, pois, assim acontecendo, na sua partida, tanto lá, como cá, se dará o desencanto, o desencanto do amor e aí, será tarde, porque, com ou sem a ação do tempo, o gatilho apertado não trás mais a bala de volta. É assim no amor. Uma vez perdido, a estrada se torna triste e você, sozinho, e, sozinho, é nada e o nada se extingue, seja nos segredos do espaço ou no mistério das águas, passando a ser só saudade. Saudade sabe, daquelas que não se vê e não se toca, só se sente. Sentimento inaudível, inexplicável, insolúvel, só sentimento. De sentir e de doer, enquanto o tempo, tanto lá, como cá, se esquece das horas; se esquece de si próprio e acelera sua marcha rumo ao incerto e sabido, o único mal... ou bem... irremediável, que amarga a face do nosso destino sobre este... ou outro mundo. Não vou mais querer ir à casa da sereia.

Roberval Paulo

POEMA DAS COISAS - Roberval Paulo


Ajuntei algumas palavras
e formei um arco-íris
Arco-íris de flores, não de cores
Que dizia ao mundo o colorido dos sonhos.

Ajuntei os sonhos do dia
E com a noite sem sonhos misturei
E formei o corcel enluarado do verde
Que dizia os matizes das noites de luar e mar,
E a esperança me brotou dos olhos
Qual fino cristal límpido e triste
Cristalino e discípulo do orvalho da manhã.

Ajuntei as coisas do meu sentido
Misturadas às coisas que só de coisas sabiam
E extraí dessas o sentido maior das coisas
Onde o Invisível e o Indizível
Se coisificam.

E nesse ajuntamento das coisas com outras coisas
A realidade virou só poesia
E um ser superior e efêmero
Adâmico e Mosaico e reluzente
Me levou pelo buraco negro iluminado
Da janela biônica da vida.

Visitei castelos e reinos e princesas
Mata virgem, céu azul, água verde e dinossauros
Viajei na cultura dos Astecas e dos Maias
Naveguei o mar vermelho entre unicórnios e centauros
Das pirâmides egípcias fiz uma ponte à Grécia Antiga
Ligada à Roma pela crença milenar do Oriente
A deusa Tétis brincava nas asas da Fênix
E Nero passeava pelo jardim do Éden
Golpeando Aquiles à espada dos Samurais
Pela Ibéria e Esparta fui vagando vagamente
Na terra santa vi o cordeiro  
Caminhando e pregando mansamente
Em meio aos anjos entoando suas cantigas e corais.

Toquei a evolução de Adão
E de outras e mais outras civilizações
Ainda mais novas e remotas de razões
Que vem desaguar em Marte
Quando neste tinha mar.

Fiz uma confusão e profusão de coisas
Que coloriu o Monte Olimpo
De toda sorte de deus
E no azar da sorte, não minto
Eu vi um deus pé de pinto
Ocupando o trono de Zeus
E de Hércules a Thor, geração por geração
Todos teletransportados no tempo rumo ao sertão
E no calor da caatinga, sem açude, só cacimba
Seguidos por Lampião e, no encalço, os cangaceiros
Foi em Canudos que se deu e o mediador era eu
O grande encontro dos deuses
Com Antônio Conselheiro
E a república e os deuses se organizaram em motim
E os deuses, desencarnados, se voltaram contra mim
E a vida-matéria em Canudos rolou por terra, foi o fim
Daqueles que só tinham trabalho e fé pra lutar
E eu me revoltei com os deuses e disse que eram só coisas
E eles e a república me disseram escaupelar
Feito os índios da América; a outra América distante
Salva sempre por Deus em desvarios norte-americanos
E os deuses-coisas, vencidos, espernearam e fugiram
Tangidos pelo rugido da minha imaginação
Feridos de morte pelos raios da razão
Alvejando e aniquilando democratas e republicanos.

Ajuntei meu espírito e alma que vagavam
E meu físico e minhas enervantes pernas
E minha força e toda a força dos sonhos
E saí em debandado despertar
Acordei no chão do meu quarto, exausto
Em meio às coisas que eu não ajuntei.

Quis ajuntá-las e vi a viagem da morte
Na porta aberta do sonho da outra noite
No espelho, Narciso se banhava e sorria
E Afrodite se despia aos meus olhos, arfante e sôfrega.

Olhei para as coisas, depois para mim
Fechei os olhos e me encolhi sob o cobertor
Quase morri sufocado de gôzo e de calor
E não mais abri os olhos naquelas manhãs de outono
E lá se foram todas as coisas em enganos e desenganos
E a manhã desabrochou, sonolenta e cismada, na poesia do jardim.

Roberval Paulo

A GRANDE PELEJA - Roberval Paulo


As ondas passavam pela praia e, batidas pelo vento, iam chocar-se no calçadão, num surdo rumor de riso e raiva. Voltavam desanimadas para o mar, restabelecendo as forças. Tornava a investir; dessa vez mais forte. Nunca vi tamanha insistência, persistência. O calçadão agüentava firme. Molhado até os ombros, triunfava orgulhoso.

E lá vinha novamente a onda, uma, duas, três, muitas... unidas, uma atrás da outra, no mesmo objetivo. E o calçadão firme, resistia a tudo. As ondas cadenciavam o jogo, trocavam passes, misturavam-se, confundindo, e pimba, atacavam. O calçadão rebatia todas, goleiro de seleção; melhor não podia haver.

E o dia se passou nesse embate. O sol já se punha, extasiado, passando o apito. A lua agora arbitrava a gigantesca peleja.

E eu ali dando asas à imaginação, dando vida própria aos combatentes que, aos meus olhos, já pareciam um tanto quanto cansados. Mas não desistiam; continuavam a se bater, medindo forças. Me cansaram. Me cansei.

Olhei novamente e contemplei a peleja. Me afastei, sem ver o “grand finali” de tão fenomenal batalha. Precisava ir. Estava cansado mas, remoçado e novo, inteiro, quase uma criança. Olhei para o horizonte descortinado à minha frente. O compromisso esperava. Dei adeus aos combatentes e bati em retirada. A família queria me ver.

Roberval Paulo