O menino Jesus nasceu!
Num estábulo, uma
mangedoura, em meio aos animais. Em um ambiente rústico e pobre mas, carregado
da energia vital do existir e da essência viva da vida na natureza. Trouxe em
si a simplicidade para o mundo e a humildade das almas generosas.
O menino Jesus nasceu! Não
tinha mansões, nem castelos, nem riqueza, nem tão pouco ostentação. O
berço foi arquitetado ali, na hora e, astuciosamente, feito com palhas, a
matéria prima disponível no ambiente e que agasalhou bem alcochoadamente
aquele minúsculo corpinho cheio de divindade e o aqueceu do seu próprio calor;
o calor da vida em sua total plenitude.
O menino Jesus nasceu e
não trouxe consigo poder nem ouro; nem palácios, nem reis. Não trouxe ambição
ou egoísmo, muito menos soberba ou preconceito. Nem inveja, nem luxo; nem
maldade e nem destruição.
O menino Jesus nasceu e
trouxe sim, a construção de um mundo novo.
A boa nova foi anunciada e
o verbo de Deus se fez carne, para habitar a terra e salvar a humanidade tão
sem rumo, cumprindo-se assim as escrituras sagradas.
O menino Deus nasceu e
trouxe à humanidade, o amor perdido, esquecido e sepultado na ambição e egoísmo
dos homens. Trouxe simplicidade e humildade; trouxe generosidade e os
ensinamentos para uma vida reta, justa, digna e repleta de amor de uns
para com os outros.
O menino Jesus, nosso Deus
e Salvador; nosso ser onipotente e divino tornou-se em carne; tornou-se homem
para a salvação da humanidade, sua imagem e semelhança.
E, na sua pureza de homem
santo, foi perseguido. Foi julgado, condenado e sacrificado, sentindo no
corpo e na alma, a dor e o abandono daqueles que tanto amou e ama, feitos, por
amor, à sua imagem e semelhança.
Jesus Cristo morreu
pregado no lenho da cruz para a salvação do mundo.
Quanto sacrifício! O
sacrifício da própria vida por aqueles que o negaram e renegaram e o
abandonaram, lavando as mãos.
A vida venceu a morte, é o
que nos é pregado. Será que realmente venceu?
Como a vida venceu se
continuamos a morrer todos os dias. Não estou aqui falando da morte em seu
sentido literal e natural.
Estou falando da morte que
sofre a sociedade todo dia.
A morte pelo desprezo, pelo
descaso, pelo abandono.
A morte pela
exclusão, discriminação; a morte pelos preconceitos.
A morte pela ambição e
egoísmo dos que querem sempre mais, não se importando com a vida dos seus
iguais.
A morte pela acumulação de
riquezas que confinam no curral da miséria sociedades inteiras que mais
parecem bichos largados e caminhando sem destino, aguardando a hora não
programada da triste partida.
A morte protagonizada
pelos artistas-vilões mor dos sistemas e organizações políticas que rezam nas
suas constituições o cuidado e o zelo com a população.
A morte pela falta de amor
do homem para com o homem.
A morte pela falta de amor
do homem para com o seu igual, unicamente.
O menino Jesus nasceu.
É Natal! É Natal.
É Natal?
É Natal e eu não sei o que
fazer nem o que dizer.
É natal e tudo continua
igual como se o natal já fosse antes do nascimento.
Jesus Cristo nasceu
e...que ele não volte senão o matariam de novo.
Que Jesus só habite em
nossos corações. Em todos os corações da humanidade e das vidas todas.
E que o natal
seja...........................................................Natal. Somente
Natal...
Roberval Paulo
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