Musicaria Brasil |
Um blog que se propõe a lhe atender meu querido leitor. Acesse sem receio, leia tudo, cure seus medos, reflita e siga em paz. Que os seus caminhos encontrem a saída e que esta porta lhe transporte à essência do insinuante e insondável sentimento do ser... Roberval Paulo
terça-feira, 10 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
ATITUDE - É PRECISO TER - Roberval Paulo
Eu gosto das boas atitudes
A atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui
A atitude de dar de beber a quem tem sede
De alimentar a quem tem fome.
A atitude de levar um sorriso a quem não sabe sorrir
De levar um abraço a quem já não mais abraça
A atitude de sonhar o sol, mesmo que este não se dê aos sonhos.
Quero luz e que a luz da vida esteja em todos
Que a vida seja farta e que na linha de chegada
Possamos partir rumo ao bom
Que o bom é viver.
Gosto de atitude, das boas atitudes
E de perder
Que ganhar é muito fácil.
E que de boas atitudes
Seja o mundo repleto
Seja a vida completa
De sonhos, de amor e de paz
De sol, de luar, de cantar
Na terra onde tudo é breve.
Roberval Paulo
MISTERIOSO VIVER - Roberval Paulo
Já morri muitas vezes na ingratidão de pessoas queridas e amadas.
Já chorei lágrimas que nem minhas eram pela solidariedade e pelo sentimento mágico do sofrer e amar juntos.
Substituí, pelo amor, pessoas insubstituíveis.
Perdi tantas vezes que sempre busquei em mim o caminho de ganhar.
Esqueci acontecimentos que muito me judiaram e que diziam-se inesquecíveis.
Mas, vivi!
Vivi mesmo quando só de morte se apresentava o horizonte.
Vivi mesmo quando a vida me indicava a estrada de morrer.
Fui derrubado inúmeras vezes e, pela insistência, persistência e pela necessidade enigmática da missão continuar, pus-me sempre de pé.
Suportei dores ditas insuportáveis.
Perdoei quantas vezes necessárias fossem pelo espírito do Deus humilde que habita a alma e o coração dos homens e que nos faz lembrar sempre do quanto nada somos.
Transpus obstáculos da realidade intransponível pela alegria inconteste e extremamente prazerosa do “tudo vale a pena se a alma não é pequena”, - lema do grandioso mágico das palavras Fernando Pessoa.
Saí fortalecido pós cada derrota sofrida e em frente segui, confiante e esperançoso, por acreditar que “no fim tudo dá certo. Se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim”, - conselho do nosso tão perspicaz Fernando Sabino.
Procurei ser sensato quando a insensatez comandava todos os meus sentidos, pela inteligência inata que nos permite, com esforço, usar a razão como guia da emoção e do instinto.
Busquei um fio de prudência que fosse, quando só de imprudência e irresponsabilidade era o meu ser povoado, pois assim me situava, posicionando-me na linha reta do meu pensar torto.
Desafiei tanto a vida que a aventura da morte de mim fugia e renegava-me, resignando-se, por compreender o risco inerente, constantemente inconstante, no perigo iminente do viver desejável e indecente do mundo, mas que carrega a crença inviolável na verdade e decência do “tudo posso naquele que me fortalece”.
Mas, contudo, todavia, entretanto e, sobretudo, vivi.
Vivi mesmo quando a vida insistia em desistir.
Vivi mesmo com a sorte a léguas de mim distante, que corria à minha frente, em seu galope ligeiro, certeiro e indiferente, sem querer minha chegada.
Vivi com a adversidade visitando o meu terreiro, me fiz ser passarinheiro quando não podia andar e caminhando ou voando, chorando ou se alegrando, construindo ou destruindo, caindo e se levantando, planejando ou improvisando, morrendo ou ressuscitando, fui vivendo e revivendo, vagando e porfiando, “pois quão bom é porfiar”- (Basílio da Gama, em o Auto da Barca do Inferno).
Enfim, sempre experimentando e em mim revigorando a força vital do existir, a única realidade, última oportunidade, em verdade, consequente que, irremediavelmente, vai se haver com o inevitável, mal ou bem, inexplicável, intrigante, incontestável, cumprindo o oráculo santo para enfim renascer.
É o começo do fim, ou o fim do seu começo, que vai dar na eternidade, que não se sabe vida ou morte, nem rumo sul e nem norte, se indo a desnascer.
Roberval Paulo
GURUPI É O CAMPEÃO DO 1º TURNO DO TOCANTINENSE
GURUPI VENCE TEC E CONQUISTA O 1º TURNO DO TOCANTINENSE
Matéria de Gil Correa, extraída do Blog Edson Fonseca
Com gols de Héder, Israel e Thiago Campos, o Gurupi venceu o Tocantinópolis por 3 a 1 - Bruno descontou de pênalti para o TEC - e conquistou o título do primeiro turno do Campeonato Tocantinense de Futebol Profissional do Tocantins.Com o título, o time do sul do estado está garantido na grande final, o que pode ser evitado se conquistar também o returno. Com poucos torcedores no Estádio Resendão, por conta do feriado prolongado que na cidade começou na quarta e pela chuva forte que caiu uma hora antes do jogo, o Gurupi entrou em campo com a vantagem do empate. E literalmente, jogou com o regulamento debaixo do braço.Jogando em casa, o time gurupiense entrou como a torcida queria, pressionando o TEC, chegando a ter domínio territorial, mas não teve e nem produziu perigo efetivo contra o gol do goleiro Pitanga.O time dominava, atacava, mas não finalizava, mas com essa postura inibia o ataque to verdão do norte. Mas aos poucos o time do TEC, que precisava do resultado positivo por qualquer placar, se soltou e foi o primeiro a ter grande chance de gol, com Evaldo Fuzuê, driblando o goleiro, mas com o zagueiro Wendel tirando de cima da risca. O outro lance de grande perigo de gol no primeiro tempo também foi do TEC, na cobrança de falta do zagueiro Bruno, que o atacante cabeceou no travessão de Santos, para alivio do time gurupiense. A nota triste do primeiro tempo foi a cotovelada do experiente jogador China aos 35 minutos, no ala esquerda Jalles, não restando outra coisa ao árbitro Adriano de Carvalho a não ser expulsar o volante merecidamente, embora o árbitro tenha sido condescendente com o zagueiro Wendel que fez falta violenta no principio do jogo no atacante tocantinopolino e foi apenas amarelado por Carvalho.No segundo tempo, quando se esperava um time mais audacioso, o Gurupi entrou recuado e com isso o TEC, ainda que com 10 jogadores jogou melhor até os 18 minutos, quando num lançamento para a área do TEC, o goleiro Pitanga ao dividir com Héder, pisou na "fruta" e furou possibilitando ao meia gurupiense bater na bola quase da linha de fundo, com a bola entrando mansamente no canto direito do goleiro, para desespero dos zagueiros que ainda tentaram salvar o lance.Mal deu tempo para o time se recuperar e Israel, que acabara de entrar, no seu segundo lance, recebeu na área e com uma jogada de corpo tirou o zagueiro e com tranquilidade esperou o goleiro sair e tocou para o gol, marcando o segundo do Camaleão do Sul. O TEC descontou aos aos 25 numa linda jogada de Renan, que tabelou com o atacante Evaldo e o zagueiro Rodrigo, em jogada infantil e quase na linha de fundo, aplicou um carrinho acertando Renan. Penalidade clara que Bruno cobrou no canto esquerdo de Santos, que desta vez nada conseguiu.Aos 35 minutos Lúcio recebe lançamento de Israel e toca para Thiago Campos chutar na saida de Pitanga e ampliar para 3 a 1 o placar para o time gurupiense. Dois minutos depois, Jalles entra em velocidade pela esquerda e o goleiro Pitanga sai do gol e faz falta na meia lua. Como Jalles era o último homem, Pitanga foi expulso e a falta não foi aproveitada pelo cobrador. A partir dai, com a torcida já comemorando a vitória e o título, os jogadores tocaram a bola até o apito final de Adriano de Carvalho e após receberem o troféu, entregue ao capitão Lúcio, fizeram a volta olímpica.
A renda foi de R$ 8.565,00 para um público pagante de 957, não pagantes 210, com público total de 1.167.
O Gurupi estreia no segundo turno no próximo sábado em casa contra o Tocantins e o
Tocantinópolis viaja até Guaraí para enfrentar o time da casa.
Na foto, os jogadores do Gurupi comemoram o título com os torcedores dentro do gramado do Resendão.
Gil Correa.
A renda foi de R$ 8.565,00 para um público pagante de 957, não pagantes 210, com público total de 1.167.
O Gurupi estreia no segundo turno no próximo sábado em casa contra o Tocantins e o
Tocantinópolis viaja até Guaraí para enfrentar o time da casa.
Na foto, os jogadores do Gurupi comemoram o título com os torcedores dentro do gramado do Resendão.
Gil Correa.
Postado por EDSON FONSECA às 19:11 |
TÚLIO - Atacante em busca do Milésimo GOOLLL!
A 15 GOLS DO MILÉSIMO TULIO DEIXA O CSE E PROCURA NOVO CLUBE
do Blog Edson Fonseca
Túlio Maravilha anunciou neste domingo, via Twitter, que está de saída do CSE, time de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Segundo o atacante, seu contrato se encerra nesta segunda-feira.De acordo com as contas de Túlio, faltam 15 gols para o artilheiro chegar à marca de mil na carreira. A ideia é conseguir um novo clube para marcar mais oito gols e, quando faltarem sete, voltar ao Botafogo para encerrar a saga pelo milésimo.
- Meu contrato pelo clube venceu (sic) dia 09 de abril. E faltam 8 gols para eu voltar para o Botafogo e fazer os 7 gols. Então sendo assim o clube que tiver interesse em fazer parte desta campanha pelo milésimo gol estou de portas abertas - disse o atacante, para em seguida divulgar o endereço de seu site oficial, no qual é possível entrar em contato.Túlio chegou ao CSE em janeiro. O atacante marcou dez gols com a camisa do clube. O time foi o sétimo colocado no primeiro turno do Alagoano. No segundo, aparece na terceira posição. globo.com.
Postado por EDSON FONSECA às 20:01 |
terça-feira, 3 de abril de 2012
UM SONHO - Roberval Paulo
Um sonho
Uma flor que eu vi nos teus cabelos
Um sorriso numa tarde ensolarada
Um violão, uma canção
Um sorriso bem aberto e tão de perto
Um olhar manso e certeiro que invadiu a minha alma
Minha mão visitou num roçar leve a tua face
E na presença desse ser e seu sorriso tão divino
Eu me espraiei me esbaldei e me sorri igual menino
E me senti assim sorrindo subindo ao infinito céu.
Roberval Paulo
MENORES ABANDONADOS - Roberval Paulo
Pe. Zezinho escreveu em uma linda música da sua imensurável obra, que carrega exatamente esse título: "MENORES ABANDONADOS / Alguem os abandonou / Pequenos e mal amados / O progresso não os adotou". (Pe. Zezinho).
Realmente, o progresso não os adotou.
Renato Russo, num outro momento, questionava: "Que país é este? Que país é este?
E eu questiono até hoje, sem poder disfarçar a tristeza da impotência e a naturalidade e normalidade do mea culpa. E, revestido de uma amarga revolta, parafraseando Renato Russo, replico: Que progresso é este? Como chamar progresso um sistema que abandona crianças que ainda nem gente "adulta" é ao destino das ruas sem direção e ao acaso de tão malfadada sorte? Que modelo de sociedade construímos?
E ainda batem no peito e mostram a cara lavada e sem culpa nem vergonha nenhuma dizendo que a onda agora e necessidade primeira é um tal desenvolvimento sustentável. Que precisamos continuar nos desenvolvendo porém sem agredir e sem destruir. Não sabem o que estão dizendo. Ou sabem e disfarçam a realidade nua e crua pela fantasia de um discurso e de um sistema que exclui, segrega e extingue vidas das mais diversas todos os dias.
Quer agressão maior do que matar e aniquilar sonhos e desejos de gerações inteiras? Quer agressão mais cruel do que continuar a deixar dormindo quem ainda nem acordou? Como redimirmos-nos um dia por ferirmos com aço letal e fatal os sonhos coloridos de cores mil do tempo de criança e transforma-los na fatalidade clara e real do preto no branco essa geraçãozinha que continuamos cinicamente a dizer e com todas as letras que esses são o futuro do amanhã? Quanta hipocrisia. Que sociedade continuamos a reinventar e aprimorar mundo e tempo a fora. Porque, salvo as conquistas tecnológicas que atende, se manifesta e se consolida em todas as áreas, tudo dá no mesmo. Tudo tá no mesmo ou seja, a dominação dos mais fracos pelos mais fortes continua.
Foi assim desde os primórdios e continua tudo igual.
Aí vem os grandes estudiosos e falam de evolução da humanidade. Das conquistas, das descobertas. Dos modelos de sociedade construidos, modulados, destituidos e reconstruidos ao longo do tempo da existência humana. Das relações humanas, dos valores éticos e morais. Da revolução na indústria, do crescimento e consolidação do comércio, das relações comerciais internacionais. Do intercâmbio e interação dos governos. Da integração econômica mundial; transnacional. Da interferência e ingerência dos governos na cozinha alheia, onde não lhes dizem respeito.
Enfim, da globalização. Enfim, da maximização dos ganhos em geral por quem detém o capital, seja de onde for, seja onde for. Não importa a origem. Seja asiático ou árabe, europeu ou ocidental, lícito ou ilícito, fruto da exclusão ou da extinção do que seja, mesmo que sejam vidas, o capital é o capital e como tal é tratado em qualquer destino a que se dispuser chegar e normalmente e legalmente, é recebido com pompas e com todas as honras.
Que bonitinho. Tudo está igual desde quando começou. Fico tão baratinado e perdido quando passo a analisar que não sei a quem atribuir culpas e responsabilidades. Acho que a todos nós mesmos, enquanto sociedade que somos. Porque desde as antigas gerações é assim; os fortes e os grandes dominam e aos mais fracos e pequenos, cabe calar e aceitar.
Na geração dos dinossauros, igual. Dos homens das cavernas, na idade da pedra, tudo igual. Na geração de Adão e Moisés, tudo igual continuou. Quando JESUS CRISTO veio ao mundo para tudo mudar, tudo continuou exatamente como estava, no mesmo. O que esperar mais? Em que ou em quem acreditar ou por qual causa lutar se a história e o passar dos anos, geração por geração, nos mostra que nada mudou. Lá no livro bíblico do Eclesiastes, este já dizia: "Que é o que foi? É o mesmo que o que há de ser: Que é o que se fez? É o mesmo que o que se há de fazer. Não há nada que seja novo debaixo do sol, e ninguém pode dizer: Eis aqui está uma coisa nova. Porque ela já a houve nos séculos que passaram antes de nós. Não há memória do que já foi, mas nem ainda haverá recordação das coisas que têm de suceder depois de nós, entre aqueles que hão de existir em tempo a elas muito posterior." Eclesiastes, cap. 1, vers. 9-11.
Ele estava certo, mesmo tão questionado em seu tempo. Realmente não há nada que aconteça que se possa dizer: Vêde, isso é novo.
Sociedades e governos, em batalhas e guerras, continuam se degladiando e vencendo o tempo e, praticando tudo do igual.
O homem, nós, somos por nós mesmos, ambiciosos e trazemos junto à ambição o seu companheiro inseparável, o egoísmo. Aí está tudo e pronto. Com essas características que são nossas por natureza e tendo a oportunidade de desenvolvê-las, o resto que se dane.
Não importa o outro, quero saber é de mim. Não sei quem chora nem porque chora e isso não me importa nem me diz respeito, desde que eu possa continuar a sorrir. Essa é a nossa realidade.
Emily Bronte, grande escritora e poetisa britânica do século XVIII, autora de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES entre outros tantos, que publicou a sua primeira obra com o nome de homem em razão da segregação feminina da época, escreveu: "Se a mais vil das criaturas me esbofeteasse, eu não lhe retribuiria a ofensa e sim pediria desculpas por tê-la provocado." (Emily Bronte)
É bonito isso, muito fácil de dizer e até de escrever, sem precisar recorrer à grande escritora. Agora, viver é que são elas. Não carregamos em nós, apesar de sermos em mesma natureza, o espírito bondoso de JESUS CRISTO, que ofereceu o outro lado do rosto quando foi esbofeteado. Estamos mais para a popular lei de Gerson do bateu levou. É a lei do toma lá da cá e o resto que vá pras cucuias.
Falta amor ao próximo, como JESUS tanto pregou e difundiu e, principalmente, amor a nós mesmos. Este foi o legado de JESUS quando veio ao mundo: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." Mas nós, absortos e envolvidos que estamos e somos pela sobrevivência, diga-se de passagem, louca sobrevivência, não o demos ouvidos e não o entendemos e sim, o condenamos e o crucificamos.
Este mundo não pode ser abençoado se matamos aquele que dizem até hoje ser o nosso salvador. Podemos estar condenados por tempos sem fim e assim, levamos a condenar as nossas crianças.
E JESUS CRISTO, em sua infinita bondade e divina sabedoria, disse mais: "Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus."
Não o entendemos e não fomos capazes de o atender em seu mais doce e sublime ensinamento e, por isso, as nossas crianças andam ao léo por aí, pelas praças e becos e sinais e pontos de drogas e de prostituição das grandes cidades, tão maltrapilhas e esfarrapadas, tão esquecidas e abandonadas, tão exploradas e sacrificadas que nem crianças parecem.
São os filhos da luz que receberam só trevas nessa sua morada terrena mas que, um dia, podem ter certeza, subirão em luz para a luz da qual originaram, enquanto que estes, os mandantes, governantes, detentores do vil metal e acumuladores de riqueza e da desgraça alheia, esses irão e terão como morada o...
Ah! Deixa pra lá. Deixo estes ilustres às moscas e me recuso a falar sobre eles.
Que o tempo e a estrada que a tudo faz nada e morto e igual se encarregue de tudo e que nossos filhos e netos e assim por diante nos conduzam à quarta e última geração e dimensão, tão além deste mundo. Simplório mundo de carne e lama.
E que sejam perdoados os nossos pecados, se houver perdão.
Roberval Paulo
Realmente, o progresso não os adotou.
Renato Russo, num outro momento, questionava: "Que país é este? Que país é este?
E eu questiono até hoje, sem poder disfarçar a tristeza da impotência e a naturalidade e normalidade do mea culpa. E, revestido de uma amarga revolta, parafraseando Renato Russo, replico: Que progresso é este? Como chamar progresso um sistema que abandona crianças que ainda nem gente "adulta" é ao destino das ruas sem direção e ao acaso de tão malfadada sorte? Que modelo de sociedade construímos?
E ainda batem no peito e mostram a cara lavada e sem culpa nem vergonha nenhuma dizendo que a onda agora e necessidade primeira é um tal desenvolvimento sustentável. Que precisamos continuar nos desenvolvendo porém sem agredir e sem destruir. Não sabem o que estão dizendo. Ou sabem e disfarçam a realidade nua e crua pela fantasia de um discurso e de um sistema que exclui, segrega e extingue vidas das mais diversas todos os dias.
Quer agressão maior do que matar e aniquilar sonhos e desejos de gerações inteiras? Quer agressão mais cruel do que continuar a deixar dormindo quem ainda nem acordou? Como redimirmos-nos um dia por ferirmos com aço letal e fatal os sonhos coloridos de cores mil do tempo de criança e transforma-los na fatalidade clara e real do preto no branco essa geraçãozinha que continuamos cinicamente a dizer e com todas as letras que esses são o futuro do amanhã? Quanta hipocrisia. Que sociedade continuamos a reinventar e aprimorar mundo e tempo a fora. Porque, salvo as conquistas tecnológicas que atende, se manifesta e se consolida em todas as áreas, tudo dá no mesmo. Tudo tá no mesmo ou seja, a dominação dos mais fracos pelos mais fortes continua.
Foi assim desde os primórdios e continua tudo igual.
Aí vem os grandes estudiosos e falam de evolução da humanidade. Das conquistas, das descobertas. Dos modelos de sociedade construidos, modulados, destituidos e reconstruidos ao longo do tempo da existência humana. Das relações humanas, dos valores éticos e morais. Da revolução na indústria, do crescimento e consolidação do comércio, das relações comerciais internacionais. Do intercâmbio e interação dos governos. Da integração econômica mundial; transnacional. Da interferência e ingerência dos governos na cozinha alheia, onde não lhes dizem respeito.
Enfim, da globalização. Enfim, da maximização dos ganhos em geral por quem detém o capital, seja de onde for, seja onde for. Não importa a origem. Seja asiático ou árabe, europeu ou ocidental, lícito ou ilícito, fruto da exclusão ou da extinção do que seja, mesmo que sejam vidas, o capital é o capital e como tal é tratado em qualquer destino a que se dispuser chegar e normalmente e legalmente, é recebido com pompas e com todas as honras.
Que bonitinho. Tudo está igual desde quando começou. Fico tão baratinado e perdido quando passo a analisar que não sei a quem atribuir culpas e responsabilidades. Acho que a todos nós mesmos, enquanto sociedade que somos. Porque desde as antigas gerações é assim; os fortes e os grandes dominam e aos mais fracos e pequenos, cabe calar e aceitar.
Na geração dos dinossauros, igual. Dos homens das cavernas, na idade da pedra, tudo igual. Na geração de Adão e Moisés, tudo igual continuou. Quando JESUS CRISTO veio ao mundo para tudo mudar, tudo continuou exatamente como estava, no mesmo. O que esperar mais? Em que ou em quem acreditar ou por qual causa lutar se a história e o passar dos anos, geração por geração, nos mostra que nada mudou. Lá no livro bíblico do Eclesiastes, este já dizia: "Que é o que foi? É o mesmo que o que há de ser: Que é o que se fez? É o mesmo que o que se há de fazer. Não há nada que seja novo debaixo do sol, e ninguém pode dizer: Eis aqui está uma coisa nova. Porque ela já a houve nos séculos que passaram antes de nós. Não há memória do que já foi, mas nem ainda haverá recordação das coisas que têm de suceder depois de nós, entre aqueles que hão de existir em tempo a elas muito posterior." Eclesiastes, cap. 1, vers. 9-11.
Ele estava certo, mesmo tão questionado em seu tempo. Realmente não há nada que aconteça que se possa dizer: Vêde, isso é novo.
Sociedades e governos, em batalhas e guerras, continuam se degladiando e vencendo o tempo e, praticando tudo do igual.
O homem, nós, somos por nós mesmos, ambiciosos e trazemos junto à ambição o seu companheiro inseparável, o egoísmo. Aí está tudo e pronto. Com essas características que são nossas por natureza e tendo a oportunidade de desenvolvê-las, o resto que se dane.
Não importa o outro, quero saber é de mim. Não sei quem chora nem porque chora e isso não me importa nem me diz respeito, desde que eu possa continuar a sorrir. Essa é a nossa realidade.
Emily Bronte, grande escritora e poetisa britânica do século XVIII, autora de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES entre outros tantos, que publicou a sua primeira obra com o nome de homem em razão da segregação feminina da época, escreveu: "Se a mais vil das criaturas me esbofeteasse, eu não lhe retribuiria a ofensa e sim pediria desculpas por tê-la provocado." (Emily Bronte)
É bonito isso, muito fácil de dizer e até de escrever, sem precisar recorrer à grande escritora. Agora, viver é que são elas. Não carregamos em nós, apesar de sermos em mesma natureza, o espírito bondoso de JESUS CRISTO, que ofereceu o outro lado do rosto quando foi esbofeteado. Estamos mais para a popular lei de Gerson do bateu levou. É a lei do toma lá da cá e o resto que vá pras cucuias.
Falta amor ao próximo, como JESUS tanto pregou e difundiu e, principalmente, amor a nós mesmos. Este foi o legado de JESUS quando veio ao mundo: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." Mas nós, absortos e envolvidos que estamos e somos pela sobrevivência, diga-se de passagem, louca sobrevivência, não o demos ouvidos e não o entendemos e sim, o condenamos e o crucificamos.
Este mundo não pode ser abençoado se matamos aquele que dizem até hoje ser o nosso salvador. Podemos estar condenados por tempos sem fim e assim, levamos a condenar as nossas crianças.
E JESUS CRISTO, em sua infinita bondade e divina sabedoria, disse mais: "Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus."
Não o entendemos e não fomos capazes de o atender em seu mais doce e sublime ensinamento e, por isso, as nossas crianças andam ao léo por aí, pelas praças e becos e sinais e pontos de drogas e de prostituição das grandes cidades, tão maltrapilhas e esfarrapadas, tão esquecidas e abandonadas, tão exploradas e sacrificadas que nem crianças parecem.
São os filhos da luz que receberam só trevas nessa sua morada terrena mas que, um dia, podem ter certeza, subirão em luz para a luz da qual originaram, enquanto que estes, os mandantes, governantes, detentores do vil metal e acumuladores de riqueza e da desgraça alheia, esses irão e terão como morada o...
Ah! Deixa pra lá. Deixo estes ilustres às moscas e me recuso a falar sobre eles.
Que o tempo e a estrada que a tudo faz nada e morto e igual se encarregue de tudo e que nossos filhos e netos e assim por diante nos conduzam à quarta e última geração e dimensão, tão além deste mundo. Simplório mundo de carne e lama.
E que sejam perdoados os nossos pecados, se houver perdão.
Roberval Paulo
PASÁRGADA NÃO MAIS EXISTE - Roberval Paulo
Uma singela homenagem ao grande poeta Manuel Bandeira (in memoriam)
Vou-me embora daqui
Daqui pra um outro lugar
Aonde eu possa ter uns seis anos mais ou menos
E todos os meus problemas sejam sonhos de criança
Vou-me embora daqui
Eu sei que há um outro lugar
Aonde eu possa viver sem tudo me incomodar
Aonde eu possa existir existindo de verdade
E possa contar estrelas sem verrugas me nascer
Vou-me embora, vou-me embora, eu sei que já vou embora
Vou porque está em mim o desejo de partir
O lugar já não existe, aqui não existe nada
Não posso mais ser tão triste, preciso me encontrar
E quando a noite chegar
Quero um sonho que amanheça
E quando o dia acordar, eu já distante daqui
E quando o dia acordar, eu já distante daqui
Aí vou querer voltar aos seis anos mais ou menos
Aí vou querer viver sem tudo me angustiar
E vou querer existir existindo de verdade
E vou poder encontrar-me no lugar de onde eu vim
E os meus sonhos de criança vou poder recomeçar
E não vou mais ser tão triste, vou até me alegrar
Pois não encontrei Pasárgada
Pasárgada não mais existe
Não vou nem mais querer ter vontade de me matar
À noite só quero amar
À noite só quero amar
À noite só quero amar sem medo de ser feliz
É que aprendi que a vida é a realidade que há
A realidade que é minha
A realidade que é nossa
A realidade da qual
Se vence no caminhar.
Roberval Paulo
OLHOS NOS OLHOS - Roberval Paulo
Quando tua mão pesar sobre mim, lhe direi:
Porque tantos anos de infortúnio sobre a terra?
Porque tanta dor se o que buscamos é o prazer?
Se me ouvirá, não sei
Se tenho razão, menos sei ainda
Só acho que o que ainda sei é amar.
Quando tua voz me pedir contas do que fiz, lhe perguntarei:
Posso eu também pedir contas de ti?
Podemos conversar, só conversar sem cobranças?
Podemos nos sentar e nos falarmos como dois amigos?
Não sei se assim pode ser. Menos ainda sei se assim posso agir.
Só acho que o que ainda sei e posso dizer é que eu amo.
Amo a vida que tenho e não sei se me pertence
Amo o ventre que me gerou e me concebeu
e o rebento do qual sou raíz
Amo o patriarca da minha humilde existência e aos irmãos e irmãs
de lastro familiar que me destes
Amo as forças conhecidas da natureza, alimento indispensável para a vida
Amo ainda as forças desconhecidas da natureza, sinais latentes e incessantes do teu poder e glória e amor.
Quando teus olhos me olharem e eu neles perceber
um olhar de interrogação, lhe responderei:
O que queres de mim?
O que queres que eu faça se tudo o que fiz não valeu?
Não sei se me ouvirá. Nem sei se assim posso indagar a ti
Só sei que o que ainda acho que sei é da força do amor.
Da força do amor que tudo pode e é só por ele que se vive
Da força desse amor que se justifica por si só e se qualifica por só ser
Da força do amor transcendente, completo em si, sem complementos, sem acessórios, sem adereços. O amor só pelo amor.
Que este sim, é infinito e não se paga imposto pra amar
Que este, o amor, é o que sinto e está no recôndito mais fundo do meu ser
Alimenta minha alma e só por ele se vence grandes distâncias e as agruras dos dias
E também sei que só o sinto pela tua suprema e magnânima existência pois, só matéria e pó como sou, não seria capaz de amar sem o teu sopro de amor infinito.
Quando teus olhos novamente me olharem e apresentarem aos meus olhos
o olhar da reprovação, eu... me penitenciarei
E lhe direi quanto mais do teu amor ainda resta em mim?
E lhe perguntarei o quanto ainda sou capaz de amar?
E lhe responderei que ainda procuro o que nem sei se é possível achar
E, olhos nos olhos, chorarei
E pedirei perdão pelas minhas faltas
E pedirei perdão por duvidar de ti
E da tua bondade infinita me impregnarei e me agarrarei, me agarrarei à tua mão para não mais soltar.
Me agarrarei à tua mão para reerguer-me e não mais voltar a andar sozinho.
Sei que me perdoará.
Sei que não me abandonarás nunca como jamais abandonou um filho teu.
Aí sim, a luz se acenderá e juntos, juntinhos, lado a lado, caminharemos pela vastidão dessa estrada para não mais nos separarmos.
Dessa estrada que só se caminha, que só se caminha, sem saber onde vai dar
Mas agora, confiante caminho e a eternidade nos espera
Pois já não ando mais sozinho e tenho o amor a me guiar.
Roberval Paulo
quinta-feira, 29 de março de 2012
EDMUNDO SE DESPEDE DO FUTEBOL
O ADEUS DE EDMUNDO NO VASCO - fonte: blog Edson Fonseca
O dia do adeus de Edmundo foi marcado por doses elevadas de emoção e ansiedade. O ex-jogador se encontrou - como previsto - às 16h, no hotel que serve de concentração para o Vasco. Bateu um papo rápido com o grupo e com Pedrinho, que o esperava, para logo se juntar aos demais companheiros na frente da televisão. Antes de encarar o Barcelona de Guaiaquil, o Animal quis ver o Barcelona mais famoso, da Espanha, que jogava contra o Milan pelas quartas de final da Liga dos Campeões. Mas a falta de gols e o empate por 0 a 0 do time de Messi não contaminaram a equipe cruz-maltina, que goleou por 9 a 1 o rival do amistoso festivo em São Januário na quarta-feira à noite.
- Houve preleção, fizemos um lanche. Experimentei novamente tudo aquilo que vivi durante 20 anos. Achava chato, mas hoje fiz tudo amarradão, como se fosse um menino - contou.
Emocionado, Edmundo faz sinais para a
torcida (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
torcida (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
Antes mesmo de o jogo acabar, o ônibus com a delegação deixou o hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No trajeto, o Animal ficou isolado do resto do elenco, muito concentrado. Enquanto os outros jogavam cartas e davam risadas, ele pensava apenas no que iria encontrar em São Januário. Pouco depois de 18h, teve a resposta. A equipe chegou ao estádio e foi recebida por centenas de torcedores que aguardavam no portão para receber seu ídolo. E foi no meio da rua que os primeiros gritos de “Ah, é Edmundo!” foram ouvidos. Encantado, o ex-atacante não conseguia tirar os olhos dos fãs.
Ao entrar no vestiário, Edmundo foi recebido por Odvan, Geovani, Pedrinho, Jorge Luiz e alguns amigos de fora do mundo do futebol. Depois de assistir ao vídeo que foi feito para ele, emocionou-se e pediu a palavra na roda de preleção. Agradeceu muito ao time atual pela recepção de braços abertos e pela ajuda em sua despedida. A partir de então, vieram os momentos de maior emoção para o ex-jogador.
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Postado por EDSON FONSECA às 07:30 |
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