sexta-feira, 22 de julho de 2011

SE - Roberval Paulo


 
Se
Nessa vida de cores
As coisas se tornarem
Pretas demais
Abra bem os olhos
O preto
É só a cor do escuro
Isso quer dizer
Que a luz existe
E com ela, as cores
É só procurar.

Se
Nesse mundo de sonhos
Os sonhos se tornarem
Pesadelos demais
Abra a mente
Seus pesadelos
São da tempestade
E tenha certeza
Ela passará
E com ela, as dores
Acredite e verá.

Se
Nesse mundo de grana
Sobrar pra você
Só lama demais
A solução
Não é uma brahma
É a concepção
De ser e existir
Se não desistir
Terá fim todo drama
Flores vão surgir.


Se
Nessa onda do se
De tudo poder
Se o se deixar
Esqueça o se
Faça acontecer
É preciso dizer
O se justifica
Os nossos fracassos
Se sobrar só o bagaço
O se proverá.

Se... já não há mais se
É tarde pra chorar.

Roberval Paulo

DE UM TRISTE SÓ MAIS NÃO SOZINHO


Meu canto é demente, carente, incessante
clemente por teu amor
sorridente das mazelas do acaso
arvoredo sombrio
pássaro em desatino
canto em desalinho
         de um triste só mais não sozinho.

E a vida encontra o meu canto
no deserto de um ser multidão
de vozes e sons caminhantes
murmurantes
à beira do caminho
na incongruência incongruente da pedra
sozinha, indo
ingênua confidente
         de um triste só mais não sozinho.

Andante dos teus sonhos
amante da tua cor
te perdi na tangência do destino
te beijo na boca de quem passa
confidencio-te norte em meu caminho
rio do meu viver em confluência
para além
muito além da inocência
linha reta, inconstante
constante vida
quase inexistente na
existência em teu caminho
         de um triste só mais não sozinho.

Roberval Paulo

O QUERER-TE! - Roberval Paulo


 
Gosto de querer-te
                           em mim
Gosto de ver-te
                           assim

Completamente solta
Alheia a tudo

Ao vento
         Que lhe lambe os seios
Ao sol
         Que lhe doira a pela
À lua, que te invade
                           e te cultua

À mim,
         que de tanto ver-te
Mais de amor te quero.

Roberval Paulo

PRA NÃO DIZER QUE EU NÃO DISSE NADA - Roberval Paulo


Tive um sonho e sonhei que era um anjo e aquele anjo sem asas mas que, pela força do invisível e do mistério do incerto, voava e mais voava; voava que nem sabia como era a estrada de andar... Um anjo sem asas e que de nada entendia nem mesmo porque era anjo e nem mesmo o que é ser anjo mas que, inexplicavelmente, voava, voava e mais voava... 

Abri as asas que eu não tinha e ganhei os céus. Eu era esse anjo que asas ele não tinha. Subi, subi alto e contemplei, lá de cima, o altar. Um imenso boneco redondo, nas cores azul e verde e pés e cabeça alvos como neve. Refleti sobre aquela imensidão de espaço vazio e pude perceber a distância do meu pé ao meu pensar. 

Aquele espação infindo a perder de vista e nada para todos os lados, e direções, e sentidos, e só aquela bolinha em azul e verde, e branco nas extremidades, vagando ao léo, sem destino, suspensa no ar e sem amarras para lhe segurar. Não entendi o mistério e mesmo se buscasse entender, não entenderia. Aquela bolona imensa, pequena diante do vazio do espaço mas, imensa e desorquestrada...se comparada a mim. 

De terra e água é seu ninho; de mato e bicho seu peito, e ainda de gente, em todo o seu sentimento e muito de tudo. Milhões e milhões e até bilhões de tudo, portanto, pesada; pesada não, pesadona, e suspensa no vazio do espaço, sem cordas e não cai. Suspensa pela massa do ar e andando ao vento pelo tempo, sem parar e sem ninguém ao volante. 

Não consigo entender nada. Quanto mais me findo neste propósito, menos entendo. Dizem que é uma tal de gravidade ou lei da gravidade, não sei. Na verdade, eu nem sabia se existia essa gravidez, nua e filha, nem sei de quem, a viajar pelo espaço, sem amarras, nem cordas, totalmente suspensa, sem raiz, a andar sem destino e sem direção, na órbita de um pensar que não é atmosférico. Penso que vai à procura do Apocalipse final que, a bem de uma outra verdade, eu também não sei o que é e nem onde mora, se é que ele tem residência; ou será que seria ele mais um descamisado andarilho pelos trilhos da esperança e que ao fim só encontra um mar de terra para guardar seu corpo ínfimo e pouco que descansa, leve e morto, ao pé de um jacarandá? 

Penso mesmo que essa mãe, que às vezes se chama terra, viaja sonho afora é em busca do pai que perdeu. Do pai de sua gravidade gestada em um tempo inexistente e distante, feito minhas asas que um dia estiveram em mim e que ao anúncio da criação dos filhos do gênesis, povoaram o olimpo. 

Assim zeus se fez Deus para apadrinhar a insensatez da mitologia fora do seu tempo mas que caminhava para encontrar a porta que culminasse e se materializasse nos trilhos da obscura luz da última realidade, ou, pelo menos, que fosse uma janela e, mesmo sendo a passagem, mais estreita, poderia por ela saltar ao espaço do precipício sem fim que é a viagem sem destino e sem direção e também, sem comandante, da mãe que procura pelo pai da gravidade gestada em seu ventre, que subiu e não desceu e, que quando desceu, acabou descendo mais do que o necessário para voltar a subir e, não mais subindo, passou do destino e não mais encontrou o caminho de volta. 

Assim se deu a viagem do anjo sem asas que nada de gravidez ou gravidade foi ao espaço buscar, mas, que viu e se solidarizou com o choro das estrelas, lágrimas estas que diziam da estupidez exasperada daqueles seres ingnóbios que mais pareciam micróbios que cavavam sem parar o corpo daquele corpo que ainda hoje viaja mas não encontrou parada nem a estação pra estacionar e nessa viagem sem fim leva toda a nossa vida e as nossas forças e sonhos para o espaço de um lugar que não se sabe onde é e nem se lá vai chegar mas que como todo ser que pisa os degraus do medo vai sem medo para a morte que fica na encruzilhada do canto daquela estrada que não se sabe parida ou se já foi a abortar...

Não desci do meu sonho, só acordei e, quando os olhos eu abri, estava ali, na minha frente, me olhando com aqueles olhos que eu não sei decifrar, o filho do pai que um dia partiu pra órbita da dor e deixou sozinha, a mãe, que viaja sem parar, e chora, como ela chora e suas lágrimas fizeram o mar e esse se vai a encher pois ela não para de chorar porque o pai não encontra e o filho é que aqui está e a mãe ainda nem pariu, só chora e chora e me olha junto com o pai que é seu filho e me chama, me chama e eu, que acordei agora, não sei se já é a hora de seguir não mais eu órfão ou se aqueles olhos de pai de mãe e de filho que é filho do pai da noite vai ainda permitir que o meu corpo comece essa viagem a seguir e que a cria do medo, do meu ser que desconheço me revele o segredo de não mais ter pesadelos e em paz poder dormir. 

Roberval Paulo

IVETE SANGALO - TRÊS INDICAÇÕES AO PRÊMIO NICKELODEON

Ivete Sangalo recebe três indicações ao prêmio Nickelodeon
Posted: 22 Jul 2011 07:43 AM PDT
Já começaram as votações da primeira fase do “Meus Prêmios Nick 2011″, maior premiação infantil realizada no Brasil, e a cantora Ivete Sangalo está concorrendo em três categorias: Twitter Favorito, Música do ano (Acelera aê) e Cantora favorita. Esta fase terá duração até o dia 15 de agosto e para votar é só entrar no site www.meuspremiosnick.com.br. A segunda fase com os finalistas de cada categoria vai de 22 de agosto até 26 de setembro. A 12ª edição do “Meus Prêmios Nick”, acontece no dia 13 de outubro no Credicard Hall, em São Paulo. O evento é a versão brasileira do prêmio Nickelodeon’s Kids’ Choice Awards.
Confira Ivete Sangalo na campanha da Grendha gravada em Portugal
Posted: 22 Jul 2011 06:52 AM PDT
Ivete Sangalo agita o Ceará esse final de semana
Posted: 21 Jul 2011 12:57 PM PDT

Salvador, 21 de julho de 2011 – Final de semana “Cearence” da baiana Ivete Sangalo. Nesta sexta-feira (22.07), Ivete estará na cidade de Juazeiro do Norte. Já no Sábado é dia de agitar a 20ª edição do Fortal (Fortaleza – CE), uma das mais tradicionais micaretas do Brasil. A cantora participa do evento desde a época da banda Eva e já está preparada para edição de 2011: “Eu amo estar nessa festa e o povo de Fortaleza. E vocês não perdem por esperar, vão ver uma cantora elétrica, pulsante, com o repertório nos trinques para juntos fazer uma grande festa.” diz Ivete. O Bloco Cerveja & Coco é o resultado da parceria entre Ivete Sangalo e a banda Asa de Águia que levam a folia para diferentes micaretas do Brasil.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

DIFÍCIL DE SER - Roberval Paulo


É sempre difícil viver
Difícil mais ainda é conviver
Sonhar, chorar, brigar, amar...
                                                        é difícil de ser.

Mas, no fim, tudo se resume no nada
No nada de que nada mais posso mudar
No nada de que nada mais posso fazer
No nada de não mais poder voltar atrás
No nada onde já sou história
                                        e não posso retroceder.

Este é o tempo de fazer e a vida
                                               não anda para trás
Olhe sim, para a frente, para os lados e para trás
                   Reestude o caminho
                   Faça a correção de rumo
E de bússola e coração na mão
                   Siga em PAZ!

Roberval Paulo

COISA BELA! - Roberval Paulo



Eu escrevo como quem sonha
Como quem sonha a coisa bela
E o sonho é de quem ama
Como a caça é do caçador

Eu sonho como quem ama
Como quem ama a coisa bela
E o amor é de quem cria
Como a criatura é do criador

Eu amo como quem cria
Como quem cria a coisa bela
E a criação é de quem escreve
De quem escreve certo por linhas tortas


Roberval Paulo

HARMONIZANDO! - Roberval Paulo



Vai que a estrada é tua

e na encruzilhada, não pare a esperar a vida.


Faça, antes do pão, uma oração

e este não faltará


Leve a cada irmão, uma canção

e que o seu abraço fomente
                   
 a energia vital do existir.


Sonhe, que o sonho é do homem

e os seus dias se farão
                   
 de realidades sonhadas.


Roberval Paulo