É
lamentável, triste, horroroso e demasiadamente nojento o discurso arquitetado,
ensaiado e tão bem cuidadosamente e intencionalmente propagado pelos membros da
oposição ao governo federal, principalmente, pelos parlamentares do PSDB, sobre
a realização da copa do mundo no Brasil e, especialmente, sobre as obras da
copa.
É
bem verdade que temos em nosso país a existência de inúmeros problemas.
Problemas estes das mais diversas ordens: social, política, econômica e
administrativa, com também problemas de ordem oportunista, leviana, desonesta e
interesseira, o que não deixa de retratar a nossa diversidade e a nossa tão
certa e incerta realidade desde todo sempre. Somos altamente miscigenados e
diversos culturalmente, socialmente, economicamente, etnicamente e
interesseiramente e, dado a essa diversidade, não encontramos ainda, em nós, o
caminho ou o modelo para a unicidade, para a unidade e para a construção de um
povo só.
A
nossa realidade é o que somos. A realidade que vivemos foi construída por nós e
vive sendo alimentada, realimentada e consolidada pelas nossas atitudes dia após dia. É muito fácil falarmos e vermos
a corrupção que assola e aleija a nossa economia e atinge o nosso povo
diretamente, produzida e protagonizada pelo sistema político brasileiro, mas,
olhando para dentro de nós, para a nossa casa e para a nossa comunidade, não é
tão fácil assim aceitarmos que praticamos essa mesma corrupção todos os dias
nas nossas relações mais próximas, e, com essas práticas, acabamos por
alimentar, mesmo sem perceber, a indústria nacional da corrupção que tem nos
políticos de Brasília o seu Quartel General, onde tudo começa e termina,
termina e começa ao mesmo tempo, nos envolvendo a todos, do Oiapoque ao Chuí,
do menor ao maior, do analfabeto ao doutor, do ladrão de galinha ao colarinho
branco.
Esta
é a nossa realidade e era assim antes e será depois da Copa.
Precisamos
de mais investimentos em saúde e educação, em infraestrutura e em modernização
do sistema atual de políticas públicas. A soberania de um povo está diretamente
ligada ao seu conhecimento e ao conhecimento da sua realidade e a cidadania está
diretamente relacionada ao sentimento de construção de uma nação de todos e
para todos e não a esta nação de poucos para alguns.
Esta
é a nossa verdade e realidade. Muito temos ainda para fazer e por fazer, mas,
atribuir todas as nossas ruínas e fracassos à realização da Copa do Mundo no
Brasil é no mínimo leviano, pobre, mesquinho e de muito mal gosto, pra não falar
de puro e total interesse próprio e não interesse do povo.
Roberval
Paulo
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