Quando
parti para os dias
Nem
sabia, da noite, os seus mistérios
Se ia, sem destino, ao vento
Contando, dia a dia, a
história de minha vida
Assim,
quase sem querer
Sem vontade se seguir em
frente, só seguindo
Sem
entender o badalar das horas, só indo
Ingressava eu no ritmo louco
do tempo
E
este, o tempo, passando sem parar
Sem olhar para trás, sem se
importar, só a seguir
E
eu me vi no tempo, era eu e ele, ali
Caminhando a estrada que só se caminha
Que só se caminha, sem saber
onde vai dar
Pude
perceber
Que a caminhada é pra se
levar
Que as pedras são pra se
tropeçar e enfim
Cair e se levantar é pra quem
sabe onde quer ir
Que
os caminhos tortuosos é pra quem sabe
andar e quer chegar
Que
a estrada colorida, florida e iluminada
é pra quem veio do mar
Que
o destino é pra seguir com o tempo
Sem
conhecer, sem saber, sem se abater
Só a romper a larga distância
do sonhar
Sorrir
e chorar no desconhecido mundo
Sofrer e amar ao som do vento
vagabundo
Cantar, entre flores e
lágrimas, a nossa breve trajetória
De
quem veio, sem saber de onde
E
vive, sem saber a razão
E fala, quando ninguém
responde
Mas
segue, segue em frente
A buscar o que nem sabe se
existe
Às
vezes, alegre, outras vezes, um ser triste
Que cansado da jornada, só
pensa em chegar
Aonde? Não sabe...
Por que? Desconhece...
Mas sabe que um breve fim o
espera
Porque a história se faz no
caminhar.
Roberval Paulo
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