quinta-feira, 17 de março de 2011

TERREMOTOS E TSUNAMIS, POR QUE OCORREM?


Matéria extraída do site ANAP - Amigos da Natureza

da Profa. Dra. Tereza Higashi Yamabe
    
     O que são terremotos?
    
     Terremotos ou abalos sísmicos ou tremores de terra, são termos utilizados para identificar um evento sísmico, conforme o seu "tamanho". Desta forma, o termo terremoto é reservado para eventos grandes, geralmente aqueles com perdas humanas e grandes estragos.
    
     Terremotos são ocorrências de falhas ou fraturas na rocha; ou seja, a rocha trinca, com ou sem deslocamento relativo entre os blocos. Portanto, independente do tamanho dos sismos, a ocorrência de um terremoto não significa que houve uma explosão no interior da Terra, e sim, uma rachadura na rocha. A extensão dessa rachadura, pequena ou grande, é que define se o sismo é apenas um tremor de terra ou um terremoto.
    
     A fratura ou falha acontece porque a força de resistência da rocha se torna menor do que a força que é nela aplicada. A força pode ter sido aplicada na rocha durante um intervalo de tempo que pode ser até de milhões de anos. Quando então a rocha “não suporta mais” ela se quebra, liberando instantaneamente toda a energia nela acumulada. A energia liberada transforma-se em ondas elásticas (1) que se propagam em todas as direções, como as ondas que se formam na superfície da água em uma bacia, quando nela cai um pingo. Quando essas ondas sísmicas atingem a superfície terrestre, elas são percebidas pelas pessoas na forma de um tremor. Elas também caminham para o interior da Terra e podem até atravessá-la toda e atingir a superfície do outro lado, muito longe de onde foram geradas. Quando atingem a superfície da Terra podem ser registradas pelas estações sismográficas, instaladas pelo mundo afora.
    
     A partir desses registros é possível obter informações sobre a estrutura terrestre abaixo da superfície. Por isso é que se diz que o registro das ondas sísmicas é como uma radiografia do interior da Terra. Desta forma, as informações tais como densidade e espessura das diferentes camadas de rocha, que compõem o Planeta Terra, têm sido obtidas a partir dos estudos sismológicos.
    
     O tamanho ou magnitude de um sismo é a medida da energia liberada e é definida pela escala de magnitude Richter. Fala-se normalmente que essa escala vai de zero a nove, entretanto, ela não tem limites inferior ou superior, pois os valores da escala são relativos a um padrão. O fato é que nunca houve nenhum terremoto, registrado, cuja magnitude tenha ultrapassado o valor nove nessa escala, mas nada impede que haja um. Em termos de energia liberada, um sismo com magnitude sete, por exemplo, na Escala Richter significa até mais de dez vezes de energia a mais do que outro sismo de magnitude seis.
    
     O que um terremoto provoca na superfície da Terra, tal como, tremor sentido pelas pessoas, rachaduras nas paredes ou no solo desabamentos de edificações, etc., pode ser medido como sua intensidade , na escala denominada Mercalli Modificada, que varia de I a XII graus. Desta forma, intensidade I significa que ninguém sentiu o tremor ou, em condições especiais, animais ficam inquietos e o terremoto é classificado de intensidade XII quando provoca danos totais, com grandes rachaduras no solo desabamentos e mortes.
         
     Terremotos : por que e onde ocorrem ?
    
     Os eventos sísmicos podem ser fenômenos naturais, que independem da ação do homem. Podem também ser provocados pelas atividades humanas, que alteram ou modificam a natureza. Para falar desses fenômenos, naturais ou induzidos, é interessante saber por que e onde eles ocorrem.
    
     A Terra é uma "bola", um pouco achatada nos seus pólos, formada por camadas de rochas de variadas espessuras e tem quase 13.000 km de diâmetro. A "casca" da Terra ou sua camada sólida mais externa, conhecida como litosfera (2) terrestre, é quebrada em várias partes, como a casca trincada de um ovo cozido. Ou ainda, é como a capa de uma bola de futebol que é formada de várias partes costuradas, com a diferença de que na bola esses pedaços têm tamanhos iguais. Na litosfera terrestre essas partes têm tamanhos variados e são chamadas de placas litosféricas.
    
     Essas placas sólidas, com espessura média de 100 km , movimentam-se umas em relação às outras, em conseqüência da movimentação térmica do magma abaixo delas.
    
     Por que ocorre a movimentação térmica abaixo das placas litosféricas? Sendo a Terra um corpo quente, com temperatura provavelmente acima de 5.000 °C no seu núcleo, o calor flui do seu interior para a superfície (3) . Desta forma, o magma, que é essencialmente rocha fundida e está localizado imediatamente abaixo da litosfera, apresenta movimentos ascendentes e descendentes, em função da diferença de temperatura entre a base e o topo dessa camada (4) .
    
     Esses movimentos ascendentes e descendentes, formando círculos de convecção térmica, também ocorrem na água dentro de uma caneca sobre o fogo: a parte inferior recebe o calor primeiro, fica agitada com o aumento da temperatura e sobe, empurrando a água mais fria para baixo. Os movimentos circulares de sobe e desce funcionam como se fossem 'rodinhas'. Imagine a fileira de rodinhas que ficam sob uma esteira ou escada rolantes. Quando as rodinhas giram para a direita, a esteira movimenta-se para a direita e quando elas giram para a esquerda, a esteira vai para a esquerda. Portanto, quem faz o papel das rodinhas que movimentam as placas litosféricas são os processos convectivos dentro do magma. A velocidade relativa das placas varia de cerca de dois a dezessete centímetros ao ano. Parece pouco? Então imagine esse movimento durante milhões e milhões de anos.
    
     A movimentação dessas placas é importante porque tem provocado a modificação completa da superfície física da Terra há milhões de anos. Tem mudado a posição relativa dos continentes (5) e é responsável pela ocorrência dos terremotos e vulcões, até fazendo surgir ou desaparecer ilhas. Aliás, foi através do mapeamento dos pontos da superfície onde ocorrem os terremotos (6) e vulcões é que foi possível definir as bordas das placas litosféricas.
    
     As bordas dessas placas são os locais onde ocorre a maioria dos terremotos e vulcões. Assim, as ilhas que formam o Japão e as Filipinas, ou a costa leste das Américas, por exemplo, estão localizadas em regiões de bordas de placas, o que explica a ocorrência freqüente de terremotos e erupções vulcânicas nesses locais. Explica também porque não temos no Brasil, localizado na parte central da Placa Sul Americana, muitos desses fenômenos naturais chamados tectônicos (7) .
    
     A cordilheira dos Andes delimita a borda oeste da Placa Sul Americana enquanto a sua borda leste situa-se ao longo da parte central do Oceano Atlântico, onde também existe uma cordilheira no fundo do mar, formada pelo afastamento das placas Sul Americana e Africana. Quando essas placas se afastam, rochas derretidas são expelidas do interior da Terra, como as erupções vulcânicas. Sendo as águas no fundo do mar muito frias, resfriam rapidamente essa lava, que se solidifica e forma novo assoalho oceânico.
    
     O afastamento de placas litosféricas, e a formação de nova "casca" da Terra, é contrabalanceado pela colisão de placas e "desaparecimento" de parte da velha "casca". Por isso que é que a "Bola Terra" não tem aumentado de tamanho. Um exemplo onde placas estão colidindo é a costa oeste da América do Sul. Essa colisão entre a placa sul americana e a oceânica, denominada Placa de Nazca, provoca uma compressão que tem determinado o "enrugamento" da placa continental com a formação da Cordilheira dos Andes e também um "mergulho" de parte da placa oceânica por baixo da continental.
    
     Desta forma, o efeito dos movimentos convectivos ou dos círculos de convecção térmica no material magmático é tal que partes ascendentes do movimento de dois círculos vizinhos provocam o afastamento de placas. Por outro lado, partes convectivas descendentes provocam a colisão das placas.
         
     Na figura, Estrutura da Terra e a tectônica das placas, é possível visualizar os efeitos do movimento litosférico e do material magmático subjacente: afastamento dos continentes, formação de assoalho oceânico, mergulho de uma placa sob outra, formação de montanhas continentais e submarinas, formação de ilhas, etc.. Toda essa movimentação provoca a ocorrência de terremotos e maremotos, onde as rochas estão sólidas, e as erupções vulcânicas, tanto continentais quanto as oceânicas.
       
     MAREMOTOS: terremotos no mar
    
     Maremotos são terremotos ocorridos nas placas litosféricas sob o mar, as chamadas placas oceânicas. Portanto, o epicentro de um maremoto fica localizado no mar. Teoricamente ele não provocaria vítimas como um terremoto que ocorre na placa continental e cujo epicentro localiza-se em região populosa.
    
     Contudo, o grande problema do maremoto é que ele gera os tsunamis ou ondas gigantescas, que podem atingir até mais de 20 metros de altura. Essas ondas começam sobre a falha que provocou o maremoto e são geradas por um deslocamento de água, que nem é tão grande na região epicentral do sismo. Em alto mar essas ondas viajam com grande velocidade, mas com amplitude pequena e comprimento de onda de centenas de metros (8) , o que faria, portanto, um barco apenas oscilar. Entretanto, ao atingir regiões costeiras, onde a profundidade do mar é pequena, a velocidade das ondas diminui e a sua energia fica então acumulada em uma extensão menor de água, provocando aumento na altura da onda e transporte de quantidades incríveis de água para dentro do continente ou ilha.
    
     Tsunamis podem também ser gerados por explosões vulcânicas, como o que foi provocado pelo vulcão Krakatoa na Indonésia em 1883 e que atingiu 40 m de altura, prejudicando grandes extensões costeiras circunvizinhas. Contudo, não são apenas as regiões próximas do maremoto é que podem sofrer com os tsunamis. Em 1960, um terremoto ocorrido na costa do Chile provocou um tsunami que alcançou o Japão. Isto é possível porque a velocidade de um tsunami em alto mar é comparável à de um avião.
         
     No Brasil não ocorrem grandes terremotos nem maremotos ou erupções vulcânicas. Será porque Deus é Brasileiro?
    
     Como foi dito anteriormente, terremotos, maremotos e vulcões ocorrem com mais freqüência nas bordas das placas litosféricas. Entretanto, sismos em menor número e variadas magnitudes também podem ocorrer no centro de uma placa. Deste modo, no Brasil, situado no centro da placa Sul Americana, os sismos não são de magnitude e intensidade elevadas e nem tampouco tão freqüentes como na região das bordas de placas. Contudo, atualmente não se pode dizer que o nível de atividade sísmica no território brasileiro seja desprezível. O aumento de estações sismográficas tem permitido registrar muitos tremores de terra, percebidos ou não pelas pessoas. Têm ocorrido no Brasil sismos naturais e também os chamados induzidos.
    
     A distribuição de estações sismográficas no País ainda não é uniforme, mas a atividade sísmica registrada no território brasileiro tem sido significativa, destacando-se a sismicidade (9) da região Nordeste, com a seqüência de sismos de João Câmara no Rio Grande do Norte que se tornou mais intensa em 1986, os ocorridos em Palhano no Ceará e as dezenas de pequenos tremores no Estado de Pernambuco, ocorridos em julho de 2002. A região Sudeste também tem apresentado um nível significativo de sismicidade, inclusive com alguns dos maiores sismos já ocorridos no Brasil, como o de Mogi Guaçu no Estado de São Paulo em janeiro de 1922, com magnitude 5,2 e o sismo na plataforma continental do Espírito Santo em fevereiro de 1955, com magnitude 6,3.
    
     Apesar do homem não conseguir evitar os terremotos, sua interferência na natureza já provocou a ocorrência de sismos. De acordo com a literatura no assunto, têm sido induzidos sismos pelas seguintes atividades humanas: injeção sob pressão de fluidos na rocha, enchimento de lagos artificiais em usinas hidrelétricas, explosões nucleares, atividades de extração de óleo, escavações de minas de carvão. No Brasil, têm havido também casos de indução de abalos sísmicos pela perfuração e exploração de poços profundos para água subterrânea.
    
     Contudo, felizmente, mesmo ocorrendo tremores de terra naturais e os também provocados pela ação do homem na natureza, no Brasil, de fato, não há vulcões, furacões e nunca houve grandes danos por terremotos.
    
     Assistindo pela televisão os danos provocados pela fúria dos tsunamis, conseqüentes do maremoto ocorrido no Oceano Índico nesta semana, e que atingiram vários países, podemos até acreditar que Deus seja mesmo Brasileiro!       
    
     * Profa. Dra. Tereza Higashi Yamabe é Professora de Geofísica – Especialista em Geotermia e Sismicidade Induzida. Departamento de Física, Química e Biologia - higashi@prudente.unesp.br
    
     1) Ondas elásticas são ondas que se propagam em meio deformável ou elástico. Esse meio pode ser um sólido como a rocha ou um fluído como a água e o ar Com a passagem da onda, a água, por exemplo, sofre uma oscilação para cima e para baixo ou para frente e para trás em torno de uma posição de equilíbrio, sem, contudo, ser arrastada pela onda.
    
     2) Litosfera: esfera de pedra, pois lito = pedra ou rocha. A litosfera é uma camada de rocha sólida, de cerca de 100 km de espessura.
    
     3) Pelas Leis da Termodinâmica, o calor flui de uma parte onde a temperatura é maior para outra onde a temperatura é menor. Por isso é que usamos casaco quando a temperatura ambiente está baixa, para não perdermos o calor do nosso corpo.
    
     4) Esses movimentos da rocha fundida que carregam o calor, caracterizam o modo de transferência de calor chamado convecção térmica . Outro modo é o da condução , onde nenhuma massa é transportada com a transferência de calor, por exemplo, quando esquentamos a nossa mão fria mantendo-a em contato com uma outra mão ou superfície mais quente.
    
     5) A deriva continental, que separou, por exemplo, os continentes africano e sul americano, teve início há cerca de 150 milhões de anos.
    
     6) A região onde ocorre a liberação de energia sísmica, ou a falha na rocha, é chamada de região focal ou foco sísmico. O ponto diretamente acima do foco, na superfície da Terra, é chamado de epicentro.
    
     7) Tectônica em grego quer dizer arte de construir. Toda a dinâmica das placas litosféricas é chamada de Tectônica de placas.
    
     8) Comprimento de onda é a distância entre dois picos ou duas depressões consecutivas das ondas. Desta forma, um movimento ondulatório que apresenta grande comprimento de onda é dito de baixa freqüência. Do contrário, se o comprimento de onda for pequeno o movimento é dito de alta freqüência. Amplitude da onda é a altura da crista da onda.
    
     9) Sismicidade refere-se à freqüência e intensidade dos sismos em um ponto geográfico.
    
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A PINTURA E A SUA MAGIA - Uma doce loucura



 Ele pintava. Só pintava. Nada fazia sentido, exceto a pintura. Tudo perdera a forma, a razão de ser, de existir. O porquê, o pra quê. O de onde vem, para onde vai, nada importava. Tudo perdera tudo. Nesse momento, era o nada sendo tudo e o tudo, ao mesmo tempo, sendo nada. Era ele e a tela. Só ela existia e ele pintava.

Eu observava, deslumbrada, com que enlevo ele encarava aquela tela e também me encantava. Quanta magia naquelas mãos. Era contagiante, tanto que passei a examiná-lo com mais atenção e vi aquilo em formas e cores se transformando. Ainda não definia o que era mas, tinha uma certeza. Ele pintava as minhas cores. Só as minhas cores existiam no seu toque mágico de pincel e desfilavam pelo universo sem fim da quadriculada e dimensional tela. Parece que tinham vida própria as minhas cores.

A cor dos meus olhos, dos meus cabelos, da minha pele. Das minhas unhas, dos meus dentes, dos meus pelos. A cor da minha vida, dos meus dias. A cor da minha poesia e da minha alma. Eram as minhas cores todas. O desenho ia tomando forma. O escuro, o branco, o sem cor cedendo espaço ao colorido; o humano ao divino; o sentimento dando lugar à arte.

Me deliciei com a surpresa. Lá estava eu, emoldada e ornada naquela paisagem inanimada que, aos olhos da mente, vivia e dava vida àquele recanto tão só meu. Doce regato de água e folhas, tão real e verdadeiro como o horizonte dos olhos. Eu estava perfeita. Em carne e osso, em corpo e espírito, em branco e a cores, em alma e sentimento.

Pareceu-me, no entanto, que faltava algo. Olhei para ele e vi que exitava. Pintava, matizava, contornava,  parece que procurando descobrir o que faltava. E, de repente, ele descobre ao mesmo tempo que eu. Era isso. Era só o que faltava e lá estava ele completando a sua obra com maestria. A mão no pincel, os olhos na tela, o toque final, transcendendo o que não se pode transcender. A mão ao coração para pintar um coração. O coração. O meu, o nosso coração que eu já não sabia mais de quem era.

O trabalho estava perfeito, acabado, terminado. Era divino, uma verdadeira obra de arte. E era eu ali, deslumbrante naquela tela, intocável, magestosa. Tarefa concluída. Soltei um desabafado suspiro e, me vi sozinho. Eu estava sozinho. Eu era o pintor. Tinha me pintado na tela mais não era eu, era ela que lá estava, envolvida e embebida em tantas tintas e cores.
No primeiro momento, achei que estava doido, que tinha enlouquecido. Mas logo em seguida, num estalo, descobri que eu era ela e que ela era eu. Ou melhor, eu estava nela e ela estava em mim. Enquanto eu pintava, eu também era ela que se desprendia de mim e ali, do lado, certificava-se se tudo estava saindo perfeito. Se ela estava saindo perfeita. E assim, eu olhava para o pintor, que era eu, pintando ela, que estava em mim.

Não me peçam que explique essa loucura; penso não ser capaz, nem acredito que  isso seria possível. Mas comigo acontece, aconteceu e tenho certeza, acontecerá. É que eu, sou eu só, entende, mas ela está em mim, impregnada no meu ser, na minha imaginação, nas minhas mãos, nos meus gestos, na minha mente e no meu coração.

E ela é tão real em meu pensamento que eu me dispo dela e a ponho do meu lado para passá-la à tela, enquanto ela me observa. E isso, de tal maneira, parece-me tão verdadeiro que às vezes ouço a sua voz e até conversamos.

Mas logo, tarefa acabada, me vejo sozinho e caio na real realidade. Ela me dá um breve adeus e volta para dentro de mim, passando novamente a alimentar meus sonhos, minha mente, meu sangue, meu coração, meu corpo inteiro. Eu todo, inspirando-me para a criação do próximo trabalho, quando a terei novamente do meu lado. Ela, fulgurante, se deliciando e irradiando felicidade e prazer por protagonizar esse meu devaneio tão real.

É a minha mais doce história de amor. Somos dois nessa narrativa de um só personagem. Eu, o pintor.

VELHA ANGÚSTIA



Estou só e penso em você
As paredes se abrem e os olhos se perdem
Na lonjura do infinito
A cama está fria
Estou com frio e nem o cobertor de lã me aquece
Me jogo da altura de muitos andares
Livre e solto no ar e sem asas
O chão que me apara sangra suas dores.

Queria, só por um momento, poder não cair
Sentir o frescor da brisa no peito, em pleno vôo
E a magia do vôo, com asas a me levar
Ao porto seguro que não sou.

Estou só e já morri muitas vezes
Ainda penso em você
O telefone toca, uma voz soa distante
Não é você e nem atendo
Tão longe da realidade que estou
A porta se abre e só entra a noite a me fazer companhia
Me trás a amargura da vida tragada em três dedos de Wiski
Estou boiando na vida, a praia cada vez mais distante
A serenidade naufragada, causa de um só desprezo.

Na janela já é madrugada
O horizonte parece que me espera
Venero a luz
Não sei se a verei de novo
Quando no arrebol vir o sol
Não sei se ainda estarei aqui.

Na lembrança os sonhos e desejos primeiros
Menino e vida se fundiam. Uma alegria só
De emoções e amores a oferecer.
Estou partindo, finalizando a caminhada, e,
Já ouço o chamado. Sua voz é triste chamando por mim
Encurtam-se as distâncias
Não existo na tua ausência
Logo estarei ao teu lado.

Perdoa-me!
Procurar-te-ei por todas as vidas e...
Que o céu nos seja eternamente
Minimizando as dores que fomos
Perdoa-me!
Tua partida me partiu
E só pedaços do existir me deixou
Espalhados por todos os dias e vidas e mortes
À tua procura.

Recomeçar-mos-emos
Do ponto onde não paramos
Da ponte em que não passamos
Do ponto onde começamos
A ver o sol todo dia
Perdoa-me!
Começar tudo de novo
Todo dia um recomeço
No outro lado da vida
Onde a morte já não mais vive.

Roberval Paulo


quarta-feira, 16 de março de 2011

NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO!


Um sonho que não acorda mas que aguarda pelo sol como se houvesse um nascimento a cada dia...

é como se o amanhã fosse um novo ser e nascesse sempre frequente e constante para trazer ao mundo
a alegria perdida, gerada no ventre escuro da ambição e do egoísmo.

A manhã acorda orvalhada nas lágrimas cristalinas do sonho e dorme entristecida no final da tarde para tornar a ser nova e virgem no dia que está por nascer.

Rejuvenescer a cada dia mesmo que o futuro caminhe na direção do velho.

O futuro novo que, mesmo envelhecendo a doce realidade, a faz juvenil no próximo segundo que nos é desconhecido.

O existente e real e palpável é o presente e o desconhecido é maior do que tudo, diante do qual toda ciência perecerá.

A Deus o que é de Deus e ao mundo o que não nos foi contado.


Roberval Paulo



OLHANDO ESTRELAS


E meu corpo estava cansado
E meus olhos mal podiam ver
E tudo era turvo ao meu redor
         E eu olhava as estrelas tentando vê-las

Nuvens densas enegreciam o crepúsculo
O chão fugia aos meus pés
Um abismo se abria à minha frente
         E eu olhava as estrelas tentando vê-las

Nada mais fazia sentido
Tudo era silêncio e dor
Só o pensamento falava por mim
         E eu olhava as estrelas tentando vê-las

O mundo se voltava contra mim
Tudo explodia à minha volta
A vida estava por um fio
         E eu olhava as estrelas tentando vê-las

A lua chorava lágrimas de prata
Presenciando o meu infortúnio
A tempestade se fazia ainda mais forte
         E eu olhava as estrelas tentando vê-las

E de repente, tudo deixou de existir
Agora era só eu e o deserto
As estrelas nunca apareceram
Mas eu continuava olhando, tentando vê-las

Simples vida, olhos fixos no céu
E tantas outras vidas sobre minha cabeça
E me pisam, me maltratam, me quebram e me humilham
         E eu continuo olhando as estrelas pois sei que vou vê-las!

Roberval Paulo

terça-feira, 15 de março de 2011

Presidenta DILMA E A COPA DO MUNDO DE 2014


estadao.com.br, Atualizado: 15/3/2011

Dilma fala em investir R$ 33 bi em infraestrutura para a Copa de 2014

RIO - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira ter certeza de que o Brasil organizará uma bem-sucedida...
Dilma fala em investir R$ 33 bi em infraestrutura para a Copa de 2014
"Dilma Rousseff reforça: fazer a Copa não será tarefa fácil"
RIO - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira ter certeza de que o Brasil organizará uma bem-sucedida Copa do Mundo em 2014 e destacou que a preparação do evento contribuirá para o desenvolvimento do país, com a geração de renda, empregos e investimentos em infraestrutura.
Ela reconhece que 'não é uma tarefa fácil preparar um evento dessa magnitude', mas afirma que o Brasil terá êxito na realização da Copa, em declarações à coluna Conversa com a Presidenta, no Blog do Planalto.
'O Mundial vai contribuir para o nosso projeto de desenvolvimento, gerando empregos e aumentando a renda do trabalhador', comentou Dilma, em resposta a uma dona de casa de Santos (SP), que expressava receio em expor o 'despreparo' do Brasil ao mundo.
A governante manifestou as estimativas do Governo de que a organização do Mundial criará 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários.
'O evento tornará o Brasil uma vitrine internacional - esperamos receber cerca de 600 mil turistas. No setor de infraestrutura, os investimentos chegarão a R$ 33 bilhões, com 68% de participação do Governo Federal', declarou.
A presidente disse que esses recursos serão destinados à modernização e construção de aeroportos e portos e beneficiarão áreas como transporte urbano, segurança e saúde.
Ela usou o exemplo da Copa de 2010 para lembrar as preocupações que existiam antes, mas que o evento na África do Sul foi exitoso.
'Quanto às preocupações, lembro que durante a Copa das Confederações, realizada na África do Sul apenas um ano antes da Copa do Mundo, dizia-se que o país não conseguiria realizar as obras necessárias a tempo. No entanto, o Mundial foi considerado um sucesso', encerrou Dilma.

MENSAGEM DO DIA



"Descubras o que realmente buscas e caminhes na direção desse encontro. Se o encontro acontecer, curta esse momento como único, porém, não acontecendo, continue a procura pois o teu encontro estará solitário em algum dos cantos da vida à tua espera, porque, o que é teu, será teu, nem que dure a eternidade." 
Roberval Paulo 

segunda-feira, 14 de março de 2011

MENORES ABANDONADOS

Pe. Zezinho escreveu em uma linda música da sua imensurável obra, que carrega exatamente esse título: "MENORES ABANDONADOS / Alguem os abandonou / Pequenos e mal amados / O progresso não os adotou". (Pe. Zezinho).

Realmente, o progresso não os adotou.

Renato Russo questionava: "Que país é este? Que país é este?

E eu questiono até hoje, sem poder disfarçar a tristeza da impotência e a naturalidade e normalidade do mea culpa. E, revestido de uma amarga revolta, replico: Que progresso é este? Como chamar progresso um sistema que abandona crianças que ainda nem gente "adulta" é ao destino incerto das ruas sem direção e ao acaso de tão malfadada sorte? Que modelo de sociedade construimos?

E ainda batem no peito e mostram a cara lavada e sem culpa nem vergonha nenhuma dizendo que a onda agora e necessidade primeira é um tal desenvolvimento sustentável. Que precisamos continuar nos desenvolvendo porém sem agredir e sem destruir. Não sabem o que estão dizendo. Ou sabem e disfarçam a realidade nua e crua pela fantasia de um discurso e de um sistema que exclui, segrega e extingue vidas das mais diversas todos os dias.

Quer agressão maior do que matar e aniquilar sonhos e desejos de gerações inteiras?
Quer agressão mais cruel do que continuar a deixar dormindo quem ainda nem acordou?
Como redimirmos-nos um dia por ferirmos com aço letal e fatal os sonhos coloridos de cores mil do tempo de criança e transforma-los na fatalidade clara e real do preto no branco essa geraçãozinha que continuamos cinicamente a dizer e com todas as letras que esses são o futuro do amanhã?

Quanta hipocrisia. Que sociedade continuamos a reinventar e aprimorar mundo e tempo a fora. Porque, salvo as conquistas tecnológicas que atende, manifesta-se e consolida-se em todas as áreas, tudo dá no mesmo. Tudo tá no mesmo ou seja, a dominação dos mais fracos pelos mais fortes continua.
Foi assim desde os primórdios e continua tudo igual.

Aí vem os grandes estudiosos e falam de evolução da humanidade. Das conquistas, das descobertas. Dos modelos de sociedade construidos, modulados, destituidos e reconstruidos ao longo do tempo da existência humana. Das relações humanas, dos valores éticos e morais. Da revolução na indústria, do crescimento e consolidação do comércio, das relações comerciais internacionais. Do intercâmbio e interação dos governos. Da integração econômica mundial; transnacional. Da interferência e ingerência dos governos na cozinha alheia, onde não lhes dizem respeito.

Enfim, da globalização. Enfim, da maximização dos ganhos em geral por quem detém o capital, seja de onde for, seja onde for. Não importa a origem. Seja asiático ou árabe, europeu ou ocidental, lícito ou ilícito, fruto da exclusão ou da extinção do que seja, mesmo que sejam vidas, o capital é o capital e como tal é tratado em qualquer destino a que se dispuser chegar e normalmente e legalmente, é recebido com pompas, com trajes de gala e com todas as demais honras.

Que bonitinho. Tudo está igual desde quando começou. Fico tão baratinado e perdido quando passo a analisar que não sei a quem atribuir culpas e responsabilidades. Acho que a todos nós mesmos, enquanto sociedade que somos. Porque desde as antigas gerações é assim; os fortes e os grandes dominam e aos mais fracos e pequenos, cabe calar e aceitar.

Na geração dos dinossauros, foi tudo igual. Dos homens das cavernas, na idade da pedra, tudo igual. Na geração de Adão e Moisés, tudo igual continuou. Quando JESUS CRISTO veio ao mundo para tudo mudar, tudo continuou exatamente como estava, no mesmo. O que esperar mais? Em que ou em quem acreditar ou por qual causa lutar se a história e o passar dos anos, geração por geração, nos mostra que nada mudou. Lá no livro bíblico do Eclesiastes, este já dizia: "Que é o que foi? É o mesmo que o que há de ser: Que é o que se fez? É o mesmo que o que se há de fazer. Não há nada que seja novo debaixo do sol, e ninguém pode dizer: Eis aqui está uma coisa nova. Porque ela já a houve nos séculos que passaram antes de nós. Não há memória do que já foi, mas nem ainda haverá recordação das coisas que têm de suceder depois de nós, entre aqueles que hão de existir em tempo a elas muito posterior." Eclesiastes, cap. 1, vers. 9-11.

Ele estava certo, mesmo tão questionado em seu tempo. Realmente não há nada que aconteça que se possa dizer: Vêde, isso é novo.

Sociedades e governos, em batalhas e guerras, continuam se degladiando e vencendo o tempo e, praticando tudo do igual.

O homem, nós, somos por nós mesmos, ambiciosos e trazemos junto à ambição o seu companheiro inseparável, o egoísmo. Aí está tudo e pronto. Com essas características que são nossas por natureza e tendo a oportunidade de desenvolvê-las, o resto que se dane.

Não importa o outro, quero saber é de mim. Não sei quem chora nem porque chora e isso não me importa nem me diz respeito, desde que eu possa continuar a sorrir. Essa é a nossa realidade.

Emily Bronte, grande escritora e poetisa britânica do século XVIII, autora de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES entre outros tantos, que publicou a sua primeira obra com o nome de homem em razão da segregação feminina da época, escreveu: "Se a mais vil das criaturas me esbofeteasse, eu não lhe retribuiria a ofensa e sim pediria desculpas por tê-la provocado." (Emily Bronte)

É bonito isso, muito fácil de dizer e até de escrever, sem precisar recorrer à grande escritora. Agora, viver é que são elas. Não carregamos em nós, apesar de sermos em mesma natureza, o espírito bondoso de JESUS CRISTO, que ofereceu o outro lado do rosto quando foi esbofeteado. Estamos mais para a popular lei de Gerson do bateu levou. É a lei do toma lá da cá e o resto que vá pras cucuias.

Falta amor ao próximo, como JESUS tanto pregou e difundiu e, principalmente, amor a nós mesmos. Este foi o legado de JESUS quando veio ao mundo: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." Mas nós, absortos e envolvidos que estamos e somos pela sobrevivência, diga-se de passagem, louca sobrevivência, não o demos ouvidos e não o entendemos e sim, o condenamos e o crucificamos.

Este mundo não pode ser abençoado se matamos aquele que dizem até hoje ser o nosso salvador. Podemos estar condenados por tempos sem fim e assim, levamos a condenar as nossas crianças.

E JESUS CRISTO, em sua infinita bondade e divina sabedoria, disse mais: "Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus."

Não o entendemos e não fomos capazes de o atender em seu mais doce e sublime ensinamento e, por isso, as nossas crianças andam ao léo por aí, pelas praças e becos e sinais e pontos de drogas e de prostituição das grandes cidades, tão maltrapilhas e esfarrapadas, tão esquecidas e abandonadas, tão exploradas e sacrificadas que nem crianças parecem.

São os filhos da luz que receberam só trevas nessa sua morada terrena mas que, um dia, podem ter certeza, subirão em luz para a luz da qual originaram, enquanto que estes, os mandantes, governantes, detentores do vil metal e acumuladores de riqueza e da desgraça alheia, esses irão e terão como morada  o...

Ah! Deixa pra lá. Deixo estes ilustres às moscas e me recuso a falar sobre eles.

Que o tempo e a estrada que a tudo faz nada e morto e igual se encarregue de tudo e que nossos filhos e netos e assim por diante nos conduzam à quarta e última geração e dimensão, tão além deste mundo. Simplório mundo de carne e lama.

E que sejam perdoados os nossos pecados, se houver perdão.

Roberval Paulo

MURICY NÃO É MAIS TÉCNICO DO FLUMINENSE


13/03/2011 21h29 - Atualizado em 13/03/2011 22h45

Muricy Ramalho deixa o Fluminense

Treinador pede demissão após o Fla-Flu alegando insatisfação com a estrutura do clube e entra na mira do Santos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Muricy Ramalho saída Engenhão (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Muricy deixa o Engenhão após se despedir do time
no vestiário (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
Muricy Ramalho não é mais o técnico do Fluminense. Declarando-se insatisfeito com a estrutura do clube, ele assinou a rescisão de contrato no sábado e aguardou apenas o fim do clássico contra o Flamengo, neste domingo, para comunicar a sua decisão. Ele se despediu dos jogadores no vestiário e deixou o Engenhão sem dar entrevista. A explicação para a saída chegou por meio de uma nota de sua assessoria de imprensa:
- Tomei esta decisão há alguns dias, mas, devido ao clássico de hoje, achei correto esperar o jogo. Quando cheguei ao clube, foram prometidas duas condições: uma equipe para ser campeã e a melhoria na estrutura física do clube. A primeira foi conquistada com o título do Campeonato Brasileiro de 2010, e a segunda, a melhoria na estrutura, não foi realizada. Quero muito agradecer a todos que trabalharam comigo durante esse período e dizer que meu ciclo foi encerrado no clube. Quero agradecer também a Unimed, através de seu presidente Celso Barros, parceiro em todos os momentos, pelo apoio recebido durante todo o meu trabalho, e ao Alcides Antunes, que batalhou junto. O agradecimento especial é para a torcida do Fluminense pelo total apoio enquanto comandei o time. Desejo muito sorte e sucesso à diretoria, à equipe, aos funcionários e à torcida.
Agora sem clube, Muricy vai receber uma proposta do Santos, que vem sendo comandado de forma interina por Marcelo Martelotte desde a demissão de Adilson Batista. O presidente do clube paulista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, afirmou neste domingo que iria atrás do treinador se a saída dele fosse confirmada.
- Muricy é um treinador que tem uma história muito rica, tem muita competência. Provou isso novamente ganhando o Brasileiro do ano passado. Um treinador com características vitoriosas sempre interessa ao Santos - afirmou.
Muricy Ramalho, que tinha contrato com o Fluminense até 2012 e sempre elogiou a pouca interferência da política no futebol, estava insatisfeito também com o vazamento de notícias nos últimos dias e com a instabilidade no clube. Recentemente, rumores davam conta de que ele teria brigado com Alcides Antunes e que os dois sequer se falavam. Muricy sempre fez questão de negar e elogiava o vice de futebol, demitido nesse sábado em anúncio feito pelo presidente Peter Siemsen.
Quando cheguei, foram prometidas duas condições: uma equipe para ser campeã e a melhoria na estrutura física do clube. A primeira foi conquistada com o título do Campeonato Brasileiro, e a segunda, a melhoria na estrutura, não foi realizada"
Muricy Ramalho
Foi o mandatário tricolor que deu entrevista após o empate por 0 a 0 no Fla-Flu, para comentar o pedido de demissão de Muricy Ramalho. Ele disse que recebeu a notícia no sábado de manhã.
- O Muricy disse ter dois objetivos. A conquista do título brasileiro foi alcançada, mas acha que a melhoria das condições do clube não foi alcançada. Logo no início do trabalho, me deparei com a saída de um dos melhores técnicos do Brasil e do mundo. Todos nós sabemos que nossa estrutura é antiquada e questionada há muitos anos. Concordo com o Muricy, e uma das minhas metas é a reconstrução do Fluminense. Vamos nos matar de tanto trabalhar para que nunca mais nos deparemos com uma situação como essa. Tínhamos um dos melhores treinadores do Brasil e não conseguimos progredir por causa desse problema. Estamos tristes e desejamos sucesso a ele - afirmou Siemsen.
Muricy Ramalho Fluminense (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Muricy Ramalho em sua última partida pelo Fluminense (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
Muricy Ramalho chegou ao Fluminense em abril do ano passado, ocupando a vaga deixada por Cuca. Estreou em uma derrota por 3 a 2 para o Grêmio, no Maracanã, pela Copa do Brasil. E acumulou em sua passagem 28 vitórias, 15 empates e 11 derrotas em 54 partidas.
Um dos capítulos mais marcantes do treinador foi a recusa ao convite da Seleção Brasileira, em agosto. Sem a liberação dos cartolas tricolores, disse não ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. No fim do ano, conquistou o título do Campeonato Brasileiro, pela quarta vez na carreira, e tirou o Flu de uma fila de 26 anos de espera.

TERREMOTO NO JAPÃO - Vidas ceifadas, muitas vidas...

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 14/3/2011 8:09

Japão vai sofrer prejuízo econômico de US$171 bilhões--banco

TÓQUIO (Reuters) - As perdas econômicas nas regiões do Japão que foram atingidas pelo grande terremoto vão somar cerca de 14 trilhões a 15 trilhões de ienes (171 bilhões a 183 bilhões de dólares), segundo informações disponíveis nesta segunda-feira, afirmou o Credit Suisse, em relatório.
O economista-chefe do banco, Hiromichi Shirakawa, informou que prejuízos na região nordeste do Japão serão 'um pouco menos que 40 por cento' dos 40 trilhões de ienes em perdas econômicas totais registradas no terremoto de Kobe, em 1995.
Shirakawa informou que as perdas pelo terremoto de sexta-feira serão provavelmente menores por causa de um menor número de prédios de escritórios, instalações comerciais e estradas afetadas nas regiões atingidas.
O analista afirma ainda que não houve relatos de grandes desmoronamentos em grandes instalações de indústrias.
(Por Mariko Katsumura)

"Obs.: Matéria extraída do Portal MSN. 
É lógico que o prejuízo econômico é muito grande e tem que ser considerado pois tudo precisa ser reconstruído. Mas fico pensando mesmo é na quantidade de vidas inocentes que foram ceifadas. Estas não podem ser reconstruídas. Só restará a dor sentida pelos familiares que ficaram e pelo mundo solidário a esta catástrofe natural. É necessário que todos nós repensemos o nosso papel na natureza e avaliemos o nosso comportamento. A natureza merece e exige. Que Deus nos proteja a todos."
Roberval Paulo

LEIAM ATENTAMENTE - Publicação de interesse social

A MORTE DO PAI DA MODELO DANIELA SARAHYBA - TOMEM CONHECIMENTO‏


A Record exibiu ontem reportagem com relação a lavar as latas de ervilhas, milho, leite condensado, creme de leite, frutas em calda, etc (todo e qualquer tipo de lata com alimentos) antes de guarda-las em armários ou geladeira. Após abertas se não utilizar inteira, despejar o que sobrou num pote plástico com tampa. Isso evitará o acúmulo e aumento de bactérias. 


Morreu Orlando. Advogado e pai da modelo Daniela Sarahyba, numa situação absolutamente igual ao que se vem repetindo, com freqüência dolorosa. Ele tinha uma casa e uma lancha em Angra. Ao sair na lancha com amigos, num domingo, levou na geladeira da embarcação latas de cerveja e refrigerantes. No dia seguinte, 2a. feira, estava internado numa UTI e morto na 4a.feira.Ele era um atleta, adorava a vida, que a vivia com intensidade.O exame cadavérico atestou leptospirose fulminante contraída na lata de cerveja que ele havia tomado, sem copo e sem canudo, no barco.
 O exame das latas atestou que estavam infestadas de urina de ratos,consequentemente de leptóspiras. 
MUITO CUIDADO !!! AVISO AOS CONSUMIDORES DE BEBIDAS EM LATA: 
Toda vez que comprar uma lata de refrigerante, tome cuidado de lavar a parte de cima com água corrente e sabão, se possível, use canudo. Faça com que seja obri gatório lavar as latas com desinfetantes mesmo as que vão à geladeira. 
Uma amiga da família morreu depois de beber uma soda em lata. Provavelmente ela não limpou a parte superior da lata antes de beber, e a lata estava suja com urina de rato seca, que contém substâncias tóxicas e letais, inclusive leptóspiras, causadoras da leptospirose. Bebidas em lata e outros alimentos enlatados ficam guardados em armazéns que geralmente estão infestados de roedores , e posteriormente são transportados para as lojas de venda sem a devida limpeza 

Complementando:
Uma pesquisa do INMETRO confirmou que a tampa da latinha do refrigerante é mais poluída que um banheiro público.
Segundo essa pesquisa, a quantidade de vermes e bactérias era tão intensa que eles sugeriam que se lavasse a tampa da latinha com água e sabão' . 
Dr. Fabio Lopes Olivares Setor de Citologia Vegetal Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT) Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Av. Alberto Lamego, 2000 - Horto 28015-620 - Campos dos Goytacazes(RJ) Tel: (24) 726.3838 / Tel(fax): (24) 726.3714

sexta-feira, 11 de março de 2011

A NATUREZA PERENE


Ainda que o sol tudo queimasse, 
as águas secassem, a mata perecesse 
e a natureza se findasse, 
esta última, a natureza, 
se levantaria das cinzas e no vôo da Fênix 
ganharia o espaço livre e desconhecido 
e existente eterno, pois o existir está no ser 
e o ser é o espírito e este não morre 
que eternizado também é o amor. 
E assim, é tudo o que resta: 
O espírito que é amor, o amor que é espírito 
e estamos conversados.

Roberval Paulo

MINHA ALMA! - Roberval Paulo

Partilhar tudo. 
Partilhar ainda até o que eu não tenho. 
Partilho assim, minha alma, que é minha mas, pelo mistério da vida ou talvez pelo enigma 
do Apocalipse, não me pertence.

Partilho meus sonhos e meus dias, indiscriminadamente. 
Partilho eu todo e não sei em qual parte me encontro por inteiro. 

Sou pedaços, partículas de um bem maior que ainda desconheço mas que habita em mim 
e me faz olhar todos com o mesmo olhar, sem a discriminação e o desprezo dos olhos "capitalistas". 

Sou Nação antes de ser país;  
Sou a Justiça antes do direito; 
Sou a paz no meio da guerra, querendo ser ouvida; 
Sou o Ser antes do ter, considerando e conciliando o diferente na equação da igualdade. 

Sou Igreja "Povo" antes da religião. 
Sou Deus antes de todos nós. 
Sou Coração e que a razão não nos negue a paz.

Roberval Paulo

MUSICARIA BRASIL - O site da MPB


Posted: 10 Mar 2011 03:48 PM PST
Certa vez, o então jovem ator Miguel Falabella dirigiu com alunos do Andrews um animado curso de teatro de três meses. A montagem em questão aconteceu na primeira metade da década de 80 e foi intitulada de Rock horror show. Com 15 anos, Marisa Monte subiu pela primeira vez num palco e, mesmo com um papel pequeno, foi a grande estrela dos espetáculos apresentados naquela ocasião.
Posted: 10 Mar 2011 11:04 AM PST
Por Bruno Negromonte

Chegando a quarta-feira muitos não se dão conta que o carnaval acabou e outros já começam a contagem regressiva na espera de mais um (que por sinal faltam um pouco mais de 330 dias para isso). E assim, tudo isso acontece anos após anos.


A vantagem de quem mora em Olinda (PE), é que o carnaval emana de maneira constante e renovada em todo o seu sítio histórico todos os anos. Cada pedra, cada rua (por mais pacada que possa aparentar), cada paisagem, cada detalhe remete ao carnaval mais democrático do mundo.
Olinda se dá por satisfeita quando recebe mais um folião que antes não conhecia a cidade e sai do município com um gosto de quero mais e a ideia de que mais cedo ou mais tarde tem por pretensão voltar com alguém para poder mostrar a festa que a tradição é capaz de propiciar. Fazendo da alegria, da magia e da irreverência as principais características dessa confraternização pra lá de democrática.
De fato, é preciso vistoriar as formas e as cores que a cidade chega a ter nesse período, até porque há a necessidade de se atestar que aquele que sai de Olinda fazendo um milhão de elogios de seu carnaval não foi vítima de uma febre pra lá de terçã ou esteve sonhando durante o período de momo. Olinda é a terra do mais autêntico carnaval, do genuíno frevo de rua; seja ele rasgado, seja ele de bloco e/ou qualquer diversificação que o mesmo tenha, pois o comprometimento com a verdadeira proposta do carnaval em Olinda sempre foi mantida: ser uma festa popular.
É por isso que muita gente nos primeiros acordes de clarim já dominados pela magia do carnaval pedem licença a Momo e dizem: "Eu acho é pouco, é bom demais!!" e no final, na quarta de cinzas, lamentam o fim da folia cantando o frevo composto por Luis Bandeira:

"É de fazer chorar
Quando o dia amanhece
E obriga o frevo acabar,
Oh! quarta-feira ingrata,
Chega tão depressa
Só pra contrariar...
Quem é de fato um
Bom pernambucano,
Espera um ano
E se mete na brincadeira,
Esquece tudo
Quando cai no frevo,
E no melhor da festa,
Chega a quarta-feira..."

Para que essa abstinência tenha fim é preciso que chegue novamente o período de momo e que Olinda se renove de cores, magia e fantasia mais uma vez. Para isso não é preciso esperar muito não... em dezembro já começa as primeiras manifestações do carnaval, porém a partir de janeiro, invariavelmente, o frevo toma conta das ladeiras e ruas da 1ª capital brasileira da cultura.
Posted: 10 Mar 2011 10:58 AM PST
Vanessa Bumagny

sexta-feira, 4 de março de 2011

VISÃO


Horizonte vermelho / fogo
Passeio de cisnes / lago azul
Céu de estrelas
Chão de estrelas
Caminhos que levam ao luar
Mar e lua
Sonhar, voar
Segredos no olhar distante
Gostar de gostar de ti
É ver-te no ar, passar
Nas asas do sonho
Eu, sonho
Cantar, sonhar
Tê-la em mim.

Roberval Paulo

TUDO CANSA ATÉ O DESCANSO


Estou muito cansado
Como me cansa esse tempo
O tempo do fazer nada
É como se tudo fizesse

A televisão, o som
O livro, o jornal
Tudo cansa
O dinheiro, a fama
A solidão, a espera
Também cansam

O acordar cedo, o quase não dormir
O almoçar, o não almoçar
Muito cansa
O dia todo dia
A noite toda noite
Essa rotina cansa

Só pra variar
E pensando não cansar
A rotina trai a si mesma
E se faz diferente
E o diferente cansa
Por ser diferente
E cansado, já é rotina

Diferença indiferente

A vida cansa
A morte chega
E descansa

Já não mais cansa
Pois já não existe.

Roberval Paulo