quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Secretário ROBERVAL PAULO e o Vereador RONES FERREIRA, de Aliança visitam o PSDB Estadual e são recebidos pelo Presidente ERNANI SIQUEIRA


Na terça feira, dia 04/10, o Secretário Mun. de Economia, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente de Aliança do Tocantins, Roberval Paulo e o Vereador do PSDB de Aliança, Rones Ferreira, estiveram em Palmas, no Diretório Estadual do PSDB e foram recebidos pelo Presidente Estadual do PSDB, Ernani Siqueira.

Na pauta, questões relacionadas com a situação do PSDB Municipal, em razão das mudanças ocorridas e da nova Comissão Provisória.

O Secretário Roberval Paulo decidiu pela continuidade no Partido e, conforme relato do mesmo,defende esta agremiação desde o ano de 1998, do qual já foi Secretário, Vice Presidente e Presidente do PSDB em Araguaçu e em Aliança já foi Secretário e Vice Presidente. O vereador Rones também continua no PSDB.

Mesmo estando Roberval Paulo hoje defendendo uma administração petista, administração esta do Prefeito Zé Rodrigues, o Zé Piqui, administração com a qual se identifica pela seriedade, honestidade e competência do Prefeito Zé Piqui na condução, o qual entende que foi chamado por méritos profissionais, Roberval sentiu que a cor partidária tem menos importância do que o compromisso público com uma população inteira e que mesmo estando em partidos diferentes, é possível realizar um trabalho em conjunto, desde que a causa seja nobre e que o objetivo seja o atendimento aos anseios da população, com a prestação de serviços públicos de qualidade à comunidade em geral.

Este é o nosso compromisso com Aliança e o compromisso do Prefeito Zé Piqui também, disse Roberval Paulo. Portanto, trabalhemos juntos e que o beneficiado desta união seja a concretização de políticas públicas em favor do povo aliancense, com mais qualidade nos serviços prestados e com obras necessárias ao desenvolvimento da nossa cidade.

O Governador Siqueira Campos tem se mostrado presente com ações em favor dos municípios e sem olhar a cor partidária, desde que a gestão do município seja séria e comprometida com a causa do povo.

O que se espera é que os partidos se unam em prol de construir uma agenda e um projeto que contemple os anseios e as necessidades de sua população. Aí sim, independente da cor partidária, que o povo seja o maior beneficiado, completou Roberval Paulo. 

INCANDESCENTE DESPERTAR - Para P. de S. O. - Roberval Paulo


INCANDESCENTE DESPERTAR - Com os dedos floridos da manhã...

                 Para P. de S. O.

Ela veio branda feito uma canção em noite de luar
Passou por mim e fez-me sentir a sua presença
Seu corpo dançava com a noite
Emoldurando-se na cintilação das estrelas
Aura em lampejos de um clarão azulado
Escultura de sonhos e ilusões na passarela dos deuses.

Aproximou-se como se nada quisesse
Dissimulada, a ponto de fazer-se diferenciar
Raios flamejantes saltavam dos olhos
Embriagando o universo dos sonhos
Fagulhas de vida emanavam do seu ser
O instante mágico da poesia
Brincou feito um menino levado
Exercitou seu lado moleca e menina.

Quando em vez, seu olhar flertava com os meus
Intenso qual relâmpago antecedendo o trovão
Disfarçava um querer
Ocultava um doce sentimento
Despertou em minha alma sentimentos perdidos
Guardados nos vãos escuros das horas mortas.

Experimentei, em primeira vez
O amor em sua plenitude e, despertando de um sonho
Caminhei para a realidade que acariciava-me
Com os dedos floridos da manhã
Orvalhados na escultura magestosa de fulgurante esplendor
Da tela de uma vida
Deusa nua, chama viva
Incandescente despertar mais horizonte que céu.

Roberval Paulo

POEMA DO GRANDE AMOR - Roberval Paulo



Quão bom seria se todos os casais tivessem
Paz.
A paz tão sonhada da mulher, do homem,
de quem ama.
A paz do amor livre,
regada em doses de compreensão e entrega.
Duas partes a formar um todo.

A taça repleta de vinho
a adocicar o paladar
no estalar da língua
e no gotejar das minas do pensamento.
Nascente inesgotável de água para a vida.

Água virgem
Véo natural do tempo
Sangue do mundo
A escorrer pela terra e para a terra
Clara e transparente como o amor.

O amor
Esse pode tudo
E é por ele que se vive
Se justifica por si só
Se qualifica por só ser
Sem acessórios, sem adereços
Sem complementos, sem endereço.

O amor só pelo amor
Completo em si
Transcendente, sem materialismos
Espírito de luz e cor
Alma e corpo em luta de amar.

Um sonhar de dois
Olhos falando segredos
Gestos dissimulados,
a dizer tudo
sem pronunciar palavra.

O amor tudo entende
Sua chama nunca apaga
Também nunca queima
Nem dói.
Dói. Mais sem doer.

É como disse o poeta:
         AMOR....    é fogo que arde sem se ver
                            é ferida que dói e não se sente
                            é um contentamento descontente
                            é dor que desatina sem doer.

Parafraseando o poeta:
         O AMOR... se auto flagela
                            se auto ajuda
                            por si só se cura

                            se vencido, é vencedor
                            se no abismo, o mesmo amor
                            pelo amor, sobe às alturas.

E enquanto não chega o imprevisível
tempo
de partir para o inevitável,
a vida segue.
Dos dois se fará um
Nesse universo de sol e mar.

A base será sempre o amor
Cumplicidade sem culpa
Realidade em cor de criança
Beijo de pétalas a bafejar o espírito
pelo espírito.
A carne queimando em desejo
Também é amor
Ardente
Na química do dois em um.
E o um só tornará em dois
Quando vencida a fronteira do desconhecido
Em busca dos jardins dos céus
Na eternidade do tempo sem horas.

É o novo tempo
A continuidade desconhecida da existência
A nova vida
Do divino amor.

Para trás, tudo
Menos o amor
Está no ser
E o ser é o espírito
E é tudo o que resta
         O espírito que é amor
         O amor que é espírito.

Roberval Paulo

MINHA CIDADE! MINHA MÃE! ARAGUAÇU! - Roberval Paulo


Sou eu, de Araguaçu, na ausência ou presente
Mas inexplicavelmente, não nasci em Araguaçu
Sou de uma família de onze irmãos, todos Araguaçuenses
Só eu, curiosamente, fui nascer distantemente
Em um lugar que não é meu
Mas leitor, não sou farsante
Nem tão pouco retirante
Foi mesmo assim, desse jeito
Que toda a história se deu

Minha naturalidade é de São Miguel do Araguaia, estado de Goiás
Mas não venham me dar uma vaia
Por não ser do meu lugar
Araguaçu foi Goiás, hoje é Tocantins
É dali que sou pois é dali que eu sinto ser
É ali, em Araguaçu, onde plantei o meu sonhar

Ali andei os meus passos primeiros
Ali cresci e me criei e ali tive os meus primeiros sonhos,
As primeiras ilusões e desilusões
Até o primeiro amor que se foi na marcha do tempo
Era paixão, eu acho, senão, não teria se ido
Pois o amor não vai com o tempo mesmo quando sopra o vento
O amor permanece atento mesmo quando esquecido.

Mas ali me identifico; sou autenticado em Araguaçu
Plantei na rua vinte e um todos os meus sonhos
Que não foram comigo
Não sei ser de outro lugar que não o meu chão
E o meu chão, o meu chão é aquele que eu sinto que é meu
Então, minha Araguaçu!
Sou tão teu quanto tu és minha
És minha quanto me sou teu
Crescemos juntos e assim foi por muitos e muitos anos...
Quanto dos teus caminhos e becos; dos teus córregos e rios e fontes
Teus quintais e varandas e frutos; laranjeiras, mangueiras, goiabeiras, 
                                                                                                    Deus nos acuda!
E praças e esquinas e meninas; e bola e futebol e sonhos e sonhos...
Quanto dos teus caminhos conheço eu?
Eu menino em seu universo
Querendo e aprendendo a tão sonhada ordem e progresso
Neste pequenino pedacinho de Brasil que é todo meu.

Em pequeno te vi tão grande e meiga e graciosa
E tu eras tão pequena. Mas, na tua generosidade,
Me esperava para crescer contigo
E o tempo se encarregou de nos fazer assim, como somos
Eu, homem, recordando sonhos de outrora
E tu, cidade frondosa, cuidando os teus frutos
Carregando-me por teus caminhos
Trazendo-me ao meu começo.

Oh! Minha linda e diviníssima Araguaçu!
Afastei-me de ti; o vento me levou
Aquele vento do moderno que nos faz distante de tudo que amamos
Aquele vento que nos leva a trilhar caminhos outros que não os nossos
O vento da verdade e ao qual se apega para sobreviver
O vento do Divino que nos ensina: somos seres de raíz
Mais a rama se vai, e sobe e desce montanhas,
E cria e abandona cidades
Faz e desfaz caminhos
E cruza rios e torna a cruzá-los
E sonha o trem dos destinos
Embarca no trem da vida à procura do que nunca perdeu
Galopa o corcel das noites e dorme em águas já passadas
Se alegra com tão pouco e chora... chora...
Chora com o muito que a necessária viagem jamais trará

Só tu, oh! minha musa inspiradora
Só tu, oh! minha linda Araguaçu, não me deixou
Para ir em busca do que não é teu
Tu sabes o teu destino e sábia e magestosa que és
Cresce e se desenvolve pela música do vento
Não o perseguindo. E, consciente e saudosa
Espera pelo filho ingrato que a abandonou
Que a abandonou ao sonho do nada
Que a abandonou por não conhecer-te, mãe sublime que és
Que a abandonou pelo engano do mundo e, quanto engano.
Mas tu não o desprezas, qual mãe zelosa
Tu não me desprezas. A mãe não despreza o filho, mesmo o ingrato
Chorastes na minha ausência e tuas lágrimas te banharam em cores
Nas ruas do teu corpo, meu pranto, ainda distante, corria alargando os                                                                                                             caminhos
Minha saudade te coroava de flores e meus sonhos
Faziam crescer e fortalecer as tuas edificações
Mesmo longe, estava contigo, pois só tu não me abandonastes
E meus olhos, do outro lado do universo, chorava por ti
E minhas lágrimas, vazando o véu do infinito, encontravam o teu chão
E escorria pelas tuas casas, colorindo-te
Não só a ti, mais a tua gente.
Coloria-te inteira e aos teus jardins e campos;
Tuas pastagens e animais; teus rios e sonhos
Tuas flores e pardais; teus quintais e varandas
E ainda o teu povo, tão meu e eu não mais conheço

Oh! Minha menina e sonhadora Araguaçu!
Podes o peixe deixar o rio?
Podes o mar se largar da terra e cair pelo espaço a fora?
Podes assim o dia se desprender da noite e ser só dia?
Podes o filho perder seu cordão umbilical antes do nascimento?
Podes ainda oh! Araguaçu, a rama ir sem a raíz? Eu fui
Eu precisava ir
Mas como ir sem levar-te?
Mas como levar-te se tu não se dá às viagens?
Hoje reconheço que não podias ir comigo
Não querias te perder igual a mim
O teu desejo era um só. Querias-me junto a ti.
E, no teu silêncio, aconselhou-me a não partir, mas,
O filho não obedece a mãe e se vai... se vai pela vida
E sofre e chora, e tropeça e cai, e se levanta
E cai muitas e muitas vezes e mais se levanta
Pois ao longe, escuta a tua voz dizendo vem
É a mãe que não se cansa de chamar inclemente pelo ingrato filho.

Oh! Araguaçu!
O tempo passou e os nossos sonhos foram distância em muitos anos.
Mas um dia, cansado da estrada e de terras alheias
Aprumei meus sentidos na linha do horizonte e ouvi tua voz
Que ainda chamava por mim
E a tua voz vi trêmula e chorava a ingratidão
Do filho que cresceu em teu ventre
Chorei sozinho e distante, e, minhas lágrimas,
Formaram o rio que volta à nascente;
O rio que me trouxe ao meu passado e à minha raíz
Estou de volta oh! minha vida. Estou de volta minha doce e terna mãe
Voltei minha querida. Voltei a ti minha inebriável Araguaçu
Minha cidade e meu mundo; minha estrada e minha luz
Meu sonho agora real; meu começo e fim eternos
Teu abraço caloroso me acolhe e me sinto tão aquecido que parece que sou                                                                                                          só prazer e enlevo
Teu colchão macio descansa meus errantes sonhos que vagaram por tempo e lugar
Só encontrando consolo em ti
A ti voltei, de onde não devia ter saído. Não escutei, em conselhos, o silêncio de mãe.

Oh! Araguaçu
Tuas esquinas, minhas irmãs. Tuas noites, minha namorada
Teus rios, meus sonhos. Tuas casas, meu sono
Teus campos, meus olhos. Tuas montanhas e planícies, minha viagem
Teus jardins e dias, minha valsa. Tuas flores e passarinhos e tuas cantigas
e sertões, meu ninho e meu acalanto.

Por isso oh! minha Araguaçu! Rogo e peço ao meu Deus
Guardai e protegei a todos nós meu Senhor
E aos teus campos e sonhos e vozes com todo amor
A ti e a todos os seus de todo o coração
E elevo a voz à nossa Santa Padroeira
Do início à vez derradeira
Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Rogai por nós Santa Mãe de Deus
Ave Maria cheia de graça o Senhor é convosco e bendita sois vós entre as                                                                                                            mulheres
E bendito é o fruto do teu ventre...
Esta é e será oh! Araguaçu
A nossa terna e eterna, primeira e última canção.

Oh! Minha Araguaçu!
Oh! Minha querida e cidade e amada Araguaçu!
Como posso viver sem ti? Como pude viver sem ti?
Aqui estou e não arredo pé. Não mais
Aqui estou e aqui fico para o inevitável
Juntos assim, somos nós, depois de tamanha ausência
Juntos assim, seremos, depois de tanta distância e estrada e sofrer
Juntos assim, eu e ti
Um amor que não se perdeu; um sonho que não morreu
Vidas que se vão eternamente
Começo e fim dos sonhos eternos
Eternos como nós que de tanto sonharmos ainda nem nascemos
Estamos só começando oh! Minha Araguaçu!
O caminho dos nossos próprios sonhos
Que de tanto perambularmos em sonhos alheios
Tornamos à origem do nosso interior
Interiozando e juntando, mais uma vez, nossas vidas
Em prazeres e alegrias e sensações desenfreadas de amar e de sorrir
Enquanto o trem veloz do destino, ordeiro e cruel, manso e perverso
Descarrila em sua jornada rumo ao incerto, assoviando a música do tempo
Cuidando e levando todos os nossos sonhos
À humanidade já desumanizada.

Oh! Minha doce e terna enamorada e iluminada ARAGUAÇU!
Não devia ter me afastado de ti.

Roberval Paulo