Tô aqui, eu e a noite,
minha silenciosa companheira
minha silenciosa companheira
sorrindo comigo e dizendo-me:
pode ir que eu te guio
pode ir que eu te guio
pelos caminhos ocultos e escuros
para que os outros não vejam o teu
pensar.
E eu sigo, tranquilo e confiante,
noite afora, de bar em bar,
noite afora, de bar em bar,
de boca em boca,
de beijo em beijo,
vivendo o que me é propiciado
de beijo em beijo,
vivendo o que me é propiciado
pela minha terna e envolvente
companheira,
a noite.
a noite.
E, no amanhecer de uma nova ordem,
tudo se encerra
tudo se encerra
e nos recolhemos
extasiados e saciados,
mas, felizes,
extasiados e saciados,
mas, felizes,
eu e ela,
ao nosso leito manso
sereno e confortante
ao nosso leito manso
sereno e confortante
para, juntos,
recompormos as energias libertadas,
recompormos as energias libertadas,
fortalecendo-nos para a próxima
jornada
que se inicia
que se inicia
ao anoitecer do próximo dia,
onde os sonhos se fundem
onde os sonhos se fundem
com a dura e cruel, mas,
ao mesmo tempo,
doce e meiga realidade.
ao mesmo tempo,
doce e meiga realidade.
Roberval Paulo
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