quinta-feira, 12 de abril de 2012

NOSSA DURA REALIDADE - Roberval Paulo


É como se a máxima do cada um por si se consolidasse ainda mais com a evolução dos tempos e o Deus por todos permaneça só nos sonhos dos mais humildes e menos favorecidos nesta seleta maratona da sobrevivência digna protagonizada pelo capital – celebridade em alta – e pelos governos que vêem no capital o parceiro certo e insusbstituível para a desigual acumulação material e a consequente produção e manutenção do produto miséria no percentual maior da população, produzida exatamente, premeditadamente e deliberadamente para alimentar o podre e inescrupuloso sistema que tem como combustível para o seu ambiente de luxúrias e prazeres, a fome, a dor da fome e da humilhação de pais, e mães, e filhos e filhas ainda puros, espalhados por esta imensidão de terras sem fim, de Áfricas e Américas, em quantitativos que não se conta, que mais parecem estrelas que perderam o seu brilho para o brilho maléfico de umas poucas “estrelas” egoístas que querem para si o tudo do nada, até que o nada nem pelo nada seja mais sentido. Estrelas estas que já não habitam o céu; estrelas que habitam o inferno, se é que este existe, porém, sem demônios, um inferno só de vidas a se acabar pelo completo abandono de quem um dia pensava herdar um céu de verdade.

A nossa realidade não é de luz.
Como enxergar luz em inocentes filhos cadavéricos sugando o seio cadavérico de mãe cadavérica que jaz morta e ainda se sustenta de pé pela vida morta que trás ao seio para alimentar com a teimosa vida que tem dentro de si nas gotas mirradas do seu leite.

Como ver brilho nos olhos inocentes de milhões de crianças que em carne e osso choram a humilhação da fome e do descaso e só desejam um naco de pão e leite para fazerem a alegria dos seus desesperados e impotentes pais e para sustentarem a vida que não pediram pra ser.

Como ainda se iluminar com a deterioração da instituição família que, hoje, desprovida dos seus valores morais, espirituais, de respeito, de caráter e até mesmo de razão, caminha desordenada e desorquestrada para o ambiente “seguro” do ter, perdendo nesta terrível caminhada a razão consciente do ser.

Como enfim dizer que há luz neste mundo desigual onde impera a violência, onde se perdem as crenças, e assim recriam outras crenças mas que sempre as novas crenças são só dom de acumular riquezas e mais riquezas materiais, só materiais, e em pouquíssimas mãos em detrimento de uma enorme maioria a quem só sobram migalhas pra seus sonhos suportarem e suportam, e se suportam só com  sonhos que, com o tempo, se vão a definhar pois que sonhos não alimentam estômagos e sem estes tão necessários alimentos se vão gerações inteiras, sem sonhos, desencantar.

O mundo é desigual; o mundo é desumano. A vida é desumana mas não precisava tanto. Que todo ser existente e vivente tivesse, simplesmente, sua dignidade e sobrevivência asseguradas e que o justo fosse a diretriz primeira de governos e cidadãos e até mesmo desse capital egoísta que não tem vida própria mas que vive na pobre vida daqueles que se entendem e se pensam vivos e ricos, não sabendo estes que a riqueza de espírito e de alma é superior e esta não perecerá enquanto que a riqueza material passará e voltará ao nada de onde se originou, e aí, nada mais existirá a não ser o espírito, o espírito puro e livre das tentações materiais.

Estes herdarão a eternidade, a vida eterna e, aqueles, aqueles que nesta passagem cultivaram o ter já não mais serão, como nada mais saberão de si. Serão fadados e condenados ao fim eterno que não se sabe inferno ou se panela de ferro mas que será com certeza de tribulações sem fim. 

Roberval Paulo

A GRANDE PELEJA - Roberval Paulo


As ondas passavam pela praia e, batidas pelo vento, iam chocar-se no calçadão, num surdo rumor de riso e raiva. Voltavam desanimadas para o mar, restabelecendo as forças. Tornava a investir; dessa vez mais forte. Nunca vi tamanha insistência, persistência. O calçadão agüentava firme. Molhado até os ombros, triunfava orgulhoso.

E lá vinha novamente a onda, uma, duas, três, muitas... unidas, uma atrás da outra, no mesmo objetivo. E o calçadão firme, resistia a tudo. As ondas cadenciavam o jogo, trocavam passes, misturavam-se, confundindo, e pimba, atacavam. O calçadão rebatia todas, goleiro de seleção; melhor não podia haver.

E o dia se passou nesse embate. O sol já se punha, extasiado, passando o apito. A lua agora arbitrava a gigantesca peleja.

E eu ali dando asas à imaginação, dando vida própria aos combatentes que, aos meus olhos, já pareciam um tanto quanto cansados. Mas não desistiam; continuavam a se bater, medindo forças. Me cansaram. Me cansei.

Olhei novamente e contemplei a peleja. Me afastei, sem ver o “grand finali” de tão fenomenal batalha. Precisava ir. Estava cansado mas, remoçado e novo, inteiro, quase uma criança. Olhei para o horizonte descortinado à minha frente. O compromisso esperava. Dei adeus aos combatentes e bati em retirada. A família queria me ver.

Roberval Paulo

RETRATO DO DESCASO - Roberval Paulo



Estou por aí, na sombra nebulosa da noite, à espera do grito, do sinal, do chicote no açoite do braço. Do tiro perdido, sem alvo, a qualquer alvo, ferindo o peito já ferido e maltratado, amordaçado, desesperançado e desolado, esquecido no beco de uma lembrança apagada. Sem rosto, sem página, sem a história dos dias passados. Futuro incerto, apontado como imprevisível, um tiro no escuro; o momento seguinte totalmente desconhecido.  

Do presente, só o presente, sem embalagem e sem laço de fita. Só a dor da dor vivida e sentida, o sangue agitado nas veias a escorrer pelo horizonte dos olhos. Animal abatido num tiro certeiro, animal racional que pela irracionalidade social, irracionaliza-se, desnacionaliza-se, e se perde o sonho se rendendo à dura realidade, traindo a consciência, perdendo a razão, arquivando as conseqüências e o conceito de legalidade. Pra suportar, sem opção. Só com a cabeça feita e, se faz a cabeça. Consome, se consumindo. Ingere-se, injeta-se, compartilhando tudo. Amizade inconsciente, risco inerente; gotas e partículas de morte à prestação, só apressando, antecipando o que já está decidido, escrito nos anais das sociedades. Veredicto social, fatalidade da existência, a morte. 

Afinal, todos cairão. Coragem irresponsável, covarde, coragem em mim sem ser minha, alimentada pela hipocrisia, pelo descaso. E eu, sem forças, me rendo, dominado, corrompido. Bicho alienado, fera acuada. Indignado e sem dignidade. Sem direitos, contado para morrer. O que fazer? Aceito passivamente, porém, revido, agrido, matando o que em mim morreu, roubando o que de mim roubaram. É o estágio da decomposição, sem recompensa, assediado por uma falência múltipla de sentimentos. Incongruente, ferindo pela ferida enraízada n’alma, plantada pela Lei do Sistema. 

Sistema posto, imposto, regado livremente sobre espontânea pressão, opressão, repressão, depressão geral, embrutecido pela demagogia, mantido pela lei do mais forte. Insanidade da sandice dos sádicos que endeusados de poder, pelo poder, acreditam na vida só aqui. Ledo engano. O processo está sendo montado, a sentença será proferida. Réo, diante do juiz, sem advogado de defesa, só acusações. O direito à defesa prescrito, findo no último dia de vida aqui. 

Agora é tarde, muito tarde, demasiadamente tarde. O martelo será batido: “condenado, à revelia, sem recurso”. E a pena será cumprida eternamente, e, todos os anos irracionalizados, desnacionalizados sobre a terra será nada frente ao que virá, posto que tudo debaixo do sol passa. Aqui, é só o prenúncio, o prefácio do livro do tempo para a vida eterna, onde um só dia equivalerá aos cem anos aqui passados. Onde a dor ou o gozo serão eternos, resultados do balanço sobre os atos aqui praticados.

Roberval Paulo

terça-feira, 10 de abril de 2012

PAZ AO RIO E PAZ AO POVO TAMBÉM - Roberval Paulo


A pomba branca da paz alçou o seu vôo e sobrevoou toda a baía de guanabara, na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro e, nos morros da insônia e do desassossego, foi atingida e ferida de morte por balas perdidas e destinadas especificamente para inibir a paz, e esta, chorando a insensatez da humanidade desordenada e sem direção, deixou-se abater e caiu por terra em sono profundo para não mais levantar.

Foi-se embora a paz, tragada e morta pela ambição e egoísmo dos seres humanos. Pela maldade e insanidade dos modelos econômicos vomitados pelas estruturas do poder que, podres e corruptas, segregam e excluem a grande maioria dos seus iguais. 

E assim, o caos se instalou e a bandeira negra da dor e do terror espalhou sua legião de seres ante-socializados pela hipocrisia viva e cruel dos homens, pelos becos e labirintos e vãos dos morros e favelas à caça do sangue que de suas entranhas foi retirado à custa de ações massacrantes e perversas contra as massas, arquitetadas pela minoria privilegiada e inescrupulosa e, o conglomerado da miséria humana encheu, encheu que explodiu, fazendo jorrar dos morros para o asfalto a desesperança, o descaso, o medo da existência e a dor aguda da impotência, desencadeando o confronto geral dos que nada tem aos que tudo ganham.

A guerra foi inevitável e o sangue de culpados e inocentes se igualaram na dor das famílias destruidas e a batalha sangrenta teve início quando a descrença venceu o amor e, no rito do cada um por si, na junção da conveniência, venceu o desentendimento total pela selvagem e necessária sobrevivência.

O caminho inverso está sendo feito. Tudo que vai um dia volta, transformado e transfigurado. O que foi levado e semeado pelo desamor da sociedade para com ela mesma retorna agora em ódio e ação contrária à sua própria dor que sangra com o sabor do sangue imprevisível e inevitável.

Não há mais outro caminho. Não tem mais outro jeito que não o enfrentamento dos poderes.
O poder oficial, instituído, legítimo, legalizado menos que irracional e guiado pelos interesses dos seus mandatários e o poder paralelo, também instituído e legitimado pela lei da sobrevivência, alimentado pelas feridas enraízadas n'alma, causadas pelas ações ineficazes e cínicas do poder oficial; ilegal mas não menos poder enquanto poder de interesses.

Que vença a paz, se isso for possível e que cause o mínimo necessário de dor. 
A dor impossível e revolta que ataca nosso peito a cada novo menino garoto tragado pelo crime. 
A cada nova menina moça pintada pelas cores intrigantes e revoltantes da ascendente e desfigurada prostituição.
A cada pai de família com o peito trespassado pela faca da realidade da vida do filho morto.
A cada mãe com alma e coração sangrando pelos filhos fulminados, alimentados e decaídos pelo indestrutível e periculoso tráfico.
A cada novo ser esperançoso dessa tão desesperançada sociedade, descrente e desencaminhada bem como sedenta e perseguidora voraz da paz tão sonhada e almejada.

Que vença a paz se isso for possível.
Que vença a paz se isso for possível.
Que vença a paz! Que vença a paz!

Enfim, que vença e reine a paz, consumindo, amenizando, suavizando e cicatrizando todas as dores que somos enquanto sociedade em "desevolução", retrocedendo, à procura do seu início. 


Roberval Paulo

A LIVRE INTERNET X O PENSAMENTO LIVRE


Em um tempo bem recente a onda era os correios, as cartas, os velhos postais, meu Deus! Os telegramas até para comunicado de morte; a informação mais segura e codificada do telex e do rádio amador. O mundo evoluiu rápido e com ele, a tecnologia da informação. Evoluiu situando-se na vanguarda de todos os processos.

Por caminhar mais depressa que os outros sistemas, ficou sozinha em seu ambiente e perdeu o passo; perdeu o controle do seu próprio caminhar e se desvirtuou do seu objetivo e fundamento maior que era simplesmente e sempre passar adiante a realidade dos fatos e acontecimentos o mais depressa possível e o mais fielmente possível. A informação se desvirtuou por completo e atende hoje a outros tantos interesses que não só o de informar e se fazer conhecer. No quesito velocidade nada se questiona. Está muito rápido, até mais que Airton Senna e Michael Schumacher juntos.

A questão é a qualidade desta informação e os interesses que ela defende. A informação está ferida de morte e a internet é o ataúde, o caixão, o recipiente, o caldeirão "fervente" que acolhe e abriga tudo. É como a terra. Abriga o anjo tal qual abriga o demônio aos olhos crédulos e incrédulos, atenciosos e alienados, de boa fé e mal intencionados no teatro protagonizado e dirigido pela humanidade irracionalizada e desumanizada pela selvageria dos interesses materiais e do poder impostos por aqueles que por força da corrupção do ter, já estão, a muito tempo, desprovidos dos valores éticos e morais que ainda deveriam nortear as ações e decisões humanas.

O senso caiu no ridículo e é operado e levado a efeito no fundamento raivoso do instinto. A estratégia e planejamento das ações na disseminação da informação tem como objetivo único convencer; somente convencer sem se importar se há verdade; somente convencer mesmo sendo a informação um castigo e um pecado para a sociedade.

Estamos vivenciando este momento de cruéis noticiários levianos e insanos que ferem de morte a nossa soberania conquistada a sangue e lágrimas e,  a internet, é o palco maior dessa selvagem batalha. Tudo se fala e se escreve mas nem tudo se prova.
Tudo se produz e essa produção fétida e podre é repetidamente cambiada e recambiada para os olhares das pessoas no intuito de vencer pelo cansaço as mentes e corpos já surrados por esta louca e  surreal realidade. Ferem a honra de pessoas, a moral de outras e tudo vale pelo desejo macabro do poder. Estraçalham sentimentos, extravasam emoções e brincam com a fé e crença das pessoas, usando e abusando até de preceitos religiosos ainda não resolvidos nas instituições e muito menos na cabeça do povo.

A informação agride, pela internet, o ambiente livre dos sonhos, onde tudo pode e é possivel e permitido sem se importar com o rastro de destruição que segue na calda dessa informação, capaz de dizimar e reduzir a cinzas e ao pó sonhos inteiros da humanidade.
Vigiemos. Vamos nos atentar mais para o descontrole da informação pela internet, nos embasando mais e aprofundando e fundamentando nosso estudo antes de comprar a ideia. Vamos ser o nosso principal crítico. Não se aliene. Filtre tudo e absorva só o que é importante. Não importante só para você mas, principalmente, para a coletividade. Não ponha crença em tudo e não se deixe levar pela ideia dominante de que imagem é tudo e que propaganda é a alma do negócio.

À internet pode-se tudo dizer mas vamos nos dizer só o que realmente nos seja importante. À nós e à sociedade, à nossa população, sem exclusões e ao Brasil como um todo. Vamos controlar o descontrole, respeitar e preservar os nossos valores, dizer não ao desrespeito e àqueles que estão nos desrespeitando.Vamos enfim nos importar com o que realmente importa e fim de papo!

Roberval Paulo

PEDRO MARIANO - O filho de Elis Regina

Musicaria Brasil


Pedro Mariano completa 17 anos de carreira e participa de projeto reunindo sucessos de Elis Regina na voz de cantores. 

Por Ailton Magioli



Assumidamente adepto do palco, Pedro Mariano não nega as origens – é filho de Elis Regina e César Camargo Mariano. A cada novo disco, aprimora a relação com o estúdio para que a gravação, segundo diz, não perca o indispensável clima de “ao vivo”. Assim é 8, não por acaso o oitavo álbum solo de carreira, que o cantor lança este ano de 2012.

Nascido numa casa em que via tudo acontecer, estranho seria se quisesse ser médico ou jornalista”, diz Pedro Mariano, lembrando que sua filha Rafaela, de 6 anos, também respira música o dia inteiro. “João Marcelo é o cara de estúdio, da produção. Ele curte isso, eu já sou mais do palco. Para mim, o estúdio é o processo do caminho para o palco, onde tudo se concretiza”, afirma o cantor.

As primeiras incursões dele na música já ocorreram nesse espaço graças às bandas e aos festivais de colégio. O filho de Elis e César Camargo não nega o caráter intimidador do palco. “Sou tímido mas ao cruzar a coxia, some tudo e me realizo”, confessa Pedro, adepto do som mais orgânico que apenas o clima de “ao vivo” propicia.


Amigos

8 é o disco mais pop de Pedro Mariano. Além da presença recorrente de Jair Oliveira em sua obra – o filho de Jair Rodrigues comparece com as faixas "Pra cada coisa", "Simples" e "Lado a lado" –, a cantora e compositora Luiza Possi, filha de Zizi, assina "Sei de mim" com Dudu Falcão. “Ela é uma grande amiga, uma figura raríssima que caiu na minha vida”, derrete-se o cantor. Representada pelo mesmo escritório, em 2006 a dupla fez turnê pelo interior fluminense.

A amizade acabou levando os dois ao projeto Música de graça, para o qual ele sugeriu uma composição inédita de Luiza. “Apaixonei-me pela música dela e passei a cultivar a ideia de tê-la em meu disco”, recorda. O repertório de 8 traz Dani Black (Miragem), Pedro Altério e Pedro Viáfora (Sei lá eu), Edu Tedeschi (Perdoa, Por nada e por ninguém), Tó Brandileone (Pra você dar o nome) e Alexandre Grooves (Antes não do que talvez e Fora de perigo).

Não por acaso, a oitava faixa, Pra você dar o nome, é a canção de trabalho no rádio, com a possibilidade de ganhar videoclipe. Formato, aliás, que não conta com a simpatia de Pedro Mariano, mais interessado na internet como veículo de divulgação. O disco dele está sendo liberado em parte no sitewww.pedromariano.com.

Às vésperas de completar 17 anos de carreira solo e estreando o próprio selo (Nau), Pedro afirma que seu processo criativo não mudou em nada depois de ter passado pelas multinacionais Sony, EMI e Universal Music, além da nacional Trama, sociedade do irmão, João Marcelo Bôscoli. “Meu trabalho sempre foi respeitado por todas as gravadoras. A mudança para um selo independente está mais embasada na parte de marketing e distribuição”, explica, recorrendo ao ditado popular para justificar a iniciativa: “O que engorda o porco é o olho do dono”.

Com estruturas de imprensa e marketing trabalhando em conjunto, só faltava ao cantor providenciar uma distribuidora para seu novo disco. A tarefa coube à Microservice.


Elis e eles

Para quem imaginava Pedro Mariano distante dos eventos que marcam os 30 anos de morte da mãe, ele avisa: vai dirigir um projeto que privilegiará as canções de Elis Regina na voz masculina. Representantes da antiga e nova guarda serão convidados a gravar sucessos de Elis com arranjos renovados. “Ainda que 90% do que minha mãe gravou seja definitivo, vamos ter a oportunidade de constatar como Elis influenciou toda uma geração de intérpretes masculinos, contribuindo para tirar um pouco do nosso estigma de país das cantoras. Vários deles não aparecem porque estão atrás de uma banda”, garante o filho de Elis e César Camargo Mariano. Empolgado com o projeto, ainda embrionário e em busca de patrocínio, mas previsto para este ano, ele revela: “Estou ansioso para começar essa empreitada”.

ANTÔNIO MARCOS - 20 anos sem o seu romantismo


Musicaria Brasil


Nascido em família de baixa renda, trabalhou como "office boy", vendedor de varejo e balconista de loja de calçados até conseguir se firmar como um dos grandes cantores populares de nosso país.



Antônio Marcos precocemente nos deixou a exatamente 20 anos. Sua vida pessoal. por vezes, era classificada como tumultuada, porém seu talento era incontestável. De 1960 a 1962, destacou-se no programa de Estevam Sangirardi, cantando, tocando violão e fazendo humorismo. Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças "Pé Coxinho" e "Samba Contra 00 Dólar", de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Em 1966, convidado por Ramalho Neto, gravou, com o conjunto Os Iguais, o compacto simples "A partida" e "Quero te dar meu coração", pela RCA. Logo tornou-se solista, emplacando o sucesso "Tenho um amor melhor que o seu", de Roberto e Erasmo Carlos,que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares.

A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como "Oração De Um Jovem Triste" (Alberto Luís) e "Como Vai Você" (com Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme "Pais Quadrados... Filhos Avançados" (1970), participando também de "Som, Amor E Curtição" (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como "Arena Conta Zumbi" (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e "Hair" (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970). Atingiu seu maior sucesso em 1973, com "O Homem De Nazaré" (Cláudio Fontana). Um de seus últimos sucessos foi a canção "Tele-tema" de O Profeta, telenovela da TV Tupi na qual participava sua futura esposa Débora Duarte. Já casado com a atriz, participaria com ela da telenovela da TV Bandeirantes, "Cara a Cara", na qual também interpretava a canção-tema.



Investindo na carreira solo, no mesmo ano lançou o compacto simples "Perdi você" e "A história de alguém que amou uma flor", pela RCA. No mesmo ano, lançou, pela mesma gravadora, o seu primeiro LP. Nesse período, com a Jovem Guarda em evidência, gravou doze álbuns solo, obtendo diversos sucessos bastante executados nas rádios de todo o Brasil.


Entre seu maiores sucessos, na década de 1970, estão "O homem de Nazaré", de Cláudio Fontana e "Oração de Um Jovem Triste" (75), cujos compactos venderam, cada um, 500 mil exemplares, além de "Como vai você" (canção que acabou tornando-se um dos grandes clássicos da canção popular brasileira), gravada por Roberto Carlos em 1972, e que vendeu mais de 700 mil discos. Vale lembrar que em 1969, Roberto Carlos também gravou, no LP "O inimitável", o sucesso "Nunca mais eu vou deixar você tão só" de autoria de Antônio Marcos. Em 1991, teve de cancelar o projeto de gravar no seu novo disco "Imagine", de John Lennon, pois não obteve permissão de Yoko Ono. O LP acabou não sendo lançado devido à falência da gravadora Esfinge, a qual estava vinculado. A última música gravada por Antonio Marcos foi "Por Amor" (91), versão para "Unchained Melody", tema do filme "Ghost". Morreu precocemente, em 1992, devido a uma cirrose hepática provocada pelo alcoolismo crônico.

Em 2005, sua música "Como vai você" foi incluída na trilha sonora do filme "Os 2 filhos de Francisco", de Breno Ferreira que contou a história de Zezé di Camargo e Luciano. Para fazer parte da trilha sonora do filme, foi feita uma mixagem com a sua voz da gravação original de 1973, a qual foram sobrepostas em estúdio as vozes de Zezé di Camargo e Luciano. A cena em que a canção é interpretada inteira, pelo improvisado trio, é estrelada pelo ator e pela atriz Paloma Duarte, numa visível homenagem a Antônio Marcos, também ídolo de Zezé di Camargo.



Em 2006, "Como vai você" foi gravada por Hebe Camargo em seu disco "Pra Você". Também no mesmo ano, o cantor Toni Platão gravou "Eu não vou mais deixar você tão só" no CD "Negro amor". A música foi interpretada com nova roupagem em diversos shows no circuito carioca. Em janeiro de 2007, a cantora Aretha, filha do casamento de Antônio Marcos com a cantora Vanusa, comemorou os 60 anos do nascimento do pai, na casa de shows Mistura Fina, na zona sul do Rio de Janeiro, em ritmos variados, passando do samba à bossa nova e o jazz.


Em 2008, foi lançado pela Som Livre o CD "Antônio Marcos em foco - Os grandes sucessos de Antônio Marcos", que incluiu seis pot-pourris com seus sucessos e mais oito interpretações inteiras. Estão presentes no CD as composições "Como vai você", com Mário Marcos; "Você pediu e eu já vou daqui", com Zairo Marinoso; "Por que chora a tarde", com Gabino Correa; "Olhai por nós", com Eunice Barbosa e D' Carlo; "Sonhos de um palhaço" e "Cara a cara", com Sérgio Sá; "Sombras num quarto de Londes", com Mário Marcos; "Pensando bem" e "Minha namorada", com Cláudio Fontana, além de "Eu não vou mais deixar você tão só"; "Menina de trança"; "O que restou de mim", e "Quando a esperança vai embora", apenas de sua autoria. Estão incluídas ainda suas interpretações para "Todo sujo de batom", de Belchior; "O homem de Nazaré", de Cláudio Fontana, e para o clássico bolero-sertanejo "Boneca cobiçada", de Bolinha e Biá.


Vale salienasou-se em 1972 com a cantora Vanusa, com quem teve duas filhas, Amanda e Aretha. Depois com a atriz Débora Duarte, de cujo casamento nasceu a atriz Paloma Duarte. Com Rose, sua terceira mulher, foi pai de Pablo, com sete anos, no ano da morte do artista. Nos dois últimos anos de sua vida morou com Ana Paula, filha de Nice Rossi, ex- esposa de seu amigo Roberto Carlos. Deixou como legado oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior.

Fonte: Dicionário da MPB.


Discografia Oficial


Antônio Marcos (1969)(RCA Victor)
Faixas:
01 - Você pediu e eu já vou daqui (Zairo Marinozo - Antônio Marcos)
02 - Quando lembro de você (José Messias)
03 - Porquê (Nenéo)
04 - Há tanto tempo (Nelson Ribeiro de Almeida)
05 - Tenho um amor melhor que o seu (Roberto Carlos)
06 - Foi preciso ser assim (Genival Melo - Antônio Marcos)
07 - Sou eu (Martinha)
08 - Vieram me dizer (Cláudio Fontana)
09 - Preciso encontrar urgentemente (Nelson Ned)
10 - Se um dia nosso amor terminar (Tom Gomes - Luiz Vagner)
11 - Não fico mais sem teu carinho (Roberto Correia - Sylvio Son)
12 - Você foi a inspiração (Totó)


Antônio Marcos (1970) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Marcas no caminho (Mário Marcos - Antônio Marcos)
02 - O que seria de você (Demétrius)
03 - Tudo que você me fez (Mário Marcos - Antônio Marcos)
04 - Nunca mais (Wilson Miranda - Antônio Marcos)
05 - Cinco lágrimas ou mais (Tom Gomes - Luiz Vagner)
06 - Protesto (Mário Marcos - Antônio Marcos)07 - Menina de trança (Antônio Marcos)
08 - Eu fico só (Fábio - Paulo Imperial)
09 - Sozinho (Cláudio Fontana)
10 - Despedida (Mário Marcos - Antônio Marcos)
11 - Não diga adeus (Antônio Marcos)
12 - Dizem que sou louco (Mário Marcos - Antônio Marcos)


08-11-1945 (1971) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Seu Rosto E Eu (Mário Marcos – Antônio Marcos)
02 - Don Quixote (Antônio Pedro – Antônio Marcos)
03 - Look My World (Totó)
04 - Pequenos Nos Erros Meus (Rildo Hora)
05 - Deixo O Tempo Me Levar (Leno)
06 - Estrada (Renato Júnior – Antônio Marcos)
07 - Sem Destino (Ravel – Dom)
08 - Meu Castelo De Areia (Nenéo)
09 - Dia 10 (Sergio Reis – Demétrius)
10 - Namorada (Fred Falcão – Arnoldo Medeiros)
11 - Quando Eu Quero, Quero Mesmo (Osmar Navarro)


Sempre (1972) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Sempre (Portinho - Antônio Marcos)
02 - Dia a dia (Peninha)
03 - Perdi você (Totó - Peninha)
04 - Cheguei tarde (Renato Júnior)
05 - Acalanto (Tema de Amanda) (Mário Marcos - Antônio Marcos)
06 - Marcas (Totó, Peninha)
07 - Dados biográficos (Isolda - Milton Carlos)
08 - Ave Maria da vida (Mário Marcos - Antônio Marcos)
09 - You'll never die (Mário Marcos - Antônio Marcos - Luiz Vagner)
10 - Rumo incerto (Luiz Vieira)
11 - Oração de um jovem triste (Alberto Luiz)


Antônio Marcos (1973) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Boneca cobiçada (Biá - Bolinha)
02 - O homem de Nazareth (Cláudio Fontana)
03 - Meu segredo (Hélio Matheus)
04 - Minha amiga, minha namorada (Cláudio Fontana - Antônio Marcos)
05 - Como vai você (Mário Marcos - Antônio Marcos)
06 - Valeu a pena (Eduardo Lages - Expedito Faggione)
07 - Conversa de jardim (Marcos Durães - Alberto Luiz)
08 - Mensagem de um planeta perdido (Taiguara)
09 - Quando o amor muda de casa (Isolda - Milton Carlos)
10 - Era sábado (Totó - Antônio Marcos - Peninha)
11 - Você me disse adeus (Nenéo)
12 - Ninguém vai chorar por ninguém (Hélio Matheus)


Citrizes (1974) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Pensando bem (Cláudio Fontana - Antônio Marcos)
02 - Registro geral (Gabino Correa - Antônio Marcos)
03 - Com carinho e saudade (Sergio Sá - Antônio Marcos)
04 - O estrangeiro (Mário Marcos - Antônio Marcos)
05 - Ela (Mário Marcos - Antônio Marcos)
06 - Encontro (Mário Marcos - Antônio Marcos)
07 - Gaivotas... [Para Roberto Carlos] (Mário Campanha - Antônio Marcos)
08 - Hino (Eduardo Gudin - Paulo César Pinheiro)
09 - Cicatriz (Sergio Sá)
10 - Só você pode chorar por mim (Sergio Sá - Antônio Marcos)
11 - Porque chora a tarde(Gabino Correa - Antônio Marcos)
12 - Palavras (Gabino Correa - Antônio Marcos)


Antônio Marcos (1974) (En Español) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Por que llora la tarde (Gabino Correa - Antônio Marcos)
02 - Me estas diciendo adios (Neneo)
03 - Con cariño y nostalgia (Antônio Marcos)
04 - El extranjero (Mário Marcos - Antônio Marcos)
05 - Quando el amor cambia de casa (Isolda - Milton Carlos)
06 - Documento General (Gabino Correa, Antônio Marcos)
07 - Cancion de invierno (Mário Marcos - Antônio Marcos)
08 - Solo tu puedes llorar por mi (Antônio Marcos - Sérigio Sá)
09 - Cicatrices (Sério Sá)
10 - Mi secreto (Hélio Matheus)
11 - El encuentro (Mário Marcos - Antônio Marcos)
12 - Ella (Mário Marcos - Antônio Marcos)Ele...


Antônio Marcos (1975) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Amantes (Papi - Luiz Santo)
02 - Saudade (Mário Palmério)
03 - O velho (Sergio Bittencourt - César Costa Filho)
04 - Toda a dor do mundo (Sergio Sá - Antônio Marcos)
05 - Noturno (F. Chopin)
06 - Ele (Cláudio Fontana)
07 - Ninguém pode evitar (Gabino Correa - Antônio Marcos)
08 - Pelos caminhos (Clayton)
09 - Quando você voltar (Gabino Correa - Antônio Marcos)
10 - Eu quero ser mais (Fred Jorge)
11 - Você é a vida [Eres mi niña] (Sergio Esquivel - Antônio Marcos)
12 - Tempo perdido (Flávia - Peninha)


Felicidade (1976) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Felicidade (Mário Marcos - Antônio Marcos - Lincoln Olivetti)
02 - Todo sujo de batom (Belchior)
03 - Esperando por você (Cláudio Roberto - Mário Marcos - Orieta)
04 - Fracasso (Fagner)
05 - Solidão (Antônio Marcos - Lincoln Olivetti)
06 - Torneró (C.Natili - Muraro - I.Polizzy - P.E.Palumbo - M.Romoino)
07 - Hoje eu preciso você (Miguel Gallardo - Antônio Marcos)
08 - Teu carinho (Che roga) (C.Almirón - S.Laterza)
09 - Fim de primavera (Eunice Barbosa - Mário Marcos)
10 - Você pediu e eu já vou daqui (Zairo Marinoso - Antônio Adolfo)
11 - Mano a mano (Rozzano - E.Flores - Gardel)12 - Voz da América (Belchior)


Antônio Marcos (1978) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Vai meu irmão [Calendário] (Alberto Luiz)
02 - Insultos (Mário Marcos)
03 - Gira gira (Hermes Aquino)
04 - Sonho de nós dois (Galahad - Arthur)
05 - Meia volta (Mário Campanha - Antônio Marcos)
06 - Quem dá mais (Beto Surian)
07 - A carta (Carlinhos - Antônio Marcos)
08 - Os últimos serão os últimos (Beto Surian - Débora Duarte)
09 - Um ano sem você (Ayrão)
10 - Parece que foi ontem (Sergio Sá - Antônio Marcos)
11 - Essas mulheres (Arnaldo Saccomani)
12 - Pra celebrar você (Carlos Guerra - Ed Lima)


O Tempo Conta Dobrado (1982) (RCA Victor)
Faixas:
01 - O tempo conta dobrado (Toninho da Cruz - Chico Anysio - Antônio Marcos)
02 - Alô (Toninho da Cruz - Antônio Marcos)
03 - Eu quero mais (Toninho da Cruz - Ed Wilson - Antônio Marcos)
04 - O último café [El último café] (C.Castilla - H.Stamponi)
05 - Sempre no meu coração [Always in my heart] (E.Lecuona)
06 - Quem deixar de amar primeiro (Cury - Ed Wilson)
07 - Viver por viver (Chico Anísio - Antônio Marcos)
08 - Penso em você (Toninho da Cruz - Antônio Marcos)
09 - Senhora (Livi - Ed Wilson)
10 - Dá pra perdoar (Livi - Ed Wilson)


O Sonho Não Acabou (1984) (RCA Victor)
Faixas:
01 - Corpo e alma (Paulo Massadas - Michael Sullivan)
02 - Ser feliz (Cláudio Rabello - Ed Wilson)
03 - Quero ser menino para você (Michael Sullivan - Carlos Colla)
04 - E não vou mais deixar você tão só (Antônio Marcos)
05 - Nosso olhar não envelhece (Mário Marcos - Antônio Marcos)
06 - Amantes (Paulo Sergio Valle - Marcelo)
07 - Imagine [Imagine] (Lennon)
08 - Loucuras e manias (Ed Wilson - Carlos Colla)
09 - E depois de amar [Y despues que...] (Armando Manzanero)
10 - Meu super-herói (Carlos Pedro - Ed Wilson)
11 - Romântico (Cláudio Fontana)


Antônio Marcos (1987) (Copacabana)
Faixas:
01 - Arrependimento (Antônio Luiz - Antônio Marcos)
02 - Eu e você [As Time goes by] (H. Hupferd, Antônio Marcos)
03 - O anjo de cada um (Antônio Luiz - Antônio Marcos)
04 - Vem mulher (J. Oliveira, Elias Muniz)
05 - Pot-pourri:
Tenho um amor melhor que o seu (Roberto Carlos)
Amanda (Taiguara)
Se eu pudesse conversar com Deus (Nelson Ned)
Porque chora a tarde (Gabino Correa - Antônio Marcos)
Oração de um jovem triste (Alberto Luiz)
Eu vou ter sempre você (You'll never know) (M. Gordon - H. Warren - Vrs. Antônio Marcos) Como vai você (Antônio Marcos - Mário Marcos)
Menina de trança (Antônio Marcos)
O homem de Nazareth (Cláudio Fontana)
06 - Estado de graça (Mário Marcos - Antônio Luiz)
07 - Ele é tão lindo (Billy - Antônio Luiz - Antônio Marcos)
08 - De ponta cabeça (Antônio Luiz - Antônio Marcos)
09 - Meu coração está nas montanhas (Moracy do Val - Murilo)
10 - Não abra esta porta (Ed Lima - Antônio Marcos)


Todos Os Caminhos (1988) (Som Livre)
Faixas:
01 - Olhai por nós (Eunice Barbosa - Di Carlo - Antônio Marcos)
02 - Como vai você (Mário Marcos - Antônio Marcos)
Você pediu e eu já vou daqui (Antônio Marcos - Zairo Marinoso)
Porque chora a tarde (Antônio Marcos - Gabino Correa)
03 - E não vou mais deixar você tão só (Antônio Marcos)
Menina de trança (Antônio Marcos)
Venha ver o que restou de mim (Antônio Marcos)
04 - Imagine (Lennon)
Sonhos de um palhaço (Antônio Marcos - Mário Marcos)
Let it be (Lennon - McCartney)
Sombras num quarto de Londres (Antônio Marcos - Mário Marcos)
05 - Quando a esperança vai embora (Antônio Marcos)
Meu coração que te amava tanto (Avevo um cuore che ti amava tanto) (A. Salerno - S. Reitano - M. Reitano - Vrs. Antônio Marcos)
Torneró (Volte amor) (I. Polizzy - C. Natili - M. Ramoino - Vrs. Antônio Marcos)
06 - Intimidade (Neno Meier - Célia Rocha - Eunice Barbosa)
07 - Sempre no meu coração [Always in my heart] (D.R.)
Pensando bem (Antônio Marcos - Cláudio Fontana)
Eu vou ter sempre você (You'll never know) (M. Gordan - H. Warren - Vrs. Antônio Marcos)
08 - Se eu pudesse conversar com Deus (Nelson Ned)
Oração de um jovem triste (Alberto Luiz)
Cara a cara (Antônio Marcos - Sergio Sá)
Quem dá mais (Beto Suryan)
O homem de Nazaré (Cláudio Fontana)
09 - Aventuras (Mário Marcos - Antônio Marcos)
Amanda (Taiguara)
Tenho um amor melhor que o seu (Roberto Carlos)
10 - Todos os caminhos (Eunice Barbosa - Di Carlo - Antônio Marcos)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ATITUDE - É PRECISO TER - Roberval Paulo


Eu gosto das boas atitudes
A atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui
A atitude de dar de beber a quem tem sede
De alimentar a quem tem fome.

A atitude de levar um sorriso a quem não sabe sorrir
De levar um abraço a quem já não mais abraça
A atitude de sonhar o sol, mesmo que este não se dê aos sonhos.

Quero luz e que a luz da vida esteja em todos
Que a vida seja farta e que na linha de chegada
Possamos partir rumo ao bom
Que o bom é viver.

Gosto de atitude, das boas atitudes
E de perder
Que ganhar é muito fácil.

E que de boas atitudes
Seja o mundo repleto
Seja a vida completa
De sonhos, de amor e de paz
De sol, de luar, de cantar
Na terra onde tudo é breve.

Roberval Paulo