Um blog que se propõe a lhe atender meu querido leitor. Acesse sem receio, leia tudo, cure seus medos, reflita e siga em paz. Que os seus caminhos encontrem a saída e que esta porta lhe transporte à essência do insinuante e insondável sentimento do ser... Roberval Paulo
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Blog Roberval Paulo: ATITUDE! É PRECISO TER - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: ATITUDE! É PRECISO TER - Roberval Paulo: Eu gosto das boas atitudes A atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui A atitude de dar de beber a quem tem sede...
ATITUDE! É PRECISO TER - Roberval Paulo
Eu
gosto das boas atitudes
A
atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui
A
atitude de dar de beber a quem tem sede
De
alimentar a quem tem fome.
A
atitude de levar um sorriso a quem não sabe sorrir
De
levar um abraço a quem já não mais abraça
A
atitude de sonhar o sol, mesmo que este não se dê aos sonhos.
Quero
luz e que a luz da vida esteja em todos
Que
a vida seja farta e que na linha de chegada
Possamos
partir rumo ao bom
Que
o bom é viver.
Gosto
de atitude, das boas atitudes
E
de perder
Que
ganhar é muito fácil.
E
que de boas atitudes
Seja
o mundo repleto
Seja
a vida completa
De
sonhos, de amor e de paz
De
sol, de luar, de cantar
Na
terra onde tudo é breve.
Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: SONHO DE ACORDAR QUEM DORME - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: SONHO DE ACORDAR QUEM DORME - Roberval Paulo: Sabe, eu queria o prazer de um sonho, um sonho eu queria ter, mas um sonho desses sonhos que a gente sonha e sonhando só pens...
SONHO DE ACORDAR QUEM DORME - Roberval Paulo
Sabe,
eu
queria o prazer de um sonho,
um
sonho eu queria ter,
mas
um sonho desses sonhos
que
a gente sonha e sonhando
só
pensa em se enveredar
pelo
caminho sonhado
e
pensado e perseguido,
imbuído
do desejo desse sonho realizar.
Mas
um sonho que, sonhado,
assim,
se realizasse,
mas
não fosse tão real
como
a dura realidade,
fosse
somente verdade,
mas não doesse, alegrasse,
um
sonho que reparasse
os
erros sem machucar
Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo: Capítulo I - Parágrafo 1º O som ensurdecedor do trovão ressoou na imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletr...
O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo
Capítulo I - Parágrafo 1º
O som ensurdecedor do trovão ressoou na
imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletrizante e
cintilante, escorreu deslizante na abóbada em mistério anunciada, se perdendo
no negro azulado da distância. A atmosfera cerrou as portas e o céu abriu suas
comportas, inundando impetuosamente a noite em torrentes de terror e desespero.
Escuridão era o que havia. Escuridão de uma noite sem luz e sem lua. De
estrelas ausentes, apagadas no imaginar do escuro e de sonhos preocupados na
inocente perspectiva de ver ali o mundo acabar.
Roberval Paulo
OLHOS NOS OLHOS - Roberval Paulo
Quando tua mão pesar sobre mim, lhe direi:
Porque tantos anos de infortúnio sobre a terra?
Porque tanta dor se o que buscamos é o prazer?
Se me ouvirá, não sei
Se tenho razão, menos sei ainda
Só acho que o que ainda sei é amar.
Quando tua voz me pedir contas do que fiz, lhe perguntarei:
Posso eu também pedir contas de ti?
Podemos conversar, só conversar sem cobranças?
Podemos nos sentar e nos falarmos como dois amigos?
Não sei se assim pode ser. Menos ainda sei se assim posso
agir.
Só acho que o que ainda sei e posso dizer é que eu amo.
Amo a vida que tenho e não sei se me pertence
Amo o ventre que me gerou e me concebeu
e
o rebento do qual sou raíz
Amo o patriarca da minha humilde existência e aos irmãos e
irmãs
de
lastro familiar que me destes
Amo as forças conhecidas da natureza, alimento indispensável
para a vida
Amo ainda as forças desconhecidas da natureza, sinais
latentes e incessantes do teu poder e glória e amor.
Quando teus olhos me olharem e eu neles perceber
um
olhar de interrogação, lhe responderei:
O que queres de mim?
O que queres que eu faça se tudo o que fiz não valeu?
Não sei se me ouvirá. Nem sei se assim posso indagar a ti
Só sei que o que ainda acho que sei é da força do amor.
Da força do amor que tudo pode e é só por ele que se vive
Da força desse amor que se justifica por si só e se
qualifica por só ser
Da força do amor transcendente, completo em si, sem
complementos, sem acessórios, sem adereços. O amor só pelo amor.
Que este sim, é infinito e não se paga imposto pra amar
Que este, o amor, é o que sinto e está no recôndito mais
fundo do meu ser
Alimenta minha alma e só por ele se vence grandes distâncias
e as agruras dos dias
E também sei que só o sinto pela tua suprema e magnânima
existência pois, só matéria e pó como sou, não seria capaz de amar sem o teu
sopro de amor infinito.
Quando teus olhos novamente me olharem e apresentarem aos
meus olhos
o
olhar da reprovação, eu... me penitenciarei
E lhe direi quanto mais do teu amor ainda resta em mim?
E lhe perguntarei o quanto ainda sou capaz de amar?
E lhe responderei que ainda procuro o que nem sei se é
possível achar
E, olhos nos olhos, chorarei
E pedirei perdão pelas minhas faltas
E pedirei perdão por duvidar de ti
E da tua bondade infinita me impregnarei e me agarrarei, me
agarrarei à tua mão para não mais soltar.
Me agarrarei à tua mão para reerguer-me e não mais voltar a
andar sozinho.
Sei que me perdoará.
Sei que não me abandonarás nunca como jamais abandonou um
filho teu.
Aí sim, a luz se acenderá e juntos, juntinhos, lado a lado,
caminharemos pela vastidão dessa estrada para não mais nos separarmos.
Dessa estrada que só se caminha, que só se caminha, sem
saber onde vai dar
Mas agora, confiante caminho e a eternidade nos espera
Pois já não ando mais sozinho e tenho o amor a me guiar.
Roberval Paulo
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
PASÁRGADA JÁ NÃO EXISTE - Roberval Paulo
Uma singela homenagem ao mestre Manuel Bandeira (in memoriam)
Vou-me embora daqui Daqui pra um outro lugar
Aonde eu possa ter uns seis
anos mais ou menos
E todos os meus problemas
sejam sonhos de criança
Vou-me embora daqui
Eu
sei que há um outro lugar
Aonde eu possa viver sem tudo
me incomodar
Aonde eu possa existir
existindo de verdade
E possa contar estrelas sem
verrugas me nascer
Vou-me
embora, vou-me embora, eu sei que já vou embora
Vou porque está em mim o
desejo de partir
O lugar já não existe, aqui
não existe nada
Não posso mais ser tão
triste, preciso me encontrar
E
quando a noite chegar
Quero um sonho que amanheça
E quando o dia acordar, eu já distante daqui
E quando o dia acordar, eu já distante daqui
Aí vou querer voltar aos seis
anos mais ou menos
Aí vou querer viver sem tudo
me angustiar
E
vou querer existir existindo de verdade
E vou poder encontrar-me no
lugar de onde eu vim
E os meus sonhos de criança
vou poder recomeçar
E não vou mais ser tão
triste, vou até me alegrar
Pois
não encontrei Pasárgada
Pasárgada não mais existe
Não vou nem mais querer ter
vontade de me matar
À
noite só quero amar
À noite só quero amar
À noite só quero amar sem
medo de ser feliz
É que aprendi que a vida é a
realidade que há
A realidade que é minha
A realidade que é nossa
A realidade da qual
Se vence no caminhar.
Roberval Paulo
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Que o Natal seja só o Natal - Roberval Paulo
*"Para irmos refletindo até o natal."
O menino Jesus nasceu! Num estábulo, uma mangedoura, em
meio aos animais. Em um ambiente rústico e pobre mas, carregado da energia
vital do existir e da essência viva da vida na natureza. Trouxe em si a
simplicidade para o mundo e a humildade das almas generosas.
O menino Jesus nasceu! Não tinha mansões, nem castelos, nem
riqueza, nem tão pouco ostentação. O berço foi arquitetado ali, na
hora e, astuciosamente, feito com palhas, a matéria prima disponível no
ambiente e que agasalhou bem alcochoadamente aquele minúsculo corpinho
cheio de divindade e o aqueceu do seu próprio calor; o calor da vida em sua
total plenitude.
O menino Jesus nasceu e não trouxe consigo poder nem ouro; nem
palácios, nem reis. Não trouxe ambição ou egoísmo, muito menos soberba ou
preconceito. Nem inveja, nem luxo; nem maldade e nem destruição.
O menino Jesus nasceu e trouxe sim, a construção de um mundo novo.
A boa nova foi anunciada e o verbo de Deus se fez carne, para
habitar a terra e salvar a humanidade tão sem rumo, cumprindo-se assim as
escrituras sagradas.
O menino Deus nasceu e trouxe à humanidade, o amor perdido,
esquecido e sepultado na ambição e egoísmo dos homens. Trouxe simplicidade e
humildade; trouxe generosidade e os ensinamentos para uma vida reta, justa,
digna e repleta de amor de uns para com os outros.
O menino Jesus, nosso Deus e Salvador; nosso ser onipotente e
divino tornou-se em carne; tornou-se homem para a salvação da
humanidade, sua imagem e semelhança.
E, na sua pureza de homem santo, foi perseguido. Foi
julgado, condenado e sacrificado, sentindo no corpo e na alma, a dor e o
abandono daqueles que tanto amou e ama, feitos, por amor, à sua imagem e
semelhança.
Jesus Cristo morreu pregado no lenho da cruz para a salvação
do mundo.
Quanto sacrifício! O sacrifício da própria vida por aqueles que o
negaram e renegaram e o abandonaram, lavando as mãos.
A vida venceu a morte, é o que nos é pregado. Será que realmente
venceu?
Como a vida venceu se continuamos a morrer todos os dias. Não
estou aqui falando da morte em seu sentido literal e natural.
Estou falando da morte que sofre a sociedade todo dia.
A morte pelo desprezo, pelo descaso, pelo abandono.
A morte pela exclusão, discriminação; a morte pelos
preconceitos.
A morte pela ambição e egoísmo dos que querem sempre
mais, não se importando com a vida dos seus iguais.
A morte pela acumulação de riquezas que confinam no curral da
miséria sociedades inteiras que mais parecem bichos largados e caminhando
sem destino, aguardando a hora não programada da triste partida.
A morte protagonizada pelos artistas-vilões mor dos sistemas e
organizações políticas que rezam nas suas constituições o cuidado e o zelo
com a população.
A morte pela falta de amor do homem para com o homem.
A morte pela falta de amor do homem para com o seu igual,
unicamente.
O menino Jesus nasceu.
É Natal! É Natal. É Natal?
É Natal e eu não sei o que fazer nem o que dizer.
É natal e tudo continua igual como se o natal já fosse antes do
nascimento.
Jesus Cristo nasceu e...que ele não volte senão o matariam de
novo.
Que Jesus só habite em nossos corações. Em todos os corações da
humanidade e das vidas todas.
E que o natal
seja...........................................................Natal. Somente
Natal...
Roberval Paulo
SERTANEJO UNIVERSITÁRIO! - Roberval Paulo
O que é isto?
Nova nomenclatura de um estilo?
Um novo rótulo?
Qual o propósito?
Perco-me, às vezes, nessa definição e
procuro encontrar fundamento não que justifique o termo, mas sim, que traga à
luz condicionada dos nossos olhos tortos, a clarividência “clarividente” do
alimento, no crucial momento de o deglutir.
Esta é a mais nova definição do que se
intitula de "Música Sertaneja". Mas é na verdade só um chamariz, um
novo atrativo; a nova mensagem extraída do mesmo texto, já velho e subjacente.
Uma maneira nova de trazer o velho ou uma maneira velha de ganhar o novo. Façam
a leitura que entenderem e captarem, pois, tudo dá no mesmo.
Como está escrito no Livro do
Eclesiastes: >"Tudo o que acontece ou que pode acontecer já aconteceu
antes. Deus faz com que uma coisa que acontece torne a acontecer (cap. 03,
vers. 15)". Acredito que esta passagem não deva ter nada a ver,
especificamente, com o texto que ora me proponho a escrever, mas, no mínimo,
retrata que, tudo o que foi é o que é, e tudo o que é, é o que será. É assim
também com a música sertaneja. Para resumir, parafraseio o poeta que já dizia:
"Nada mudou".
Esta é, pura e simplesmente, mais uma
"comum" estratégia de marketing; mais uma da nossa sensacional mídia
e do nosso ensandecido mercado, altamente e compulsivamente consumista que
consome o velho vestido de novo, mesmo sabendo a roupa nova ser a sobra do
tecido envelhecido e já, outrora, consumido.
O sertanejo é o sertanejo e, na
concepção musical, foi e sempre será a música cantada por uma dupla de
artistas, independentemente do gênero apresentado. Numa outra concepção e talvez,
a mais original e que conserva a verdadeira acepção da palavra, é a música que
retrata e relata a vida do campo, do povo realmente sertanejo, seus costumes e
hábitos, seus amores, suas ilusões e desilusões, seu contato com a natureza
enfim, seus mais olvidados e desprezados e, ao mesmo tempo, expressivos e
indiscutíveis valores e que, há muito tempo, foram relegados ao esquecimento na
música cantada hoje.
Portanto, sertanejo ou sertanejo
universitário, é a mesma coisa, é mais do mesmo e só isso, com a diferença de
que, para se inserir e se destacar no universo do ambiente “sertanejo
universitário”, é necessário que seja uma “duplinha, sem pejorar”, assim, mais
ou menos esteticamente bonitinhos - essa é a rotulação das gravadoras - sem
considerar estilo ou classificação, ficando as duplas menos afeiçoadas e mais
velhas no título de somente sertanejo mas, no entanto, cantando o mesmo.
Necessário ainda se faz considerar que
a maioria dos ditos "sertanejo universitário" nunca passaram por uma
Universidade e que o público que os curte está bem longe de ser só
universitários, posto que essa música se espalha pelos rincões sem fim do nosso
Brasil, distante e a perder de vista das universidades, impregnando-se na pele
e nos sentimentos dos seus apreciadores, tornando-se parte integrante no
processo cultural e social do País e, porque não dizer, econômico.
Só me resta a pergunta que não quer
calar: E aí? Vamos de sertanejo ou sertanejo universitário? Ou os dois?
Tranco-me em mim, reflito e respondo por todos nós brasileiros: Isso é o que
tem que ser. Escolham e curtam, até que o sucesso “novo” canse e caia e,
consequentemente, deixando de ser novidade, as vendas diminuam, para que, como
nova alternativa de faturamento e de sucesso, se crie um novo rótulo para tentar
as nossas preferências e inteligência, e nós, sábios e senhores dos nossos
desejos e prazeres e meros instrumentos da sede filosófica do ser,
adentraremos, natural e instintivamente, pela fonte da novação para fazer beber
e alimentar os nossos sonhos velhos.
Roberval Paulo
PERDEMOS A BATALHA - Roberval Paulo
As famílias choram e as lágrimas e gritos se espalham e
se perdem, sem ser ouvidos, na insensatez e insensibilidade desumanizada de uma
sociedade sem norte.
A dor não cicatriza e se sente mais e mais a cada dia,
sem alcançar o porque, a razão; o motivo do nascer sem cura.
O que era família já não mais se vê nem se sabe. Os
valores se perderam no precipício do que um dia foi princípio...
A ética e a moral só um pouco ainda existem, bem pouco, e
o egoísmo e a ambição, associados à individualização do ser, hoje falam por si
só ou pelo seu grupo de iguais, agrupando-se pelas conveniências do lucrar mais
em detrimento do que um dia foi a classe humilde mais abastada que, mesmo
habitando o lado esquerdo da moeda, tinham o seu valor, pois a dignidade
mantinha-se no exercício do seu auto e garantido sustentar.
Hoje não mais. O que foi família já não se vê. Os valores
se foram na evolução imaterial, revertida na agregação e adição surtada da
razão à emoção do material, que, se agiganta em importância nas relações que já
foram de amor, transformadas hoje em mero comércio no objetivo seco e bruto do
quem ganha mais.
O capital é a razão de ser da nossa inescrupulosa e
irracional sociedade. Ele se faz “nobre” e único objetivo e meta nas mãos dos
amantes da ambição e do egoísmo e, nesta matemática do ter que só opera a soma
e a multiplicação, a parte mais frágil da sociedade, em tão maior número, vem a
cada dia sendo subtraída e se subtraindo, exercendo e executando, à força de
sangue e dor, a divisão do que há muito se fez indivisível.
A batalha está perdida. O Socialismo que um dia sonhou
socializar o mundo, dis-socializou-se. Saiu de cena antes de se apresentar e
por isso, não foi entendido. Em sua primeira versão, antes de se aperfeiçoar,
foi tolhido em suas ideias e tragado pelo trator negro e valorado materialmente
do extemporâneo capitalismo que não considera e nem respeita nem tempo e lugar,
muito menos vida e gente.
A batalha se perdeu e as sociedades perecem vítimas do
seu próprio desamor para com o seu igual e vencidas pelo maligno e insensível
existir do ouro e do poder, e, por consequência, pela inteligência humana que
se faz insana quando o assunto é ter e acumular e... sempre ter mais.
A razão está devidamente comprometida e perdida e a
emoção responde pela sandice e imundície que somos.
Sandice e imundície que somos enquanto sociedade criada à
imagem e semelhança de Deus.
E que ele, DEUS, nos perdoe, se houver perdão.
Roberval Paulo
NOSSA DURA REALIDADE - Roberval Paulo
É como se a máxima do cada
um por si se consolidasse ainda mais com a evolução dos tempos e o Deus por
todos permaneça só nos sonhos dos mais humildes e menos favorecidos nesta
seleta maratona da sobrevivência digna protagonizada pelo capital – celebridade
em alta – e pelos governos que vêem no capital o parceiro certo e
insusbstituível para a desigual acumulação material e a consequente produção e
manutenção do produto miséria no percentual maior da população, produzida
exatamente, premeditadamente e deliberadamente para alimentar o podre e
inescrupuloso sistema que tem como combustível para o seu ambiente de luxúrias
e prazeres, a fome, a dor da fome e da humilhação de pais, e mães, e filhos e
filhas ainda puros, espalhados por esta imensidão de terras sem fim, de Áfricas
e Américas, em quantitativos que não se conta, que mais parecem estrelas que
perderam o seu brilho para o brilho maléfico de umas poucas “estrelas” egoístas
que querem para si o tudo do nada, até que o nada nem pelo nada seja mais
sentido.
Estrelas estas que já não
habitam o céu; estrelas que habitam o inferno, se é que este existe, porém, sem
demônios, um inferno só de vidas a se acabar pelo completo abandono de quem um
dia pensava herdar um céu de verdade.
A nossa realidade não é de
luz.
Como enxergar luz em
inocentes filhos cadavéricos sugando o seio cadavérico de mãe cadavérica que
jaz morta e ainda se sustenta de pé pela vida morta que trás ao seio para
alimentar com a teimosa vida que tem dentro de si nas gotas mirradas do seu
leite?
Como ver brilho nos olhos
inocentes de milhões de crianças que em carne e osso choram a humilhação da
fome e do descaso e só desejam um naco de pão e leite para fazerem a alegria
dos seus desesperados e impotentes pais e para sustentarem a vida que não
pediram pra ser?
Como ainda se iluminar com
a deterioração da instituição família que, hoje, desprovida dos seus valores
morais, espirituais, de respeito, de caráter e até mesmo de razão, caminha
desordenada e desorquestrada para o ambiente “seguro” do ter, perdendo nesta
terrível caminhada a razão consciente do ser?
Como enfim dizer que há
luz neste mundo desigual onde impera a violência, onde se perdem as crenças, e
assim recriam outras crenças mas que sempre as novas crenças são só dom de
acumular riquezas e mais riquezas materiais, só materiais, e em pouquíssimas
mãos em detrimento de uma enorme maioria a quem só sobram migalhas pra seus
sonhos suportarem e suportam, e se suportam só com sonhos que, com o tempo, se vão a definhar
pois que sonhos não alimentam estômagos e sem estes tão necessários alimentos
se vão gerações inteiras, sem sonhos, desencantar?
O mundo é desigual; o
mundo é desumano. A vida é desumana mas não precisava tanto. Que todo ser
existente e vivente tivesse, simplesmente, sua dignidade e sobrevivência
asseguradas e que o justo fosse a diretriz primeira de governos e cidadãos e
até mesmo desse capital egoísta que não tem vida própria mas que vive na pobre
vida daqueles que se entendem e se pensam vivos e ricos, não sabendo estes que
a riqueza de espírito e de alma é superior e esta não perecerá enquanto que a
riqueza material passará e voltará ao nada de onde se originou, e aí, nada mais
existirá a não ser o espírito, o espírito puro e livre das tentações materiais.
Estes herdarão a
eternidade, a vida eterna e, aqueles, aqueles que nesta passagem cultivaram o
ter já não mais serão, como nada mais saberão de si. Serão fadados e condenados
ao fim eterno que não se sabe inferno ou se panela de ferro mas que será com
certeza de tribulações sem fim.
Roberval Paulo
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
SALMOS 135, 6 - BÍBLIA - Edição com notas para jovens
Salmo 135, 6 - O SENHOR faz o que quer, tanto no céu como na terra, tanto nos mares como nos oceanos profundos.
ELE FAZ O QUE QUER - Sl 135.6
O fato mais tranquilizador que você poderia ter a respeito de DEUS é que ele está no controle. Totalmente no comando, fazendo como ele quer. O nosso pecado não tem modificado os seus planos. Ele não está confuso sobre por qual caminho seguir. Ele ainda está sentado no trono dos céus. Se você acha que o mundo está ficando fora de controle e que toda esperança acabou há muito tempo, então lembre que Deus continua sendo o SENHOR da terra e dos céus. Ele está agindo em e através do que parece ser loucura para realizar os seus propósitos divinos. Os seus planos não serão mudados. Você não precisa ficar nervoso ou em dúvida. DEUS se encarrega das coisas, tanto no mundo quanto na vida de seus crentes.
Olhe e comprove:
Sl 115.3; Jr. 10.13; Rm 8.28
ELE FAZ O QUE QUER - Sl 135.6
O fato mais tranquilizador que você poderia ter a respeito de DEUS é que ele está no controle. Totalmente no comando, fazendo como ele quer. O nosso pecado não tem modificado os seus planos. Ele não está confuso sobre por qual caminho seguir. Ele ainda está sentado no trono dos céus. Se você acha que o mundo está ficando fora de controle e que toda esperança acabou há muito tempo, então lembre que Deus continua sendo o SENHOR da terra e dos céus. Ele está agindo em e através do que parece ser loucura para realizar os seus propósitos divinos. Os seus planos não serão mudados. Você não precisa ficar nervoso ou em dúvida. DEUS se encarrega das coisas, tanto no mundo quanto na vida de seus crentes.
Olhe e comprove:
Sl 115.3; Jr. 10.13; Rm 8.28
terça-feira, 31 de julho de 2012
RIOMATA - Roberval Paulo
A
mata no rio
O
rio na mata
A
mata desata
O
rio cascata
O
rio mata
A
mata se mata!
O
rio abraça
A
mata devassa
A
mata o rio
A
mesma paisagem
A
mata folhagem
O
rio passagem
O
rio invade
A
mata selvagem
O
rio a mata
A
mesma viagem
A
mata voraz
O
rio coragem
Um
fio de esperança
Na
sombra descansa
Mata
e rio, andança
No
fim da imagem
Rio
e mata, tardança
“The
End!” Miragem.
Roberval
Paulo
PROCURA E ENCONTRO - Roberval Paulo
Cansei
de está a sós comigo e quero hoje aproximar-me um pouco de ti.
Não
que eu tenha me cansado de mim. Não é isso.
Ainda
me amo e me amo com todo o amor e força que tu me destes.
É
que, simplesmente, senti a tua ausência no meu ser.
A
culpa, com certeza, é minha. Minha mea culpa.
Este
afastamento fui eu quem causei pela minha imperfeição que não veio de ti.
Mas
aqui te encontro e me encanto pelo teu amor que é pleno e único.
Um
amor que é teu e doado a todos, indistintamente e indiscriminadamente, somente
pelo dom do amor maior, o amor só pelo amor, que só é possível em ti.
E
assim, silencio-me e no meu silêncio, acordo minha alma que numa lágrima
sonhada, repete e repete, ecoando na estrada: Te amo! Te amo!
Te
amo! Me amas! Reina o silêncio. Não digo mais nada.
Roberval
Paulo
ANJOS QUE CHORAM! - Roberval Paulo
A
dor do estupro invadiu o seio de Plutão
E
a maldade dos homens se espalhou pela
humanidade
sem nome.
E
matou sonhos, feriu corações,
aniquilou
vidas
e
tingiu de um róseo negro
o
azul de céu e mar.
A
menina ganhou pirulitos de maçã
e
subiu saltitante as escadarias do céu.
E
o desejo e ainda o prazer
foram
sepultados na estupidez
do
homem sem cor. Um túnel sem luz!
Mais
a alma, na sua pureza de menina
subiu
ao céu
No
seu sorriso, o pirulito de maçã
e
a doce e terna alegria que só no céu se revela.
O
cheiro de flor inebriou todo o céu
E
as lágrimas dos anjos formaram
as
torrenciais chuvas de outono.
Roberval
Paulo
O MAIOR SONHO DO MUNDO - Roberval Paulo
Queria, por pelo menos uma vez, poder nascer
sem sentir a temível e tão amável, a dor afável, a dor do parto. Não eu, mas
minha mãe, que de tanta dor, quase que eu não pari. E assim, depois de parido,
não ser erguido, suspendido pelos pés, de ponta cabeça para o lado, o outro
lado, o lado de baixo da vida.
Contentaria-me ser só elevado ao colo e seio
de minha mãe e embriagar-me, deleitando-me do sublime e purificado leite da
existência, sem por ele nada pagar, que leite de mãe é dado de graça, doado só
pelo dom e natureza de amar. Aí, queria poder crescer sem saber de verdura e de
outros tais e iguais ingredientes ou de quem inventou que chocolate faz mal. E
em frente crescendo sem nunca saber de colégio ou escola às seis da manhã.
E quando enfim chegasse o dia de ter a
primeira namorada, que ela não fosse a primeira e sim aquela depois da última
que sonhasse comigo o mesmo sonho que sonhei um dia com a primeira que não
soube seu o meu último sonho.
E quando os meus pais perdessem a magia do
amor existente que os levou ao altar, que ele se renovasse sem a doída dor da
separação e que o amor dos meus pais natural e normal continuasse na família
que fomos antes de matarmos o amor em nós.
E quando enfim chegasse o dia de eu me casar,
que o amor dos meus pais, quando houve a união, habitasse em mim e em minha
amada, que não fosse a primeira nem a última namorada e somente sim a fórmula
do amor continuada no continuar premente da vida cortada e interrompida pelo
sonho do amor desorbitado no amanhecer da existência eternizada.
E que os meus filhos não fossem meus e sim só
meus e do meu amor e que nunca soubessem do amor que não fosse o amor do eterno
e que assim amassem, e amassem sem conta o amor, aquele sem dor, e então não
sentissem a dor cruel da real realidade que os faz ouro meu sem tê-los
propriedade.
E que o mundo tivesse um lugar mundo infantil
quando enfim chegasse a melhor idade e não houvesse abandono, nem desenganos e
não se sentisse a horrível sensação da inutilidade quando a página virasse e
começasse a descida e que esta descida continuasse subindo sem se explicar, só
indo, preservando o mistério, o segredo, o elo reverso que une dois mundos e
que a partida fosse a mesma alegria de quando se é chegado, que eu não me sinta
cansado e nem fraco e mirrado, me sinta viçoso, corado e formoso quando a
verdade da vida visitar o meu peito, e eu, satisfeito, viajando sorrindo tal
qual o mesmo menino de quando aqui chegou e partindo no amor que me trouxe à
vida, viajante de nuvem, última despedida, e do lado de lá, alegria e bonança,
o sim da esperança habitando o verbo amar.
Roberval Paulo
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Atleta de Aliança do Tocantins é aprovado em clube do Rio de Janeiro
Mais informações com o professor Diga (63) 92326824 ou Cristiane Pereira (63) 92491015. Foto arquivo do Felipe Augusto em anexo. No dia 29 dois atletas da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins, Matheus Carneiro de 12 anos e Ysamara Marques de 10 anos, competirão na Corrida de Aniversário de Anápolis/GO.
Atleta de Aliança do Tocantins é aprovado em clube no Rio de Janeiro
O garoto Felipe Augusto Pereira da Silva, de 15 anos, da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins, passou no teste da equipe Pé de Vento, de Petrópolis/RJ. Com a conquista o jovem atleta irá competir pelo conceituado clube por onde já passou Frank Caldeira, uma das maiores revelações do atletismo brasileiro nos últimos anos, medalha de ouro no Pan-Americano do Rio em 2007 e Ronaldo da Costa, recordista da Maratona Mundial de 1998 em Berlim. Pé de Vento também é atualmente a equipe de Damião Anselmo, considerado um dos três melhores atletas do País.
Felipe Augusto foi indicado ao teste pelo premiado atleta tocantinense Eliésio Miranda, que também compõe a Pé de Vento. Por telefone, Felipe disse que o teste foi realizado na manhã da última terça-feira, 24, com uma corrida de 12 minutos no percurso de 1,270 metros. “Estou muito feliz e muito grato por ter encontrado pessoas que acreditaram no meu potencial, consegui fazer 3660 metros no tempo proposto e fui aprovado”, disse.
No último domingo, 22, Felipe participou da Corrida ‘Bote Fé na Vida’, em Petrópolis e conquistou a 5ª melhor colocação geral. A corrida contou com 800 competidores no percurso de 5km de corrida e 2,500 de caminhada.
A nova residência de Felipe passa a ser a Casa do Atleta, em Petrópolis. “A distância da família não será obstáculo, pois esse é o sonho dele que ama o que faz. Penso que ele será um grande vencedor, pois sempre queremos o melhor para os nossos filhos”, afirmou a mãe de Felipe, Cristiane Pereira.
De acordo com Felipe, agora inicia a fase de acertar os detalhes para sua filiação no clube, como a definição do valor da bolsa auxílio “pois as despesas de alimentação, saúde, esportiva e estudantil serão todas por conta do Pé de Vento”, disse.
A mãe de Felipe nomeou por meio de procuração, o presidente da Pé de Vento, o médico e treinador de atletismo, Dr. Antônio Henrique Dias Viana, como procurador e responsável por Felipe para assinar a filiação ao clube, bem como documentos e autorização para viagens para competição.
Felipe começou no atletismo em 2011 e neste curto período já faz parte da elite do Estado. Dentre as corridas em que competiu foi destaque com as primeiras colocações. Dentre as competições destacam em Palmas: a Meia Maratona, Corrida do Fogo e Aniversário da Cidade. Fora do Estado participou da São Silvestre, Corrida Criança Esperança em Goiânia e Campeonato Brasileiro de Atletismo em Rio Claro/SP. Ele também foi o único representante do Tocantins no Campeonato Brasileiro de Atletismo em Londrina/PR, em junho deste ano.
“Certamente Felipe tem muito talento, pois será treinado pelo melhor técnico do Brasil. Essa conquista se deve principalmente pelo incentivo do professor Dinga, que faz um trabalho importante para a formação dos jovens e que já é destaque no Estado”, frisou o atleta e professor universitário, Gil Rodrigues dos Santos.
“Ele sempre foi destaque na escolinha, muito dedicado e disciplinado. Quando eu não podia está junto, ele treinava sozinho e isso é uma característica de um vencedor. O difícil foi a gente ter conseguido levar o menino para o Rio, agora ele será um grande profissional, não tenho dúvidas”, disse emocionado, o professor Nivaldo Louzeiro (Dinga), da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins.
Sobre a Pé de Vento
A Pé de vento foi fundada em fevereiro de 1983, pelo treinador e médico da equipe, o doutor em medicina ortomolecular, Henrique Vianna. Ao longo de sua existência a Pé de Vento conquistou títulos pelo mundo. Hoje seja apontada como uma das maiores equipes de fundo da América Latina e também a maior do Brasil, possuindo dois dos três melhores fundistas do país (atleta que participa em provas de longa distância ou de fundo).
Associação Atlética Pé de Vento Petrópolis (AAPV) é uma organização não-governamental de caráter desportivo para dar continuidade aos trabalhos assistenciais que Henrique Viana vinham, até então, desenvolvendo paralelamente ao atletismo.
Desde sua fundação a equipe colheu histórias de muito sucesso, mas foi em 1986, três anos após a fundação, que surgiu o primeiro ídolo da equipe Artur Castro, que bateu diversos recordes, conquistou títulos e foi apontado na época como o melhor atleta brasileiro.
* Com informações www.pedevento.org.br
Luciene Marques
terça-feira, 24 de julho de 2012
DOS GRANDES PRAZERES - Roberval Paulo
Os grandes prazeres da vida
São tão simples
como beijar um filho.
Comer chocolate, por exemplo
É tanto prazer
que de tão bom
parece pouco.
Mas ninguém dá valor
nem importância maior
Querem mesmo é dinheiro
mesmo que neste
não se sinta sabor
E sim o prazer
de comprar o mundo
mesmo perdendo
o prazer maior,
de comer chocolates
de beijar seu filho
de sorrir com ele
de sonhar com ele
de mostrar-lhe o mundo
de mostrar-lhe a vida
e nele, fazer um afago
e dele, receber um carinho.
Roberval Paulo
Assinar:
Postagens (Atom)