Ainda
que de sol e mar seja eu feito sou e sempre
serei igual a ti e a mim como se
fôssemos
um só como se fôssemos todos em apenas um
que de tão iguais somos até
diferentes somos mesmo
diferentes e de caminhar e sorrir nos vemos seres
antes
fosse dois ou mais ou todos e assim quero
me perder em ti antes que em mim e
sentir o doce aroma
da vida extraída subtraída do meu ser quando
o assunto é
você e na vertente da nascente água da vida
cingir de brisa e flor o frescor do
teu corpo e alma
e coração qual vulcão se vestindo de calor se contorcendo
de
dor não de dor mas de dor de prazer de querer se perder
no valor do amor amor
meu e teu e nosso se amando
se dando doando a paz sonhada tão pensada
idealizada
e necessária às almas descentes carentes de tanto querer
se achar se
encontrar e seguir na rota da vida subir
na descida por tanto lutar e descer ao
seio de todo amor
que amar é o princípio de tudo a razão deste mundo
o porque
de estarmos aqui neste sol faça chuva frio ou calor
viver é sentir respirar
sentir dor deleitar no perceber da glória
construir a história vivendo
infortúnios às vezes na lama
em outras na cama a cair me levando contemplo me
espanto
me arranco em disparada tenho a alma asada de andar
viajar conhecer se
entender entender as gentes manter latente
a chama viva da vida em mim e em ti
em nós que ainda que
de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti
e
a mim como se fôssemos um só como se fôssemos
todos em apenas um que de tão
iguais somos até diferentes
somente um somente nós e a vida por nós a passar
nos levando em novelos de enrolar
desenrolar nossos sonhos que de tão amar
juntos
somos muito a sós entre nós a caminhar.
Roberval Paulo