quinta-feira, 3 de março de 2016

NOVELOS DE AMAR - Roberval Paulo

Ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre
 serei igual a ti e a mim como se fôssemos
um só como se fôssemos todos em apenas um
 que de tão iguais somos até diferentes somos mesmo
 diferentes e de caminhar e sorrir nos vemos seres
 antes fosse dois ou mais ou todos e assim quero
 me perder em ti antes que em mim e sentir o doce aroma 
da vida extraída subtraída do meu ser quando 
o assunto é você e na vertente da nascente água da vida
 cingir de brisa e flor o frescor do teu corpo e alma
 e coração qual vulcão se vestindo de calor se contorcendo
 de dor não de dor mas de dor de prazer de querer se perder
 no valor do amor amor meu e teu e nosso se amando
 se dando doando a paz sonhada tão pensada idealizada
 e necessária às almas descentes carentes de tanto querer
 se achar se encontrar e seguir na rota da vida subir 
na descida por tanto lutar e descer ao seio de todo amor 
que amar é o princípio de tudo a razão deste mundo 
o porque de estarmos aqui neste sol faça chuva frio ou calor
 viver é sentir respirar sentir dor deleitar no perceber da glória
 construir a história vivendo infortúnios às vezes na lama
 em outras na cama a cair me levando contemplo me espanto
 me arranco em disparada tenho a alma asada de andar
 viajar conhecer se entender entender as gentes manter latente
 a chama viva da vida em mim e em ti em nós que ainda que
 de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti
 e a mim como se fôssemos um só como se fôssemos
 todos em apenas um que de tão iguais somos até diferentes
 somente um somente nós e a vida por nós a passar 
nos levando em novelos de enrolar 
desenrolar nossos sonhos que de tão amar juntos
 somos muito a sós entre nós a caminhar.

Roberval Paulo

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