Meu canto é demente, carente,
incessante
clemente por teu amor
sorridente das mazelas do
acaso
arvoredo sombrio
pássaro em desatino
canto em desalinho
de um triste só mais não sozinho
E a vida encontra o meu canto
no deserto de um ser multidão
de vozes e sons caminhantes
murmurantes
à beira do caminho
na incongruência incongruente
da pedra
sozinha, indo
ingênua confidente
de um triste só mais não sozinho
Andante dos teus sonhos
amante da tua cor
te perdi na tangência do
destino
te beijo na boca de quem passa
confidencio-te norte em meu
caminho
rio do meu viver em
confluência
para além
muito além da inocência
linha reta, inconstante
constante vida
quase inexistente na
existência em teu caminho
de um triste só mais não sozinho.
Roberval Paulo
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