Um blog que se propõe a lhe atender meu querido leitor. Acesse sem receio, leia tudo, cure seus medos, reflita e siga em paz. Que os seus caminhos encontrem a saída e que esta porta lhe transporte à essência do insinuante e insondável sentimento do ser... Roberval Paulo
domingo, 27 de janeiro de 2019
EVOLUÇÃO - Roberval Silva
Poeta
das palavras
Palavras
que nada dizem
Palavras
que tudo dizem
Palavras
que nunca passam
Palavras,
só palavras
Que
dizem o quer dizer
Até
o que se não quer dizer
E
vão de encontro a outras palavras
Palavras
que cantam o sol
E
a lua e tantas coisas
Cantam
o amor pela vida
E
a saudade de tempos passados
Contam
a história dos povos
E
todas as línguas são só palavras
Idiomas
e dialetos de sons
Leve
evolução da humanidade
Caminho
das palavras que não passam
Poesia-sonho
para um mundo melhor.
Roberval Silva
ESTIGMA DO NADA - Roberval Silva
Tudo vale
porque o que vale é ser
e ser todos são
senão nada seríamos
Ser nada é não ver o dia
não sentir o aroma das flores
não achar o broto da vida
no sopro do amor infinito
Tudo vale
até mesmo o sair do caminho
o desviar do destino e ter viva
a paixão do cruel despertar
A chama flamejante, esta chama
tudo vale, esta chama é um momento
o alento, o tempero, o segredo
que do nada se vai para o sonho
O sonho de que tudo vale
até mesmo o estigma do nada
o estigma de que nada se é
quando somos a razão de um tudo.
Roberval Silva
ESTRADA - Roberval Silva
Quisera eu ser a vida
A vida em tempo presente
A vida passando a limpo
A sujeira do passado
Queria até ver o estado
Vivendo a vida das gentes
Aquele tempo indecente
Nas mãos guerreiras do povo
Quisera eu ser homem novo
Não desses que em tudo crê
Daqueles que crê e não crê
Mas acredita, confia
No desenrolar dos dias
Na caminhada infinda
Seguir por esta avenida
Cheia de curvas e esquinas
Ver nos olhos da menina
Sua condição de criança
Sonhar e ter esperança
Nos olhos do criador
Na natureza e no amor
Razão de toda a existência
Sorrir e ser complacente
Construindo o seu destino
O homem se faz menino
No entardecer da jornada
Quisera eu ser a estrada
Dona de todo caminho
Da vida em desalinho
Que vê a ponte caída
Seguir na reta da vida
Salte o vão do desespero
Cair por despenhadeiros
Se aprumar na descida
E da chegada à partida
Ser vida, ser vida viva
Abandonar o cansaço
Matar um leão por dia
Não entregar-se ao fracasso
Fé em Deus e paz na guia!
Roberval Silva
ANGUSTIANTE ESPERA - Roberval Silva
À noite, navegando
sou um rio sereno
leito manso e calmo
silencioso no silêncio das
tardias horas
horas mortas da vida em sono
de espera.
Se unir ao mar vai esse rio
na lentidão angustiante dos
dias
às vezes revolto, carregando
dores, bramindo
e por vezes, calmo
soberbo e magestoso
na alegria das flores e da
vida.
À noite, o sonho amanhece
e o rio de minha alma
só águas
levando
para muito além do
engenho do medo
para onde meus sonhos
um dia chegarão.
Vai meu ser e
transporte este rio, que este
rio
sou eu
sem o meu existir
e leve-me em suas águas
para eu encontrar-me
na reflexão dormente do meu
travesseiro
na noite do meu dia inteiro
no espaço vazio do meu ser
que te espera.
Roberval Silva
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
ATIRADOR PASSIONAL - Roberval Silva
O atirador mira... mira...
mira...
Aperta o gatilho
Acerta o alvo
O coração
Fere
Depois sofre por ter
desferido tiro tão certeiro
Tão mortal, fatal
Tão letal de morte viva.
Mas já foi no não segurar das
emoções
A bala não volta e
A ferida está aberta
O que fazer?
Redimir-se consigo mesmo e
como punição
Não mais olhar para o Sol,
nem para o Céu
Nem para as Estrelas, até
penitenciar – se por
completo
E jamais voltar a desferir
tiro
Tão carregado
Tiro tão carregado
de noite e de dor.
Roberval Silva
ELA QUE NÃO CONHEÇO III - Roberval Silva
Ela
chegou
Chegou
e não conversou
Me
abraçou
Me
beijou
Me
amou
Me
falou do futuro
E
da vida
Do
outro lado do muro
Se
fez dona de mim
E
dormiu ao meu lado
Bem
cedo, o café
Mais
amor e o paraíso.
Mas
depois ela partiu
Como
veio, assim
Num
estalo
Sem
conversa
Só
disse que tinha que ser assim
E
deixou em mim um vazio imenso
Parece
até que me levou de mim.
Roberval Silva
BREVE MOMENTO DE REFLEXÃO - Roberval Silva
Só entro na poesia quando
esta sai de mim
Eu a encontro quando ela me
deixa partir
Aí reflito! E ela pensa
comigo
E juntos, passeamos por um
campo florido
Ela agride bem o meu interior
E a resposta se vai em
palavras
Palavras soltas, palavras
tortas
Palavras, só palavras, sem
nada a dizer
Aí, mais reflito!
O entendimento da poesia
Esta ignora-me e me leva a voar
Povoa os meus sonhos, e
medos, e segredos
Toma corpo e invade o meu
mundo
Traz de volta o meu sonho no
vôo de um pássaro
Percorre em segundos a larga
distância do existir
E sua tinta se espalha feito
sangue
Aí, ainda mais reflito!
Aí, sou poeta.
Roberval Silva
ASTRO VAGABUNDO - Roberval Silva
Como
mais posso te amar
Se
tenho em mim um amor
Igual
ao mar de profundo
Amo
por somente amar
O
mistério do amor
Enquanto
o mundo for mundo
Este
amor é como o sol
Que
mesmo anos luz distante
Aquece
a bola do mundo
Viajo
por este amor
Nas
asas estelar do ser
Feito
um astro vagabundo.
Roberval Silva
SONETO DA COMPARAÇÃO - Roberval Silva
Ele
correu mais depressa que o outro
Mas
na sua pressa, tropeçou e caiu
O
outro, o sem pressa, passou e chegou
No
meio do caminho a pedra “lhe” viu
Ele
levantou, sacudiu a poeira
E
se desembestou, sem rumo partiu
O
outro estudou e traçou seu caminho
Ele
tá perdido, o outro intuiu
E
ele, na pressa, passou do destino
E
ao passar a porta se fechou
O
outro, prudente, alcançou a glória
Ele,
cansado, sentou e chorou
O
outro escreveu o seu nome na história
Ele,
sem história, pela vida passou.
Roberval Silva
ENSAIO PARA A MINHA MORTE - Roberval Silva
Eu
sonho a paz porque meus dias só viveram guerras.
Eu
canto a vida porque meus pés só cantaram a estrada.
Eu
choro os amores idos porque meus olhos não os viram chegar. E
ao chegar, porque não foram vistos, partiram.
Eu
sonho o tempo porque minhas horas se foram em minutos.
E
meus anos se viram passar de forma supersônica.
Eu
canto porque a música se fez não mais ouvir e meus discos foram-se; era uma vez
discos que eu ouvia.
Eu
choro noite afora porque meus dias não mais me dão lágrimas.
Soluço
seco
Eco
de sons desafortunados
Ponta
de faca.
Luminosidade
inata
Fio
da navalha
Letal.
Roberval Silva
REESTUDO - Roberval Silva
É sempre difícil viver
Difícil mais ainda é conviver
Sonhar, chorar, brigar,
amar...
é difícil de ser.
Mas, no fim, tudo se resume
no nada
No nada de que nada mais
posso mudar
No nada de que nada mais
posso fazer
No nada de não mais poder
voltar atrás
No nada onde já sou história
e não posso retroceder.
Este é o tempo de fazer e a
vida
não anda para trás
Olhe sim, para trás, para os
lados e para a frente
Reestude o caminho
Faça a correção de rumo
E de bússola e coração na mão
Siga em PAZ!
Roberval Silva
DANTE - Roberval Paulo
Uma homenagem e alusão a Dante Alighieri
Agora
já não sonho como “Dante’s”
Alma
minha que ao partir, feria-me
De
ver-me triste, chorava e sorria
Um louco do deserto, um viandante
Na
estrela distante, quis um dia
Avistar-me
a sós com o criador
E
deleitar-me em teu sublime amor
E
deste mundo, esquecer as agonias
E
um dia pensava em ser grande
Quão
pequeno este mundo me faz
Quão
pequeno me sou neste sonho
De
sentir-me assim o meu peito brande
Qual
verdade esta busca me traz
De
ver-me alegre me sou tão tristonho.
Roberval Silva
EVOLUÇÃO - Roberval Silva
Poeta
das palavras
Palavras
que nada dizem
Palavras
que tudo dizem
Palavras
que nunca passam
Palavras,
só palavras
Que
dizem o quer dizer
Até
o que se não quer dizer
E
vão de encontro a outras palavras
Palavras
que cantam o sol
E
a lua e tantas coisas
Cantam
o amor pela vida
E
a saudade de tempos passados
Contam
a história dos povos
E
todas as línguas são só palavras
Idiomas
e dialetos de sons
Leve
evolução da humanidade
Caminho
das palavras que não passam
Poesia-sonho
para um mundo melhor.
Roberval Silva
DOS GRANDES PRAZERES - Roberval Silva
Os
grandes prazeres da vida
São
tão simples
como beijar um filho
Comer
chocolate, por exemplo
É
tanto prazer
que de tão bom
parece
pouco.
Mas
ninguém dá valor
nem importância maior
Querem
mesmo é dinheiro
mesmo
que neste
não
se sinta sabor
E
sim o prazer
de comprar o mundo
mesmo
perdendo
o prazer maior,
de comer chocolates
de beijar seu filho
de sorrir com ele
de sonhar com ele
de mostrar-lhe o mundo
de mostrar-lhe a vida
e
nele, fazer um afago
e dele, receber um carinho.
Roberval Silva
POESIA - Roberval Paulo
Só entro na poesia quando
esta sai de mim
Eu a encontro quando ela me
deixa partir
Aí reflito! E ela pensa
comigo
E juntos, passeamos por um
campo florido
Ela agride bem o meu interior
E a resposta se vai em
palavras
Palavras soltas, palavras
tortas
Palavras, só palavras, sem
nada a dizer
Aí, mais reflito!
O entendimento da poesia
Esta ignora-me e me leva a voar
Povoa os meus sonhos, e
medos, e segredos
Toma corpo e invade o meu
mundo
Trás de volta o meu sonho no
vôo de um pássaro
Percorre em segundos a larga
distância do existir
E sua tinta se espalha feito
sangue
Aí, ainda mais reflito!
Aí, sou poeta.
Roberval Silva
AO MESTRE - Roberval Silva
Ah! Mestre
Quizera eu sonhar o teu saber
e neste sonho
realizar meus dias
nos dias do eterno aprender
Quizera ainda dominar
o dom primoroso
o primoroso dom de ensinar
e na janela aberta da mente
humana
transportar todo o conhecer
da “lida”
transmitir as ilusões
perdidas
os ensinamentos necessários à
vida
no aprender do caminhar.
Roberval paulo
À ESTRADA - Roberval Silva
Sou contrário à classe que
desclassifica outra
Quero mais é integrar todos e
juntar todos no mesmo balaio e misturar
Misturar bem e apurar o
melhor de cada.
Não às discriminações
Não às abnegações do prazer e
da vontade
Não e não mesmo às velhas
regras
Feridas de morte em um
passado que já não existe.
Lutas de classes, se entendam
E formem uma classe maior
ÚNICA!
Em um mundo maior, solidário
Que agregue a todos sem
segregar um sequer.
Roberval Silva
A ESTRADA - Roberval Silva
Quisera eu ser a vida
A vida em tempo presente
A vida passando a limpo
A sujeira do passado
Queria até ver o estado
Vivendo a vida das gentes
Aquele tempo indecente
Nas mãos guerreiras do povo
Quisera eu ser homem novo
Não desses que em tudo crê
Daqueles que crê e não crê
Mas acredita, confia
No desenrolar dos dias
Na caminhada infinda
Seguir por esta avenida
Cheia de curvas e esquinas
Ver nos olhos da menina
Sua condição de criança
Sonhar e ter esperança
Nos olhos do criador
Na natureza e no amor
Razão de toda a existência
Sorrir e ser complacente
Construindo o seu destino
O homem se faz menino
No entardecer da jornada
Quisera eu ser a estrada
Dona de todo caminho
Da vida em desalinho
Que vê a ponte caída
Seguir na reta da vida
Salte o vão do desespero
Cair por despenhadeiros
Se aprumar na descida
E da chegada à partida
Ser vida, ser vida viva
Abandonar o cansaço
Matar um leão por dia
Não entregar-se ao fracasso
Fé em Deus e paz na guia!
Roberval Silva
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
REFAZENDO - Roberval Silva
Vou-me embora
Vou-me embora
Vou-me embora
Vou na frente
Vou correndo
Mais querendo
Andar bem mais devagar
Caminhando
Caminhando
Caminhando
e conspirando
A favor da existência
Contra o sol da inexistência
Que é preciso mais ainda
Muito longe caminhar
Sempre em frente, rumo ao
norte
Norteando
Norteando
Norteando
e transpirando
Com DEUS e a muito suar
Esperando pela hora
Enfrentando, a ir embora
Acontecendo
Refazendo
No destempero do vento
Nas intempéries do tempo
Sem desviar da subida
Sem se empolgar com a descida
E o destino a desvendar.Roberval Silva
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