terça-feira, 9 de junho de 2020

MARCAS DE LUZ - Roberval Paulo


São marcas de luz que o tempo me deu. Como hoje penso é reflexo desse andar
Como pondero antes de agir e de me posicionar! Quanta paciência carrego em meu ser
O ferreiro segue moldando a peça. A forja é o instrumento e a força um complemento. O fogo é o próprio alimento que molda o molde pensado
O ferreiro, a forja e o fogo são elementos do seu caminhar. Elementos por demais importantes nos dias da sua estrada, mas, pouca atenção lhes damos, pois queremos ser bem mais 
Mas não, não somos. Definitivamente não somos. Somos somente a peça; a peça menor de toda uma engrenagem. Uma engrenagem maior e superior. Engrenagem essa que se intitula vida
Lutar pela vida é razão e a essa luta vamos com todas as nossas forças. Ora triunfando e ora despedaçando o nosso existir que é o nosso coração
Lutar pela vida é bom e, inexoravelmente, espelha o fundamento fundado no sacramento. Um sacramento diáfano, resiliente, transluzente e comprazente da nossa nobre missão
Mas lutar contra a vida é tolice, é estultice. É estupidez pra não dizer burrice; é quimera e solidão
A vida é superior e maior, muito maior. A vida é tudo e é senhora de si. A vida é o ferreiro, a forja, o fogo. E você, ah meu Deus, quem é você?  Quem você pensa que há de ser?
Você é simplesmente e também, singularmente, a peça viva e importante, mas também comum tal como inconstante; a peça menor desse jogo.
Roberval Paulo.
          

terça-feira, 19 de maio de 2020

ALMA-TERRA - Roberval Paulo


A carne da terra
É a terra
E a ela se vai
Toda carne
Carne-terra

O sangue da terra
É a terra
E a ela se vai
Todo sangue
Sangue-terra

A alma da terra
É a vida
E a ela se vai
Toda vida-matéria

E a alma sobe,
de terra
Para alimentá-la do espaço

Alma-terra
Vida que não morre
Luz que nunca se apaga.

Roberval Paulo

SER! EIS A QUESTÃO! - Roberval Paulo


Quero o poder
de não me dobrar
ao poder do dinheiro.
Quero ter dinheiro
mais quero o poder
de ser o seu dono
e não o contrário.
Quero o poder,
            de não ser egoísta,
            de não pensar só em mim.
Quero o poder de tirar do caminho
                        o que me faz mal,
                        o que faz mal à sociedade,
                                   como um todo.
Quero o poder da igualdade,
quero partilhar;
            partilhar idéias, sonhos,
                                   desejos,
                                   vontades;
partilhar o pão
alimento da vida;
partilhar meu sangue
                                   se preciso for.
Quero ser gente; apenas gente.
Quero ser povo
            e ser esperança.                              
Quero um sono tranqüilo
nas noites frias de inverno
e um cobertor de céu
para me aquecer.
Quero uma rede
pra me embalar
e fazer no balanço
                        o balanço da vida,
pra esfriar minha mente;
            e refrescar meu corpo;
            e aliviar meu peito;
            e acalmar meus sonhos
em dias de calor.
Quero ser ponte para unir,
                                   para ligar.
Me ligar com as cidades,
                                   com os povos.
Me ligar com a terra,
                                   com o velho
                                   com o novo.
Me ligar com o mundo,
            com as dores do mundo
            com as coisas boas do mundo.
Me ligar com a vida
que é ligada à morte;
à morte do índio, da branco, do negro;
à morte do cão, do lobo, da ovelha;
à morte do justo; à morte do ímpio;
à morte igual do fraco e do forte.
E continuar a ligar;
            me ligar com você,
            me ligar comigo mesmo
e me ligar com DEUS.
E quero ser fonte,
a fonte incansável,
a correr sem parar,
                        sem se abater;
insaciável, a deslizar
            pela encosta dos montes;
            pelos vales do sol,
                        vales das sombras,
em sua corrida interminável;
levando em seu seio,
                                   apenas água,
                                   límpida água,
que lava tudo
que lava a terra
que lava o pecado
que sacia a sede,
                        a sede do mundo;
Que lava minh’alma
e a sua alma
e as nossas almas, e todas as almas
e nos faz um carinho
e nos leva daqui
a um lugar distante
mais perto dos céus
bem junto de “DEUS”.

Roberval Paulo



O QUERER-TE - Roberval Paulo


Gosto de querer-te
                           em mim
Gosto de ver-te
                           assim
Completamente solta
Alheia a tudo

Ao vento
         Que lhe lambe os seios
Ao sol
         Que lhe doira a pele
À lua, que te invade
                           e te cultua

À mim,
         que de tanto ver-te
Mais de amor te quero.

Roberval Paulo

segunda-feira, 11 de maio de 2020

REFLEXÕES! - Roberval Paulo


Não espere somente pelo sol.
Se ele não aparecer,
seu dia estará perdido.

Descubra o que realmente busca
e caminhe na direção desse encontro.

Se o encontro acontecer,
curta esse momento como único,

Porém, não acontecendo,
continue a procura,
pois o teu encontro
estará solitário
em algum dos cantos da vida
à tua espera,
porque, o que é teu,
será teu,
nem que dure uma eternidade.

E ainda que o ódio o visite,
seja em ti, um ser de amor.

Assim,
mesmo em meio a guerra,
sua alma respirará paz.

Roberval Paulo

sexta-feira, 3 de abril de 2020

EM MEIO A TINTAS E CORES - Roberval Paulo


Este texto está publicado no Jornal do Tocantins MAGAZINE
CRÔNICAS & CAUSOS, Edição de 17/03/2020

                               "A cor dos meus olhos, dos meus cabelos, da minha pele. Das minhas unhas, dos meus dentes, dos meus pelos. A cor da minha vida, dos meus dias. A cor da minha poesia e da minha alma. Eram as minhas cores todas. O desenho ia tomando forma. O escuro, o branco e o sem cor cedendo espaço ao colorido; o humano ao divino; o sentimento dando lugar à arte."

Ele pintava. Somente e simplesmente pintava. Nada mais a ele fazia sentido, exceto a pintura. Tudo perdera a forma, a razão de ser, de existir. O porquê, o pra quê, o de onde vem, para onde vai, nada importava. Tudo perdera tudo. Nesse momento, era o nada sendo tudo e o tudo, ao mesmo tempo, arvorando-se em ser nada. Era ele e a tela. Só ela existia e ele pintava.

Eu observava deslumbrada com que enlevo ele encarava aquela tela e também me encantava. Quanta magia naquelas mãos. Era contagiante; tanto que passei a examiná-lo com mais atenção e vi aquilo em formas e cores se transformando. Ainda não definia o que era, mas, tinha uma certeza. Ele pintava as minhas cores. Só as minhas cores existiam no seu toque mágico de pincel e desfilavam pelo universo sem fim da quadriculada e dimensional tela. Pareciam adquirir vida própria as minhas cores.

A cor dos meus olhos, dos meus cabelos, da minha pele. Das minhas unhas, dos meus dentes, dos meus pelos. A cor da minha vida, dos meus dias. A cor da minha poesia e da minha alma. Eram as minhas cores todas. O desenho ia tomando forma. O escuro, o branco e o sem cor cedendo espaço ao colorido; o humano ao divino; o sentimento dando lugar à arte.

Ali, do meu canto de observação, deliciei-me com a surpresa. Lá estava eu, emoldada e ornada naquela paisagem inanimada que, aos olhos da mente, vivia e dava vida àquele recanto tão só meu. Doce regato de água e folhas, tão real e verdadeiro como o horizonte dos olhos. Eu estava perfeita. Em carne e osso, em corpo e espírito, em branco e a cores, em alma e sentimento.

Pareceu-me, no entanto, que ainda faltava algo. Olhei para ele e vi que hesitava. Pintava, matizava, contornava, corroborava, parece que procurando descobrir o que de fato estava dali ausente. E eis que de repente, não mais que de repente, tudo se torna claro a ele ao mesmo tempo em que a mim. Era isso! Era só o que faltava e lá estava ele completando a sua obra com maestria e desvelo. A mão no pincel, os olhos na tela, o toque final, transcendendo o que não se pode transcender. A mão ao coração para pintar um coração; o coração. O meu, o nosso coração que eu já não sabia mais de quem era, se é que coração pode se dizer pertencente a alguém.

O trabalho estava perfeito, concluso, terminado. Era mágico, Divino, uma verdadeira obra de arte. E era eu ali, deslumbrante naquela tela, intocável, majestosa. Tarefa concluída! Exprimi um desabafado suspiro e, me vi sozinho. Eu estava sozinho! Eu era o pintor! Tinha me pintado na tela, mas não era eu; era ela que ali estava envolvida e embebida em tantas tintas e cores. Ao primeiro momento, cuidei em achar que estava doido, que tinha enlouquecido. Mas logo em seguida, numa dessas descobertas instantâneas e inexplicáveis da mente, num estalo, descobri que eu era ela e que ela era eu. Ou melhor, eu estava nela e ela estava em mim. Enquanto eu pintava, eu também era ela que se desprendia de mim e ali, do lado, certificava-se se tudo estava saindo perfeito; se ela estava saindo perfeita. E assim, eu olhava para o pintor, que era eu, pintando ela, que estava em mim.

Não me peçam que explique essa loucura; penso não ser capaz, nem acredito que isso seja possível. Não queiram desvendar o que não se desvenda. Não queiram real nem lógico ao que habita o universo dos mistérios. Não busquem entender o que não se dá ao entendimento. Mas comigo acontece, aconteceu e, tenho certeza, acontecerá. É que eu, sou eu só, entende; mas ela está em mim, impregnada no meu ser e na minha imaginação. Impregnada em minhas mãos, nos meus gestos, na minha mente e no meu coração.

E ela é tão real em meu pensamento e em meu ser, que eu me dispo dela e a ponho do meu lado para passá-la à tela, enquanto ela me observa. E isso, de tal maneira, figura-se como tão verdadeiro, que às vezes ouço a sua voz e até conversamos.

Mas logo, tarefa concluída, vejo-me sozinho e caio na real realidade. Ela dá-me um breve adeus e volta para dentro de mim, passando novamente a alimentar meus sonhos, minha mente, meu sangue. O meu coração e o meu corpo inteiro. Eu todo, inspirando-me para a criação do próximo trabalho, quando a terei novamente ao meu lado. Ela, fulgurante, se deliciando e irradiando felicidade e prazer por protagonizar esse meu devaneio tão real.

É a minha mais doce não menos que colorida história de amor. Somos dois nessa narrativa de um só personagem; eu, o pintor, monodramático, havendo-me com as lutas interiores do meu espírito. Terei cura?

Roberval Paulo


terça-feira, 24 de março de 2020

CORONAVÍRUS (COVID-19)





          Nós, anônimos/celebridades=celebridades/anônimos, viventes honrosos espalhados por essa imensidão de mundão sem fim que se chama TERRA / BRASIL, não sabemos de fato o que está ocorrendo? O que está a ocorrer? Mas precisamos e devemos fazer a nossa parte, enquanto cidadãos responsáveis que somos.

Sabemos que o momento é atípico e, portanto, devemos voltar toda a nossa atenção para os mecanismos de proteção e prevenção para a preservação do que temos de mais importante >A NOSSA VIDAAAAA!!!

Então meus queridos leitores, redobrem a vossa atenção no sentido de buscarem se blindar dessa pandemia. Vamos vencer juntos, pois juntos somos mais fortes, bem mais.

Informações e medidas para a tão necessária mudança de hábitos:

COMO O CORONAVÍRUS (COVID-19) É TRANSMITIDO?

            De uma pessoa doente para outra ou por contato próximo (cerca de 2 metros), por meio de:

Ø  Gotículas de saliva
Ø  Espirro ou tosse
Ø  Catarro
Ø  Toque ou aperto de mãos
Ø  Através de objetos ou superfícies contaminadas

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

ü  Febre
ü  Tosse
ü  Dificuldade para respirar


VOLTOU DE UM LOCAL COM CASOS DE CORONAVÍRUS (COVID-19)?

·         Fique altamente ligado à sua condição de saúde, principalmente nos primeiros 14 dias;
·         Reforce seus hábitos de higiene, especialmente lavando as mãos com água e sabão;
·         Apresentando sintomas como febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure uma unidade de saúde e informe sobre o seu histórico de viagem.


Fique atento às notícias sérias e evite fake news. Filtre tudo e absorva só o que é importante.

Juntos venceremos essa luta.
Deus no comando sempre.

Roberval Paulo

Fonte: Ministério da Saúde – Governo do Brasil – Governo do Tocantins



sexta-feira, 13 de março de 2020

MARCAS DE LUZ - Roberval Paulo

Tenho corpo e alma chagados pelo tempo
São marcas de luz que o tempo me deu
O como hoje penso é reflexo desse andar
Quanto pondero antes de agir e de me posicionar!
Quanta paciência carrego em meu ser!

O ferreiro segue moldando a peça
A forja é o instrumento e a força um complemento
O fogo é o próprio alimento que molda o molde pensado

Então atenha-se! Tome tenência!
O ferreiro, a forja e o fogo são elementos do seu caminhar
Elementos por demais importantes nos dias da sua estrada
Mas pouca atenção lhes damos pois queremos ser bem mais

Mas não, não somos
Definitivamente não somos
Somos somente uma peça
A peça menor de toda uma engrenagem
Uma engrenagem maior e superior
Engrenagem essa que se intitula vida

Lutar pela vida é razão
E a essa luta nos jogamos com todas as nossas forças
Ora triunfando e ora despedaçando
O nosso existir que é o nosso coração

Lutar pela vida é bom e, inexoravelmente,
Espelha o fundamento fundado no sacramento
Um sacramento diáfano, resiliente
Transluzente e comprazente da nossa nobre missão

Mas lutar contra a vida é tolice, é estultice
É estupidez pra não dizer burrice
É quimera e solidão

A vida é superior e maior, muito maior
A vida é tudo e é senhora de si
A vida é o ferreiro, a forja, o fogo

E você, ah meu Deus, quem é você?
Quem você pensa que há de ser?
Você é simplesmente e também, singularmente,
A peça viva e importante,
Mas também comum tal como inconstante
A peça menor desse mágico jogo.

Roberval Paulo

quinta-feira, 12 de março de 2020

TODA VAIDADE SERÁ CASTIGADA - Roberval Paulo


Fostes no meu sonho, a ponte pra realidade
E pelos sete mares, te idealizei em mim
E em dias brancos, dourava-me de sol
Revestindo-me do branco, pureza da tua alma
Cambraia fina, levada pelo vento
Asas de gaivota a se perder pela leve bruma
De semelhante plumagem
Confundindo-se à distância
Com as prateadas estrelas
Deslizando na imensidão
Do infinito azul
Matizado pelo verde água
Das águas de chuva
A encher de paixão
As nuvens brancas de algodão.

E em horas decadentes
No dourado e cinza do crepúsculo
Encanecendo o horizonte escarlate
Rolam para o chão
Nuvens de água
Purificada
Desgaseificada, a água
Uma fábula, só deságua.

Água virgem
Véu natural do tempo
A rolar para a terra
E pela terra
Sem cor, incolor, multicor.

Terra, só terra!
Marrom, preta, vermelha, roxa
Só terra!
Brotando vida depois de saciada a sede
Agora, em cor de todas as cores
Abrigando vaidades sem fim
Qual fogueira de desejos
Abrandada pelas cinzas da frustração.

Vaidade, tudo vaidade
Sem limite, sem idade
Sem dimensão.

E em passar o tempo, o contratempo
Parte de mim no além
Olha o trilho, o trem já vem
Passando, levou, destronou
Com ou sem guerra
Descanso em terra

No underground, água e sal
Jóia ou bijuteria
Tudo igual, irreal.

De real, só o momento
Este momento
Intenso, imenso, isento
Não mais que um segundo
Muito maior que o mundo
Que o nosso mundo
Que só existe aqui e agora.

Eras o meu sonho, e dele
Fostes a ponte pra realidade
E sobre esta ponte
Lancei todos os meus medos
E meus segredos
Li seus segredos
E os segredos da vida
A chegada, a estadia, a partida
Do menino ao idoso
Do empregado ao patrão
Do princípio ao fim
Do sol ao escuro total.

E nesse inferno astral
De céu para quem padece
Vem o desfecho final, fatal
Inevitável
Levando-me os anéis
E os dedos também
Começo, meio e fim
É assim
E será sempre assim
Porque assim convém.

A passar o nada, o tudo
Todos enfim
A chorar e a sorrir
Triste e contente
Ninguém nasceu pra semente
O sonho é de quem o tem
É a roda do vai e vem
Amém!
E pra eternidade, tudo, nada, não sei
Segredos que não desvendei
Faz-se o homem pelo sonho, e morre
Faz-se o sonho pelo homem, também morre.

Fostes no meu sonho a ponte pra realidade
Mas a realidade, tudo vaidade
Era pó
E o pó levado pelo vento
Sumiu no espaço
Virou nada
Só nada
E só
Nada.

Roberval Paulo



domingo, 8 de março de 2020

UMA HOMENAGEM À MULHER - Roberval Paulo


                  Como disse Erasmo Carlos: "Dizem que a mulher é o sexo frágil / Mas que mentira absurda / Eu que faço parte da rotina de uma delas / Sei que a força está com elas...". 

                  Eu acrescento: Ela é  tão  generosa, que  finge  me  por no comando pra me ver feliz, sabendo ela ser o comando todo seu. Ela é senhora de si. Ela é ela. - Roberval Paulo.

À mulher, de forma geral
És tu um sonho real
Festiva que nem sarau
Fórmula inconvencional
Olhar paradoxal
Assim meio casual
Sempre providencial
A gênese  em essencial.

Um ser tão sensorial
Que nunca é imparcial
Mais do que especial
É multidimensional
De pensar atemporal
Que chega a ser abissal
Seu querer irracional
Sua vontade banal
Mas que no fundo é vital
Para o seu emocional.

Uma emoção surreal
Que quase sendo anormal
É na medida ideal
Um acalanto espiritual
És um ser tão passional
De sonhar transcendental
Que ama além do normal
Um amor incondicional
De valor universal
Uma obra magistral.

Seu ato devocional
Tem a forma original
Sua força descomunal
Em defesa visceral
Da cria em potencial
O instinto maternal
De pensamento infernal
Mau humor habitual
É um caso conceptual
Sem receita natural.

Opõe-se à raiz do mal
É sim o amor madrigal
Que ama o jogo carnal
Mas é bem sentimental
Adora ter uma rival
Mas jamais ser filial
Aí já não é legal
Faz charme proposital
Dá efeito colateral
A quem lhe deseja o mal.

É daquelas que é a tal
É sempre um manancial
De amor, de luz, de ideal
Seu jeitinho angelical
Alegria impessoal
Traz o brilho do cristal
Sonha a noite nupcial
É um ser matrimonial
Na arte de amar é letal
Sendo a exponencial
Na relação do casal.

Se perde no trivial
É hoje um ser virtual
Nunca fala “gargural”
Desaponta-la é fatal
Faz do vento um vendaval
Toda temperamental
Mas é excepcional
Vou dizer sensacional
Está acima do mal
Ares de intelectual.

É mesmo intelectual
Cada vez mais laboral
Na batalha pelo igual
Nesse mundo desigual
É conjugada ao plural
Tão singular seu astral
É mesmo primordial
É pra nós fundamental.

Da terra é o santo sal
Da vida o eixo central
O seu porte escultural
É a mão do Celestial
É uma estrela, um sinal
Tutora do pré-natal
A virgem, a maioral
Tem dia internacional
Ah! Mulher, ser divinal!
Você é especial!

Roberval Paulo