sábado, 4 de setembro de 2010

ANGUSTIANTE ESPERA

À noite, navegando
sou um rio sereno
leito manso e calmo
silencioso no silêncio das tardias horas
horas mortas da vida em sono de espera

Se unir ao mar vai esse rio
na lentidão angustiante dos dias
às vezes, revolto, carregando dores, bramindo
e por vezes, calmo
soberbo e magestoso
na alegria das flores e da vida

À noite, o sonho amanhece
e o rio de minha alma
           só águas levando
para muito além  do
                     engenho do medo
para onde meus sonhos um dia chegarão

Vai meu ser
e transporte este rio, que este rio
sou eu
sem o meu existir
e leve-me em suas águas
e me leve em mim
para eu encontrar-me
na reflexão dormente do meu travesseiro
na noite do meu dia inteiro
no espaço vazio do meu ser que te espera.
(robervalpaulo...

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