sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NEYMAR - Deixem o menino em paz

Neymar. Jogador do time do Santos. Uma grata revelação e um dos talentos mais promissores do futebol mundial. Ele tem 18 anos. Só 18 anos e de repente, em um curto espaço de tempo, saiu do nada para o "tudo". Deixou de ser um entre milhares de jogadores de futebol espalhados Brasil a fora para se transformar em um dos poucos que alcançam o sucesso na profissão e muito cedo. Saiu da vida pacata e simples e se deparou, de um momento para outro com sucesso, fama, reconhecimento, dinheiro, diga-se de passagem, muito dinheiro e também com pressão, exigências, críticas, vendo convergirem para si todos os olhares do mundo do futebol, imprensa, cartolas, empresários, comentaristas, ah! esses comentaristas, treinadores e jogadores e, todos olhando e monitorando seus passos segundo a segundo. Status de celebridade; vida de celebridade. É uma mudança, no mínimo, conflituosa para o garoto. É um garoto que, realmente, joga muita bola. Não tenho medo de afirmar que na verdadeira acepção da palavra, será, em breve, um craque. Mas, gente, prestem atenção. É ainda um garoto, sujeito e suscetível a todos os altos e baixos do ser em formação. É um garoto como qualquer outro garoto. Rebelde e intransigente por natureza, cometendo os erros característicos e próprios da idade. Carrega em si o ar juvenil e adolescente que o faz, às vezes, mostrar deboche em suas ações e uma irreverência que não é proposital. Transporta no seu jeito "moleque" o ar da irresponsabilidade natural e espontânea típicas do jovem que é. Brinca com as situações sérias por entender a vida pelo ângulo e campo de visão que alcança das coisas. Deixa-se fascinar pelas parafernalhas eletrônicas/tecnológicas à disposição, sem alcançar a abrangência e o poder destes serviços. Diante disso, tudo o que faz é visto, discutido, debatido ao extremo, divulgado e ainda opinam, fazem juízo de valor, se sentem no direito de criticar, de dizerem que está errado, que é rebelde, que está querendo aparecer, que não tem respeito, que não se encaixou ainda ao mundo que vive, que tem que mudar, que decidiu errado e dão-lhe adjetivos, qualificam-o, classificam-o, esquecendo-se todos que é um ser humano como qualquer outro e ainda um garoto. É o nosso mundo. Esperem gente. Ele vai se encontrar mas, tenham certeza, vai errar muito ainda, porque o erro é inerente à nossa existência. Acalmem-se. Peguem mais de leve e não atirem tantas pedras. Não façam da vida do menino um novelo de lã. Deixem-o tranquilo para que ele possa executar os seus dribles, a sua irreverência, a sua rebeldia e o seu talento pelos campos do futebol e da vida, que caminham juntos. Enfim, comentem e divulguem tudo mas, deixem o menino em PAZ. Ele precisa de paz como todos nós precisamos. Só isso. De PAZ.
por Roberval Paulo

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com o que foi escritoo aí, vejo e penso de forma parecida, mas, temos que dar tempo ao tempo e vermos se ele amadurecerá a tempo de se tornar um craque.
    Parabéns pelo Blog.

    ResponderExcluir

Poste o seu comentário aqui