Sou
o dente da serra
Que
corta impiedoso
A
madeira chorosa
Sou
a pedra de ardósia
Transformando
a vida
No
seio da rocha
Sou
a seiva da vida
Coração
de mato
Olhar
de serpente
Sou
estrela cadente
Sou
olho no olho
Dente
por dente
Mas
não sou a agonia
Da
morte anunciada
Sou
a poeira da estrada
Que
acolhe o passante
Sou
água da vazante
Abrindo
caminho
Pro
núcleo da terra
Sou
o claro do dia
A
noite enluarada
Sou
porta enguiçada
Passado
e presente
O
futuro das gentes
Portal
do existir
Paz
no meio da guerra.
Roberval Paulo
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