Recordo
que os meus sonhos
Já
não são como eram dantes
Parafraseio
Cervantes
Um
dos deuses da poesia
Que
do amor disse um dia:
É
a mais doce ilusão
Não
se segura com a mão
É
volúvel e sorrateiro
É
misturar brigadeiro
No
branco do algodão
Dou
passos pra me encontrar
Mas
vejo um caminho estreito
O
amor tem tanto efeito
Que
existe sem se notar
Mostra-se
sem se entregar
Provoca,
depois se esquiva
Revela
a forma passiva
De
intrigar todo amante
É
instável e avoante
Segue
seu curso à deriva
Me
vou na estrada pensando
Em
como o tempo me cai
Por
quanta estrada se vai
Sem
acertar o caminho
Decifrar
o pergaminho
Da
vida é luta constante
É
feito o voar rasante
Um
risco em cada asada
Ter
a estrada cortada
É
sina de todo andante
Aprendi
que a experiência
É
fruto da caminhada
No
passo lento da estrada
O
exercício é a persistência
Tenha
fé e paciência
Desespero
é incompatível
Vais
te tornar insensível
Se
desistires do amor
Viver
o amor sem dor
É
missão quase impossível
Pautando
a vida no amor
Certeza
que o amor virá
Dor
é certo que terá
Não
há frio sem calor
Tem
espinho, mas tem flor,
Pós-tempestade,
a bonança,
Não
perca a esperança
É
só deixa-lo fluir
Não
é escolha, é sentir
Seguindo
o passo na dança
Faça
o melhor que puder
Com
amor no coração
A
vida é grande ilusão
Mas
sem amor não dá pé
Sem
amor é marcha à ré
É
tal qual pra trás andar
Amor
e paz vêm cantar
Um
do outro é companheiro
Seja
feito o marinheiro
No
nevoeiro a remar.
Roberval Paulo
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