quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O SISTEMA POLÍTICO E A EVOLUÇÃO DO TER

Sucesso não é só ter dinheiro. Dinheiro é importante e necessário porque o mundo é capitalista e precisa-se dele para viver. Para saciar vontades, desejos, vaidades; para satisfazer o ego. Dinheiro não é tudo mas, é preciso tê-lo. Porém ter sucesso não é só ter dinheiro.

Ter sucesso é estar em paz consigo mesmo e estar em paz com o mundo. Ter sucesso é não perder a essência do natural. É não perder a autenticidade e não perder os valores familiares, os valores éticos e os valores morais.

Ter sucesso é se harmonizar com o mundo; se harmonizar com as coisas e se harmonizar com as pessoas.Ter sucesso é ter paz de espírito e viver harmonicamente com tudo que o cerca, situando-se passivo e serenamente no universo que o rodeia; no ambiente no qual está inserido.

Ter sucesso é poder levantar-se todo dia com a consciência em paz e, à noite, voltar para o aconchego do seu lar e dos seus aposentos, sem alterações, com essa consciência ainda em paz e poder recostar a sua cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos, sonhando com o outro dia que vai nascer e que você novamente vai acordar brando e sereno, para continuar essa tua nobre missão aqui debaixo do sol, nessa simplória vida; simplória vida de carne e lama.

Ter sucesso é compreender o contexto e a conjuntura da qual participa e ter voz ativa e consciência coletiva para discernir e assimilar que a estrutura é de todos e todos dela dependem e precisam e que esta relação precisa se dar da forma mais harmoniosa possível, sem elevar demais mas também sem excluir, buscando, inteligentemente, o ponto de equilíbrio necessário à sobrevivência de todos.

Precisamos nos mexer. Não sei como mas precisamos lutar contra o poder do ter em detrimento do ser. O dinheiro virou a verdade absoluta das coisas e tudo pode por ele. Tudo é permitido desde que o objetivo seja adquirir, angariar e ganhar mais e mais para acumular bens e riquezas materiais. Tudo é permitido desde que seja pelo dinheiro. Isso é triste e lamentável. Tudo por ele, nada sem ele.

Acostumamos-nos a isso e fermentamos em nós a insensatez, a indiferença e impotência diante da situação.

É impressionante como “cidadãos” que outrora protagonizaram grandes escândalos financeiros em que comprovadamente foram culpados; que se apoderaram do alheio, do bem público; que praticaram o tão falado tráfico de influência; que roubaram, saquearam cofres públicos, desviaram verbas; subtraíram, ludibriaram, enganaram e, hoje, posam de bom moço e são, em muitos casos, pessoas ilustres e notáveis para o país e são admirados por todos. Tiveram problemas com a justiça, se defenderam e saíram impunes e, por terem dinheiro, participam como ilustres da “alta e podre” sociedade.

O dinheiro compra a imagem. O dinheiro compra a índole das pessoas, a integridade moral. O dinheiro trás status, poder e notoriedade e transforma o seu detentor em celebridade, mesmo que sua origem seja duvidosa ou que seja resultado do crime. Não importa de onde venha, desde que se tenha em grande quantidade, em abundância. O sujeito rouba e rouba, vira milionário e todos sabem disso e, depois, ele cria uma fundação, uma ONG, uma associação e vai lavar – dar status de legal ao que é ilegal - todo o dinheiro roubado.

Mas a nossa mídia sensacionalista e interesseira e altamente capitalista e ainda, totalmente imediatista, prega que este é um cidadão de bem e que está preocupado com a situação social do país, transformando-o em exemplo de honradez e solidariedade. Passam todos a admira-lo, mesmo conhecendo o seu passado. É o império da hipocrisia.

Ressalto sempre que o dinheiro é importante e é necessário tê-lo, pois é com ele que compramos a nossa casa, o nosso carro, a faculdade do nosso filho. É ele que nos permite desfrutar de tanta coisa boa que a vida oferece, satisfazendo e massageando o nosso ego e vaidade. Mas, o que refuto é que o TER não pode sobrepor-se ao SER.

Observem quanto caótica é a nossa realidade. Não existe, em nosso país, nenhum outro segmento que, num intervalo de tempo bem pequeno, promova mais o enriquecimento ilícito de pessoas do que o sistema político. O sujeito vira prefeito, deputado estadual e quando chega a deputado federal, já está milionário. Não tem, para isso, uma explicação lógica, pois, somando-se todas as rendas e subsídios recebidos oficialmente, revela-se uma discrepância e incompatibilidade enormes em relação ao patrimônio adquirido.

Mas, todos consideram isso normal. Daí, é só chegar as campanhas eleitorais e nós estamos lá “embaixo” do palanque, aplaudindo este mesmo cidadão ladrão. E a sociedade toda o respeita, venera e admira. Ele compra todos. Isso é demais e mostra o quanto somos acomodados e alheios à nossa realidade e o quanto nos corrompemos também.

Mas a realidade é cara e se apresenta aos nossos olhos para ser comprada, todos os dias. E se mostra da sua forma mais dura e cruel.

Meninos abandonados e unidos, nos sinais de trânsito das grandes cidades ou nos pátios tortos das praças mortas, tão pequenos e maltrapilhos que nem gente parece, tendo sacos de cola como alimento e roubando, roubando o que a sociedade lhe roubou: a dignidade, a inclusão, a família.

O tráfico aliciando crianças e jovens, homens e mulheres e matando inescrupulosamente e desgovernadamente quem não aderir ou se calar ao seu poderio, tendo o estado como principal financiador.

As nossas meninas, a cada dia, mais novas, expostas e jogadas nos campos de prostituição, vendendo o corpo e a alma, vendendo os seus sonhos de menina e perdendo a sua aura de anjo.

As famílias enclausuradas pelas cercas físicas e cercas do medo, assustadas e angustiadas por aqueles que o estado não acolheu e que a evolução lhes negou oportunidades.

Pais de família começando a roubar, atirados ao submundo pela necessidade. Daí, para o crime pelo crime é só a distância entre a fome e a necessidade de comer; entre a dignidade e o descaso.

As cidades inchando-se dia após dia de sonhadores em busca de dias melhores e que se transformarão, num futuro bem próximo, em um novo bando de miseráveis que arribaram do campo, tangidos pela miséria e pela fome, e que agora engrossam as estatísticas da miséria e da exclusão nos leitos aflitos e imundos das formidáveis favelas.

Enquanto isso, o outro lado do mundo se movimenta; a outra face da moeda mostra a sua cara sinistra.
Seus jatinhos e carrões, mansões e paraísos fiscais, piscinas e restaurantes, bebidas e mulheres. Éh! Mulheres são mercadorias, adquiridas para a sua satisfação e depois descartadas, valendo menos que casca de banana que, por sua vez, ainda aduba a terra. As mulheres, descartadas, já não mais vivem, vegetam, relegadas à impureza e ao assalto da sua alma e do seu corpo.

É triste, mas é assim. Essa é a nossa realidade. E o pior. Nós entendemos tudo isso como normal. Esses caras, os da política, legislam em causa própria.

Vejam o nosso congresso nacional, que mistura! Lá tem representantes de todos os segmentos que se dizem organizados do nosso país. Só não tem, de verdade, representantes do povo, do povão mesmo, da massa. Defendem somente os seus próprios interesses e não os interesses do povo. E ainda votamos e os elegemos, para nos roubar.

Mas, coitados de nós. Somos pobres e fracos; alienados e subordinados; usados e subornados; interesseiros e imediatistas; sem consciência política e, hipócritas. Só me resta dizer: Que país é este! E deixar que o silêncio, a impotência, a parcimônia, a insensatez, o imediatismo, o comodismo, a omissão e a degradação humana falem por todos nós.

Sentarmos-nos na esfera do tempo e deixar que o cortejo das horas nos leve ao outro lado do sonho, onde a realidade já foi subjugada e a vida, sozinha e única e despida de toda podre e pobre matéria, viva, esplêndida e celestialmente, para todo o sempre.

E que Deus perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Amém!

Roberval Paulo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O MAIOR SONHO DO MUNDO

Queria por pelo menos uma vez poder nascer sem sentir a temível e tão amável, a dor afável, a dor do parto. Não eu mas, a minha mãe que, de tanta dor, quase que eu não pari. E queria ainda, depois de parido, não ser erguido, suspendido pelos pés, de ponta cabeça para o lado, o outro lado, o lado de baixo da vida.

Contentaria-me ser só elevado ao colo e seio de minha mãe e embriagar-me, deleitando-me do sublime e purificado leite da existência sem por ele nada pagar que leite de mãe é dado de graça, doado só pelo dom e natureza de amar.

Aí, queria poder crescer sem saber de verdura ou de outros tais ingredientes ou de quem inventou que chocolate faz mal. E em frente crescendo sem nunca saber de colégio ou de escola às seis da manhã.

E quando enfim chegasse o dia de ter a primeira namorada, que ela não fosse a primeira e sim aquela depois da última que sonhasse comigo o mesmo sonho que sonhei um dia com a primeira que não soube seu o meu último sonho.

E quando os meus pais perdessem a magia do amor existente que os levou ao altar, que ele se renovasse sem a doída dor da separação e que o amor de meus pais natural e normal continuasse na família que fomos antes de matarmos o amor em nós.

E quando enfim se apresentasse o dia de eu me casar, que o amor de meus pais quando houve a união habitasse em mim e em minha amada que não fosse a primeira nem a última namorada e somente sim, a forma do amor continuado no continuar premente da vida cortada e interrompida pelo sonho do amor desorbitado no acontecer da existência eternizada.

E que meus filhos não fossem meus e sim só meus e do meu amor e que nunca soubessem do amor que não fosse o amor do eterno e que assim amassem e amassem sem conta o amor aquele sem dor e então não sentissem a dor cruel da real realidade que os faz ouro meu sem tê-los propriedade.

E que o mundo tivesse um lugar mundo infantil quando chegasse a melhor idade e não houvesse abandono e nem desenganos e não se sentisse a horrível sensação da inutilidade quando a página virasse e começasse a descida e que esta descida continuasse subindo sem se explicar, só indo, preservando o mistério, o segredo, o elo reverso que une dois mundos e que a partida fosse a mesma alegria de quando é chegado, que eu não me sinta cansado e nem fraco e nem mirrado, me sinta viçoso, corado e formoso quando a verdade da vida visitar o meu peito e eu, satisfeito, viajando sorrindo tal qual o mesmo menino de quando aqui chegou e partindo no amor que me trouxe à vida, viajante de nuvem, última despedida e, do lado de lá, alegria e bonança, o sim da esperança habitando o verbo amar.

Um sonho que é só um sonho e pouco tem de real mas que, entre o bem e o mal vamos todos navegando e também vamos sonhando para amenizar as dores, as ilusões e os amores que fazem mágico o mistério do viver e mesmo assim sem saber, sem conhecer ou querer vamos vivendo e sonhando para o verbo renascer.

Roberval Paulo

SER

Quero o poder
de não me dobrar
ao poder do dinheiro.
Quero ter dinheiro
mais quero o poder
de ser o seu dono
e não o contrário.
Quero o poder,
de não ser egoísta,
de não pensar só em mim.
Quero o poder de tirar do caminho
o que me faz mal;
o que faz mal à sociedade
como um todo.
Quero o poder da igualdade,
quero partilhar;
partilhar idéias, sonhos,
desejos,
vontades;
partilhar o pão
alimento da vida;
partilhar meu sangue
se preciso for.
Quero ser gente; apenas gente.
Quero ser povo
e ser esperança.
Quero um sono tranqüilo
nas noites frias de inverno
e um cobertor de céu
para me aquecer.
Quero uma rede
pra me embalar
e fazer no balanço
o balanço da vida,
pra esfriar minha mente;
e refrescar meu corpo;
e aliviar meu peito;
e acalmar meus sonhos
em dias de calor.
Quero ser ponte para unir,
para ligar.
Me ligar com as cidades,
com os povos.
Me ligar com a terra,
com o velho
com o novo.
Me ligar com o mundo,
com as dores do mundo
com as coisas boas do mundo.
Me ligar com a vida
que é ligada à morte;
à morte do índio, da branco, do negro;
à morte do cão, do lobo, da ovelha;
à morte do justo; à morte do ímpio;
à morte igual do fraco e do forte.
E continuar a ligar;
me ligar com você,
me ligar comigo mesmo
e me ligar com DEUS.
E quero ser fonte,
a fonte incansável,
a correr sem parar,
sem se abater;
insaciável, a deslizar
pela encosta dos montes;
pelos vales do sol,
vales das sombras,
em sua corrida interminável;
levando em seu seio,
apenas água,
límpida água,
que lava tudo
que lava a terra
que lava o pecado
que sacia a sede,
a sede do mundo;
Que lava minh’alma
e a sua alma
e as nossas almas, e todas as almas
e nos faz um carinho
e nos leva daqui
a um lugar distante
mais perto dos céus
bem junto de “DEUS”.

Roberval Paulo

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O LANÇAMENTO DO BAIÃO POR LUIZ GONZAGA


A História da MPB


               http://www.luizamerico.com.br

     Na pequena cidade de Exú, no interior de Pernambuco, seu Januário José dos Santos e D. Ana Batista de Jesus, teriam seu segundo filho, nascido no dia 13 de dezembro do ano da graça de 1912 e batizado com o nome de Luiz Gonzaga do Nascimento. Seu Januário era também sanfoneiro respeitado e animador de todas as festas locais e lhe satisfazia ver em seu filho o gosto pelo instrumento, contrariamente à sua mulher. Aos 18 anos, Luiz Gonzaga, já tocando muito bem a sanfona, tomou a resolução de deixar para sempre a cidade onde nascera. Alistou-se no exército, tornando-se recruta nº 122, justamente na época em que estourava a revolução de 1930. Depois de ter lutado na Paraíba, contra os revoltosos, foi a várias cidades do Norte. Em Terezina, conseguiu ser engajado numa tropa que ia para o Sul. Passou por Minas e depois por São Paulo. Em 1939, estava no Rio de Janeiro.

Resolvido a ganhar a vida com o instrumento que tão bem dominava, Luiz começou a tocar no mangue do cais do porto. A seguir, foi a vez de mostrar seu talento nos programas de calouros das rádios. Inicialmente, fracassou, ganhando depois com "O Vira e Mexe", no programa de Ary Barroso, nota cinco e um prêmio de quinze mil réis,. Daí por diante, seu nome começaria a aparecer. No dia 1º de março de 1940, gravou seus dois primeiros discos, como solista de sanfona, interpretando as músicas "Véspera de São João" e "Numa Seresta". Fez carreira nas rádios cariocas, até 1944, quando seria despedido da Rádio Tamoio. Já havia gravado cerca de setenta composições, todas com ritmos do Nordeste. Em 1945, conheceu Humberto Teixeira, com quem iria lançar definitivamente o Baião no Sul do país. A parceria foi muito fecunda e, como o mercado mostrava-se aberto para a música nordestina, logo surgiu uma variedade de composições da autoria da dupla. No dia 24 de maio de 1946, um de seus grandes êxitos, a composição intitulada "Baião", gravada pelo grupo "Quatro Azes e Um Coringa", em disco Odeon nº 12724, consolidaria a aceitação do gênero por todo o país.

Com a indumentária de vaqueiro e um linguajar tipicamente nordestino, Luiz Gonzaga levou a todo o território nacional, através de sua música, os costumes, o folclore e os problemas do Nordeste brasileiro, uma região esquecida. Em 1947, o já chamado Rei do Baião se imortalizaria com a famosa "Asa Branca", gravada em disco RCA Victor. Apesar do enorme sucesso da parceria com Humberto Teixeira, esta teria fim quando, em 1950, Humberto se elegeu deputado. Mas Luiz Gonzaga encontraria um outro parceiro tão bom quanto o primeiro: o médico José de Souza Dantas, mais conhecido como Zédantas, que morreu aos 41 anos de idade. São eles os responsáveis pela belíssima "Vozes da Seca", que constitui um alerta às autoridades e ao povo brasileiro para o difícil problema da seca no Nordeste. Luiz Gonzaga foi o primeiro artista tipicamente nordestino a conquistar os grandes centros e, através dele, de seu valioso trabalho, o nordestino passou a ser mais respeitado, quando veio à tona a riqueza de sua cultura. Sua influência foi mais marcante que a de Catulo, no início do século, pois enquanto este deu ênfase apenas ao lirismo em seus trabalhos literários e nas letras de suas músicas, Luiz Gonzaga sempre deixou transparecer em sua obra a preocupação maior de levar ao conhecimento de todos os valores da cultura e da arte nordestina.
Fonte: Luiz Américo - A História da MPB.   

Coisas do Nordeste


Quadrilha

De origem francesa, a quadrilha era uma dança típica que celebrava os casamentos da aristocracia européia. Dançada em pares, já era praticada no Brasil desde 1820 e foi se popularizando desde então. Os tecidos finos da nobreza francesa deram lugar à chita, tecido mais barato e acessível, e o casamento nobre foi adaptado a uma encenação.

O enredo da união caipira é geralmente o mesmo: a noiva, que geralmente está grávida, é obrigada a casar pelos pais e o noivo recusa, sendo preciso a intervenção da polícia para que o caso se resolva. A quadrilha, como era no começo do século XIX, é realizada como comemoração do casório.

A mudança dos passos é anunciada por um locutor ao som do forró. Existem, hoje, as chamadas quadrilhas estilizadas com passos marcados e coreografias ensaiadas (que mais parecem aulas de ginástica aeróbica) e criadas exclusivamente para uma determinada música.
Forró

Existem duas atribuições para a origem do nome forró. Uma delas é que corresponda etimologicamente ao termo forrobodó, que - na linguagem do caipira brasileiro - quer dizer festança ou baile popular onde há grande animação, fartura de comida e bebida e muita descontração. A outra é ao termo inglês for all (para todos), usado para designar festas feitas nas bases americanas no Nordeste, na época da Segunda Guerra Mundial, e que eram abertas ao público, ou seja, “for all” e a pronúncia local transformou a expressão em forró. A música é tocada à base da sanfona, da zabumba e do triângulo, conhecida como arrasta-pé ou pé-de-serra, sendo esta última considerada a versão mais autêntica. O ritmo sofreu algumas variações e atualmente alguns músicos incorporaram o baixo, a guitarra e a bateria às suas melodias.
Baião

Acredita-se que a palavra baião tenha surgido de bailão, fazendo alusão a "baile grande". Esta dança popular do século XIX permite a improvisação, sendo mais rápido do que o xote que a torna mais viva.

A habilidade nos pés é maior, exigindo movimentos mais velozes do corpo. Os passos são acompanhados por palmas, estalos de dedos e "umbigadas". A marcação da dança segue a musicalidade dos cocos e da sanfona.

Fonte: © Hotsite São João Pernambuco.com

ADRIANO FICA NA ROMA

Adriano descarta volta ao Brasil e diz que fica na Roma até 2012

'Não vou [voltar ao Brasil em janeiro]. Vou ficar na Roma. Estou feliz por permanecer', declarou

16 de dezembro de 2010 | 10h 37

AE - Agência Estado

Em má fase na RomaAdriano tem sido alvo do interesse e de especulações envolvendo diversas equipes brasileiras. Entre elas, os rivais Corinthians e Palmeiras, que pareciam ser os maiores interessados em contratá-lo para 2011. O Flamengo, ex-clube do atacante, corria por fora.  No entanto, o jogador garantiu que permanecerá na equipe italiana até 2012.
Imagesport/Reuters - 22/9/2010
Imagesport/Reuters - 22/9/2010
Adriano era desejado por Palmeiras, Corinthians e Flamengo
Em entrevista ao jornal esportivo italiano Corriere Dello Sport, ao ser perguntado sobre qual time defenderia em 2011, o atleta respondeu: "Roma, com certeza". "Ouvi falarem muita coisa, falaram muito do Adriano sem ouvir o Adriano, sem conhecer", comentou.
Nos últimos dias, o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, havia dito que aconselhou Adriano a permanecer na equipe romana e que, se algum dia saísse, que fosse pela "porta da frente".
"Não vou [voltar ao Brasil em janeiro]. Vou ficar na Roma. Estou feliz por permanecer", declarou Adriano, que ainda comentou o interesse de Palmeiras, Corinthians e Flamengo em seu futebol. "Qualquer jogador fica feliz de ser o centro das atenções de tantos clubes. Mas eu já tenho um clube, que é a Roma", garantiu.
Nem mesmo uma possível proposta do Flamengo, clube de seu coração, pelo qual foi formado e se sagrou campeão brasileiro em 2009, parece mudar o pensamento de Adriano. "Eu sou muito ligado ao Flamengo, mas eu fiz a minha escolha: a Roma", concluiu.
Objetivos. Adriano disse ainda que pretende dar muita alegria ao torcedor romano. "Quero representar de verdade o que foi a minha contratação, dar tudo de mim pela Roma, fazendo o que sempre fiz, anotando gols e dando alegria à torcida."
Nos últimos dias, muitas especulações sobre o retorno de Adriano circularam entre os clubes do País. O Corinthians já teria tudo acertado com o atleta e faltaria apenas a liberação da Roma. Já o Palmeiras teria tentado atravessar a negociação do arquirrival ao fazer uma oferta superior. 
Fonte: AE - Agência Estado - "O Estadão"

O MAL MAIOR

A miséria não tem cor 
Quando muito, se faz negra 
É tão feia que outra mais desconheço 
Ainda mais quando vista em olhos
                                               de criança.

É um mal, dos males, o pior 
O maior e por sua vez, necessário  
Arma de consolidação dos grandes impérios 
Espelho e manutenção desse mal maior 
                                             (Só esse é maior)
O qual chamamos capitalismo.

Roberval Paulo

Show da língua portuguesa






"SHOW" DA LÍNGUA PORTUGUESA:



 'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta.
 Escreveu assim:

 'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '
 

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? 

Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
 Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
 conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
 Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a
 conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
 Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
 conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade.. Um deles, sabido, fez esta
 interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.



 Moral da história:

 "A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. 
 Nós é que fazemos sua pontuação.
 E isso faz toda a diferença..."

Publicado no Blog MISTURAÇÃO, da competentíssima e categorizada Ana Karla.
Achei interessantíssimo e ponho a disposição dos meus leitores, para reflexão...


Roberval Paulo


Lula encerra governo com 87% de aprovação, mostra CNI/Ibope




Índice de confiança sobre presidente chega a 81%, diz pesquisa; para 18%, Dilma fará governo melhor que o atual

Pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem aprovação de 87% da população, a maior registrada até agora, ao fim dos seus oito anos de mandato. O índice de brasileiros que aprovam o governo é de 80% e o dos que confiam no presidente é recorde: 81%.

Entre as pessoas ouvidas, 62% acham que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, fará um governo ótimo ou bom. Na comparação com o governo Lula, 18% consideram que a administração de Dilma será melhor, 58% que será igual e 14% que será pior.

As áreas apontadas pela população como prioritárias para o novo governo são a saúde, educação, segurança pública, o combate à fome e à pobreza, combate às drogas, a geração de emprego e o combate à corrupção.

Em nove áreas de atuação do governo atual, sete tiveram avaliação positiva, com destaque para a segurança pública.

A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 7 de dezembro, com 2002 pessoas, em 140 municípios.

Fonte: Portal IG
Publicado no Blog do Roberval

SIQUEIRA CAMPOS VOLTOU

E o sol volta novamente a brilhar no Tocantins. O girassol, com suas cores mágicas e sublimes, torna a florescer, para desta vez não mais murchar. As águas dos rios tocantinenses correm, caudalosas e magestosas, cristalinas e esperançosas, agora acreditando no futuro que ora se avizinha. No futuro que ora se afigura. Até o fogo que destruía, impiedosamente, o nosso cerrado e pastagens, parece ter dado uma trégua. O estado do Tocantins, qual Fênix, ressurge das cinzas e vai às ruas para saldar a volta do seu idealizador que, à custa de ardorosa luta perene e instigante, com lágrimas, revolta, articulações, convencimento dos poderosos, noites e dias não dormidos e até com greve de fome, o fez em realidade. O nosso Tocantins, soberano, altivo e tão amado, se espelha na esperança e determinação do seu povo que, mesmo em desvantagem e contra as cercas da opressão e do terror, não se furtou na hora de decidir. O Tocantins acordou hoje em azul e amarelo de céu e girassol, e em verde e branco de matas e rios, e de limpo e transparente, cores do nosso Brasil Tocantins. Siqueira Campos voltou. Voltou para comandar, mais uma vez, o Estado que idealizou e que amou desde o primeiro momento. Voltou para recomandar o Estado da Livre Inciativa e da Justiça Social, que andava, por força do poder somente pelo poder, injustiçando o seu povo. Voltou para fazer florir o girassol e associa-lo e harmoniza-lo com o sorriso do povo tocantinense, tão parecidos que são. O Palácio Araguaia abre as portas pra aquele que nem de lá devia ter saído. Volta Siqueira. As músicas de campanha te chamavam na voz do nosso povo. O povo nas ruas gritava em voz rouca e às vezes até um pouco abafadas pelo medo, mas gritavam do seu jeito simples e verdadeiro: volta Siqueira. A praça do Palácio Araguaia, com suas luzes e árvores, cantavam alegremente e, fazendo duetos com a voz do vento, clamavam inconsoladamente: volta Siqueira. E você não podia se furtar. Atendendo o clamor desse povo, você voltou. Voltou e voltou firme, com a garra que é inerente aos grandes estadistas, pois se não fosses firme e forte e ainda determinado, tinha caído antes de chegar ao fim da jornada, pois te atacaram de todas as formas. Eram tiros disparados de todos os lados, em todos os dias e em todo momento. Era munição que não acabava mais. A munição da mentira, da inveja, da leviandade e irresponsabilidade. Munição do ódio, do despeito, da enganação e da soberba. Munição até da tirania e crueldade. A última era a munição do não conseguir nada fazer e por isso atacavam aquele que tudo fez. Mas você, não, você não, é muito pouco. Permita-me mudar meu tratamento quando falo de você. Agora é Vossa Excelência. Mas Vossa Excelência caminhava a passos largos rumo a vitória e na sua sabedoria e alma de guerreiro, se defendia dos tiros e ataques. Nem no momento mais difícil, ao ver toda a sua família atacada e sacrificada por tão vis palavras, Vossa Excelência manteve a ombridade e, a custa de muita dor mas também de coragem, se reerguia depois de cada ataque sofrido e se reerguia ainda mais forte. Essa batalha foi vencida e foi no mínimo heróica, e nos legou uma nobre lição de vida. Vossa Excelência mostrou que é possível a vitória, mesmo estando em menor número, desde que a causa pela qual lute seja nobre. Mostrou-nos que é possível acreditar mesmo quando já duvidam todas as crenças. Mostrou-nos ainda que jamais devemos recuar e desistir diante das lutas que nos são apresentadas. Mostrou-nos ainda, grande Siqueira, que, se a causa é justa, lute até o fim, mesmo com a alma sangrando e o corpo em frangalhos. Essa foi uma luta histórica, difícil e quase impossível, mas a esperança sempre esteve à frente nessa caminhada. O Palácio Araguaia é seu de direito velho Siqueira. Não seu como propriedade para dele usar e abusar. Seu porque foi legitimado pela vontade do povo para trabalhar em prol desse mesmo povo, coisa que sabemos e confiamos. Por isso, a ti passamos procuração para falar em nosso nome. Não importa se a vitória veio dividida, com uma pequena vantagem. Essa é a vontade do povo, que fez vitoriosa a democracia. O seu governo é de todos os Tocantinenses. Não fossem as investidas terroristas dos nossos opositores, mais povo oprimido teria votado em ti. Conheço o seu jeito de fazer política. Às vezes, é até muito duro, mas nem sempre é possível estender e abrir a mão para tudo. Às vezes é preciso ter pulso forte. Às vezes é preciso decidir com imperiosidade. Mas meu nobre Governador, acredito em ti. Não tens que fazer tudo. Faças o que for possível e a história se encarregará do resto. Agora, o que não posso deixar de te pedir é que cuide do nosso povo. Cuide desse povo tão sofrido mas esperançoso e que agora, com vossa vitória, tem mais razões para sorrir. Faço uma prece a Deus, pedindo para que ele o ilumine, o Senhor e todos os que vierem a fazer parte da sua equipe para que essa administração seja modelo no nosso tão querido Estado do Tocantins. Que Deus abençoe a todos nós Tocantinenses e perdoe a todos que nos causaram dor. Que essa vitória seja só o início para um novo tempo e que a nossa vida agora, seja mais florida, de sol e girassol brilhando no seio do nosso Tocantins.

Roberval Paulo

Viver ou Juntar dinheiro? - Max Gehringer

 Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.

Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante.

Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
 
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.
“Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO”
Que tal um cafezinho?
Autor: Max Gehringer

NATAL DE AMOR - Lêda Mello

 Estive meditando sobre o Natal. Interessante... 
Não consegui me fixar na imagem de uma doce criança adormecida, repousando sobre um leito de palha.  Meditar sobre o Natal levou-me a Jesus trazendo-nos a Boa Nova.
"Eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns aos outros, assim como eu os amei." (Jo,13,34).  
Passaram-se dois milênios... A ciência e a tecnologia descortinaram horizontes ilimitados. 
A humanidade deveria estar em paz! Mas não está.  
Confusas, as pessoas não encontram uma forma  de como ser gente no mundo das máquinas. 
Apesar do conforto e das comodidades, vivemos uma grande solidão. 
Esquecemos o Mandamento do Amor! E, assim, vivemos a solidão do desamor.  
O Amor é gratuito. Não se compra e nem se troca. O Amor requer profundidade. 
Não sobrevive na superfície. O Amor repousa na alma de onde transborda para o corpo e para o universo.
O Amor tece laços com linhas de infinito. O Amor é nosso traço de união com Deus, através dos nossos companheiros de caminhada.  Natal. 
O Amor pede permissão para nos entregar a Paz e a Felicidade que nos foram destinadas.  
Um Feliz Natal de Amor para todos nós!

de Lêda Mello

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O MENINO JESUS NASCEU! QUE O NATAL SEJA SÓ O NATAL

O menino Jesus nasceu. Num estábulo, uma mangedoura, em meio aos animais. Em um ambiente rústico e pobre mas carregado da energia vital do existir e da essência viva da vida na natureza. Trouxe em si a simplicidade para o mundo e a humildade das almas generosas.

O menino Jesus nasceu. Não tinha mansões, nem castelos, nem riqueza, nem tão pouco ostentação. O berço foi arquitetado ali, na hora e, astuciosamente, feito com palhas, a matéria prima disponível no ambiente e que agasalhou bem alcochoadamente aquele minúsculo corpinho cheio de divindade e o aqueceu do seu próprio calor; o calor da vida em sua total plenitude.

O menino Jesus nasceu e não trouxe consigo poder nem ouro; nem palácios, nem reis. Não trouxe ambição ou egoísmo, muito menos soberba ou preconceito. Nem inveja, nem luxo; nem maldade e nem destruição.

O menino Jesus nasceu e trouxe sim, a construção de um mundo novo.
A boa nova foi anunciada e o verbo de Deus se fez carne, para habitar a terra e salvar a humanidade tão sem rumo, cumprindo-se assim as escrituras sagradas.

O menino Deus nasceu e trouxe à humanidade, o amor perdido, esquecido e sepultado na ambição e egoísmo dos homens. Trouxe simplicidade e humildade; trouxe generosidade e os ensinamentos para uma vida reta, justa, digna e repleta de amor de uns para com os outros.

O menino Jesus, nosso Deus e Salvador; nosso ser onipotente e divino tornou-se em carne; tornou-se homem para a salvação da humanidade, sua imagem e semelhança.

E, na sua pureza de homem santo, foi perseguido. Foi julgado, condenado e sacrificado, sentindo no corpo e na alma, a dor e o abandono daqueles que tanto amou e ama, feitos, por amor, à sua imagem e semelhança.

Jesus Cristo morreu pregado no lenho da cruz para a salvação do mundo.
Quanto sacrifício! O sacrifício da própria vida por aqueles que o negaram e renegaram e o abandonaram, lavando as mãos.

A vida venceu a morte, é o que nos é pregado. Será que realmente venceu?
Como a vida venceu se continuamos a morrer todos os dias. Não estou aqui falando da morte em seu sentido literal e natural.
Estou falando da morte que sofre a sociedade todo dia.
A morte pelo desprezo, pelo descaso, pelo abandono.
A morte pela exclusão, discriminação; a morte pelos preconceitos.
A morte pela ambição e egoísmo dos que querem sempre mais, não se importando com a vida dos seus iguais.
A morte pela acumulação de riquezas que confinam no curral da miséria sociedades inteiras que mais parecem bichos largados e caminhando sem destino, aguardando a hora não programada da triste partida.
A morte protagonizada pelos artistas-vilões mor dos sistemas e organizações políticas que rezam nas suas constituições o cuidado e o zelo com a população.
A morte pela falta de amor do homem para com o homem.
A morte pela falta de amor do homem para com o seu igual, unicamente.

O menino Jesus nasceu.
É Natal! É Natal. É Natal?
É Natal e eu não sei o que fazer nem o que dizer.
É natal e tudo continua igual como se o natal já fosse antes do nascimento.

Jesus Cristo nasceu e...que ele não volte senão o matariam de novo.
Que Jesus só habite em nossos corações. Em todos os corações da humanidade e das vidas todas.
E que o natal seja...........................................................Natal. Somente Natal...

Roberval Paulo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SONHO DE NATAL

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                         Maria Lucilia Cardoso


Um mundo de fantasia se descortina em nossa mente e coração nessa época do ano.
Vemos cor e luz em todos os cantos do mundo. Mesmo, junto à violência
podemos ver um quadro discrepante, ou seja, de um lado da rua um
tanque de guerra, do outro, uma Árvore de Natal. Um simples galho seco
decorado com algumas bolas desbotadas. Não tem luz, a não ser a das
bombas que explodem a sua volta. Mas está ali, em pé, como o símbolo
de um povo que tem a esperança em dias melhores.

Para esse povo, perseguido pela violência, apenas a esperança mesmo resta.
Como estes, em guerra, haverá outros povos, que mesmo não tendo a crueldade da
guerra, terão a da fome, da violência urbana, das doenças, enfim, das
misérias deste mundo tão desumano. E, mesmo estes povos, sonharão com
dias melhores. Dias em que não precisarão ver na Noite de Natal, seus
filhos pedirem comida e não a terem para dar; olhar pelas ruas quantos
dormindo ao relento, sem nem ao menos um teto ou um pouco de afeto. Os
que morrerão pela imprudência ou simplesmente pelos atos de violência
de seres que nem humanos mais são.

Todo o ano nos deparamos com essa triste realidade. Ela faz parte,
claro, de nosso dia a dia, porém, parece que nessa época, em que
deveríamos ser mais fraternos e humanos, ela nos marca mais e dói com
uma intensidade absurda.

Quem sabe, se erguermos nossos olhos aos céus, nesta noite, possamos
ver a Estrela Guia, que anuncia o nascimento de nosso Salvador! E,
olhando para ela, possamos do fundo de nosso coração, fazer a mais
plena e pura oração, pedindo a Deus que derrame sabedoria, fé e
bondade, neste mundo.

Que estas sementes floresçam, nos dando mais humanidade,
mais paz, mais amor ao próximo, mais compreensão, muito
perdão, solidariedade, amizade sincera, respeito ao direito de cada
um, liberdade de escolha, trabalho.

Que depois de colhidas essas
flores, possam ficar nos corações eternamente, devolvendo a todos a
luz e sabedoria de nosso Criador.
Que cada ser humano volte no tempo,
olhe os exemplos e corrija no seu presente todos os erros, para que
seu futuro seja brilhante.

Assim construiremos um mundo muito melhor.
Onde toda criança terá direito a presentes, alimento, casa, saúde,
educação, terá direito a Vida. Onde os velhos terão a dignidade de
envelhecer, sabendo que estarão amparados até sua passagem final. Os
jovens terão a esperança de realizar todos os seus sonhos e projetos.

Onde não haverá mais guerras, fome, miséria humana, doenças,
desemprego, a violência pela simples violência, onde a vida passe a
ter novamente o valor que lhe cabe. Podem dizer que é utopia. Não deixa
realmente de o ser. Mas tenho em meu coração a certeza, que se cada um
de nós, fizer uma mínima parte que seja, nosso mundo vai melhor muito.

Então comecemos neste Natal. Vamos dar amor e fraternidade em
abundância, amarrar laços coloridos de paz, colocar bolas de amor, e
sairmos pela Vida, distribuindo esse presente. Façamos de todos os
dias, um dia de Natal. Que possamos olhar sempre a magia contida nele.
O sentido escondido atrás de um pequeno pacote de presente.

Nós é que ganhamos neste dia o presente maior: O nascimento de Jesus.
E a ele devemos dar nossos presentes melhores: nosso amor, nossa fé, a nossa
própria Vida. Esse é o verdadeiro e único sentido do Natal.

Recebemos-lo de presente, ele um dia nos deu sua Vida de presente, por
isso façamos jus a esse presente, dando ao nosso semelhante o que
temos de melhor, e que dinheiro nenhum nesse mundo pode comprar:
O Nosso Amor.
Seja presente... Se dê de presente.
Seja um Sonho de Natal!

Maria Lucilia Cardoso

Uma Linda História de Natal

Certo homem, chamado Mogo, costumava olhar o Natal como uma
festa sem o menor sentido.

Segundo ele, a noite de 24 de dezembro
era a mais triste do ano, porque muitas pessoas
se davam conta de quão solitárias eram,
ou sentiam muito a ausencia da pessoa querida
que não esteve presente durante o ano.

Mogo era um homem bom.
Tinha uma família, procurava ajudar o próximo,
e era honesto nos negócios.

Entretanto, não podia admitir que as pessoas
fossem ingênuas a ponto de acreditar que um Deus
havia descido à Terra só para consolar os homens.

Sendo uma pessoa de princípios,
não tinha medo de dizer a todos que o Natal,
além de ser mais triste que alegre,
também estava baseado numa história irreal
- um Deus se transformando em homem.

Como sempre, na véspera da celebração
do nascimento de Cristo, sua esposa e seus filhos
se prepararam para ir à igreja.

E, como de costume,
Mogo resolveu deixá-los ir sozinhos, dizendo:
_ Seria hipócrita da minha parte acompanhá-los.
Estarei aqui esperando a volta de vocês.

Quando a família saiu,
Mogo sentou-se em sua cadeira preferida,
acendeu a lareira, e começou a ler os jornais daquele dia.
Entretanto, logo foi distraído por um barulho na sua janela,
seguido de outro... e mais outro.

Achando que era alguém jogando bolas de neve,
Mogo pegou o casaco para sair,
na esperança de dar um susto no intruso.

Assim que abriu a porta,
notou um bando de pássaros que haviam perdido seu rumo
por causa de uma tempestade, e agora tremiam na neve.

Como tinham notado a casa aquecida,
tentaram entrar, mas, ao se chocarem contra o vidro,
machucaram suas asas, e só poderiam voar de novo quando
elas estivessem curadas.

"Não posso deixar essas criaturas aqui fora", pensou Mogo.
"Como ajuda-las?"

Mogo foi até a porta de sua garagem,
abriu-a e acendeu a luz.
Os pássaros, porém, não se moveram.
"Elas estão com medo", pensou Mogo.

Então, entrou na casa, pegou alguns miolos de pão,
e fez uma trilha até a garagem aquecida.
Mas a estratégia não deu resultado.

Mogo abriu os braços,
tentou conduzi-los com gritos carinhosos,
empurrou delicadamente um e outro, mas os pássaros
ficaram mais nervosos ainda - começaram a se debater,
andando sem direção pela neve e gastando inutilmente
o pouco de força que ainda possuíam.

Mogo já não sabia o que fazer.
_ Vocês devem estar me achando uma criatura aterradora
- disse, em voz alta.
_ Será que não entendem que podem confiar em mim?

Desesperado gritou:
_ Se eu tivesse, neste momento,
uma chance de me transformar em pássaro só por alguns
minutos, vocês veriam que eu estou realmente
querendo salvá-los!

Neste momento, o sino da igreja tocou, anunciando a meia-noite.
Um dos pássaros transformou-se em anjo, e perguntou a Mogo:
_ Agora você entende,
por que Deus precisava transformar-se em ser humano?

Com os olhos cheios de lágrimas,
ajoelhando-se na neve, Mogo respondeu:
_ Perdoai-me anjo.
Agora eu entendo que só podemos confiar
naqueles que se parecem conosco e passam pelas mesmas
coisas pelas quais nós passamos.

" Hoje, Mogo entende o verdadeiro significado do Natal, e,
acredita no Deus que, enviou seu filho JESUS, para acreditarmos
e confiarmos no Pai Criador."

FELIZ NATAL !!

"Desconheço a Autoria
caso saiba, por favor, me avise
para que eu, possa colocar o devido crédito.
simplesmentebeijaflor@uol.com.br."

UMA HISTÓRIA DE NATAL

                                          Maria Hilda de J. Alão.
Quando Mariana dobrou a esquina, no final da rua onde morava, deu de cara com Alfredo, um menino levado e conhecido pelos seus maus modos. Ele ria das outras crianças, punha apelidos jocosos nos colegas, irritava a professora mascando chiclete e fazendo bola para estourá-la bem no momento da explicação de matemática, mancava imitando o Juquinha que estava de perna engessada, era um garoto terrível. Ela se desviou dele, mas o moleque não deixou de dizer uma gracinha.

- Tchau, cara de banana pintadinha...! – e atravessou a rua rindo.

Era assim que ele chamava Mariana por causa das sardas que marcavam o seu rosto. A menina ficava triste, porém não respondia seguindo as orientações de sua mãe que sempre lhe dizia:

- Filha, um dia ele se cansa. É só você não responder. Simplesmente ignore a criatura. – e assim Mariana fazia.

Chegou o final do ano letivo. A escola festejou o encerramento com uma grande festa no pátio. As crianças trocavam presentes entre si, autografavam as camisetas dos uniformes uns dos outros e aquelas que não viajariam nas férias marcavam dia para brincadeiras na praça. A alegria era geral. Mariana, andando pelo pátio, avistou o Alfredo com a mangueira do jardim dando banho nos colegas como ele adeptos da bagunça. Ela pensou:

- Coitado! Não toma jeito mesmo.

Finalmente férias. Coisa boa. Não era preciso levantar cedo, tempo sobrando para brincar, ler, ver televisão, ir ao cinema e etc. Depois de alguns dias, Suzana, a melhor amiga de Mariana, telefonou avisando:

- O Alfredo está doente. Está de cama com uma forte gripe. Foi a mãe dele que contou pra minha. A turma já disse que no dia de Natal não irá visitá-lo porque ele não merece.

- Mas Suzana, depois de amanhã é Natal. Nós podíamos fazer uma visita. Será que não podemos esquecer, só por um dia, as peraltices do Alfredo? Afinal nós estudamos na mesma escola e moramos na mesma rua.

Suzana disse que não. Não podia esquecer do sapo que ele colocou dentro da sua mochila. Na véspera do Natal, à meia-noite, Mariana, sentada à mesa para cear com sua família, pensava no Alfredo. Ele era filho único, não tinha muitos amigos por causa das ações que praticava e, agora doente, ficaria só na noite de Natal.

O dia amanheceu. Estava lindo, era um verdadeiro dia de Natal. Parecia que os anjos passaram a noite esculpindo nuvens brancas para espalhá-las no céu de um azul transparente. Um dia próprio para acontecer milagres. Mariana saiu batendo de casa em casa convocando os amigos para uma reunião a fim de tratar da situação do Alfredo.

Foram para a praça. Sentaram-se no gramado e começaram a discutir. O Paulo dizia que não podia esquecer o chiclete no cabelo, o Carlinhos a bola furada, a Patrícia falava do seu tênis de ginástica que foi escondido num armário e ela demorou uma semana para encontrá-lo. Mariana ouvia tudo pacientemente. Depois que todos falaram ela disse:

- Eu sei de tudo isso, mas pensem: passar o Natal doente e sozinho é demais, vocês não acham? Vamos lá, quem sabe acontece alguma coisa boa, nunca se sabe.

Depois de muita discussão a turma concordou. Eles visitariam o Alfredo no dia de Natal. A visita seria às seis horas da tarde e de surpresa.

Enquanto isso Alfredo, sentado numa cadeira diante da janela, e ainda espirrando muito, sentia como era triste não ter amigos de verdade. Eram quase seis horas quando sua mãe lhe deu uma colher de xarope e o pôs na cama, agasalhando-o muito bem. Ele estava quase dormindo quando ouviu um coral de vozes infantis que cantava:
“Hoje é dia de Natal,
tra la la la la la la la.
Viemos todos aqui rezar
Pro Alfredo se recuperar.
E a Jesus vamos pedir
Pro Alfredo ele abençoar.
Hoje é dia de Natal,
tra la la la la la la la.”

A mãe do menino, com os olhos cheios de lágrimas, abriu a porta e mandou as crianças entrarem. Dentro da casa Mariana perguntou a D. Zélia:

- Nós podemos visitar o Alfredo? Sabemos que ele está gripado, mesmo assim queremos desejar um Feliz Natal pra ele.

E subiram a escada rumo ao quarto do doente. Entraram todos gritando:

- Feliz Natal, Alfredooooooo!

Alfredo chorava e ria, ao mesmo tempo, de alegria pedindo desculpas pelas maldades que fizera com os colegas. O quarto do menino ganhou uma energia positiva expulsando a nuvem cinzenta da enfermidade. Comeu bolo e castanhas que as crianças levaram, ganhou um carrinho de Mariana, ganhou um livro de Suzana que esqueceu a história do sapo na mochila, um pião do Paulo, uma pipa do Juquinha. Foi perdoado por todos.

No dia seguinte, como que por milagre, Alfredo se levantou bem melhor. Já não tossia nem espirrava. Perdeu a palidez e a cor voltara às maçãs do seu rosto. Até parecia que a gripe servira de purificação ou, talvez, quando ele estava de cama, tenha feito uma retrospectiva dos seus atos e percebido que não é nada bom não ter amigos. A partir daquele Natal ele se tornou uma criança melhor. Mariana sabia, ela tinha certeza que a mudança fora obra do Menino Jesus em resposta às suas preces.

Maria Hilda de J. Alão

As Ilusões. (Graciele_Gessner)

Retrato de Graciele GessnerDomingo, 19/09/2010 - 19:56 — Graciele Gessner

 A vida não é feita apenas de verdade, todos os dias estamos sujeitos aos enganos, as amargas ilusões.

No entanto, as ilusões são traiçoeiras, nos tornam reféns, nos aprisionando em algo não real, fazendo-nos acreditar em algo que muitas vezes não é.

As tais ilusões que a vida nos apresenta conseguem nos enganar a tal forma que ultrapassa a nossa inteligência, sucumbe toda a nossa razão de ser e pensar.

Se pudéssemos evitar as ilusões talvez jamais sofrêssemos, porém, nos faltaria o aprendizado da vida. As ilusões querendo ou não, fazem parte da nossa evolução como ser humano.

Aprendi que a ilusão é passageira, ela apenas permanece se desejarmos viver de miragens...

Autora: Graciele Gessner