Quando
eu já não tinha aonde ir
Encontrei-me
comigo sem querer
E
pensando nesse encontro a me perder
Me
achei e foi minha salvação
Nesse
dia eu peguei o sol com a mão
Vi
a lua o meu rosto iluminar
Vi
o céu que abria e se fechava
Vi
o amor de Deus se manifestar.
Acordei
de um susto em minha cama
Estava
fraco, minhas forças indo embora
No
espaço do tempo de uma hora
Eu
queria cantar, não consegui
Eu
queria falar, a voz não veio
Meu
olhar se perdia na distância
Na
minha mente um turbilhão de lembranças
Confusão
se fazia no meu ser.
Eu
não sei nem mais quem sou, quero aprender
A
viver do jeito simples que eu vivia
Vida
simples de acordar todos os dias
Trabalhar,
trabalhar e trabalhar...
Quando
é noite para casa retornar
Vê
meu filho, minha vida ali na sala
Entender
que a vida não é senzala
Conciliar
as tristezas e alegrias.
Reencarnar
meu laser minha poesia
Tropeçar
no tropeço inevitável
Cair
do céu e no chão se espatifar
Levantar
e sacudir a poeira
Igual
mineiro, ir comendo pela beira
Quando
o centro lhe tiver desajustado
Conhecer
do perdão e do pecado
Para
enfim poder se resignar.
E
quando a vida bem injusta se mostrar
Saber
que é hora de repensar a jornada
De
corrigir a rota daquela estrada
Na
construção de um caminhar renovado
Desconstruir
a enganação do passado
Que
o teu pensar ao lembrar se desatina
Desfazer
curvas aonde não tem esquina
Reencontrar-se
nas virtudes do amor
Fazer
da vida o seu hino de louvor
Honrar
a luz ao qual teu ser se destina.
Roberval Paulo