terça-feira, 31 de julho de 2012

RIOMATA - Roberval Paulo


A mata no rio
O rio na mata
A mata desata
O rio cascata
O rio mata
A mata se mata!

O rio abraça
A mata devassa
A mata o rio
A mesma paisagem
A mata folhagem
O rio passagem
O rio invade
A mata selvagem

O rio a mata
A mesma viagem
A mata voraz
O rio coragem
Um fio de esperança
Na sombra descansa
Mata e rio, andança
No fim da imagem
Rio e mata, tardança
“The End!” Miragem.

Roberval Paulo

PROCURA E ENCONTRO - Roberval Paulo


Cansei de está a sós comigo e quero hoje aproximar-me um pouco de ti.
Não que eu tenha me cansado de mim. Não é isso.
Ainda me amo e me amo com todo o amor e força que tu me destes.
É que, simplesmente, senti a tua ausência no meu ser.
A culpa, com certeza, é minha. Minha mea culpa.
Este afastamento fui eu quem causei pela minha imperfeição que não veio de ti.
Mas aqui te encontro e me encanto pelo teu amor que é pleno e único.
Um amor que é teu e doado a todos, indistintamente e indiscriminadamente, somente pelo dom do amor maior, o amor só pelo amor, que só é possível em ti.
E assim, silencio-me e no meu silêncio, acordo minha alma que numa lágrima sonhada, repete e repete, ecoando na estrada: Te amo! Te amo!
Te amo! Me amas! Reina o silêncio. Não digo mais nada.

Roberval Paulo

ANJOS QUE CHORAM! - Roberval Paulo



A dor do estupro invadiu o seio de Plutão
E a maldade dos homens se espalhou pela
humanidade sem nome.

E matou sonhos, feriu corações,
aniquilou vidas
e tingiu de um róseo negro
o azul de céu e mar.

A menina ganhou pirulitos de maçã
e subiu saltitante as escadarias do céu.

E o desejo e ainda o prazer
foram sepultados na estupidez
do homem sem cor. Um túnel sem luz!

Mais a alma, na sua pureza de menina
subiu ao céu
No seu sorriso, o pirulito de maçã
e a doce e terna alegria que só no céu se revela.

O cheiro de flor inebriou todo o céu
E as lágrimas dos anjos formaram
as torrenciais chuvas de outono.

Roberval Paulo

O MAIOR SONHO DO MUNDO - Roberval Paulo


Queria, por pelo menos uma vez, poder nascer sem sentir a temível e tão amável, a dor afável, a dor do parto. Não eu, mas minha mãe, que de tanta dor, quase que eu não pari. E assim, depois de parido, não ser erguido, suspendido pelos pés, de ponta cabeça para o lado, o outro lado, o lado de baixo da vida.

Contentaria-me ser só elevado ao colo e seio de minha mãe e embriagar-me, deleitando-me do sublime e purificado leite da existência, sem por ele nada pagar, que leite de mãe é dado de graça, doado só pelo dom e natureza de amar. Aí, queria poder crescer sem saber de verdura e de outros tais e iguais ingredientes ou de quem inventou que chocolate faz mal. E em frente crescendo sem nunca saber de colégio ou escola às seis da manhã.

E quando enfim chegasse o dia de ter a primeira namorada, que ela não fosse a primeira e sim aquela depois da última que sonhasse comigo o mesmo sonho que sonhei um dia com a primeira que não soube seu o meu último sonho.

E quando os meus pais perdessem a magia do amor existente que os levou ao altar, que ele se renovasse sem a doída dor da separação e que o amor dos meus pais natural e normal continuasse na família que fomos antes de matarmos o amor em nós.

E quando enfim chegasse o dia de eu me casar, que o amor dos meus pais, quando houve a união, habitasse em mim e em minha amada, que não fosse a primeira nem a última namorada e somente sim a fórmula do amor continuada no continuar premente da vida cortada e interrompida pelo sonho do amor desorbitado no amanhecer da existência eternizada.

E que os meus filhos não fossem meus e sim só meus e do meu amor e que nunca soubessem do amor que não fosse o amor do eterno e que assim amassem, e amassem sem conta o amor, aquele sem dor, e então não sentissem a dor cruel da real realidade que os faz ouro meu sem tê-los propriedade.

E que o mundo tivesse um lugar mundo infantil quando enfim chegasse a melhor idade e não houvesse abandono, nem desenganos e não se sentisse a horrível sensação da inutilidade quando a página virasse e começasse a descida e que esta descida continuasse subindo sem se explicar, só indo, preservando o mistério, o segredo, o elo reverso que une dois mundos e que a partida fosse a mesma alegria de quando se é chegado, que eu não me sinta cansado e nem fraco e mirrado, me sinta viçoso, corado e formoso quando a verdade da vida visitar o meu peito, e eu, satisfeito, viajando sorrindo tal qual o mesmo menino de quando aqui chegou e partindo no amor que me trouxe à vida, viajante de nuvem, última despedida, e do lado de lá, alegria e bonança, o sim da esperança habitando o verbo amar.

Roberval Paulo

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Atleta de Aliança do Tocantins é aprovado em clube do Rio de Janeiro


Mais informações com o professor Diga (63) 92326824 ou Cristiane Pereira (63) 92491015. Foto arquivo do Felipe Augusto em anexo. No dia 29 dois atletas da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins, Matheus Carneiro de 12 anos e Ysamara Marques de 10 anos, competirão na Corrida de Aniversário de Anápolis/GO.


Atleta de Aliança do Tocantins é aprovado em clube no Rio de Janeiro

O garoto Felipe Augusto Pereira da Silva, de 15 anos, da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins, passou no teste da equipe Pé de Vento, de Petrópolis/RJ.  Com a conquista o jovem atleta irá competir pelo conceituado clube por onde já passou Frank Caldeira, uma das maiores revelações do atletismo brasileiro nos últimos anos, medalha de ouro no Pan-Americano do Rio em 2007 e Ronaldo da Costa, recordista da Maratona Mundial de 1998 em Berlim. Pé de Vento também é atualmente a equipe de Damião Anselmo, considerado um dos três melhores atletas do País.

Felipe Augusto foi indicado ao teste pelo premiado atleta tocantinense Eliésio Miranda, que também compõe a Pé de Vento. Por telefone, Felipe disse que o teste foi realizado na manhã da última terça-feira, 24, com uma corrida de 12 minutos no percurso de 1,270 metros. “Estou muito feliz e muito grato por ter encontrado pessoas que acreditaram no meu potencial, consegui fazer 3660 metros no tempo proposto e fui aprovado”, disse.

No último domingo, 22, Felipe participou da Corrida ‘Bote Fé na Vida’, em Petrópolis e conquistou a 5ª melhor colocação geral. A corrida contou com 800 competidores no percurso de 5km de corrida e 2,500 de caminhada.

A nova residência de Felipe passa a ser a Casa do Atleta, em Petrópolis. “A distância da família não será obstáculo, pois esse é o sonho dele que ama o que faz. Penso que ele será um grande vencedor, pois sempre queremos o melhor para os nossos filhos”, afirmou a mãe de Felipe, Cristiane Pereira.

De acordo com Felipe, agora inicia a fase de acertar os detalhes para sua filiação no clube, como a definição do valor da bolsa auxílio “pois as despesas de alimentação, saúde, esportiva e estudantil serão todas por conta do Pé de Vento”, disse.

A mãe de Felipe nomeou por meio de procuração, o presidente da Pé de Vento, o médico e treinador de atletismo, Dr. Antônio Henrique Dias Viana, como  procurador e responsável por Felipe para assinar a filiação ao clube, bem como documentos e autorização para viagens para competição.

Felipe começou no atletismo em 2011 e neste curto período já faz parte da elite do Estado. Dentre as corridas em que competiu foi destaque com as primeiras colocações. Dentre as competições destacam em Palmas: a Meia Maratona, Corrida do Fogo e Aniversário da Cidade. Fora do Estado participou da São Silvestre, Corrida Criança Esperança em Goiânia e Campeonato Brasileiro de Atletismo em Rio Claro/SP. Ele também foi o único representante do Tocantins no Campeonato Brasileiro de Atletismo em Londrina/PR, em junho deste ano.

“Certamente Felipe tem muito talento, pois será treinado pelo melhor técnico do Brasil. Essa conquista se deve principalmente pelo incentivo do professor Dinga, que faz um trabalho importante para a formação dos jovens e que já é destaque no Estado”, frisou o atleta e professor universitário, Gil Rodrigues dos Santos.

“Ele sempre foi destaque na escolinha, muito dedicado e disciplinado. Quando eu não podia está junto, ele treinava sozinho e isso é uma característica de um vencedor. O difícil foi a gente ter conseguido levar o menino para o Rio, agora ele será um grande profissional, não tenho dúvidas”, disse emocionado, o professor Nivaldo Louzeiro (Dinga), da Associação de Atletismo de Aliança do Tocantins.

 Sobre a Pé de Vento

A Pé de vento foi fundada em fevereiro de 1983, pelo treinador e médico da equipe, o doutor em medicina ortomolecular, Henrique Vianna. Ao longo de sua existência a Pé de Vento conquistou títulos pelo mundo. Hoje seja apontada como uma das maiores equipes de fundo da América Latina e também a maior do Brasil, possuindo dois dos três melhores fundistas do país (atleta que participa em provas de longa distância ou de fundo).

 Associação Atlética Pé de Vento Petrópolis (AAPV) é uma organização não-governamental de caráter desportivo para dar continuidade aos trabalhos assistenciais que  Henrique Viana vinham, até então, desenvolvendo paralelamente ao atletismo.

Desde sua fundação a equipe colheu histórias de muito sucesso, mas foi em 1986, três anos após a fundação, que surgiu o primeiro ídolo da equipe Artur Castro, que bateu diversos recordes, conquistou títulos e foi apontado na época como o melhor atleta brasileiro.

* Com informações www.pedevento.org.br
Luciene Marques

terça-feira, 24 de julho de 2012

DOS GRANDES PRAZERES - Roberval Paulo



Os grandes prazeres da vida
São tão simples
                   como beijar um filho.
Comer chocolate, por exemplo
É tanto prazer
                   que de tão bom
parece pouco.
Mas ninguém dá valor
                   nem importância maior
Querem mesmo é dinheiro
mesmo que neste
                   não se sinta sabor
E sim o prazer
                   de comprar o mundo
mesmo perdendo
                            o prazer maior,
                   de comer chocolates
                   de beijar seu filho
                   de sorrir com ele
                   de sonhar com ele
                   de mostrar-lhe o mundo
                   de mostrar-lhe a vida
e nele, fazer um afago
         e dele, receber um carinho.

Roberval Paulo

FLAMENGO - DORIVAL JÚNIOR É O NOVO TÉCNICO


Dorival Júnior é o novo técnico do Flamengo

Ex-treinador do Inter assume no lugar de Joel Santana, demitido nesta segunda-feira


Ex-treinador do Internacional, Dorival Júnior é o novo técnico do Flamengo Foto: Reuters
Ex-treinador do Internacional, Dorival Júnior é o novo técnico do FlamengoREUTERS
RIO - O Flamengo já tem substituto para Joel Santana, demitido no começo da tarde desta segunda-feira após mais um insucesso no Campeonato Brasileiro. Dorival Júnior, que foi dispensado pelo Inter na sexta-feira passada, acertou com o clube, que ainda não fez o anúncio oficial. A informação é do blog de Ancelmo Gois.
A confirmação oficial do nome de Dorival Júnior só não aconteceu porque a diretoria e o novo treinador discutem detalhes do contrato. Ele deve ser apresentado na Gávea no início da tarde desta terça e, na sequência, comanda seu primeiro treino. Ex-técnico do Vasco campeão da Série B em 2009, Dorival Júnior conquistou a Copa do Brasil de 2010 pelo Santos e, no Inter, venceu o Campeonato Gaúcho deste ano.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, no Ninho do Urubu, Zinho, diretor executivo de futebol do Flamengo, assumiu a responsabilidade pela demissão do técnico Joel Santana. O nome de Dorival não foi confirmado ainda, mas a equipe de segurança do clube já foi convocada para estar na Gávea às 11h da manhã desta terça, possivelmente para a apresentação do novo técnico.
- Essa decisão foi tomada pelo conjunto da obra, eu já vinha analisando o comportamento de cada dia, o time, analisando o que poderíamos ter para o futuro, o poder de reação, e resolvi tomar essa atitude. Eu comuniquei ao Joel a decisão – disse Zinho, que fez questão de dizer que tem muito respeito pelo ex-treinador, mas a situação estava insustentável.
- Foi uma decisão minha, a gente precisa reagir e não tinha como melhorar com esse comando que estava. As vitórias às vezes encobrem uma qualidade técnica e tática de uma equipe. Se aconteceu agora, é uma boa hora para termos tempo para nos recuperarmos no campeonato - observou o dirigente, contando que os jogadores ficaram tristes com a demissão de Joel, mas sabiam que poderia ocorrer a qualquer momento.
O diretor executivo também falou que o clube vai arcar com a multa rescisória. Quando chegou à Gávea, propondo um contrato de dois anos, Joel acertou por 12 meses. E, no contrato, dizia que o técnico receberia todo o valor de um ano, mesmo em caso de demissão. Como recebia R$ 350 mil mensais, o ex-treinador, cujo contrato terminaria em dezembro, receberá R$ 2 milhões do rubro-negro.
- Parece que vai ser cumprido (o acordo). Não fui eu quem fiz, mas o Flamengo não vai fugir das responsabilidades – disse Zinho.
O diretor desconversou sobre o sucessor de Joel:
- Não vou falar de nomes, vou procurar trabalhar com profissionalismo, hoje não contrato ninguém, hoje foi o dia de comunicar o Joel. Meu objetivo é anunciar antes do jogo com a Portuguesa, no Engenhão, quinta-feira. A gente já tem o nome, mas essa decisão vai passar pelo nome de Finanças, Minchel Levy.
Zinho traçou um perfil do novo técnico do Flamengo:
- Tem que ser um treinador que entre na minha filosofia: conduta profissional, disciplina, seriedade e que saiba trabalhar num clube com muitos garotos mas que precisa ganhar títulos. Ele também tem que saber que 99 % do elenco está definido.
Deixando claro que há uma divisão entre a cúpula de futebol com o vice de finanças, Michel Levy, Paulo Coutinho, vice de futeobl, disse:
- Vamos indicar um nome para contratar. Agora, finanças não é comigo, tem que ver com ele.
Mesmo que o novo técnico seja apresentado nesta terça, o time deverá ser dirigido pelo técnico interino Jaime de Almeida na partida contra a Portuguesa, quinta-feira, no Engenhão. Seu auxiliar será Paulo Henrique.

 
 Fonte: Jornal O Globo - Esportes

sábado, 7 de julho de 2012

O Livro dos SALMOS - Bíblia Sagrada


 SALMO  1


A felicidade dos justos e o castigo dos ímpios
1  BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2  Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
3  Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
4  Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5  Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6  Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.

domingo, 1 de julho de 2012

Trupe de saltimbancos moderniza tradição e passa o chapéu no mundo virtual


Exiba carroça de mamulengos1 - Maria.jpg na apresentação de slidesPara lançar dois CD´s em comemoração aos seus 35 anos, Cia. Carroça de Mamulengos adere ao crowdfunding, com recompensas que podem chegar a mini show exclusivo ou um dia de vivência na casa da trupe. Doações podem ser feitas pelo site da companhia até o final de junho

É costume entre brincantes e artistas de rua passar o chapéu depois de apresentações, show e exibições. Nele, o público deposita o valor que acha justo pelo espetáculo ou simplesmente desembolsa o trocado que tem no bolso. Uma forma instantânea de remunerar o artista e reconhecer o seu trabalho.
Acostumada a se apresentar em ruas e praças pelo Brasil afora e adepta desta prática, a trupe de saltimbancos modernos da Cia. Carroça de Mamulengos atualiza a tradição e passa mais uma vez o chapéu entre o público, agora pela internet.
O grupo está finalizando a gravação de dois CD’s e, para financiar a empreitada, aderiu ao crowdfunding. As contribuições estão sendo recolhidas pelo site da companhia (www.carrocademamulengos.com.br) e as redes sociais estão sendo utilizadas para reforçar a campanha de doações, que vai até o final de junho.
No caso da Cia. Carroça de Mamulengos, a estratégia não é trivial. Com uma fan page no Facebook (www.facebook.com/CarrocaDeMamulengos) beirando 4.500 inscritos e contas recém-criadas no YouTube (www.youtube.com/ciacarroca) e Twitter (@CiaCarroca), as redes sociais têm sido um meio eficaz da trupe se relacionar com um público fiel - que lota as apresentações feitas em suas andanças pelo País.
Os CD´s que estão no forno, batizados de "gêmeos", se chamam Passarinhos Canto Fortuito e reúnem 22 músicas inéditas, em fase de mixagem. Um dos CD´s foi gravado com as vozes das crianças do grupo, formado por uma família de oito irmãos, e o outro com as vozes dos adultos. No repertório, músicas do pai, Carlos Gomide, e dos compositores Beto Lemos, Paulo Tovar e Luiz Fidélis.
“Estamos mantendo o antigo costume de passar o chapéu entre a plateia, com a vantagem de não existirem mais limites para o tamanho do público", explica a atriz da companhia Maria Gomide. "Sentimos que não há fronteiras para a arte do Carroça, podemos chegar tanto à cidadezinha do interior do Brasil quanto do outro lado do mundo. E é isso que queremos com esta campanha".
Como recompensa, o grupo oferece uma série de mimos que parte do envio antecipado dos CD´s, passando por pôsteres autografados pelo grupo, camisetas e arte original da capa dos discos (assinada pela artista plástica Rebeca Queiroz), até um dia de vivência com a família em sua casa no Rio de Janeiro e um mini show particular da trupe. Agradecimentos públicos serão feitos no site e redes sociais da companhia.
Sobre a Cia. Carroça de Mamulengos
A Companhia Carroça de Mamulengos é uma trupe formada por uma família de brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias e palhaços que há 35 anos viaja o Brasil apresentando a sua arte. Originalmente formada pelos irmãos Maria, Antônio, Francisco, João, Pedro, Matheus, Luzia e Isabel, e seus pais Carlos Gomide e Schirley França, a companhia divide a cena com os músicos Beto Lemos e Ana Rosa Guedes - que integram a companhia desde 2005.
A Cia. Carroça de Mamulengos conta com o patrocínio de manutenção de companhias da Petrobras.
Mais informações:
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sexta-feira, 22 de junho de 2012


CURA DIVINA - O Poder de Deus

Salmos 103: 1-3
ouvir  
[Salmo de Davi] Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.
Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades,

Isaías 53:4-5

 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Leia o capítulo completo: Isaías 53

Mateus - Bíblia Sagrada, Cap. 10


1 E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4 Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
5 Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
10 Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.
11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.
12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
13 E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
17 Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
18 E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
19 Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.
20 Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
21 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
23 Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.
24 Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.
25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
26 Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.
27 O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.
28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
29 Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.
30 E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
31 Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
32 Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
36 E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
38 E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
39 Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.
40 Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.
41 Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo.
42 E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Parábola do Semeador - Texto Bíblico


Mateus 13

1 No mesmo dia, tendo Jesus saído de casa, sentou-se à beira do mar;
2 e reuniram-se a ele grandes multidões, de modo que entrou num barco, e se sentou; e todo o povo estava em pé na praia.
3 E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.
4 e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram.
5 E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda;
6 mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se.
7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram.
8 Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.
9 Quem tem ouvidos, ouça.
10 E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
11 Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
12 pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.
14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis.
15 Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.
16 Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17 Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.
18 Ouvi, pois, vós a parábola do semeador.
19 A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.
20 E o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;
21 mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
22 E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.
23 Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.

domingo, 17 de junho de 2012

Menores Abandonados - Roberval Paulo



Pe. Zezinho, num pensamento extremo, escreveu em uma linda música da sua imensurável obra, que carrega exatamente esse título: "MENORES ABANDONADOS / Alguem os abandonou / Pequenos e mal amados / O progresso não os adotou". (Pe. Zezinho).

Realmente, o progresso não os adotou. 

Em outro extremo pensamento, Renato Russo questionava: "Que país é este? Que país é este?

E eu, no centro, incapaz de atingir os extremos, questiono até hoje, sem poder disfarçar a tristeza da impotência e a naturalidade e normalidade do mea culpa. E, revestido de uma amarga revolta, parafraseando  o poeta, replico: Que progresso é este? Como chamar progresso um sistema que abandona crianças que ainda nem gente "adulta" é ao destino das ruas sem direção e ao acaso de tão malfadada sorte? Que modelo de sociedade construímos? 

E ainda batemos no peito e mostramos a cara lavada e sem culpa nem vergonha nenhuma dizendo que a onda agora e necessidade primeira é um tal desenvolvimento sustentável. Que precisamos continuar nos desenvolvendo porém sem agredir e sem destruir. Não sabemos o que estamos dizendo. Ou sabemos e disfarçamos a realidade nua e crua pela fantasia de um discurso e de um sistema que exclui, segrega e extingue vidas das mais diversas todos os dias. 

Quer agressão maior do que matar e aniquilar sonhos e desejos de gerações inteiras? Quer agressão mais cruel do que continuar a deixar dormindo quem ainda nem acordou? Como redimirmos-nos um dia por ferirmos com aço letal e fatal os sonhos coloridos de cores mil do tempo de criança e transforma-los na fatalidade clara e real do preto no branco essa geraçãozinha que continuamos cinicamente a dizer e com todas as letras que esses são o futuro do amanhã? Quanta hipocrisia! Que sociedade continuamos a reinventar e aprimorar mundo e tempo a fora? Porque, salvo as conquistas tecnológicas que atende, se manifesta e se consolida em todas as áreas, tudo dá no mesmo. Tudo tá no mesmo ou seja, a dominação dos mais fracos pelos mais fortes continua. 

Foi assim desde os primórdios e continua tudo igual. 
Aí vem os grandes estudiosos e falam de evolução da humanidade. Das conquistas, das descobertas. Dos modelos de sociedade construidos, modulados, destituidos e reconstruidos ao longo do tempo da existência humana. Das relações humanas, dos valores éticos e morais. Da revolução na indústria, do crescimento e consolidação do comércio, das relações comerciais internacionais. Do intercâmbio e interação dos governos. Da integração econômica mundial; transnacional. Da interferência e ingerência dos governos na cozinha alheia, onde não lhes dizem respeito.

Enfim, da globalização. Enfim, da maximização dos ganhos em geral por quem detém o capital, seja de onde for, seja onde for. Não importa a origem. Seja asiático ou árabe, europeu ou ocidental, lícito ou ilícito, fruto da exclusão ou da extinção do que seja, mesmo que sejam vidas, o capital é o capital e como tal é tratado em qualquer destino a que se dispuser chegar e normalmente e legalmente, é recebido com pompas e com todas as honras. 

Que bonitinho! Tudo está igual desde quando começou. Fico tão baratinado e perdido quando passo a analisar que não sei a quem atribuir culpas e responsabilidades. Acho que a todos nós mesmos, enquanto sociedade que somos. Porque desde as antigas gerações é assim; os fortes e os grandes dominam e aos mais fracos e pequenos, cabe calar e aceitar.

Na geração dos dinossauros, igual. Dos homens das cavernas, na idade da pedra, tudo igual. Na geração de Adão e Moisés, tudo igual continuou. Quando JESUS CRISTO veio ao mundo para tudo mudar, tudo continuou exatamente como estava, no mesmo. O que esperar mais? Em que ou em quem acreditar ou por qual causa lutar se a história e o passar dos anos, geração por geração, nos mostra que nada mudou? Lá no livro bíblico do Eclesiastes, este já dizia: "Que é o que foi? É o mesmo que o que há de ser: Que é o que se fez? É o mesmo que o que se há de fazer. Não há nada que seja novo debaixo do sol, e ninguém pode dizer: Eis aqui está uma coisa nova. Porque ela já a houve nos séculos que passaram antes de nós. Não há memória do que já foi, mas nem ainda haverá recordação das coisas que têm de suceder depois de nós, entre aqueles que hão de existir em tempo a elas muito posterior." Eclesiastes, cap. 1, vers. 9-11.

Este estava certo, mesmo tão questionado em seu tempo. Realmente não há nada que aconteça que se possa dizer: Vêde, isso é novo.

Sociedades e governos, em batalhas e guerras, continuam se degladiando e vencendo o tempo e, praticando tudo do igual. 

O homem, nós, somos por nós mesmos, ambiciosos e trazemos junto à ambição o seu companheiro inseparável, o egoísmo. Aí está tudo e pronto. Com essas características que são nossas por natureza e tendo a oportunidade de desenvolvê-las, o resto que se dane. 

Não importa o outro, quero saber é de mim. Não sei quem chora nem porque chora e isso não me importa nem me diz respeito, desde que eu possa continuar a sorrir. Essa é a nossa realidade. 

Emily Bronte, grande escritora e poetisa britânica do século XVIII, autora de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES entre outros tantos, que publicou a sua primeira obra com o nome de homem em razão da segregação feminina da época, escreveu: "Se a mais vil das criaturas me esbofeteasse, eu não lhe retribuiria a ofensa e sim pediria desculpas por tê-la provocado." (Emily Bronte)

É bonito isso, muito fácil de dizer e até de escrever, sem precisar recorrer à grande escritora. Agora, viver é que são elas. Não carregamos em nós, apesar de sermos em mesma natureza, o espírito bondoso de JESUS CRISTO, que ofereceu o outro lado do rosto quando foi esbofeteado. Estamos mais para a popular lei de Gerson do bateu levou. É a lei do toma lá da cá e o resto que vá pras cucuias.

Falta amor ao próximo, como JESUS tanto pregou e difundiu e, principalmente, amor a nós mesmos. Este foi o legado de JESUS quando veio ao mundo: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." Mas nós, absortos e envolvidos que estamos e somos pela sobrevivência, diga-se de passagem, louca sobrevivência, não o demos ouvidos e não o entendemos e sim, o condenamos e o crucificamos.

Este mundo não pode ser abençoado se matamos aquele que dizemos até hoje ser o nosso salvador. Podemos estar condenados por tempos sem fim e assim, levarmos a condenar as nossas crianças.

E JESUS CRISTO, em sua infinita bondade e divina sabedoria, disse mais: "Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus." Mateus 19, vers. 14.

Não o entendemos e não fomos capazes de o atender em seu mais doce e sublime ensinamento e, por isso, as nossas crianças andam ao léo por aí, pelas praças e becos e sinais e pontos de drogas e de prostituição das grandes cidades, tão maltrapilhas e esfarrapadas, tão esquecidas e abandonadas, tão exploradas e sacrificadas que nem crianças parecem. 

São os filhos da luz que receberam só trevas nessa sua morada terrena mas que, um dia, podem ter certeza, subirão em luz para a luz da qual originaram, enquanto que estes, os mandantes, governantes, detentores do vil metal e acumuladores da riqueza e da desgraça alheia, esses irão e terão como morada  o...

Ah! Deixa pra lá. Deixo estes ilustres às moscas e me recuso a falar sobre eles.

Que o tempo e a estrada que a tudo faz nada e morto e igual se encarregue de tudo e que nossos filhos e netos e assim por diante nos conduzam à quarta e última geração e dimensão, tão além deste mundo. Simplório mundo de carne e lama. 

E que sejam perdoados os nossos pecados, se houver perdão.

Roberval Paulo

quarta-feira, 30 de maio de 2012

SALMOS 77 - Bíblia Sagrada


SALMO  77
O estado interno do salmista: ele anima a sua alma pela consideração das grandes obras e da misericórdia de Deus
Salmo de Asafe, para o cantor-mor, por Jedutun
1  CLAMEI a Deus com a minha voz, a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.
2  No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite, e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.
3  Lembrava-me de Deus, e me perturbei; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. (Selá.)
4  Sustentaste os meus olhos acordados; estou tão perturbado que não posso falar.
5  Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos antigos.
6  De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito esquadrinhou.
7  Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?
8  Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?
9  Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira? (Selá.)
10  E eu disse: Isto é enfermidade minha; mas eu me lembrarei dos anos da destra do Altíssimo.
11  Eu me lembrarei das obras do SENHOR; certamente que eu me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.
12  Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos teus feitos.
13  O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus?
14  Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.
15  Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. (Selá.)
16  As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.
17  As nuvens lançaram água, os céus deram um som; as tuas flechas correram duma para outra parte.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Refazendo a Refazenda - Roberval Paulo

Vou-me embora
Vou-me embora
Vou-me embora
Vou na frente

Vou correndo
Mas querendo
Andar bem mais devagar

Caminhando
Caminhando
Caminhando e conspirando

A favor da existência
Contra o sol da inexistência
Que é preciso mais ainda
Muito longe caminhar

Sempre em frente, rumo ao norte
Norteando
Norteando
Norteando e transpirando
Com Deus e a muito suar

Esperando pela hora
Enfrentando a ir embora
Acontecendo
Refazendo
No destempero do vento
Nas intempéries do tempo
Sem desviar da subida
Sem se empolgar com a descida
E o destino a desvendar.

Roberval Paulo

A grande peleja - Roberval Paulo

As ondas passavam pela praia, e, batidas pelo vento, iam chocar-se no calçadão, num surdo rumor de riso e raiva. Voltavam desanimadas para o mar, restabelecendo as forças. Tornava a investir; dessa vez mais forte. Jamais vi tamanha insistência, persistência. 

O calçadão agüentava firme. Molhado até os ombros, triunfava orgulhoso. 

E lá vinha novamente a onda, uma, duas, três, muitas... unidas, uma atrás da outra, no mesmo objetivo. E o calçadão, firme, resistia a tudo. As ondas cadenciavam o jogo, trocavam passes, misturavam-se, confundindo e, pimba, atacavam. O calçadão rebatia todas, goleiro de seleção; melhor não podia haver.

E o dia se passou nesse embate. O sol já se punha, extasiado, passando o apito. A lua agora arbitrava a gigantesca peleja. E eu ali dando asas à imaginação, dando vida própria aos combatentes, que, aos meus olhos, já pareciam um tanto quanto cansados. Mas não desistiam; continuavam a se bater, medindo forças. 

Me cansaram. Cansei-me. Olhei novamente e contemplei a gigantesca peleja. Afastei-me sem ver o “grand finali” de tão fenomenal batalha. Precisava ir. Estava cansado mas, remoçado e novo, inteiro, quase uma criança. 

Olhei para o horizonte descortinado à minha frente. O compromisso esperava. Dei adeus aos combatentes e bati em retirada. A família queria me ver.

Roberval Paulo

A poesia como realidade abstrata - Roberval Paulo


A poesia é libertação e o poeta
À força de sangue e suor, sonhos e inspiração
Se prende nas palavras
Se faz herdeiro do nada
À procura da liberdade que não vem.

A poesia o seu próprio caminho tem
É esta a estrada na direção contrária da vida
E em sentido oposto corre o poeta
Semeando palavras
Descartando sonhos e encantando serpentes
De veneno mortal
Que mais tarde lhe cravarão seus dentes.

A poesia é água vertente
Descansando nos leitos da verdade surreal
Encontrando guarida só no sonho do poeta
Que, isolado e só, recria dia a dia
Os caminhos da humanidade desumanizada.

A poesia é viagem desassossegada
Ventania cinzenta colorindo nostalgias
Em verde azul e róseo trabalha a mesma poesia
E o poeta, louco e sem cor
Desfila suas dores na amargura abstrata do nada
E sangrando seus horrores em sangue e tinta apenada
Ascende aos corações o bem do amor.

A poesia é bela e o belo é amor
E o amor se mortifica frente a realidade falida
E o poeta, triste e sozinho, se desintegra da vida
Saindo à francesa pela tangente do horror
E tanto dos seus sonhos a sonhos alheios semeou
Que fez-se sem sonhos a sua própria partida.


 Roberval Paulo