Um blog que se propõe a lhe atender meu querido leitor. Acesse sem receio, leia tudo, cure seus medos, reflita e siga em paz. Que os seus caminhos encontrem a saída e que esta porta lhe transporte à essência do insinuante e insondável sentimento do ser... Roberval Paulo
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Blog Roberval Paulo: ESPERANÇA - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: ESPERANÇA - Roberval Paulo: Tudo passa Todos passam A vida passa E nós ficamos Ficamos a esperar Que a vida passe e nos leve Que o sonho passe e carregu...
ESPERANÇA - Roberval Paulo
Tudo passa
Todos passam
A vida passa
E nós ficamos
Ficamos a esperar
Que a vida passe e nos leve
Que o sonho passe e carregue
A nossa esperança vã
Que dizem nunca morrer
Que dizem sim, vai chegar
E o vento chega e descansa
No sol da virgem manhã
A nossa desesperança
Mas ainda assim ela vive
A esperança imortal se faz
Nós somos tão pequeninos
Nós precisamos ser mais
Desesperar não é luz
Desesperar não é paz
Então vamos a esperar
A nossa desesperança
Outra vez se esperançar.
Roberval Paulo
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
DO OUTRO LADO DA VIDA - Roberval Paulo
Não fui lá para saber como
é e confesso que eu não tenho ideia de como é
e nem sei quando é a hora da chegada ou da partida e não imagino como possa ou deva ser
o mundo do lado de lá, do outro lado da vida.
Penso às vezes que nada existe daquele lado de lá onde tudo é mágico.
Onde tudo flui ao natural qual sendo as águas caudalosas do rio que desce ao mar e nem sabe existir o caminho de ao seu curso voltar.
Mas como falar de lá se lá não estive? Como saber de lá se quem foi jamais voltou?
Penso um dia desvendar esse mistério
Penso um dia conhecer este segredo.
Mas como conhecer um caminho que não volta?
Como enfim regressar numa estrada que é só ida?
Como poder descansar num leito desconhecido que de terra é o cobertor e a alma segue vagando,
sem corpo, a alma viva?
Quis fazer essa viagem e sonhei sendo levado por um anjo decadente que tinha as feições da morte e até foice carregava com sua túnica de branco tão negra que nem luzia
e ia a levar a vida para além da vida matéria.
E além do vale abissal o precipício se abria e o corpo se redimindo ao precipício chegava e a sua casa o esperava e ele nela dormia o sono eterno do nada. E a alma se rebelava e o corpo ela renegava, abandonava o que era o seu casulo de cêra e este se desmanchava no chão que a tudo comia. E a alma, nova, andava, seus pés voando no dia e a noite ela perseguia buscando a luz que foi sua quando sorria na rua da casa do seu amor.
E a alma quis regressar. Eu pensei em regressar e fui assim agarrado por dez mãos, sete cabeças e um corpo desengonçado que mais parecia um santo mais um santo desviado que louco e desesperado não me deixava voltar.
Não era maldade sua que em mim se agarrava era porque tinha visto em mim uma companhia. Do outro lado da vida solidão muita eu vi, anjos vagando sozinhos procurando por seus corpos que ficaram em outro plano dali bem distanciado, distância essa impossível de vencer só com vontade.
Consegui desvencilhar-me de mãos e pés me segurando e me mandei dali fugindo pés correndo e alma pensando pois em mim estavam juntos alma e corpo eram um só e foi minha salvação essa junção esse conjunto e percebi nesse momento ser existente dois mundos um de alma outro de corpo que se encontram aqui no seio da nossa terra na hora do nascimento e juntos seguem vida afora até chegarem juntinhos na encruzilhada da sorte, o mesmo ponto da morte, para ali se separarem e assim se desgrudarem e não mais serem um só e agora feitos em dois o que antes era um só cada um segue sozinho o seu mais novo caminho e nada sabe um do outro nem nada do que viveram, são em si seres estranhos que nem memória carregam pois foi tudo deletado no exato e real momento da inevitável separação.
Cada um no seu quadrado, o corpo deitado em terra a se fundir e se encontrar com a sua parte maior, a terra, a mãe de todos, a alimentar sabiás e laranjeiras e matas e águas e até novos sonhos e a alma no seu espaço busca o vazio do verde e vaga só e sem corpo, só espírito a vento tocada a procurar pela luz que está em qualquer lugar do universo esquecida e que é alimentada por novas almas a chegar cujo destino é vagar e vagando vai renascer em nova vida explodida fundida à vida matéria em nova missão investida.
E quem vai, de nada leva, quem fica, de nada sabe, quem volta, nada não trás, são seres virgens em começo início de um novo ciclo que vai rodar e alcançar o outro lado da vida onde tudo é o fim do fim chegando aos tropeços e ao seu começo que vai findar quando a página do velho mundo virar e quem foi de lá será ao outro lado jogado e nunca mais os dois lados vão querer se separar pois a estação da chegada é a mesma da partida e o lado de cá será o outro lado da vida.
Roberval Paulo
e nem sei quando é a hora da chegada ou da partida e não imagino como possa ou deva ser
o mundo do lado de lá, do outro lado da vida.
Penso às vezes que nada existe daquele lado de lá onde tudo é mágico.
Onde tudo flui ao natural qual sendo as águas caudalosas do rio que desce ao mar e nem sabe existir o caminho de ao seu curso voltar.
Mas como falar de lá se lá não estive? Como saber de lá se quem foi jamais voltou?
Penso um dia desvendar esse mistério
Penso um dia conhecer este segredo.
Mas como conhecer um caminho que não volta?
Como enfim regressar numa estrada que é só ida?
Como poder descansar num leito desconhecido que de terra é o cobertor e a alma segue vagando,
sem corpo, a alma viva?
Quis fazer essa viagem e sonhei sendo levado por um anjo decadente que tinha as feições da morte e até foice carregava com sua túnica de branco tão negra que nem luzia
e ia a levar a vida para além da vida matéria.
E além do vale abissal o precipício se abria e o corpo se redimindo ao precipício chegava e a sua casa o esperava e ele nela dormia o sono eterno do nada. E a alma se rebelava e o corpo ela renegava, abandonava o que era o seu casulo de cêra e este se desmanchava no chão que a tudo comia. E a alma, nova, andava, seus pés voando no dia e a noite ela perseguia buscando a luz que foi sua quando sorria na rua da casa do seu amor.
E a alma quis regressar. Eu pensei em regressar e fui assim agarrado por dez mãos, sete cabeças e um corpo desengonçado que mais parecia um santo mais um santo desviado que louco e desesperado não me deixava voltar.
Não era maldade sua que em mim se agarrava era porque tinha visto em mim uma companhia. Do outro lado da vida solidão muita eu vi, anjos vagando sozinhos procurando por seus corpos que ficaram em outro plano dali bem distanciado, distância essa impossível de vencer só com vontade.
Consegui desvencilhar-me de mãos e pés me segurando e me mandei dali fugindo pés correndo e alma pensando pois em mim estavam juntos alma e corpo eram um só e foi minha salvação essa junção esse conjunto e percebi nesse momento ser existente dois mundos um de alma outro de corpo que se encontram aqui no seio da nossa terra na hora do nascimento e juntos seguem vida afora até chegarem juntinhos na encruzilhada da sorte, o mesmo ponto da morte, para ali se separarem e assim se desgrudarem e não mais serem um só e agora feitos em dois o que antes era um só cada um segue sozinho o seu mais novo caminho e nada sabe um do outro nem nada do que viveram, são em si seres estranhos que nem memória carregam pois foi tudo deletado no exato e real momento da inevitável separação.
Cada um no seu quadrado, o corpo deitado em terra a se fundir e se encontrar com a sua parte maior, a terra, a mãe de todos, a alimentar sabiás e laranjeiras e matas e águas e até novos sonhos e a alma no seu espaço busca o vazio do verde e vaga só e sem corpo, só espírito a vento tocada a procurar pela luz que está em qualquer lugar do universo esquecida e que é alimentada por novas almas a chegar cujo destino é vagar e vagando vai renascer em nova vida explodida fundida à vida matéria em nova missão investida.
E quem vai, de nada leva, quem fica, de nada sabe, quem volta, nada não trás, são seres virgens em começo início de um novo ciclo que vai rodar e alcançar o outro lado da vida onde tudo é o fim do fim chegando aos tropeços e ao seu começo que vai findar quando a página do velho mundo virar e quem foi de lá será ao outro lado jogado e nunca mais os dois lados vão querer se separar pois a estação da chegada é a mesma da partida e o lado de cá será o outro lado da vida.
Roberval Paulo
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
A CASA DA SEREIA - Roberval Paulo
No
fundo do mar, bem lá no fundo, no lugar encantado do mar existe casa. Casa
mesmo, de verdade; casa de tijolos e telha, casa seca, com móveis, colchão
macio, geladeira, fogão, churrasqueira; é, dá até pra se fazer churrasco. Tem
chuveiro quente, varanda... quintal com árvores, flores e pardais.
É
lá que habita a sereia do mar. Quando desencanta, é claro. E lá ela é mulher de
verdade, a mulher mais linda do mundo, e com duas pernas, igual as das outras
mulheres e com tudo o mais de mulher. Lá ela não tem calda de peixe não. Lá ela
é mulher de verdade, de verdade mesmo e que sabe tudo de amar e de amor.
Bobo
que não sou, é lá que eu quero ir; é lá que eu quero chegar. Só aguardo a
aparição da sereia pra me mandar daqui e seguir com ela. Quando ela aparece, te
atrai. E se te beija, você se encanta com ela e aí, não se afoga, pode ir no
fundo do mar até a casa da sereia. E lá, depois do encanto, você será um homem
feliz e terá do seu lado a mulher mais linda do mundo e também o seu amor.
Felicidade eterna, posto que lá não se envelhece. Lá o tempo não passa, pois lá
não se vê a luz do sol. Tudo debaixo do sol passa, porém, lá é diferente. Como
não é iluminado; não é alcançado pela luz do sol, essa morada fica imune a ação
do tempo.
Só
existe uma situação em que tudo pode mudar. Não se pode perder o amor da sereia
amada. É diferente da vida aqui, acima das águas e debaixo do sol. Ela precisa
estar apaixonada sempre. E para isso, tu precisas lhe devotar todo o amor do
mundo, amá-la todos os dias e noites, satisfazer todos os seus caprichos e
desejos, dedicar todo o seu tempo de
vida à sereia amada. Ela, realmente,
precisa estar sempre apaixonada, porque senão, desfaz-se o encanto. Se ela se
desencantar de você, ela se veste de sua calda de peixe e vem à praia seduzir
um outro amor. E se isso acontecer, você já é passado pra ela. E como a vida no
fundo do mar; a vida de casa de sereia é imune a ação do tempo pela ausência da
luz do sol, isso quer dizer que lá o passado não existe, e, consequentemente,
você também não mais existirá, desaparecendo como que em um encantamento,
extinguindo-se na imensidão das águas, que, por sua vez, notícia alguma darão
de ti, sendo o seu fim eterno, sem direito a uma nova chance.
Então,
em se encantando e se enamorando dela, não perca o amor da sereia amada; não dê
motivos para que ela venha a deixar de gostar de você. Sede fiel e único em sua
vida e assim a terá por toda a eternidade, pois o amor verdadeiro jamais
morrerá. O amor perdura por toda a vida, seja lá, seja cá, e, uma vez perdido,
despedaça, e, despedaçado, seus cacos nunca mais se juntarão, tanto lá, como
cá. Então, seja o seu amor sereia ou mulher; seja lá ou seja cá, ame-a com
todas as suas forças, e lealdade, e amor, e dedicação para não vê-la partir,
pois, assim acontecendo, na sua partida, tanto lá, como cá, se dará o
desencanto, o desencanto do amor e aí, será tarde, porque, com ou sem a ação do
tempo, o gatilho apertado não trás mais a bala de volta. É assim no amor. Uma
vez perdido, a estrada se torna triste e você, sozinho, e, sozinho, é nada e o
nada se extingue, seja nos segredos do espaço ou no mistério das águas,
passando a ser só saudade. Saudade sabe, daquelas que não se vê e não se toca,
só se sente. Sentimento inaudível, inexplicável, insolúvel, só sentimento. De
sentir e de doer, enquanto o tempo, tanto lá, como cá, se esquece das horas; se
esquece de si próprio e acelera sua marcha rumo ao incerto e sabido, o único
mal... ou bem... irremediável, que amarga a face do nosso destino sobre este...
ou outro mundo. Não vou mais querer ir à casa da sereia.
Roberval Paulo
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
PERDEMOS A BATALHA - Roberval Paulo
As famílias choram e as lágrimas e gritos se espalham e
se perdem, sem ser ouvidos, na insensatez e insensibilidade desumanizada de uma
sociedade sem norte. A dor não cicatriza e se sente mais e mais a cada dia,
sem alcançar o porque, a razão; o motivo do nascer sem cura. O que era família já não mais se vê nem se sabe. Os
valores se perderam no precipício do que um dia foi princípio...
A ética e a moral só um pouco ainda existem, bem pouco, e
o egoísmo e a ambição, associados à individualização do ser, hoje falam por si
só ou pelo seu grupo de iguais, agrupando-se pelas conveniências do lucrar mais
em detrimento do que um dia foi a classe humilde mais abastada que, mesmo
habitando o lado esquerdo da moeda, tinham o seu valor, pois a dignidade
mantinha-se no exercício do seu auto e garantido sustentar.
Hoje não mais. O que foi família já não se vê. Os valores
se foram na evolução imaterial, revertida na agregação e adição surtada da
razão à emoção do material, que, se agiganta em importância nas relações que já
foram de amor, transformadas hoje em mero comércio no objetivo seco e bruto do
quem ganha mais.
O capital é a razão de ser da nossa inescrupulosa e
irracional sociedade. Ele se faz “nobre” e único objetivo e meta nas mãos dos
amantes da ambição e do egoísmo e, nesta matemática do ter que só opera a soma
e a multiplicação, a parte mais frágil da sociedade, em tão maior número, vem a
cada dia sendo subtraída e se subtraindo, exercendo e executando, à força de
sangue e dor, a divisão do que há muito se fez indivisível.
A batalha está perdida. O Socialismo que um dia sonhou
socializar o mundo, dis-socializou-se. Saiu de cena antes de se apresentar e
por isso, não foi entendido. Em sua primeira versão, antes de se aperfeiçoar,
foi tolhido em suas ideias e tragado pelo trator negro e valorado materialmente
do extemporâneo capitalismo que não considera e nem respeita nem tempo e lugar,
muito menos vida e gente.
A batalha se perdeu e as sociedades perecem vítimas do
seu próprio desamor para com o seu igual e vencidas pelo maligno e insensível
existir do ouro e do poder, e, por consequência, pela inteligência humana que
se faz insana quando o assunto é ter e acumular e... sempre ter mais.
A razão está devidamente comprometida e perdida e a
emoção responde pela sandice e imundície que somos.
Sandice e imundície que somos enquanto sociedade criada à
imagem e semelhança de Deus.
E que ele, DEUS, nos perdoe, se houver perdão.
Roberval Paulo
domingo, 27 de janeiro de 2013
ÀS VEZES É PRECISO FALAR DE AMOR - Roberval Paulo
Houve
uma era em que mais se sentia o amor. E nesse tempo, um homem que viveu além de tudo e de todas as
coisas possíveis e impossíveis, dizia: Amai-vos uns aos outros como eu vos amo.
E disse mais: Amai ao próximo como a ti mesmo. Mas, plantar o amor é difícil;
colher, muito mais difícil se faz. Ele foi perseguido, acusado, julgado e
condenado e, foi morto. Seu pecado? – Falar e viver o amor.
A
vida se fez diferente a partir daí. Com o seu amor infinito, libertou e salvou
todas as gerações passadas, contemporâneas e futuras pelo seu sacrifício e
sofrimento aos pés do calvário, sob o peso do lenho da cruz e pelo seu sangue,
que alimenta todos os nossos dias. O mundo se dividiu entre antes e depois dele.
A vida triunfou e venceu a morte e a fonte de água viva jorrou no seio da
humanidade.
Hoje,
depois de tanto tempo e situando-me dentro da realidade atual, pergunto a mim,
sem poder livrar-me de uma estranha sensação de descontentamento e impotência:
Nada valeu a pena? Será que tudo foi em vão? Recorro ao poeta, que em um tempo
mais recente, dizia: Tudo vale a pena se a alma não é pequena. E assim, busco
alcançar um entendimento que possa, pela força desse mesmo amor que é dele e
que habita em mim, salvar-me e libertar-me das garras sangrentas do egoísmo e da ambição que, pela inconteste
e maléfica influência do desejo negro do ter, instalou-se em nós e nos impede
de abrir as portas para as virtudes do ser. O mundo já não canta o amor e a
história continua a se fazer com sangue. No ciclo vicioso do poder, a ambição
gera seus filhos, verdadeiros pais do egoísmo. A destruição é total e se
demorarmos a acordar desse sono e sonho malditos, o caminho é sem volta.
A
natureza, agonizando, pede socorro, sem ser ouvida. Os valores éticos e morais
foram-se, partiram para uma galáxia distante, expulsos pela nossa soberba e
cobiça e pelo nosso desprezo e desrespeito ao semelhante. Só se vê descaso
pelas questões sociais que afligem o planeta e aniquila milhões de semelhantes,
transformando-os em bichos à procura do nada, abatidos todos os dias pelo tiro
certeiro do inevitável, agindo fora do seu ciclo natural. A sociedade perece,
vítima do seu próprio desamor e leva consigo a inocência que um dia foi nossa e
que reinava nos recôncavos perdidos e esquecidos do limiar da existência. O
caos é total e parece não ter fim. Tornar-se-á eterno como eterno foi um dia, o
amor, que dorme, enfraquecido e desqualificado, no seio desumano dos humanos
que somos.
É
preciso acordar. O sinal de alerta já foi acionado e a luz das trevas só espera
o momento para reinar sozinha, negra e sem cor e desesperançada de viver. A vida, agora, ínfima e tênue, continua a
descendente escalada e, teimosa e obstinada que é, procura perenemente e
incessantemente pelo amor, para ressuscita-lo. Procura incansável mas necessária. Só este
encontro será capaz de alterar esta realidade; vida e amor andando juntos.
Assim,
penso e ainda me sinto existir e volto a crer, depois de tantas incertezas, que
a humanidade tem jeito. Mas, depende de todos nós. Vamos dar essa mãozinha.
Vamos, todos nós, juntos, ressuscitar o amor e semea-lo em nosso meio e seio. E
aí, cheios e repletos do amor, vamos trilhar juntos o caminho da paz, da
compreensão, da igualdade e da vida digna e justa a todos, indiscriminadamente.
Só o amor de tudo é capaz e é, esse amor, o dom maior. Está no ser e o ser é o
espírito e é tudo o que resta. O espírito que é amor; o amor que é espírito. É
isso mesmo. Sendo assim, estamos recomeçando no caminho certo.
É o
que sempre digo.
Às
vezes é preciso falar de amor.
Roberval
Paulo
Blog Roberval Paulo: A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA – RS – 27 DE JANEIRO NEG...
Blog Roberval Paulo: A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA – RS – 27 DE JANEIRO NEG...: São pouco mais, pouco menos, 240 mortes, que dilaceraram sonhos, projetos, metas e arrebentaram com relações, comunidades e famílias. S...
A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA – RS – 27 DE JANEIRO NEGRO - Roberval Paulo
São
pouco mais, pouco menos, 240 mortes, que dilaceraram sonhos, projetos, metas e
arrebentaram com relações, comunidades e famílias. São jovens, jovens e mais
jovens, no princípio dos seus sonhos adultos, com suas vidas ceifadas, sem
chegar ao final da missão planejada, trabalhada e suada pelos próprios e por
seus familiares.
Este
terrível acidente (incêndio) se deu na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do
Sul, situada a 300 kms da capital Porto Alegre. Uma cidade universitária, com
um corpo discente de mais ou menos 27 mil universitários, do estado do Rio
Grande do Sul e de vários outros estados do país.
Este
acidente ocorreu dentro de uma boate tradicional da cidade e muito frequentada,
principalmente por universitários, começando por volta das duas e meia da
madrugada, incêndio este provocado, provavelmente, pelas faíscas de um
sinalizador detonado no palco e que ao chocar com a espuma do teto, responsável
pelo isolamento acústico da boate, pegou fogo e se proliferou rapidamente.
A
boate cheia, lotada de jovens, que no tumulto e na ânsia de deixar o local, se
pisotearam, muitos se concentrando no banheiro, procurando saída, por não ser
clara e nem sinalizadas as saídas de emergência e ainda dificultadas, segundo
os relatos, pela ação de alguns seguranças que bloquearam a saída para que os
usuários não saíssem antes do pagamento do seu consumo.
Algo
terrível de se imaginar, sabendo que diante de uma situação emergencial como
essa, a primeira providência é exatamente a evasão do local, pois a maioria das
vítimas fatais morreram por asfixia produzida pelo gás tóxico da fumaça exalada
e inalada.
O
desfecho foi terrível, terrível demais e deixará marcas profundas na nossa
sociedade. O que dizer ou fazer? Fatalidade ou negligência??? Destino ou
descuido??? Tudo isso precisa ser definitivamente e minunciosamente apurado e
que se responsabilize à quem de direito, se responsabilidade houver.
Falando
do governo, um grande estadista deve estar, em qualquer situação e
circunstância, ao lado do seu povo. E nas situações de emergência, situações
que alteram os pilares básicos da sociedade, ainda mais.
A
Presidente Dilma Roussef deu essa demonstração de grande estadista. Humanista
que é, cancelou toda a sua agenda oficial, de reuniões importantes com a cúpula
política da América do Sul, onde estariam presentes Presidentes de vários
países, na cidade de Santiago, no Chile, para estar ao lado do seu povo, presente
no local do fatídico e terrível acontecimento, inclusive, disponibilizando toda
a estrutura e logística dos órgãos do Governo Federal, com seus Ministérios,
Forças Armadas e outros afins para agilizarem com eficiência e eficácia, o
socorro e atendimento emergencial às vítimas deste tão fatal e lamentável
episódio.
É
lógico que necessário se faz ainda, após a mobilização de toda a estrutura do
governo no socorro e atendimento urgente às vítimas e aos parentes e familiares
das vítimas, uma investigação acurada e circunstanciada para apurar as
responsabilidades, se estas houverem, para não se instalar mais uma vez no seio
da nossa sociedade, esse terror que responde pelo nome de “impunidade”.
E
que Deus...que o nosso Grandioso DEUS, Senhor de tudo e de todas as coisas
possíveis e impossíveis, com o seu amor infinito, possa confortar a todos os
parentes e familiares das vítimas e a todos os feridos e sobreviventes,
restabelecendo suas forças e os recuperando, dando-lhes força, coragem,
espírito de solidariedade e muito, mais muito amor para superarem este triste,
negro e tão lamentável acontecimento.
As
tuas bênçãos Pai e nos abençoe a todos. Amém!
Roberval
Paulo
Blog
Roberval Paulo
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
SANGUE - Roberval Paulo
O
sangue é que chama. Todos sentem a dor mas só o sangue é que verdadeiramente
sangra. É que verdadeiramente sente.
Nos
compadecermos com a dor do outro é muito simples e, por mais que nos
sensibilize, por mais que nos faça chorar, a dor é indolor, se é que assim se
pode caracterizar. Agora, se a dor é do sangue; se a dor é do parente, do pai,
da mãe, do filho (a),da irmã (o), é aí que verdadeiramente essa dor passa a ser nossa.
Nos
compadecemos com a dor alheia por uma questão de humanidade, mas a dor que
sentimos é da compaixão, do senso de humanidade que temos, do espírito de
solidariedade e da graça do amor ao próximo a nós doada por Cristo e que, por
ser espiritual, vive impregnada em nós, indiferente à nossa vontade ou
deliberação.
Mas
o sentimento verdadeiro e que nos faz sangrar só agride o nosso ser e o nosso
organismo quando é sentido no sangue, seja o próprio ou do consanguíneo.
Roberval Paulo
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
A TI SENHOR JESUS!
Senhor
Jesus, em tuas mãos
entrego tudo. Seja feito a tua vontade Senhor. Nos conceda a graça de continuar
a nossa luta, gozando de saúde e paz e a cada dia nos tornando pessoas melhores.
Só tu é o poder e a glória para sempre. Para ti o impossível é possível, o
difícil se faz fácil, o sonho se faz em realidade, e tu Senhor, jamais deixou ou
deixará desamparado um filho teu. Perdoa-nos as nossas culpas e falhas e
fortaleça sempre a nossa fé em ti Senhor. Obrigado por tudo Jesus e continuamos
querendo, pedindo, exigindo e sentindo a tua presença em nossas vidas. Amém
Jesus! É teu o poder, a honra e a glória para sempre. Confiantes em ti,
aguardamos e acreditamos na tua ação nas nossas vidas. Amém Jesus.
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Blog Roberval Paulo: DEUS, NOSSA FORTALEZA!
Blog Roberval Paulo: DEUS, NOSSA FORTALEZA!: Acreditar em Deus. Acreditar e se entregar a Deus. Se entregar por inteiro. Se colocar nas mãos de Deus e dizer: "Senhor, eis-me aqui;...
DEUS, NOSSA FORTALEZA!
Acreditar em Deus.
Acreditar e se entregar a Deus.
Se entregar por inteiro. Se colocar nas mãos de Deus e dizer: "Senhor, eis-me aqui; faça-se a tua vontade.
Me entrego Senhor. E não preciso nem dizer: Preciso de ti, Preciso muito de ti Senhor.
Olhe por nós. Vele por nós. Esteja sempre em nossas vidas. Opere em nós o teu amor, teu amor infinito, teu poder e glória, tua misericórdia, tua compaixão... e nos cubra com as tuas bençãos.
Senhor Jesus Cristo,
Tu que sofreu pela humanidade, entregou sua vida para a salvação do mundo.
Pelas tuas mãos ensanguentadas na cruz, pelo teu sangue derramado no calvário, pelo teu sofrimento e sacrifício...que tanto te doeu, que tanto o machucou....cuida de nós Senhor, cuida de nós Jesus, pois, nada somos sem Ti, sem ti nada somos Senhor e só o teu amor infinito pode nos salvar. Entrego-me a ti Senhor; Entregamos-nos a ti e confiantes no teu amor, no fortalecimento da nossa fé em ti, esperamos pelo milagre que só tu sabes Senhor. Amém Jesus...O nosso muito obrigado.
"Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal, Amém!"
Amém Senhor Jesus e obrigado por tudo.
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
Acreditar e se entregar a Deus.
Se entregar por inteiro. Se colocar nas mãos de Deus e dizer: "Senhor, eis-me aqui; faça-se a tua vontade.
Me entrego Senhor. E não preciso nem dizer: Preciso de ti, Preciso muito de ti Senhor.
Olhe por nós. Vele por nós. Esteja sempre em nossas vidas. Opere em nós o teu amor, teu amor infinito, teu poder e glória, tua misericórdia, tua compaixão... e nos cubra com as tuas bençãos.
Senhor Jesus Cristo,
Tu que sofreu pela humanidade, entregou sua vida para a salvação do mundo.
Pelas tuas mãos ensanguentadas na cruz, pelo teu sangue derramado no calvário, pelo teu sofrimento e sacrifício...que tanto te doeu, que tanto o machucou....cuida de nós Senhor, cuida de nós Jesus, pois, nada somos sem Ti, sem ti nada somos Senhor e só o teu amor infinito pode nos salvar. Entrego-me a ti Senhor; Entregamos-nos a ti e confiantes no teu amor, no fortalecimento da nossa fé em ti, esperamos pelo milagre que só tu sabes Senhor. Amém Jesus...O nosso muito obrigado.
"Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal, Amém!"
Amém Senhor Jesus e obrigado por tudo.
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
Blog Roberval Paulo: Senhor Jesus, em tuas mãos entrego tudo. Seja feit...
Blog Roberval Paulo: Senhor Jesus, em tuas mãos entrego tudo. Seja feit...: Senhor Jesus , em tuas mãos entrego tudo. Seja feito a tua vontade Senhor. Nos conceda a graça de continuar a nossa luta, gozando de saú...
Senhor Jesus, em tuas mãos entrego tudo. Seja feito a tua vontade Senhor. Nos conceda a graça de continuar a nossa luta, gozando de saúde e paz e a cada dia nos tornando pessoas melhores. Só tu é o poder e a glória para sempre. Para ti o impossível é possível, o difícil se faz fácil, o sonho se faz em realidade, e tu Senhor, jamais deixou ou deixará desamparado um filho teu. Perdoa-nos as nossas culpas e falhas e fortaleça sempre a nossa fé em ti Senhor. Obrigado por tudo Jesus e continuamos querendo, pedindo, exigindo e sentindo a tua presença em nossas vidas. Amém Jesus! É teu o poder, a honra e a glória para sempre. Confiantes em ti, aguardamos e acreditamos na tua ação nas nossas vidas. Amém Jesus.
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
Roberval Paulo / Gustavo Felipe Paulo Almeida
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
UMA MENSAGEM DE NATAL DIFERENTE - Roberval Paulo
QUE O NATAL SEJA SOMENTE NATAL - Roberval Paulo
O menino Jesus nasceu. Num estábulo, uma mangedoura, em meio aos animais. Em um ambiente rústico e pobre mas carregado da energia vital do existir e da essência viva da vida na natureza. Trouxe em si a simplicidade para o mundo e a humildade das almas generosas.
O menino Jesus nasceu. Não tinha mansões, nem castelos, nem riqueza, nem tão pouco ostentação. O berço foi arquitetado ali, na hora e, astuciosamente, feito com palhas, a matéria prima disponível no ambiente e que agasalhou bem alcochoadamente aquele minúsculo corpinho cheio de divindade e o aqueceu do seu próprio calor; o calor da vida em sua total plenitude.
O menino Jesus nasceu e não trouxe consigo poder nem ouro; nem palácios, nem reis. Não trouxe ambição ou egoísmo, muito menos soberba ou preconceito. Nem inveja, nem luxo; nem maldade e nem destruição.
O menino Jesus nasceu e trouxe sim, a construção de um mundo novo.
A boa nova foi anunciada e o verbo de Deus se fez carne, para habitar a terra e salvar a humanidade tão sem rumo, cumprindo-se assim as escrituras sagradas.
O menino Deus nasceu e trouxe à humanidade, o amor perdido, esquecido e sepultado na ambição e egoísmo dos homens. Trouxe simplicidade e humildade; trouxe generosidade e os ensinamentos para uma vida reta, justa, digna e repleta de amor de uns para com os outros.
O menino Jesus, nosso Deus e Salvador; nosso ser onipotente e divino tornou-se em carne; tornou-se homem para a salvação da humanidade, sua imagem e semelhança.
E, na sua pureza de homem santo, foi perseguido. Foi julgado, condenado e sacrificado, sentindo no corpo e na alma, a dor e o abandono daqueles que tanto amou e ama, feitos, por amor, à sua imagem e semelhança.
Jesus Cristo morreu pregado no lenho da cruz para a salvação do mundo.
Quanto sacrifício! O sacrifício da própria vida por aqueles que o negaram e renegaram e o abandonaram, lavando as mãos.
A vida venceu a morte, é o que nos é pregado. Será que realmente venceu?
Como a vida venceu se continuamos a morrer todos os dias. Não estou aqui falando da morte em seu sentido literal e natural.
Estou falando da morte que sofre a sociedade todo dia.
A morte pelo desprezo, pelo descaso, pelo abandono.
A morte pela exclusão, discriminação; a morte pelos preconceitos.
A morte pela ambição e egoísmo dos que querem sempre mais, não se importando com a vida dos seus iguais.
A morte pela acumulação de riquezas que confinam no curral da miséria sociedades inteiras que mais parecem bichos largados e caminhando sem destino, aguardando a hora não programada da triste partida.
A morte protagonizada pelos artistas-vilões mor dos sistemas e organizações políticas que rezam nas suas constituições o cuidado e o zelo com a população.
A morte pela falta de amor do homem para com o homem.
A morte pela falta de amor do homem para com o seu igual, unicamente.
O menino Jesus nasceu.
É Natal! É Natal. É Natal?
É Natal e eu não sei o que fazer nem o que dizer.
É natal e tudo continua igual como se o natal já fosse antes do nascimento.
Jesus Cristo nasceu e...que ele não volte senão o matariam de novo.
Que Jesus só habite em nossos corações. Em todos os corações da humanidade e das vidas todas.
E que o natal seja...........................................................Natal. Somente Natal...
Roberval Paulo
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
PROJETO NATUREZA VIVA NO JALAPÃO
Projeto Natureza Viva leva alunos
para o Jalapão
Conhecer os atrativos naturais do Parque Estadual
do Jalapão agora é um sonho realizado para os estudantes da Escola Municipal
São José, localizada na zona rural de Aliança do Tocantins.
Uma caravana com cerca de 30 pessoas composta pelos
alunos do 6º ao 9º ano, pais, professores e servidores da escola visitou região
do Jalapão nos últimos dias 04 e 05.
O fervedouro foi o primeiro atrativo a ser
conhecido pela equipe. “No começo fiquei com medo de entrar no fervedouro, mas
depois pulei na água e fiquei um bom tempo flutuando. É uma sensação maravilhosa,
gostei muito também das cachoeiras e das dunas”, disse o aluno Yure Lopes de
Brito.
A expedição fez
parte das atividades proporcionadas pelo projeto interdisciplinar Natureza Viva. “O objetivo do projeto é
de incentivar os alunos a analisar como é importante cuidar da natureza. Os nossos
alunos ficaram encantados diante de tanta beleza e saíram do Jalapão com uma
visão diferenciada em relação a preservação”, afirmou a professora Edite Lopes
de Sousa.
Dentre as atrações visitadas a equipe conheceu a
Cachoeira da Formiga, as Dunas, o Fervedouro e a comunidade quilombola Mumbuca.
“Este passeio veio reforçar nosso aprendizado de
que devemos recolher o lixo e preservar o meio ambiente. Eu moro numa região
rural, mas não conhecia cachoeiras e atrativos tão bonitos quanto os que vimos
no Jalapão”, mencionou a estudante Hingrid Rodrigues Martins Aguiar.
Com cerca de 150 mil hectares, o
Parque Estadual do Jalapão é o maior do estado. Criado em 2001 com o objetivo
de preservar a fauna, flora, nascentes, vegetação predominante de cerrado,
dunas e campo limpo com veredas.
Luciene Marques
por Roberval Paulo
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Blog Roberval Paulo: IDENTIDADE - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: IDENTIDADE - Roberval Paulo: Sou sozinho Sim, me sou sozinho neste mundo Pois não nasci atrelado e nem grudado a ninguém Saí sim, de minha Mãe, e ela, com tod...
IDENTIDADE - Roberval Paulo
Sou sozinho
Sim, me sou
sozinho neste mundo
Pois não
nasci atrelado e nem grudado a ninguém
Saí sim, de
minha Mãe, e ela, com toda honra e glória
Pela
eternidade da história
É a única
pessoa que me tem
Não sou
sozinho por gosto nem tão pouco por desgosto
Sou sozinho
por ser sozinho e é assim que me sinto bem
Mais sempre
preciso de um
E outra vez é
dum outro
E a outra vez
do outro e do um
E que,
simultaneamente, precisam de mim também
Mas neste
mundo de meu Deus o que mesmo me alegra
E me conforta
e me assossega
São os olhos
do meu alguém
Olhos de quem
nem conheço
E nem mesmo
sei se existe
Neste tempo
que é presente
Mais que é
amiga do vento
E vive em meu pensamento
Uma imagem
reluzente, transparente, incandescente
Rastro de estrela
cadente
No rosto do
firmamento
Não me
entrego a sorrisos
Não sou fácil
de entender
Não sei nem o
que querer, nem mesmo como querer
E se me
queres pretender
Chegue sem me
dar aviso
Chegue sim,
com um sorriso, um verdadeiro sorriso
Que eu deixo
o meu juízo
Pra teu juízo
querer
Mais se
queres mesmo saber quem sou positivamente
E pela
vontade instigante de um momento
Puder em teu
pensar repensar meu pensamento
E quiseres
não mais me conhecer tão sozinho
Seja em ti um
ser de amor e de carinho
Chegue até
mim olhos nos olhos, frente a frente
E me dê a sua
mão mansa e fraternalmente
E me diga com
verdade, muito prazer meu amigo
Que eu
seguirei na caminhada lado a lado contigo
E brando e serenamente lhe chamarei também amigo
E brando e serenamente lhe chamarei também amigo
E
transfigurando os sonhos nessa mais terna amizade
Redirecionando
a vida no caminhar da verdade
Lá vamos nós,
não mais a sós, sorrindo, a cultivar gentes.
Roberval Paulo
NO ESTRADAR DA INFÂNCIA - Roberval Paulo
Escrevi este
meu sonho antes da noite acordar
Um sonho
verde e vermelho mergulhado em sangue e tinta
Recordei a
minha casa numa solidão retinta
A mocidade chegando
pela porta do lembrar
E acordei
quase sem eu, sem já ser eu, que desalento
Assim,
misturando eu comigo, angustiado
Pus a mente
lá distante a buscar os meus lembrados
Tanto fui
longe que perdi meus pensamentos
Desalentado
naveguei no meu sonho acarvonado
Onde deixei
tanto riso e tanto sonho que nem sei
E nos dias já
passados eu com medo cavuquei
O medo de
perder o que nunca foi achado
Busquei o
velho baú da mente dos meus guardados
Afugentei a
poeira libertando a memória
E a caneta na
mão e a mão e os olhos na história
Comecei a
estradar a estrada do meu passado
No horizonte
à distância do olhar, tudo ofuscado
Um verde
desbotado se via lá no fim do mar
E era tanta
légua e água o meu sonho a matizar
Que os meus
olhos, meu caminho fez-se todo enluarado
Retornando ao
começo da origem originada
Onde a
saudosa saudade fez parar a consciência
Vi o terreiro
e os laranjais no quintal da inocência
A rede embalançando
uma paisagem aurorada
Disanuviando
a nuvem que encobria minha lembrança
Disseminando o
pensamento para além da serrania
Na nascente
da tristeza eu vi brotar a alegria
E no verde
ensangüentado descortinou a esperança
Rememorei
tanta vida que eu vivi e nem lembrava
De minha mãe,
seu riso terno e a máquina de costura
Noite adentro
a costurar. De meu pai a formosura
A postura e a
firmeza que minh’alma acalentava
E já outros
dormidos no meu sonho perpassava
Na estrada o
meu avô e o seu canto boiadeiro
O meu pai, a
minha mãe e eu menino no terreiro
Perseguindo
as borboletas, fazendo aquela algazarra
E os meus
irmãos na caminhada a caminho da ribeira
Saltitantes,
só meninos nas meninices da vida
Vagueando com
os vagalumes à luz da fonte garrida
Borboleteando
ao vento uma ciranda alvissareira
O rio da
minha infância que aguacento me abraçava
E me
espraiava em sua praia de areia algodoada
E me cantava
as cantigas com sua voz aveludada
Rumorejando e
levando meu ser que desabrochava
Era uma tarde
de chuva, o horizonte escurecia
E a enxurrada
na rua, cautelosa escorregava
E foi levando
o meu tudo e fiquei só com o meu nada
E no espelho
da memória desencantou a fantasia
Era ainda uma
tarde nebulosa e atormentada
E o meu sonho,
esfriado, noite adentro viajava
E a encontrar
o inevitável todo o meu ser caminhava
E aquela
ponte intransponível outra vez fechava a estrada
Ah! Se eu
tivesse asas. Se as tivesse, eu voava
E no assombroso
vazio do espaço eu reluzia
E todas as
minhas noites eu clareava com dias
Para acordar
o meu sonho em manhã ensolarada
Ficou desse
tempo a dor de não poder nele voltar
Revive a alma
a alegria cada recorte lembrado
As lágrimas
caem do sonho p’ro real imaginado
E a rede
embala o homem desse menino luar.
Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: ANJOS QUE CHORAM - Roberval Paulo
Blog Roberval Paulo: ANJOS QUE CHORAM - Roberval Paulo: A dor do estupro invadiu o seio de Platão E a maldade dos homens se espalhou pela humanidade sem nome. E matou sonhos, feriu co...
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