segunda-feira, 17 de junho de 2013

O UNIVERSO ALÉM DA MATÉRIA - Roberval Paulo

Pouco me avizinho ou me entendo 
com relação às evidências extemporâneas que acometem os seres humanos 
em suas místicas sintonias com o universo além da matéria. 
Mas, por inúmeras vezes, deparei-me comigo, desvestido de mim, 
livre do peso material que meu ser carregava, 
embrenhando em campo imaterial como só de espírito fosse eu batizado, 
aquele andar apressado, de pés sem tocar ao chão 
e distâncias longas vencidas por um simples e atemporal salto, 
no tempo a romper estradas que a terra não cobriu, 
estradas de luz e nuvem, de anjos e celestial 
que não sei eu onde estou mas de sensações distantes dessas sensações terrenas, sensações de amar e plena de claridade divina, 
novena em mim que se finda sem chegar ao seu final, 
pois foi só mesmo a viagem que muito me alegrou 
em saber que um outro lado existe e lá tem paz, 
tem gente bem diferente das gentes que vivem aqui, 
lá não se sente nem dor, só mesmo enlevo e prazer, 
lá ninguém se desespera, não se mata nem se morre, 
lá é como o vento norte na direção natural, 
que sopra, sopra e soprando areja e carrega a vida, 
um universo além da pobre matéria irreal.

Roberval Paulo

quarta-feira, 12 de junho de 2013

SONHO AZUL - Roberval Paulo

O céu era azul como é azul todo céu.
De vez em quando, branco, enfumaçado, plúmbeo
mas azul, porque céu tem cor de azul e não de chumbo.

Céu da boca é vermelho, rosa, pálido, esquálido,
lânguido céu da boca da onça
Mas aí, é outra coisa e outro céu
e não o céu que se funde com o mar.

E sob o céu azul brincávamos
no azul do nosso amor,
sobre as folhas e plumagens
verdes, amarelas, róseas, vermelhas,
expostas ao verde-vida da planície azulada.

A vida era escura, quase azul marinho
na casa onde morávamos.
Mas o amor,
o nosso amor era azul
azul resplandescente
de céu e de verde-mar
jorrando natureza viva,
viva no azul deste sol
viva o azul dos teus olhos
vida o azul da vida-viva
no azul do teu corpo e teu ser
que o mundo é azul e de azul
se fez o universo e nós.

De azul em azul, eu e você
No verde-azul deste mundo de amor
Sonho azul, mar azul, tudo azul
Céu e terra, azul nos azuis
Das borboletas azuis de voar azul

Vôo azul do nosso sentimento.

Roberval Paulo

INFINITO AMOR - Roberval Paulo


O infinito é tão grande
Que não tem fim
Como explicar o infinito?
Não se explica
Se é infinito, não tem dimensões
                   nem limites
                   nem referências
Impossível de ser medido.

Agora entendo
É por isso!
É por isso que não compreendo
               que não explico
Nem o infinito
Nem o meu amor
Também é infinito
E está dentro de mim.

Só não sei como pode
Estar em mim esse amor
É amor infinito
Infinito amor
E dentro de mim
Também sou infinito
Eu, o infinito, o amor

Infinitamente infinitos.

Roberval Paulo

O QUE É SOCORRO? - Roberval Paulo

Socorro! Gritou o garçom
Socorro! Gritou o freguês
Socorro! Gritou o proprietário
Socorro! Gritou todos os três

Socorro! Socorro! Socorro!
Três socorros pelo mesmo motivo
Três socorros num mesmo momento
Socorros iguais de gentes diferentes

E eu sem saber o porquê dos socorros
Mas eram socorros na mesma expressão
Socorro! Gritei. Agora eram quatro
E eu fui me embora sem entender Socorro.

Roberval Paulo

Função Pública: "OS ANIMAIS E SEUS RASTROS" - Reflexões!!!

Marcas da imundície (humana). E sendo nós, humanos, os únicos seres dotados de inteligência...fica tudo tão estranho né. Absurdamente estranho! 
(Roberval Paulo)
Nossa triste realidade!!!












Fonte imagem: Facebook

PRODUÇÃO - Roberval Paulo

Todo sol tem o seu lume
Toda flor o seu espinho
Todo dia a mesma noite
Todo amor tem seu carinho

Todo poder seu comando
Todo fogo a sua chama
Todo recuo seu avanço
Todo sonho a sua cama

Todo prazer sua dor
Todo homem a sua cruz
Toda moça o seu amado
Toda mãe o seu Jesus

Toda tristeza o seu pranto
Toda alegria o seu canto
Todo senhor seu orgulho
Toda senhora o seu manto

Toda noite o seu mistério
Todo céu a sua renda
Todo enfermo o seu remédio
Toda compra a sua venda

Toda ida a sua volta
Todo caminho o seu rumo
Toda subida a descida

A produção, seu insumo

Roberval Paulo

IMAGEM - O Menino no Espelho - Roberval Paulo

O menino no espelho
O que vê? A sua imagem
Pra ele, desconhecida
Faz de cá uma careta
O menino, se assustando
Neste gesto simultâneo
É ele mesmo, o autor
Sem saber, inconsciente
Criador do personagem
Que muito nele se espelha
Mas que não chega a ser ele
É sua imagem, no espelho
Ele agora dá risada
Passado o susto, o medo
Se acha até bonitinho
Não ele, o ser do espelho
Que lhe olha admirado
Leva o corpo pra esquerda
Outro gesto copiado
Êita! Risada gostosa
Um tapa, acerta o vidro
Mas que desapontamento
Sou em mim, só uma imagem
Um menino a contemplar
Outro menino que vejo
Mas não lhe posso tocar
Que bom fazer-lhe um carinho
O espelho não quer deixar
Uma cabeçada no vidro
Nossa, começo a sangrar
Ele também está sangrando
Bocas no mundo, buááá!
Ele por mim, eu por ele
Minha mãe vem consolar
Ele também tem uma mãe
Com a minha se parece
Olhe lá, já está sorrindo
Que malandro o safadinho
Vejam só, já está sumindo
Vai levando a minha mãe
Não, que a minha está aqui
Que bom que nós temos mães
Elas até se parecem
Ou melhor, são mesmo é iguais
Toda mãe é uma só
Toda mãe é a mesma mãe
Agora eu vou é dormir
Que colo bom é o de mãe
Amor-verdade é o de mãe
O espelho é que não tem mãe
Coitado, é tão sozinho
Mas tem aquele menino
O menino e a sua mãe
Que agora estão dormindo
Toda criança do mundo
No colo de minha mãe
No colo das nossas mães
Dormindo o sono dos anjos
No colo-berço do amor
Visto através do espelho

Que agora sorri, tão só.

Roberval Paulo

EVOLUÇÃO - Roberval Paulo

Poeta das palavras
Palavras que nada dizem
Palavras que tudo dizem
Palavras que nunca passam
Palavras, só palavras
Que dizem o quer dizer
Até o que se não quer dizer
E vão de encontro a outras palavras

Palavras que cantam o sol
E a lua e tantas coisas
Cantam o amor pela vida
E a saudade de tempos passados

Contam a história dos povos
E todas as línguas são só palavras
Idiomas e dialetos de sons
Leve evolução da humanidade
Caminho das palavras que não passam

Poesia-sonho para um mundo melhor.

Roberval Paulo

DIFÍCIL DE SER - Roberval Paulo

É sempre difícil viver
Difícil mais ainda é conviver
Sonhar, chorar, brigar, amar...
                                           é difícil de ser.
Mas, no fim, tudo se resume no nada
No nada de que nada mais posso mudar
No nada de que nada mais posso fazer
No nada de não mais poder voltar atrás
No nada onde já sou história
                                       e não posso retroceder.

Este é o tempo de fazer e a vida
                                       não anda para trás
Olhe sim, para trás, para os lados e para a frente
                Reestude o caminho
                Faça a correção de rumo
E de bússola e coração na mão

                Siga em PAZ!

Roberval Paulo

terça-feira, 11 de junho de 2013

UNIRG - AUMENTO DE MENSALIDADE E MANIFESTAÇÃO DE ALUNOS



MANIFESTAÇÃO

Ao som de arrocha, poucos universitários manisfestam-se contra aumento de mensalidade na Unirg

Philipe Ramos
“Infelizmente a gente fica triste com a participação dos acadêmicos. A instituição tem quase 4500 acadêmicos, mas aqui na manifestação temos menos de trezentas pessoas”, diz Douglas Barreto, presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unirg, resumindo o fraco apoio que teve a manifestação universitária, que aconteceu hoje (11).


A mobilização tinha como objetivo mostrar a insatisfação dos estudantes contra o aumento das mensalidades em 15%, anunciado pela presidência da Instituição na semana passada.


O protesto saiu com mais de meia hora de atraso da frente da Prefeitura. Quando o Cocktailonline chegou às cinco e meia, horário que estava marcado o evento, cerca de vinte estudantes estavam no local. Mas aos poucos foram aparecendo mais manifestantes, porém menos que o esperado pelo DCE.


O cocktailonline não obteve o número de acadêmicos que participaram do movimento, mas pelo menos na saída da frente da sede do executivo municipal, a percepção era que havia cerca de cem pessoas.


Os estudantes saíram guiados pela PM. Um trio elétrico tocando músicas do estilo “arrocha” levava o presidente do DCE que manifestava a indignação da entidade com o aumento. Os acadêmicos iam atrás com faixas de protesto, como, por exemplo, uma que estava escrita com a seguinte frase: “Sem diálogo e sem planos de investimentos, Sávio (com letra vermelha em destaque) aumenta as mensalidades”.


Depois de percorrerem a Avenida Goiás, por volta de 19h os manifestantes chegaram à Câmara. Na porta da Casa de Leis, eles trocaram o som do arrocha pelos batuques de um tambor. Até o fechamento desta matéria eles ainda estavam lá.


Reclamação


O presidente do DCE questionou a falta de transparência do presidente da Instituição, Sávio Barbalho, na decisão do aumento da mensalidade. “O presidente simplesmente baixa a portaria sem comunicar os acadêmicos. Por isso nós estamos reivindicando transparência e que a lei seja cumprida.”


Douglas informou que o DCE entrará com uma Ação Civil Pública pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins para que seja derrubado o aumento.


Reunião entre Sávio e vereadores


Hoje pela manhã Sávio esteve reunido com os vereadores. Segundo informações do site Atitude Tocantins, o presidente disse que a decisão do aumento foi discutida com os estudantes e com o Conselho Curador. Douglas afirmou que isso não é verdade. “Quero desmenti-lo. Participamos de três reuniões e não foi falado de percentual de aumento. Apenas ontem que ele veio falar com o Conselho Curador, depois de cinco dias da portaria publicada”.


“Ele não convocou nem o DCE nem o Conselho Curador”, frisou.

Fonte: Cocktail on Line

VISÃO - Roberval Paulo

Horizonte vermelho / fogo
Passeio de cisnes / lago azul
Céu de estrelas
Chão de estrelas
Caminhos que levam ao luar
Mar e lua
Sonhar, voar
Segredos no olhar distante
Gostar de gostar de ti
É ver-te no ar, passar
Nas asas do sonho
Eu, sonho
Cantar, sonhar
Tê-la em mim.

Roberval Paulo

SONHADOR - Roberval Paulo

Ele diria:
Da noite,
         Prefiro os sonhos
Da lua,
         O sonhar distante
Do dia,
         O sonho da hora, “real”
Da vida,
         O sonho que é flor.

E vivendo,
         Sonhou até a morte.
E sonhando,


         Morreu até o fim da vida.

Roberval Paulo

FILHO PREDILETO - (Erma Bombeck) - Uma lição sobre o coração de Mãe

FILHO PREDILETO
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido,
aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe.
E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto,
aquele a quem me dedico de corpo e alma...
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que estuda, até que aprenda.
O que está com frio, até que se agasalhe.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.

E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou...
...até que o reencontre...
(Erma Bombeck)

VIDA, LIVRO ABERTO, TERMINE DE LER - Roberval Paulo

Penso a vida
Tristeza não tem fim
Se ela acabar
Antes do fim

Se for completa vida
Quero-te sempre aqui
Eternamente vida
Morte, longe de ti

Por isso vida, peço-lhe
Não me deixe ao meio
Qual romance aberto

Termine-me de ler
E a esse embargado seio

Traga o céu, leve o deserto.

Roberval Paulo

MOMENTOS II - Roberval Paulo

Não direi, nem mesmo a mim, que sou eu, triste
Me direi sim, quanto mais triste, sou alegre
De mim, quando muito, uma lágrima, inconteste
Rolará da meiga face, despachando a dor que existe

É comum, quando na dor, confiar-se ao desespero
E nas crises da existência, é latente o juízo
Deixar de lado a razão no esboço de um sorriso
É confinar-se à morbidez do mais denso nevoeiro

Não nasci melancólico, é um estado de espírito
Uma profusão de impulsos desconexos me entristece
Às vezes penso que advém de uma saudade

E no silêncio do meu ser, minha alma se esvaece
Dai-me forças Senhor! Mostre a mim a realidade

Me orienta e me conduza ante a sua verdade.

Roberval Paulo

FUGA - Roberval Paulo

Vá meu pensamento
Viaje noite adentro e traga uma estrela que não seja o amanhã.
Trás a mim outro momento que não o sofrer.
E, meu pensamento, pense por mim
Mas volte, trazendo o que de mim se foi, ainda que para além do meu ser que desconheço.

Vá a semear minha dor pela distância que corta a linha do imaginário existir e, se flores encontrar, colha-as, mas não todas, que todos precisam.
Mas as colhidas, continue a interminável viagem e as plante em cada coração que visitares e peça a multiplicação, como o pão
Para que não falte aos sonhos cor, perfume, aroma e amor.

E meu pensamento, já estou com saudades de ti.
Volte logo, volte para mim.
E em meu desconhecido ser plante a tua viagem e os corações que conseguistes amar.
Que meus corações agora se entendam, todos eles.
E não lance mão de ti, oh! meu pensamento
Para atropelar e cair da noite com a manhã.

Quando muito, para sorrir contigo
E aprender que a vida é de pensar e amar
De coração dando-se as mãos
E de amor, qual beija-flor de flor em flor
Da cor que se pinta com a vida

Pelo caminho do qual se originou.

Roberval Paulo

ELA QUE NÃO CONHEÇO - Roberval Paulo

Ela veio de longe
E nem de amor me falou
Trouxe sim, muito amor                          
E acolheu-me em seus braços
Nada me perguntou
Me amou e se fez amada
Segurou em minha mão

E fomos pela vida afora.

Roberval Paulo

ENCANTOS - Roberval Paulo

Céu
de azul                           de anil
e borboleta de cor
de flor                                     de amor
de luz                   de dor.

Sol
de ouro                de fogo
Astro de luz
Mar
poesia                    e               beija-flor.

Fonte do viver
do ter                            do ser
de ver         e        de crer
Fantasias

Sonhos feitos de amor.

Roberval Paulo

quarta-feira, 5 de junho de 2013

LEMBRANÇAS - Roberval Paulo

Um sonho
Uma flor que eu vi nos teus cabelos
Um sorriso numa tarde ensolarada
Um violão, uma canção.

Um sorriso bem aberto e tão de perto
Um olhar manso e certeiro que invadiu a minh’alma
Minha mão visitou num roçar leve a tua face.

E na presença desse ser e seu sorriso tão Divino
Eu me espraiei, me esbaldei e me sorri igual menino

E me senti, assim, sorrindo, subindo ao infinito céu.

Roberval Paulo