Não
direi, nem mesmo a mim, que sou eu, triste
Me
direi sim, quanto mais triste, sou alegre
De
mim, quando muito, uma lágrima, inconteste
Rolará
da meiga face, despachando a dor que existe
É
comum, quando na dor, confiar-se ao desespero
E
nas crises da existência, é latente o juízo
Deixar
de lado a razão no esboço de um sorriso
É
confinar-se à morbidez do mais denso nevoeiro
Não
nasci melancólico, é um estado de espírito
Uma
profusão de impulsos desconexos me entristece
Às
vezes penso que advém de uma saudade
E
no silêncio do meu ser, minha alma se esvaece
Dai-me
forças Senhor! Mostre a mim a realidade
Me
orienta e me conduza ante a sua verdade.
Roberval Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Poste o seu comentário aqui