com relação às evidências extemporâneas que acometem os seres humanos
em suas místicas sintonias com o universo além da matéria.
Mas, por inúmeras vezes, deparei-me comigo, desvestido de mim,
livre do peso material que meu ser carregava,
embrenhando em campo imaterial como só de espírito fosse eu batizado,
aquele andar apressado, de pés sem tocar ao chão
e distâncias longas vencidas por um simples e atemporal salto,
no tempo a romper estradas que a terra não cobriu,
estradas de luz e nuvem, de anjos e celestial
que não sei eu onde estou mas de sensações distantes dessas sensações terrenas, sensações de amar e plena de claridade divina,
novena em mim que se finda sem chegar ao seu final,
pois foi só mesmo a viagem que muito me alegrou
em saber que um outro lado existe e lá tem paz,
tem gente bem diferente das gentes que vivem aqui,
lá não se sente nem dor, só mesmo enlevo e prazer,
lá ninguém se desespera, não se mata nem se morre,
lá é como o vento norte na direção natural,
que sopra, sopra e soprando areja e carrega a vida,
um universo além da pobre matéria irreal.
Roberval Paulo
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