terça-feira, 23 de julho de 2013

Morre o cantor e compositor DOMINGUINHOS - O mais autêntico herdeiro de Luiz Gonzaga

Morre o cantor e compositor Dominguinhos, aos 72 anos

  • Músico estava internado há seis meses em São Paulo
  • Fonte: O GLOBO

O artista posa com o acordeão em foto de agosto de 2012. Dominguinhos era considerado o herdeiro musical de Luiz Gonzaga Foto: Monica Imbuzeiro / Agencia O Globo
O artista posa com o acordeão em foto de agosto de 2012. Dominguinhos era considerado o herdeiro musical de Luiz Gonzaga Monica Imbuzeiro / Agencia O Globo
SÃO PAULO - Depois de seis anos de luta contra um câncer de pulmão, morreu nessa terça-feira, às 18h, no hospital Sírio e Libanês, em São Paulo, o sanfoneiro Dominguinhos, um dos maiores músicos do Brasil. Depois de passar um mês internado em Recife, ele foi transferido em 13 de janeiro para o hospital da capital paulista. Ao longo do tratamento, Dominguinhos, que tinha 72 anos, apresentou insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Ele faleceu de complicações infecciosas e cardíacas.
Tido como sucessor de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, Dominguinhos fez uma carrreira de brilho próprio, com sua sanfona capaz de transitar com virtuosismo e graça por vários estilos musicais, e um talento como compositor que ficou evidente graças a clássicos como “Eu só quero um xodó” (de 1973, regravada em diversas línguas), “De volta pro meu aconchego” e “Tenho sede” (sucesso na voz de Gilberto Gil). Dominguinhos fez parcerias com grandes nomes da MPB, como Gil (“Lamento sertanejo”, “Abri a porta”), Chico Buarque (“Tantas palavras”, “Isso aqui tá muito bom”, “Xote de navegação”) e Djavan (“Retrato de vida”), além de acompanhar muitos deles, como instrumentista: Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Rita Lee, entre outros.
José Domingos de Moraes nasceu em 1941, em Garanhuns, Pernambuco. O pai, mestre Chicão, tocava e afinava foles de oito baixos. Aos seis anos de idade, ele já tocava sanfona com dois de seus irmãos, sob a alcunha de Trio Três Pinguins, em feiras livres e portas de hotéis da cidade. Numa dessas, aos oito anos, acabou conhecendo Luiz Gonzaga. “Fomos até a pousada onde se hospedara e tocamos meu pai na sanfona, eu no pandeiro, meu irmão na zambumba. Ele gostou do que ouviu, escreveu num papel o endereço de sua casa em Nilópolis e disse para o procurarmos. Chegamos em julho de 1954, um mês antes do suicídio de Getúlio, e, mesmo tendo passado tanto tempo, Gonzagão nos recebeu e ajudou”, contou o músico, em entrevista. Foi o Rei do Baião, inclusive, que sugeriu a mudança do apelido de infância, Neném, para um nome mais artístico: Dominguinhos.
Aos 16 anos, o rapaz fez sua primeira gravação, tocando sanfona num disco do padrinho artístico, na música “Moça de feira”. No Rio de Janeiro, depois de se familiarizar com o samba e com o bolero, ele formou um grupo que se apresentava em dancings, boates e inferninhos nas zonas da malandragem, acompanhou artistas de rádio com o Regional de Canhoto. Voltou ao forró aos 21 anos, quando foi convidado a gravar um LP destinado ao público migrante nordestino. Em 1967, Dominguinhos seguiu com Gonzaga em uma excursão ao Nordeste, como sanfoneiro e motorista, e acabou fazendo parte do grupo da cantora pernambucana Anastácia, com quem acabaria se casando e com quem compôs várias músicas — entre elas, “Tenho sede” e “Eu só quero um xodó”.
Em 1972, quando caminhava com Anastácia pela Avenida São João, em São Paulo, o sanfoneiro foi interpelado por Guilherme Araújo, na época o empresário de, entre outros, Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso, que perguntou se ele podia dar uma passada no Teatro Tuca. “Guilherme me disse que estava montando um grupo para as apresentações que Gal e Gil iriam fazer na feira Midem, em Cannes (na França), e, para minha surpresa, eles queriam uma sanfona para completar um grupo”, contou, certa vez o músico, que aí fez a sua entrada no seleto clube dos músicos da MPB. “Nos anos 1950 e início dos 1960, o Rio tinha um caminhão de sanfoneiros, mas levamos um chega pra lá da bossa nova, muitos desistiram ou tiveram que mudar para o piano ou os teclados em geral”, observou ele.
Em 1980, Dominguinhos participou do II Festival Internacional de Jazz de São Paulo. Anos mais tarde, ele chegaria às paradas de sucesso com as músicas “De volta pro meu aconchego” (em parceria com Nando Cordel, gravada por Elba Ramalho), e “Isso aqui tá bom demais” (gravada por ele com o parceiro Chico Buarque), que foram incluídas na trilha da novela “Roque Santeiro”. Em 2002, receberia o Grammy Latino de melhor disco regional, com o álbum “Chegando de mansinho”. Seis anos depois, foi o grande homenageado do Prêmio TIM de Música, e, em 2010, do Prêmio Shell. No mesmo ano, foi lançado o DVD comemorativo dos seus 60 anos de carreira, “Iluminado Dominguinhos”, gravado ao vivo, com as participações de Elba Ramalho, Wagner Tiso, Gilberto Gil, Yamandu Costa, Waldonys e Gilson Peranzzetta.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

O PARTIR ANTES DO TEMPO - Roberval Paulo

Às vezes penso que o segredo de tudo está nos porquês?
Penso e repenso até o mundo ficar tenso
Inclinado, descaído, pendido, penso...
Penso, só penso!
Mas não me atrevo a dizer.

Porque se vem, porque se vai?
Porque que vem quem nada tem?
Por que um ser se detém antes mesmo de nascer?
O porquê de se ficar tão pouco tempo aqui
O porquê de se passar tanto tempo sem medida
Na subida desta vida sem este sol merecer.

Penso também que é porque não existe um por quê?
O porquê é só um ser mais enigma que razão
Não um ser, uma equação que se vai a resolver
Que ninguém conhece a fórmula,
Que não perece, renova, sem nunca ao seu fim chegar
Qual romeiro em romaria pelo caminho sagrado
Que segue desarvorado só com o instrumento da fé
Novena que só rezando faz um milagre danado
Sem nada ser explicado, sem porque, sem paramento
Mas que segue devorando
Homens, sonhos, pensamentos
Semeando contra o vento a planta do bem virá.

Porque se vai pela estrada sem ter chegado a sua hora?
Tanta dor deixa pra trás, tanto sofrer... Oh! Tormento!
Quanta saudade a encher o existir do meu peito
Angústia que quase mata que é um tanto doer!
Que não explica, se sofre,
Que nada entende, só sente
Que não quer este presente que a vida lhe fez herdar
Quer até recomeçar, mas não tem forças... é inclemente.
O sangue de um inocente que o inevitável levou
O cálice que derramou antes do seu transbordar
Como entender o porquê da vida interrompida
Sem um motivo aparente, sem a razão se mostrar.

Penso que é por quê... Não sei dizer o porque
Talvez nem tenha porque, talvez tenha.  O que fazer?
É o mistério da vida que segue pregando peças
Não deixa aresta nem brecha para um porque indagar
Só nos resta o consolar compassivo de meu Deus!
Oh! Deus de misericórdia! Deus de bondade infinita!
Já que sofri esse golpe que não pedi pra sofrer
Dê-me forças pra viver... pra vida continuar.

Cubra-me com o teu amor, com tuas bênçãos Senhor
Mostre-me o prosseguir, me guie com o seu olhar
Sou só dor, sou um ser andante que se perdeu no caminho
A força deste destino eu não queria viver
Mas se me deste é porque me conheces mais que eu
Vais saber como amparar seus filhos que estão perdidos
Senhor Deus, me dê motivos e me livre de morrer
Nos oriente a encontrar a razão de estar aqui
Eu não sei mais nem porque estou a sofrer assim
Porque os tirou de mim? Porque nos deixou tão só?
Meu Jesus! A tua benção, tua guia e proteção.
Ensine-me a não morrer, dê-me os porquês do ocorrido
Porque que me tens nascido pra suportar tanta dor?
Meu Senhor! Só o teu amor pode enfim me redimir
Ajude-me a persistir nesse caminho de morte
Dê-me um norte que preciso o teu amor encontrar
A vida continuar, novo porque existir
Meu Jesus! O teu perdão, que essa cruz que te chagou
Seja a mesma a me valer pra tua luz eu seguir.

Que eu possa um dia entender que assim é que tinha que ser
Que tudo valeu a pena e que nada foi em vão.


Amém Senhor! O teu perdão!

Roberval Paulo

sábado, 6 de julho de 2013

Novena das Mãos Ensanguentadas de JESUS! - A Novena Milagrosa!



Novena Milagrosa

mãos ensaguentadas de jesus

Novena das Mãos Ensanguentadas de Jesus
Oração final para todos os dias da novena
Suplicando o poder das Mãos Ensanguentadas de Jesus
Cura-me, Senhor Jesus.
"Jesus, coloca Tuas Mãos benditas ensangüentadas, chagadas e abertas sobre mim neste momento.
Sinto-me completamente sem forças para prosseguir carregando as minhas cruzes.
Preciso que a força e o poder de Tuas Mãos, que suportaram a mais profunda dor ao serem pregadas na Cruz reergam-me e curem-me agora.
Jesus, não peço somente por mim, mas também por todos aqueles que mais amo. Nós precisamos desesperadamente de cura física e espiritual através do toque consolador de Tuas Mãos ensangüentadas e infinitamente poderosas.
Eu reconheço, apesar de toda a minha limitação e da infinidade dos meus pecados, que és Deus, Onipotente e Misericordioso para agir e realizar o impossível.
Com fé e total confiança posso dizer: "Mãos ensangüentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz! Vêm tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!"
Concluir cada dia, rezando um Pai Nosso e um Glória, em agradecimento às graças, bênçãos e milagres que serão concedidos pelas Mãos ensangüentadas de Jesus através desta Novena.

Primeiro dia

Primeiro dia
Tranquilizai-vos, não tenhais medo, sou Eu!... E disse a Pedro: 'Vem'. Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.
Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começou a afundar. Gritou: 'Senhor, salva-me'.
No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a Mão, segurou-o e disse: 'Homem de pouca Fé, por que duvidaste?' ...O vento cessou.
Então, os que estavam na barca prostraram-se diante d'Ele e disseram: 'Tu és verdadeiramente o Filho de Deus'" Mt 14, 27b. 29-32.
Jesus, fortes ondas de desespero têm investido contra mim. Aumenta a minha fé, porque estou com medo de afundar neste mar de angústia e dor.
Como fizeste a Pedro, suplico que me estendas Tua Mão poderosa e, com Autoridade de Filho de Deus, ordenes ao mal que se afaste de mim agora e para sempre. Amém.
Repita muitas vezes, neste 1º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico que aumentes a minha Fé"

Segundo dia

Segundo dia
"Sabendo Jesus que o Pai tudo Lhe dera nas Mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, depôs as Suas vestes, e, pegando uma toalha, cingiu-Se com ela.
Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés de Seus discípulos e a enxugá-los... 'Sabeis o que vos fiz?' ...
Se Eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-Vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim façais também vós" Jo 13, 3-5.12c.14-15.
Jesus, Tu sabes que pouco me disponho a servir, mas muito desejo que me sirvam.
Não quero mais ser assim! Com Tuas Mãos humildes, arranca todo o orgulho que ainda me impede de "lavar os pés dos outros", especialmente daqueles mais próximos de mim. Amém.
Repita muitas vezes, neste 2º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico a humildade e o dom de servir"

Terceiro dia

Terceiro dia
"Os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.
Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: 'Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adutério.
Moisés mandou-nos na Lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes Tu a isso?' Jesus, porém, Se inclinou para frente e com a Mão escrevia na terra.
Como eles insistissem, ergueu-Se e disse: 'Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra'...
Eles foram se retirando um a um, até o último... Jesus ficou sozinho, com a mulher diante d'Ele... Perguntou-lhe: 'Ninguém te condenou?'.
Respondeu ela: 'Ninguém, Senhor'. Disse-lhe, então, Jesus: 'Nem Eu te condeno.
Vai e não tornes a pecar" Jo 8, 3-5.6b-9.10-11.
Jesus, como a pecadora deste Evangelho, preciso muitíssimo do Teu perdão.
Com Tuas Mãos benditas, toca agora e transforma meu coração - tão duro quanto as pedras das mãos dos fariseus - num coração de carne, que saiba perdoar porque foi perdoado por Ti. Amém.
Repita muitas vezes, neste 3º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico o Teu perdão e a graça de aprender a perdoar"

Quarto dia

Quarto dia
"Apresentaram-lhe, então, crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam.
Vendo-os, Jesus indignou-Se e disse-Lhes: 'Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais; porque o Reino de Deus é daqueles que se assemelham a eles.
Em verdade vos digo, todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará'.
Em seguida, Ele abraçou e abençoou as crianças, impondo-lhes Suas Mãos" Mc 10, 13-16.
Jesus, volta o Teu olhar para a minha infância, quando só havia pureza em mim. Dá-me de novo aquele coração puro.
Contigo, sei que isso é possível! Com Tuas Mãos puríssimas, purifica o meu interior e devolve-me a alegria de fazer deste pobre coração a Tua morada. Amém.
Repita muitas vezes, neste 4º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico que purifiques o meu coração"

Quinto dia

Quinto dia
"Ao sair de Jericó, uma grande multidão O seguiu. Dois cegos, sentados à beira do caminho, ouvindo dizer que Jesus passava, começaram a gritar:
'Senhor, Filho de Davi, tem piedade de nós!'. A multidão, porém, os repreendia, para que se calassem.
Mas, eles gritavam ainda mais forte: 'Senhor, Filho de Davi, tem piedade de nós!'.
Jesus parou, chamou-os e perguntou-lhes: 'Que queres que Eu vos faça?'.
'Senhor, que nossos olhos se abram!'. Jesus, cheio de compaixão, tocou-Lhes os olhos com as Mãos.
Instantaneamente recobraram a vista e puseram-se a segui-Lo" Mt 20, 29-34.
Coloco-me hoje também em Teu Caminho para suplicar: "Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!".
Senhor, volve para mim o Teu olhar e vê como o meu corpo, a minha mente e a minha alma necessitam urgentemente de cura.
Impõe sobre mim Tuas Mãos Milagrosas e realiza esta cura profunda e total que tanto espero para poder servi-Lo muito mais e melhor. Amém.
Repita muitas vezes, neste 5º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico minha cura profunda e total"

Sexto dia

Sexto dia
"Durante a refeição, Jesus tomou em Suas Mãos O Pão, abençoou-O, partiu-O e O deu aos Seus discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é o Meu Corpo'.
Tomou depois o cálice, rendeu graças e O deu, dizendo: 'Bebei d'Ele todos, porque isto é o Meu Sangue, o Sangue da Nova Aliança, derramado por todos, em remissão dos pecados..." Mt 26, 50b-52.
Jesus, meu coração transborda de gratidão porque, mesmo sabendo que eu jamais teria merecimento para receber tal graça, Tu Te fazes alimento no altar, oferecendo-Te a mim pelas mãos dos sacerdotes e ministros, extensão de Tuas Mãos generosas.
Dá-me a graça de sempre buscá-Lo com ardor, para que eu não desfaleça no meio da jornada rumo ao Teu encontro. Amém.
Repita muitas vezes, neste 6º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico que jamais me falte o Pão da Vida"

Sétimo dia

Sétimo dia
"Chegados ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda...
Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona. Escureceu-se o sol e o véu do Templo rasgou-se ao meio.
Jesus deu, então, um grande brado e disse: 'Pai, nas Tuas Mãos, entrego o Meu espírito'" Lc 23, 44-46.
Jesus, hoje entendi porque abraçaste com tanto amor a Tua Cruz.
É que através dela provavas Teu amor eterno por mim e conquistavas, ao preço de Teu Preciosíssimo Sangue, a minha salvação.
Com a ajuda de Tuas Mãos chagadas, a partir de agora, quero abraçar também com amor a minha cruz, pois entendi que só através dela poderei ser eternamente feliz Contigo. Amém.
Repita muitas vezes, neste 7º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico a graça de suportar minha cruz a cada dia"

Oitavo dia

Oitavo dia
"Junto à Cruz de Jesus estava de pé Sua Mãe... Quando Jesus a viu e junto dela o discípulo que amava, disse à Sua Mãe: 'Mulher, eis aí o teu filho'.
Depois disse ao discípulo: 'Eis aí a tua Mãe'. E desta hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" Jo 19, 25a.26-27.
Jesus, Tua Mãe, que foi a primeira a ver, segurar e beijar Tuas Mãozinhas em Belém, foi também a primeira a ver, segurar e beijar Tuas Mãos adoradas, atravessadas e ensangüentadas, quando Te depositaram, sem vida, em seu colo.
Aceitar Maria e chamá-la de minha Mãe é desejar que ela esteja comigo, conduzindo-me pela mão, agora e na hora da minha morte, como sempre esteve Contigo. Amém.
Repita muitas vezes, neste 8º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico a presença maternal de Maria junto a mim"

Nono dia

Nono dia
"Estando trancadas as portas, Jesus pôs-Se no meio deles e disse:
'A Paz esteja convosco!' Depois disse a Tomé: 'Introduz aqui o seu dedo, e vê as Minhas Mãos...
Respondeu-Lhe Tomé: 'Meu Senhor e meu Deus'" Jo 20, 26b-28.
Jesus, nas Tuas Mãos ressuscitadas e estendidas em minha direção, deposito a minha vida, e concedo a Ti, meu Senhor e meu Deus, plena liberdade de dispores de mim segundo a Tua Santa Vontade.
Dá-me, apenas, a graça da fidelidade total até o útlimo instante de minha vida e serei eternamente grato a Ti. Amém.
Repita muitas vezes, neste 9º dia, a seguinte jaculatória:
"Jesus, pelo poder do Teu Sangue Redentor, suplico a graça de ser fiel a Ti até o fim"

quinta-feira, 4 de julho de 2013

AMANHECER DE UM POETA - Roberval Paulo

Ainda não me disseram quem vinha pra me alegrar.
É que eu estava triste, uma tristeza tamanha
que eu quase que não sabia o que é ser um ser feliz.

Mesmo com a ilusão de que aqui se caminha,
de que aqui se aninha e encontra a felicidade,
mesmo sabendo a cidade ser uma nossa aliada,
andando em suas calçadas de luzes e sons perdidos,
de passos quase inauditos, de gritos roucos, de dor,
da noite em seu esplendor a acolher seus incautos,
da vida em passos largos, parando na encruzilhada,
na ponte que está cortada para não mais se emendar,
do ser que foi a voar por perder a caminhada,
da fonte doce e cansada correndo sem se abater,
do canto de um padecer mais solidão que tristeza,
mais prazer que aspereza na calda de um bentevi,
te vi ali, não aqui, resposta de um sabiá:
cantar bem eu sei, sou eu, que não me encontro é com a sorte,
só caminho é para o norte, um caminho conhecido,
não de mim, de um ser antigo que habitava outro mundo
e que disse – Extra! Esse mundo! – cheguei e aqui sou razão,
não me fale de emoção, isso já foi, é passado,
agora o tempo é fechado, não há lugar para a dor,
todo o horror que habitava o universo do ser,

hoje vai a entardecer o que amanhã for amor.

Roberval Paulo

POESIA PURA, PURA POESIA...

Poesia: Glosas de João Paraibano, Manoel Xudú e Wellington Vicente

Reações: 



Brilha o sol iluminando
Tudo quanto a terra cria.
Desponta o sol no nascente
O camponês vai pra roça,
A porca velha se coça
Nos tijolos do batente,
Corta mato com o dente,
Faz uma cama e dá cria,
Sem precisar cirurgia,
Nem parteira tocaiando,
Brilha o sol iluminando
Tudo quanto a terra cria.
                       ( João paraibano)

Quem nunca fez madrugada
Não sabe o segredo dela.
Depois de ter descambado
De meia-noite em diante
Um morcego é um gigante
Para quem anda assombrado
E vê-se um bêbado escorado
No mourão duma cancela
Botando baba amarela
Pela boca escancarada.
Quem nunca fez madrugada
Não sabe o segredo dela.
                      (Manoel Xudú)


 Isto é sertão ou não é?

A patativa golada
Numa fruta de facheiro
O cuidado do vaqueiro
Com a novilha amojada
Um bom samba de latada
Que hoje é arrasta-pé
Promessa pra São José
Nas mais diversas novenas
Imaginando estas cenas
Isto é sertão ou não é?


O gorjear dum canário
Na copa da aroeira
A fé duma rezadeira
Pelas contas do rosário
Um poeta solitário,
Uma viola, um café,
Fumaça na chaminé
Denunciando a morada
Onde é feita uma buchada
Isto é sertão ou não é?

Um sanfoneiro ensaiando
Debaixo da baraúna
Um disparo de reiúna
No pé da serra ecoando
A morena costurando
No alpendre do chalé
Um bebum pedindo um “mé”
Escorado no balcão
Pra quem conhece o sertão…
Isto é sertão ou não é?

Wellington Vicente

Motes e glosas "Pedro Fernando Malta"

JBF
Extraído do Blog Cantigas e Cantos

JOÃO PARAIBANO "Petição ao delegado"

Do Cantigas e Cantos: João Paraibano "Petição ao delegado"

Contam que o poeta João Paraibano se desentendeu com a sua esposa por motivo de ciúmes dela. Inclusive chegou a agredi-la. Por esse ato impensado o poeta foi preso e na cela improvisou a sua petição ao delegado com os seguintes versos:

Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.

Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Por que um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?

Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela,
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.

Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.

Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fama se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.

Fonte: Poeta Pajeuzeiro e Blog Pajeú da Gente

domingo, 30 de junho de 2013

BRASIL X ESPANHA - O jogo mais esperado

Brasil e Espanha se encaram após 14 anos: ousadia ou toque de bola?

Último jogo entre as duas equipes aconteceu em 1999 quando houve empate em 0x0, em Vigo



Miro Palma
É o país do futebol diante da melhor seleção do mundo na atualidade. Não existe justificativa maior para ficar ligado no jogo entre Brasil e Espanha, hoje, às 19h, no Maracanã, no Rio. Dá para afirmar sem erro: a final da Copa das Confederações é o clássico do momento.
Antes de tudo, o duelo de logo mais ficará marcado por um encontro de diferentes estilos. O Brasil, com um time ainda em formação pelo técnico Luiz Felipe Scolari, aposta na habilidade e, principalmente, no brilho individual de jogadores como Neymar, Fred, Paulinho e Oscar, por exemplo.
A Espanha, por sua vez, valoriza a posse de bola, com um conceito de jogo que ficou conhecido como “tiki-taka”. Foi assim que os comandados de Vicente del Bosque conquistaram duas Eurocopas, em 2008 e 2012, e a última Copa do Mundo, em 2010.
A simplicidade é o maior segredo do adversário. “A Espanha sofreu uma mudança de comportamento. Havia certo complexo de inferioridade em relação a outros países, mas isso desapareceu. Criamos um estilo que é seguido não só pela seleção principal, mas por todas as inferiores”, explica o treinador espanhol.
O estilo da Fúria é fruto do toque de bola já conhecido do Barcelona, afinal, seis jogadores titulares da seleção atuam no clube da Catalunha: Piqué, Jordi Alba, Busquets, Xavi e Iniesta. Todos crias de Josep Guardiola que, no Barça, papou títulos como o bicampeonato mundial, tri espanhol e bi da Liga dos Campeões.
E olha a ironia: o atual técnico do Bayern de Munique se inspirou no desenho tático das seleções brasileiras de antigamente. “O que tentamos fazer é passar a bola o mais rápido possível. De fato, isso é o que o Brasil fez em toda a sua vida, segundo contavam meus pais e avós”, disse Guardiola depois de massacrar o Santos de Neymar por 4x0, na final do Mundial de Clubes de 2011.
O Brasil de 1982, eliminado precocemente pela Itália na Copa do Mundo, também serviu de inspiração. Falcão, Zico, Sócrates, Cerezo e Júnior, entre outros, encantaram o mundo da bola com trocas de passe difíceis de marcar. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

CAPITALISMO E CORRUPÇÃO: Um mesmo caminho

Os grandes males da nossa economia: 

Primeiro,
 o próprio SISTEMA CAPITALISTA, que concentra a renda e capital nas mãos de uma minoria que, movidos pela ambição e egoísmo, querem sempre mais, em detrimento da grande maioria que é a massa; 

Segundo, a CORRUPÇÃO, este dragão sangrento que a tudo devora e que promove o enriquecimento ilícito e a detenção do poder nas mãos inescrupulosas de políticos inescrupulosos, produzindo assim toda essa desigualdade sócio-econômica que vivemos. 

A mudança desse cenário não é fácil mas só se dará pela MOBILIZAÇÃO GERAL E CADA VEZ MAIS ORGANIZADA DA SOCIEDADE, que sofre na pele esses malefícios.

Devemos continuar a luta e não desistir. 
Afinal, somos BRASILEIROS não somos?...e BRASILEIRO não desiste nuncaaaaaa...


Roberval Paulo

GOVERNOS: Buscando dignidade nessa montanha de indignação

Conhecer a realidade do nosso país não é obrigação de todos, mesmo que seja um dever. Agora, conhecer essa realidade e ignora-la é, no mínimo, lamentável. FHC promoveu aberturas interessantes na sua gestão, mas leiloou parte significativa da nossa economia a organismos estrangeiros, permitindo, por interesse de uma estrutura de manutenção do poder, uma sangria exagerada e desastrada nas finanças do país, com consequências de grande proporção na distribuição de renda no Brasil, distanciando ainda mais os privilegiados e a massa. 

Elitizou o governo, praticando uma política errônea e relegando o social a segundo plano, abastecendo com recursos públicos organizações já detentoras do capital, o que produziu, em efeito contrário, a exclusão do cenário econômico, de uma gama importante de pequenos empresários que precisavam de fomento, pois tinham já uma legislação a favor, porém os recursos não chegavam. 

Tivemos então, como consequência, o fechamento de muitas portas e o aumento da distância entre grandes e pequenos e ainda a produção de mais miséria nesta famigerada desigualdade social que ainda existe e é grande, porém, bastante resumida nos governos que se seguiram e que precisam fazer muito ainda, muito mais do que fizeram até agora, para, pelo menos, atingirmos níveis mais aceitáveis e mais justos nessa nossa busca por uma sociedade mais justa e mais humanizada, onde, no mínimo, a dignidade do ser seja respeitada.


Roberval Paulo

domingo, 23 de junho de 2013

SALMO 23 - Invocando sempre a proteção de DEUS!

"O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deita-me em verdes pastos e guia-me mansamente em águas tranqüilas. Refrigera a minha alma, guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo, a Tua vara e o Teu cajado me consolam. Prepara-me uma mesa perante os meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do SENHOR por longos dias."
Salmo 23

O FIM DO MUNDO – Roberval Paulo

O som ensurdecedor do trovão ressoou na imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletrizante e cintilante, escorreu deslizante na abóbada em mistério anunciada, se perdendo no negro azulado da distância. A atmosfera cerrou as portas e o céu abriu suas comportas, inundando impetuosamente a noite em torrentes de terror e desespero. Escuridão era o que havia. Escuridão de uma noite sem luz e sem lua. De estrelas ausentes, apagadas no imaginar do escuro e de sonhos preocupados na inocente perspectiva de ver ali o mundo acabar.

A profecia se cumpria sem preparo e sem cerimônia. O fim chegava desavisado e não mais havia tempo nem mesmo pra falar de amor. Gritos se ouviam em todas as direções. Gritos de desespero e de impotência frente ao fenomenal evento. Uma desordem geral ordenou no mesmo ambiente e espaço todos os seres, revelando uma harmonia inexistente nos tempos da normalidade. Homens e mulheres se juntavam a leões e outros mais bichos, sem se incomodarem. Crianças escalavam dragões e serpentes, na inocência incomum de ambos, sem perigo algum. O ondular das ondas feria o espaço vazio com sua lâmina líquida e aterrorizante, vencendo quaisquer obstáculos, seja de gente, bicho ou outra qualquer natureza, se arremessando ferozmente sobre tudo, devorando sonhos, pensamentos, vidas e histórias, sendo história viajante em viagem de céu. Volumoso corpo aguacento, vivo e adjacente, num surdo rumor de riso e raiva, subindo vertiginosamente pela estrada aberta e larga que só se estreita nos limites dos céus. A natureza fechou seus olhos e se entregou, caindo por terra que nem terra mais é, levantando desta todos os filhos da luz ou trevas, levados igualmente e impiedosamente ao destino da viagem última. Consumado está o que não mais se pode remediar. O que foi é o que é e o que é pode ser o que não será.


O surpreendente de tudo, de todo este imensionável evento é que, mesmo no fim, a vida não acabava. A vida, quando chega ao fim, ainda é, em si, um ser existente. Ela se renova, transfigura-se e habita galáxias desconhecidas da terra a tão largos anos luz distantes, pelo espaço de um instante. E galáxias e outras mais galáxias se encheram de vida. Da vida que a terra renegou por não mais suportar. Se encheram da vida que não mais podiam aqui continuar, mas, que não estavam prontas, aperfeiçoadas para ao destino final e último chegar. E assim, vão por aí, habitando galáxias e mais galáxias até atingirem o último estágio da existência. Morrendo e recomeçando, em nova vida inserida, desconhecida de todos a nova vida investida, mas que é o caminhar lento, cortante e necessário para o aperfeiçoamento total enquanto ser, enquanto ser existente vindos do amor maior, vindos do seio do seu criador, por amor, e que se desvirtuaram por pouco quererem entender do amor que os trouxe à existência e então, penalizados estão, sentenciados a habitarem, de vida em vida, o desconhecido, até se conhecerem e se entenderem enquanto seres de amor que são, e, assim, alcançarem, pelo dom do amor, pelo dom do saber amar, o reino prometido lá no seio daquele que um dia por aqui caminhou e plantou com todas as letras e com o adubo da verdade, a razão da sua vinda e sacrifício. Lá no seio daquele que, se dirigindo a todos, indistintamente e indiscriminadamente, disse em tom de sabedoria e de santificação, a verdade maior: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao pai senão por mim”.

Roberval Paulo

quarta-feira, 19 de junho de 2013

MATANDO LEÕES - Roberval Paulo

Por caminhos iguais
Por destinos iguais
Os iguais se encaminham
Em sutis diferenças
Nos vãos da ciência
Diferenças se aninham.

E um se diz Deus
Mil outros ateus
Naufragam na dor
Transgridem a razão
Transpiram emoção
No ódio e no amor.

E fere um igual
Se torna imortal
Na guerra do ter
Afogam paixões
Matando leões

Jogos do poder.

Roberval Paulo