Tô aqui, eu e a noite, minha silenciosa companheira, sorrindo comigo e me dizendo: Pode ir que eu te guio pelos caminhos ocultos e escuros para que os outros não vejam o teu pensar.
E eu sigo, tranquilo e confiante, noite afora, de bar em bar, de boca em boca, de beijo em beijo, vivendo o que me é propiciado pela minha terna e envolvente companheira: a noite.
E, no amanhecer de uma nova ordem, tudo se encerra e nos recolhemos extasiados e saciados mas, felizes, eu e ela, ao nosso leito manso e sereno e confortante para, juntos, recompormos as energias libertadas, fortalecendo-nos para a próxima jornada que se inicia ao anoitecer do próximo dia, onde os sonhos se fundem com a dura e cruel, mas, ao mesmo tempo, doce e meiga realidade...
Roberval Paulo
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