segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O ATIRADOR - Roberval Paulo


O atirador mira... mira... mira...
Aperta o gatilho
Acerta o alvo
O coração.

Fere
Depois sofre por ter desferido tiro tão certeiro
Tão mortal, fatal
Tão letal de morte viva.

Mas já foi no não segurar das emoções
A bala não volta e
A ferida está aberta
O que fazer?

Redimir-se consigo mesmo e como punição
Não mais olhar para o Sol, nem para o Céu
Nem para as Estrelas, até penitenciar-se por
                                                                  completo.

E jamais voltar a desferir tiro
Tão carregado
Tiro tão carregado
                            de noite e de dor.

Roberval Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poste o seu comentário aqui