O atirador mira... mira... mira...
Aperta o gatilho
Acerta o alvo
O coração.
Fere
Depois sofre por ter desferido tiro tão certeiro
Tão mortal, fatal
Tão letal de morte viva.
Mas já foi no não segurar das emoções
A bala não volta e
A ferida está aberta
O que fazer?
Redimir-se consigo mesmo e como punição
Não mais olhar para o Sol, nem para o Céu
Nem para as Estrelas, até penitenciar-se por
completo.
E jamais voltar a desferir tiro
Tão carregado
Tiro tão carregado
de noite e de dor.
Roberval Paulo
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