Queria
eu
Ter
como meu e possuir
A
visão fantasiosa
E
por demais corajosa
De
aspiração venturosa
Do
tão grande e problemático
E
cavaleiro emblemático
Dom
Quixote de La Mancha
A
luz desarmoniosa
Que
harmoniza o existir
Que
imagina o porvir
Como
um feixe de bondade
Transforma
a realidade
É
refém da idolatria
Faz
o sonho e a fantasia
Complementos
da verdade
E
dentro da insanidade
Triunfa
em sabedoria
Ir
por aí só por ir
Sem
saber por onde ir
Tendo
sua a missão
De
todo o bem semear
Defender
descamisados,
Salvar
donzelas e reinos
Enfrentar
a realidade
Brincando
de pelejar
Encarar
a vida e o sol
Pregando
peças e trotes
Carregando
a honradez
De
ilustres cavaleiros
De
um tempo antes do seu
Em
reinos que não viveu
Só
conhecidos dos livros
Mas
lhe são tão atrativos
Que
no seu idealismo
Vê-se
transformado em um
Senhor
de cavalaria
De
honra e fidalguia
Mais
um cavaleiro andante
Desfazendo
injustiças
E
por áreas fronteiriças
Recria
Cafarnaum
E
feito homem comum
Crer
que o bem vencerá
E
guarda tanta verdade
Com
tamanha hombridade
Que
mesmo na insanidade
Fez
um ser dentre os mais nobres
Em
ouro, prata e cobre
Dar-se
ao prazer de o armar
E queria
eu ainda
Nessa
minha caminhada
Não
ser a cruz da espada
Nem
palmatória do mundo
Mais
ser um ser desse mundo
Sem
ser igual e sem soma
Ser
soma multiplicada
Por
dez medidas de amor
Cem
corações em fervor
E
mais um mil em oração
Ter
cheio o meu caminhão
De
paz, justiça e de luz
Ter
o olhar de Jesus
Complacente
e compassivo
Partilhar dores e amores
Valores
e sofrimentos
Fazendo
mais leve o fardo
De
quem tem fé e tem crença
De
quem já perdeu a crença
E
se encontra perdido
É
a ovelha perdida
Quem
mais precisa de guia
E
o bom pastor se agonia
Se
uma está desgarrada
E em
seu abraço deflagra
Paz,
acalanto e alegria.
Roberval Paulo
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