Um blog que se propõe a lhe atender meu querido leitor. Acesse sem receio, leia tudo, cure seus medos, reflita e siga em paz. Que os seus caminhos encontrem a saída e que esta porta lhe transporte à essência do insinuante e insondável sentimento do ser... Roberval Paulo
terça-feira, 11 de junho de 2013
FILHO PREDILETO - (Erma Bombeck) - Uma lição sobre o coração de Mãe
FILHO PREDILETO
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido,
aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe.
E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto,
aquele a quem me dedico de corpo e alma...
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que estuda, até que aprenda.
O que está com frio, até que se agasalhe.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou...
...até que o reencontre...
(Erma Bombeck)
aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe.
E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto,
aquele a quem me dedico de corpo e alma...
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que estuda, até que aprenda.
O que está com frio, até que se agasalhe.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou...
...até que o reencontre...
(Erma Bombeck)
MOMENTOS II - Roberval Paulo
Não
direi, nem mesmo a mim, que sou eu, triste
Me
direi sim, quanto mais triste, sou alegre
De
mim, quando muito, uma lágrima, inconteste
Rolará
da meiga face, despachando a dor que existe
É
comum, quando na dor, confiar-se ao desespero
E
nas crises da existência, é latente o juízo
Deixar
de lado a razão no esboço de um sorriso
É
confinar-se à morbidez do mais denso nevoeiro
Não
nasci melancólico, é um estado de espírito
Uma
profusão de impulsos desconexos me entristece
Às
vezes penso que advém de uma saudade
E
no silêncio do meu ser, minha alma se esvaece
Dai-me
forças Senhor! Mostre a mim a realidade
Me
orienta e me conduza ante a sua verdade.
Roberval Paulo
FUGA - Roberval Paulo
Vá meu pensamento
Viaje
noite adentro e traga uma estrela que não seja o amanhã.
Trás
a mim outro momento que não o sofrer.
E,
meu pensamento, pense por mim
Mas
volte, trazendo o que de mim se foi, ainda que para além do meu ser que
desconheço.
Vá
a semear minha dor pela distância que corta a linha do imaginário existir e, se
flores encontrar, colha-as, mas não todas, que todos precisam.
Mas
as colhidas, continue a interminável viagem e as plante em cada coração que
visitares e peça a multiplicação, como o pão
Para
que não falte aos sonhos cor, perfume, aroma e amor.
E
meu pensamento, já estou com saudades de ti.
Volte
logo, volte para mim.
E
em meu desconhecido ser plante a tua viagem e os corações que conseguistes
amar.
Que
meus corações agora se entendam, todos eles.
E
não lance mão de ti, oh! meu pensamento
Para
atropelar e cair da noite com a manhã.
Quando muito, para sorrir contigo
E
aprender que a vida é de pensar e amar
De
coração dando-se as mãos
E
de amor, qual beija-flor de flor em flor
Da
cor que se pinta com a vida
Pelo
caminho do qual se originou.
Roberval Paulo
quarta-feira, 5 de junho de 2013
LEMBRANÇAS - Roberval Paulo
Um sonho
Uma flor que eu vi nos teus
cabelos
Um sorriso numa tarde
ensolarada
Um violão, uma canção.
Um sorriso bem aberto e tão
de perto
Um olhar manso e certeiro que
invadiu a minh’alma
Minha mão visitou num roçar
leve a tua face.
E na presença desse ser e seu
sorriso tão Divino
Eu me espraiei, me esbaldei e
me sorri igual menino
E me senti, assim, sorrindo,
subindo ao infinito céu.
Roberval Paulo
ATO PÚBLICO EM DEFESA DO SUS

Presidente Dilma: não acabe com o SUS #atoSUS
A Saúde dos brasileiros está doente!
O Governo Federal está direcionando investimentos com recursos públicos para a saúde privada, afetando uma estrutura pública de todos os cidadãos brasileiros. Além disso, os planos de saúde tem a obrigação de pagar ao SUS quando seus consumidores forem atendidos em hospitais públicos, mas isso não tem acontecido. Ano após ano o investimento na saúde pública diminui.
Há 12 anos o setor das operadoras de saúde é o mais reclamado do ranking do atendimento no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Aliás, os planos de saúde acabam fazendo com que muitos de seus pacientes particulares tenham que recorrer ao SUS, pois se recusam a atender e cobrir despesas maiores. A saúde pública é um direito dos cidadãos assegurado pela Constituição!
Em abril o Idec organizou um ato público e dele resultou um MANIFESTO, junto com outras entidades, em defesa do SUS e pela extinção de subsídios públicos para planos e seguros de saúde. Veja aqui.
Queremos entregar esse manifesto para a Presidente Dilma e precisamos do seu apoio! Assine e compartilhe essa campanha!
Saiba mais:
Esta é uma campanha de:
1. Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO
2. Associação de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento Cipó Cortado - Se. La Roque (MA)3. Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ASSETANS4. Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher – Gesto & Ação5. Associação Paulista de Saúde Pública - APSP6. Central Única dos Trabalhadores - CUT7. Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES8. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – Imperatriz (MA)9. Coletivo de Mulheres Ana Montenegro10. Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG11. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS12. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP13. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP14. Federação das Associações de Moradores e Movimentos Sociais do Espírito Santo - FAMOPES15. Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA16. Fórum Nacional de Pós-graduandos em Saúde – FNPGS17. Fórum ONGs / AIDS São Paulo18. Instituto Ágora-Estudos e Projetos em Qualidade de Vida19. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC20. Instituto de Arte, Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo do Amarante – IACEMF21. Rede de Mulheres pelo Controle Social das Políticas Públicas (BA)22. Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do RJ - SINFITO 23. Sindicato dos Médicos de Campinas e Região24. Sindicato dos Médicos de São Paulo – SIMESP25. Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal/RN – SINSENAT26. Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo – SINDISAÚDE-SP27. Sindicato Nacional dos Auditores do SUS – AUDSUS -28. Sociedade Brasileira de Bioética – SBB29. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade30. Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos – SOBRAVIME31. União Brasileira de Mulheres – UBM
2. Associação de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento Cipó Cortado - Se. La Roque (MA)3. Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ASSETANS4. Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher – Gesto & Ação5. Associação Paulista de Saúde Pública - APSP6. Central Única dos Trabalhadores - CUT7. Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES8. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – Imperatriz (MA)9. Coletivo de Mulheres Ana Montenegro10. Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG11. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS12. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP13. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP14. Federação das Associações de Moradores e Movimentos Sociais do Espírito Santo - FAMOPES15. Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA16. Fórum Nacional de Pós-graduandos em Saúde – FNPGS17. Fórum ONGs / AIDS São Paulo18. Instituto Ágora-Estudos e Projetos em Qualidade de Vida19. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC20. Instituto de Arte, Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo do Amarante – IACEMF21. Rede de Mulheres pelo Controle Social das Políticas Públicas (BA)22. Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do RJ - SINFITO 23. Sindicato dos Médicos de Campinas e Região24. Sindicato dos Médicos de São Paulo – SIMESP25. Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal/RN – SINSENAT26. Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo – SINDISAÚDE-SP27. Sindicato Nacional dos Auditores do SUS – AUDSUS -28. Sociedade Brasileira de Bioética – SBB29. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade30. Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos – SOBRAVIME31. União Brasileira de Mulheres – UBM
Para:
Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
Dilma Rousseff, Presidente da República
Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretário Nacional
Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
Dilma Rousseff, Presidente da República
Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretário Nacional
EM DEFESA DO SUS E PELA EXTINÇÃO DE SUBSÍDIOS PÚBLICOS PARA PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE
As entidades da sociedade civil, abaixo signatárias, reunidas em São Paulo, no dia 26 de abril de 2013, vêm a público afirmar que, após 25 anos, o SUS conquistado na Constituição Federal, ainda não se efetivou como um sistema público de saúde, com cobertura universal e atendimento integral de qualidade....
As entidades da sociedade civil, abaixo signatárias, reunidas em São Paulo, no dia 26 de abril de 2013, vêm a público afirmar que, após 25 anos, o SUS conquistado na Constituição Federal, ainda não se efetivou como um sistema público de saúde, com cobertura universal e atendimento integral de qualidade....
terça-feira, 4 de junho de 2013
MAIS UMA DO MISTÉRIO DA VIDA - Roberval Paulo
Ainda que o sol tudo queimasse,
as águas
secassem,
a mata perecesse
e a natureza se findasse
Esta última, a
natureza,
se levantaria das cinzas
e no vôo da Fênix
ganharia o espaço
livre e desconhecido
e existente eterno,
pois o existir está no ser
e o ser é o
espírito
e este não morre.
Eternizado também é o amor
Então, assim, é tudo o que
resta:
O espírito que é amor,
O amor que é espírito
Pois o amor não é passado
É sempre presente
e estamos conversados.
Roberval Paulo
ATITUDE - É preciso ter - Roberval Paulo
Eu gosto das boas atitudes
A atitude, por exemplo, de
procurar dar casa a quem não possui
A atitude de dar de beber
a quem tem sede
De alimentar a quem tem
fome.
A atitude de levar um
sorriso a quem não sabe sorrir
De levar um abraço a quem
já não mais abraça
A atitude de sonhar o sol,
mesmo que este não se dê aos sonhos.
Quero luz e que a luz da
vida esteja em todos
Que a vida seja farta e
que na linha de chegada
Possamos partir rumo ao
bom
Que o bom é viver.
Gosto de atitude, das boas
atitudes
E de perder
Que ganhar é muito fácil.
E que de boas atitudes
Seja o mundo repleto
Seja a vida completa
De sonhos, de amor e de
paz
De sol, de luar, de cantar
Na terra onde tudo é breve.
Roberval Paulo
NOVELOS DE AMAR - Roberval Paulo
Ainda
que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e a mim como se
fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão iguais somos até
diferentes somos mesmo diferentes e de caminhar e sorrir nos vemos seres antes
fosse dois ou mais ou todos e assim quero me perder em ti antes que em mim e
sentir o doce aroma da vida extraída subtraída do meu ser quando o assunto é
você e na vertente da nascente água da vida cingir de brisa e flor o frescor do
teu corpo e alma e coração qual vulcão se vestindo de calor se contorcendo de
dor não de dor mas de dor de prazer de querer se perder no valor do amor amor
meu e teu e nosso se amando se dando doando a paz sonhada tão pensada
idealizada e necessária às almas descentes carentes de tanto querer se achar se
encontrar e seguir na rota da vida subir na descida por tanto lutar e descer ao
seio de todo amor que amar é o princípio de tudo a razão deste mundo o porque
de estarmos aqui neste sol faça chuva frio ou calor viver é sentir respirar
sentir dor deleitar no perceber da glória construir a história vivendo
infortúnios às vezes na lama em outras na cama a cair me levando contemplo me
espanto me arranco em disparada tenho a alma asada de andar viajar conhecer se
entender entender as gentes manter latente a chama viva da vida em mim e em ti
em nós que ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e
a mim como se fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão
iguais somos até diferentes somente um somente nós e a vida por nós a passar
nos levando em novelos de enrolar desenrolar nossos sonhos que de tão amar
juntos somos muito a sós entre nós a caminhar.
Roberval Paulo
CAMINHO - Roberval Paulo
Nessa
estrada triste
Um
sonho triste
Um
homem triste
a caminhar...
Buscando
alegria
Sonhando
a poesia
DEUS
do céu um dia
vai lhe abraçar
De
tão alegre ele se viu triste
E sorriu quando devia
chorar.Roberval Paulo
domingo, 2 de junho de 2013
O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo
O som ensurdecedor do trovão ressoou na
imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletrizante e
cintilante, escorreu deslizante na abóbada em mistério anunciada, se perdendo
no negro azulado da distância. A atmosfera cerrou as portas e o céu abriu suas
comportas, inundando impetuosamente a noite em torrentes de terror e desespero.
Escuridão era o que havia. Escuridão de uma noite sem luz e sem lua. De estrelas
ausentes, apagadas no imaginar do escuro e de sonhos preocupados na inocente
perspectiva de ver ali o mundo acabar.
A profecia se cumpria sem preparo e sem
cerimônia. O fim chegava desavisado e não mais havia tempo nem mesmo pra falar de amor. Gritos se
ouviam em todas as direções. Gritos de desespero e de impotência frente ao
fenomenal evento. Uma desordem geral ordenou no mesmo ambiente e espaço todos
os seres, revelando uma harmonia inexistente nos tempos da normalidade. Homens
e mulheres se juntavam a leões e outros mais bichos, sem se incomodarem.
Crianças escalavam dragões e serpentes, na inocência incomum de ambos, sem
perigo algum. O ondular das ondas feria o espaço vazio com sua lâmina líquida e
aterrorizante, vencendo quaisquer obstáculos, seja de gente, bicho ou outra
qualquer natureza, se arremessando ferozmente sobre tudo, devorando sonhos,
pensamentos, vidas e histórias, sendo história viajante em viagem de céu.
Volumoso corpo aguacento, vivo e adjacente, num surdo rumor de riso e raiva,
subindo vertiginosamente pela estrada aberta e larga que só se estreita nos limites
dos céus. A natureza fechou seus olhos e se entregou, caindo por terra que nem
terra mais é, levantando desta todos os filhos da luz ou trevas, levados
igualmente e impiedosamente ao destino da viagem última. Consumado está o que
não mais se pode remediar. O que foi é o que é e o que é pode ser o que não
será.
O surpreendente de tudo, de todo este
imensionável evento é que, mesmo no fim, a vida não acabava. A vida, quando
chega ao fim, ainda é, em si, um ser existente. Ela se renova, transfigura-se e
habita galáxias desconhecidas da terra a tão largos anos luz distantes, pelo
espaço de um instante. E galáxias e outras mais galáxias se encheram de vida.
Da vida que a terra renegou por não mais suportar. Se encheram da vida que não
mais podiam aqui continuar, mas, que não estavam prontas, aperfeiçoadas para ao
destino final e último chegar. E assim, vão por aí, habitando galáxias e mais
galáxias até atingirem o último estágio da existência. Morrendo e recomeçando,
em nova vida inserida, desconhecida de todos a nova vida investida, mas que é o
caminhar lento, cortante e necessário para o aperfeiçoamento total enquanto
ser, enquanto ser existente vindos do amor maior, vindos do seio do seu
criador, por amor, e que se desvirtuaram por pouco quererem entender do amor
que os trouxe à existência.
E então, penalizados estão, sentenciados a
habitarem, de vida em vida, o desconhecido, até se conhecerem e se entenderem
enquanto seres de amor que são, e, assim, alcançarem, pelo dom do amor, pelo
dom do saber amar, o reino prometido lá no seio daquele que um dia por aqui
caminhou e plantou com todas as letras e com o adubo da verdade, a razão da sua
vinda e sacrifício. Lá no seio daquele que, se dirigindo a todos,
indistintamente e indiscriminadamente, disse em tom de sabedoria e de
santificação, a verdade maior: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém
vai ao pai senão por mim”.
Roberval Paulo
sexta-feira, 17 de maio de 2013
SER E EXISTIR - Roberval Paulo
É assim, não se explica.
Nascer, viver e ser somente e
nada mais.
Os dias chegam como se só
vidas trouxessem
e vão-se em noites de sonhos
por terminar.
A manhã rejuvenesce; a cada
manhã sou mais velho.
O vento virgem da manhã torna
mais velho quem por ele passa.
É que a manhã traz vida nova
ao mesmo tempo que envelhece vidas já dormidas.
Os destinos se confundem nas
tantas encruzilhadas e confluências do ser e do existir.
A vida, por si só, segue em
frente e não se individualiza.
Vive de si mesma e não
retrocede nunca.
Vive de si mesma,
descompromissada e livre e além das comprovações científicas, porque a vida
vive para todo o sempre – viva –
superior a tudo e a todos.
O resto é sobra, e nada, e
morte, e inexplicável.
Inexplicável também o é, a
vida, mas,
porque abraçá-la com
suspeitas e dúvidas,
se o que vale é viver?
É acaso o dia maior que a
noite?
Será a ciência a contraprova
da fé? Ou vice e versa?
Não é só pelo milagre da vida
que é permitido à ciência, existir?
Como por em dúvida a sua
própria existência?
A vida vem da vida e traz em
seu bojo, a morte.
Dualidade existencial e
essencial.
Nascer e morrer. É a lei.
Nascer, viver e morrer, eis a
lei e nos basta.
E tudo o mais é especulação.
Vida que segue sem explicação.
Para todo o sempre. Amém!
E
que a terra nos seja leve.
Roberval Paulo
DE UM TRISTE SÓ, MAIS NÃO SOZINHO - Roberval Paulo
Meu
canto é demente, carente, incessante
clemente por teu amor
sorridente das mazelas do
acaso
arvoredo sombrio
pássaro em desatino
canto em desalinho
de um triste só mais não sozinho.
E
a vida encontra o meu canto
no deserto de um ser multidão
de vozes e sons caminhantes
murmurantes
à beira do caminho
na incongruência incongruente
da pedra
sozinha, indo
ingênua confidente
de um triste só mais não sozinho.
Andante
dos teus sonhos
amante da tua cor
te perdi na tangência do
destino
te beijo na boca de quem
passa
confidencio-te norte em meu
caminho
rio do meu viver em
confluência
para além
muito além da inocência
linha reta, inconstante
constante vida
quase inexistente na
existência em teu caminho
de um triste só mais não sozinho.
Roberval Paulo
ANGUSTIANTE ESPERA - Roberval Paulo
À noite, navegando
Sou um rio sereno
Leito manso e calmo
Silencioso no silêncio das
tardias horas
Horas mortas da vida em sono
de espera.
Se
unir ao mar vai esse rio
Na lentidão angustiante dos
dias
Às vezes revolto, carregando
dores, bramindo
E por vezes, calmo
Soberbo e majestoso
Na alegria das flores e da
vida.
À
noite, o sonho amanhece
E o rio de minha alma
só águas levando
Para muito além do
engenho do medo
Para onde meus sonhos
Um dia chegarão.
Vai
meu ser e
Transporte este rio, que este
rio
Sou eu
Sem o meu existir
E leve-me em suas águas
Para eu encontrar-me
Na reflexão dormente do meu
travesseiro
Na noite do meu dia inteiro
No espaço vazio do meu ser
que te espera.
Roberval Paulo
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