quarta-feira, 5 de junho de 2013

ATO PÚBLICO EM DEFESA DO SUS

Presidente Dilma: não acabe com o SUS #atoSUS

Presidente Dilma: não acabe com o SUS #atoSUS

    1.  
    2. Abaixo-assinado por
  1.  
  2.  

A Saúde dos brasileiros está doente!
O Governo Federal está direcionando investimentos com recursos públicos para a saúde privada, afetando uma estrutura pública de todos os cidadãos brasileiros. Além disso, os planos de saúde tem a obrigação de pagar ao SUS quando seus consumidores forem atendidos em hospitais públicos, mas isso não tem acontecido. Ano após ano o investimento na saúde pública diminui.
Há 12 anos o setor das operadoras de saúde é o mais reclamado do ranking do atendimento no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Aliás, os planos de saúde acabam fazendo com que muitos de seus pacientes particulares tenham que recorrer ao SUS, pois se recusam a atender e cobrir despesas maiores. A saúde pública é um direito dos cidadãos assegurado pela Constituição!
Em abril o Idec organizou um ato público e dele resultou um MANIFESTO, junto com outras entidades, em defesa do SUS e pela extinção de subsídios públicos para planos e seguros de saúde. Veja aqui.
Queremos entregar esse manifesto para a Presidente Dilma e precisamos do seu apoio! Assine e compartilhe essa campanha!
Saiba mais:
Esta é uma campanha de: 
1.     Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO
2.     Associação de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento Cipó Cortado - Se. La Roque (MA)3.     Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ASSETANS4.     Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher – Gesto & Ação5.     Associação Paulista de Saúde Pública - APSP6.     Central Única dos Trabalhadores - CUT7.     Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES8.     Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – Imperatriz (MA)9.     Coletivo de Mulheres Ana Montenegro10.   Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG11.   Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS12.   Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP13.   Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP14.   Federação das Associações de Moradores e Movimentos Sociais do Espírito Santo - FAMOPES15.   Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA16.   Fórum Nacional de Pós-graduandos em Saúde – FNPGS17.   Fórum ONGs / AIDS São Paulo18.   Instituto Ágora-Estudos e Projetos em Qualidade de Vida19.   Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC20.   Instituto de Arte, Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo do Amarante – IACEMF21.   Rede de Mulheres pelo Controle Social das Políticas Públicas (BA)22.   Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do RJ - SINFITO 23.   Sindicato dos Médicos de Campinas e Região24.   Sindicato dos Médicos de São Paulo – SIMESP25.   Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal/RN – SINSENAT26.   Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo – SINDISAÚDE-SP27.   Sindicato Nacional dos Auditores do SUS – AUDSUS -28.   Sociedade Brasileira de Bioética – SBB29.   Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade30.   Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos – SOBRAVIME31.   União Brasileira de Mulheres – UBM

terça-feira, 4 de junho de 2013

MAIS UMA DO MISTÉRIO DA VIDA - Roberval Paulo

Ainda que o sol tudo queimasse, 
as águas secassem, 
a mata perecesse 
e a natureza se findasse 
Esta última, a natureza, 
se levantaria das cinzas  
e no vôo da Fênix 
ganharia o espaço 
livre e desconhecido 
e existente eterno, 
pois o existir está no ser 
e o ser é o espírito 
e este não morre.

Eternizado também é o amor 
Então, assim, é tudo o que resta: 
O espírito que é amor, 
O amor que é espírito 
Pois o amor não é passado
É sempre presente 
e estamos conversados.

Roberval Paulo

ATITUDE - É preciso ter - Roberval Paulo

Eu gosto das boas atitudes
A atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui
A atitude de dar de beber a quem tem sede
De alimentar a quem tem fome.

A atitude de levar um sorriso a quem não sabe sorrir
De levar um abraço a quem já não mais abraça
A atitude de sonhar o sol, mesmo que este não se dê aos sonhos.

Quero luz e que a luz da vida esteja em todos
Que a vida seja farta e que na linha de chegada
Possamos partir rumo ao bom
Que o bom é viver.

Gosto de atitude, das boas atitudes
E de perder
Que ganhar é muito fácil.

E que de boas atitudes
Seja o mundo repleto
Seja a vida completa
De sonhos, de amor e de paz
De sol, de luar, de cantar
Na terra onde tudo é breve.

Roberval Paulo


NOVELOS DE AMAR - Roberval Paulo

Ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e a mim como se fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão iguais somos até diferentes somos mesmo diferentes e de caminhar e sorrir nos vemos seres antes fosse dois ou mais ou todos e assim quero me perder em ti antes que em mim e sentir o doce aroma da vida extraída subtraída do meu ser quando o assunto é você e na vertente da nascente água da vida cingir de brisa e flor o frescor do teu corpo e alma e coração qual vulcão se vestindo de calor se contorcendo de dor não de dor mas de dor de prazer de querer se perder no valor do amor amor meu e teu e nosso se amando se dando doando a paz sonhada tão pensada idealizada e necessária às almas descentes carentes de tanto querer se achar se encontrar e seguir na rota da vida subir na descida por tanto lutar e descer ao seio de todo amor que amar é o princípio de tudo a razão deste mundo o porque de estarmos aqui neste sol faça chuva frio ou calor viver é sentir respirar sentir dor deleitar no perceber da glória construir a história vivendo infortúnios às vezes na lama em outras na cama a cair me levando contemplo me espanto me arranco em disparada tenho a alma asada de andar viajar conhecer se entender entender as gentes manter latente a chama viva da vida em mim e em ti em nós que ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e a mim como se fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão iguais somos até diferentes somente um somente nós e a vida por nós a passar nos levando em novelos de enrolar desenrolar nossos sonhos que de tão amar juntos somos muito a sós entre nós a caminhar.

Roberval Paulo

CAMINHO - Roberval Paulo

Nessa estrada triste
Um sonho triste
Um homem triste
                        a caminhar...

Buscando alegria
Sonhando a poesia
DEUS do céu um dia
                        vai lhe abraçar

De tão alegre ele se viu triste
E sorriu quando devia chorar.

Roberval Paulo

domingo, 2 de junho de 2013

O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo

O som ensurdecedor do trovão ressoou na imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletrizante e cintilante, escorreu deslizante na abóbada em mistério anunciada, se perdendo no negro azulado da distância. A atmosfera cerrou as portas e o céu abriu suas comportas, inundando impetuosamente a noite em torrentes de terror e desespero. Escuridão era o que havia. Escuridão de uma noite sem luz e sem lua. De estrelas ausentes, apagadas no imaginar do escuro e de sonhos preocupados na inocente perspectiva de ver ali o mundo acabar.

A profecia se cumpria sem preparo e sem cerimônia. O fim chegava desavisado e não mais havia  tempo nem mesmo pra falar de amor. Gritos se ouviam em todas as direções. Gritos de desespero e de impotência frente ao fenomenal evento. Uma desordem geral ordenou no mesmo ambiente e espaço todos os seres, revelando uma harmonia inexistente nos tempos da normalidade. Homens e mulheres se juntavam a leões e outros mais bichos, sem se incomodarem. Crianças escalavam dragões e serpentes, na inocência incomum de ambos, sem perigo algum. O ondular das ondas feria o espaço vazio com sua lâmina líquida e aterrorizante, vencendo quaisquer obstáculos, seja de gente, bicho ou outra qualquer natureza, se arremessando ferozmente sobre tudo, devorando sonhos, pensamentos, vidas e histórias, sendo história viajante em viagem de céu. Volumoso corpo aguacento, vivo e adjacente, num surdo rumor de riso e raiva, subindo vertiginosamente pela estrada aberta e larga que só se estreita nos limites dos céus. A natureza fechou seus olhos e se entregou, caindo por terra que nem terra mais é, levantando desta todos os filhos da luz ou trevas, levados igualmente e impiedosamente ao destino da viagem última. Consumado está o que não mais se pode remediar. O que foi é o que é e o que é pode ser o que não será.

O surpreendente de tudo, de todo este imensionável evento é que, mesmo no fim, a vida não acabava. A vida, quando chega ao fim, ainda é, em si, um ser existente. Ela se renova, transfigura-se e habita galáxias desconhecidas da terra a tão largos anos luz distantes, pelo espaço de um instante. E galáxias e outras mais galáxias se encheram de vida. Da vida que a terra renegou por não mais suportar. Se encheram da vida que não mais podiam aqui continuar, mas, que não estavam prontas, aperfeiçoadas para ao destino final e último chegar. E assim, vão por aí, habitando galáxias e mais galáxias até atingirem o último estágio da existência. Morrendo e recomeçando, em nova vida inserida, desconhecida de todos a nova vida investida, mas que é o caminhar lento, cortante e necessário para o aperfeiçoamento total enquanto ser, enquanto ser existente vindos do amor maior, vindos do seio do seu criador, por amor, e que se desvirtuaram por pouco quererem entender do amor que os trouxe à existência.

 E então, penalizados estão, sentenciados a habitarem, de vida em vida, o desconhecido, até se conhecerem e se entenderem enquanto seres de amor que são, e, assim, alcançarem, pelo dom do amor, pelo dom do saber amar, o reino prometido lá no seio daquele que um dia por aqui caminhou e plantou com todas as letras e com o adubo da verdade, a razão da sua vinda e sacrifício. Lá no seio daquele que, se dirigindo a todos, indistintamente e indiscriminadamente, disse em tom de sabedoria e de santificação, a verdade maior: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao pai senão por mim”.

Roberval Paulo

sexta-feira, 17 de maio de 2013

SER E EXISTIR - Roberval Paulo

É assim, não se explica.
Nascer, viver e ser somente e nada mais.
Os dias chegam como se só vidas trouxessem
e vão-se em noites de sonhos por terminar.
A manhã rejuvenesce; a cada manhã sou mais velho.
O vento virgem da manhã torna mais velho quem por ele passa.
É que a manhã traz vida nova ao mesmo tempo que envelhece vidas já dormidas.
Os destinos se confundem nas tantas encruzilhadas e confluências do ser e do existir.
A vida, por si só, segue em frente e não se individualiza.
Vive de si mesma e não retrocede nunca.
Vive de si mesma, descompromissada e livre e além das comprovações científicas, porque a vida vive para todo  o sempre – viva – superior a tudo e a todos.
O resto é sobra, e nada, e morte, e inexplicável.

Inexplicável também o é, a vida, mas,
porque abraçá-la com suspeitas e dúvidas,
se o que vale é viver?
É acaso o dia maior que a noite?
Será a ciência a contraprova da fé? Ou vice e versa?
Não é só pelo milagre da vida que é permitido à ciência, existir?
Como por em dúvida a sua própria existência?

A vida vem da vida e traz em seu bojo, a morte.
Dualidade existencial e essencial.
Nascer e morrer. É a lei.
Nascer, viver e morrer, eis a lei e nos basta.

E tudo o mais é especulação.
Vida que segue sem explicação.
Para todo o sempre. Amém!

E que a terra nos seja leve.

Roberval Paulo

DE UM TRISTE SÓ, MAIS NÃO SOZINHO - Roberval Paulo


Meu canto é demente, carente, incessante
clemente por teu amor
sorridente das mazelas do acaso
arvoredo sombrio
pássaro em desatino
canto em desalinho
         de um triste só mais não sozinho.

E a vida encontra o meu canto
no deserto de um ser multidão
de vozes e sons caminhantes
murmurantes
à beira do caminho
na incongruência incongruente da pedra
sozinha, indo
ingênua confidente
         de um triste só mais não sozinho.

Andante dos teus sonhos
amante da tua cor
te perdi na tangência do destino
te beijo na boca de quem passa
confidencio-te norte em meu caminho
rio do meu viver em confluência
para além
muito além da inocência
linha reta, inconstante
constante vida
quase inexistente na
existência em teu caminho
         de um triste só mais não sozinho.

Roberval Paulo

ANGUSTIANTE ESPERA - Roberval Paulo


À noite, navegando
Sou um rio sereno
Leito manso e calmo
Silencioso no silêncio das tardias horas
Horas mortas da vida em sono de espera.

Se unir ao mar vai esse rio
Na lentidão angustiante dos dias
Às vezes revolto, carregando dores, bramindo
E por vezes, calmo
Soberbo e majestoso
Na alegria das flores e da vida.

À noite, o sonho amanhece
E o rio de minha alma  
                   só águas levando
Para muito além do
                            engenho do medo
Para onde meus sonhos
Um dia chegarão.

Vai meu ser e
Transporte este rio, que este rio
Sou eu
Sem o meu existir
E leve-me em suas águas
Para eu encontrar-me
Na reflexão dormente do meu travesseiro
Na noite do meu dia inteiro
No espaço vazio do meu ser que te espera.

Roberval Paulo

quarta-feira, 15 de maio de 2013

TERRÁGUA - Roberval Paulo



A terra precisa
Precisa da água
Mais não sabe nada
Nada, nada de água
A não ser que seus rios
Correm sem parar
A caminho do mar
Correm pra valer
E o mar os acolhe
Sem saber porque
Mais acolhe a todos
Que água é vida
E a terra vive


A água precisa
Precisa da terra
Pra ser dividida
E não ser só água
Mais nada ela sabe
Nada sabe de terra
A não ser que seus montes
Planícies e planaltos
Se alimentam da água
E impulsiona a corrida
Dessa mesma água
Que parada é morte
E correndo é vida.

Roberval Paulo




SÓ - Roberval Paulo


Sim, eu sei, não sou
O que penso ser
Sou, antes de pensar
O que realmente sou

E assim
Sei e não sei quem sou
Existo antes de mim
Sou eu sem saber se vou

Mas fui, acredito
Que não por mim, mas por ele
Eu vou voltar, tenho dito
A ser antes de mim,
Eu só

Eu só, que penso
Que penso e não sei se sou
Pra onde vão os meus passos?
O que fazer com essa dor?


Não sei! Não sou!
Esse é o caminho que vou
Sem identidade, mas sigo
A te buscar meu Senhor!

Me ensine a ser eu só
E livre-me meu Senhor
De ser em mim, um ser só.
        

                 Roberval Paulo

ELEMENTO NEUTRO - Roberval Paulo


Tudo o que vês
Fostes criado por ti
Cheiras e provas
São tuas criações
Sinta e ouça
A tua inteligência
E tudo que é teu
Não pertence a ti

Ainda que caminhes
Um dia hás de parar
E mesmo inerte o corpo
O espírito é movimento
Criastes a vida
Desconheceis a morte
Na morte tudo se encerra
Nova vida que começa

Tu vives e és tudo
Tendes o sopro da vida
Este o abandonas
E tudo o mais é só matéria
Se desintegrando
Disforme e podre e resto
Se reintegra à terra
Te tornas elemento neutro.

Roberval Paulo

terça-feira, 14 de maio de 2013

GIRASSOL - Roberval Paulo




 Giras que segue em frente
Giras e vais mas voltas
Sol no jardim da casa
Sol que gira
Girassol

Girar e ser flor e sol
Colher o sol no jardim
A beijar-me um ser de luz
Que brilha em si
Girassol

Girassol que o sol não gira
Sol que gira girassol
Eu e o jardim
Sol em mim
Assim colhi
Girassol pra ti.

                  Roberval Paulo

INVOCAÇÃO! - Roberval Paulo


Lampejos de um clarão azulado
Invoco teu semblante amigo
Assombra-me teu querer antigo
De no tempo ser somente amor
Desencontro-me deste teu fervor
Faça-me habitar a tua tenda
Que ao soneto não se dê emenda
E à sinfonia, faça transparente
Faça valer o império da semente
Na plantação do teu sublime amor

Clarão num céu incandescente
Vejo luz e que seja a luz da vida
Me revisita a mais doce cantiga
O meu ser já se refaz em calor
Afogueado por tão sutil ardor
Calor de um sol que acende a alma
Calor que o espírito acalma
E o coração mais duro enternece
Dia nos meus dias que amanhece
Orvalhando resquícios d’minha dor

Clarão que responde pela vida
Me diz o quanto mais devo amar
Como é a vida do lado de lá
Onde a paz se completa em louvor
Os anjos que só falam de amor
Quando mesmo irão me abraçar
O caminho que tenho a estradar
Onde é que me vem a tua mão
Em verdade e vida além razão
Eis- me aqui, sou teu servo Senhor!

Roberval Paulo

segunda-feira, 13 de maio de 2013

TEMPO AO VENTO - Roberval Paulo


Nada melhor que o tempo
O tempo é senhor de tudo
Presente que veio a tempo
Mudando o tempo no mundo

Em tempo Deus fez o mundo
Com tempo pra descansar
E descansando no tempo
Fez todo o tempo passar

No tempo passa-se a história
Em tempo pra ser contada
Do nada vem-se ao tempo
Do tempo volta-se ao nada

Tudo se fez pelo tempo
Em tempo nada se fez
E em frente o tempo seguia
Fazendo em tempo a escassez

É tempo, é bom acordar
Plantar amor pelo tempo
E quando o tempo acabar
Partir do tempo com o vento.

Roberval Paulo