terça-feira, 14 de maio de 2013

INVOCAÇÃO! - Roberval Paulo


Lampejos de um clarão azulado
Invoco teu semblante amigo
Assombra-me teu querer antigo
De no tempo ser somente amor
Desencontro-me deste teu fervor
Faça-me habitar a tua tenda
Que ao soneto não se dê emenda
E à sinfonia, faça transparente
Faça valer o império da semente
Na plantação do teu sublime amor

Clarão num céu incandescente
Vejo luz e que seja a luz da vida
Me revisita a mais doce cantiga
O meu ser já se refaz em calor
Afogueado por tão sutil ardor
Calor de um sol que acende a alma
Calor que o espírito acalma
E o coração mais duro enternece
Dia nos meus dias que amanhece
Orvalhando resquícios d’minha dor

Clarão que responde pela vida
Me diz o quanto mais devo amar
Como é a vida do lado de lá
Onde a paz se completa em louvor
Os anjos que só falam de amor
Quando mesmo irão me abraçar
O caminho que tenho a estradar
Onde é que me vem a tua mão
Em verdade e vida além razão
Eis- me aqui, sou teu servo Senhor!

Roberval Paulo

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