Saí do sonho num tempo
em que o sol brilhava inquieto
e corria pelos montes
anunciando distante
na linha do horizonte
o dia de depois de amanhã.
E a vida fugia estrada adentro
no matagal dos teus olhos
visão cortante e cinzenta
saindo pela tangente
da encruzilhada perdida
no tesouro antigo e existente
no cruzeiro último e letal
da saída leste da vida
remoçada na queda das folhas
do outono vermelho e doce
murmurando em tom maior
a sua indolente cantiga.
Roberval Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Poste o seu comentário aqui