sexta-feira, 10 de maio de 2013

SABEDORIA - Roberval Paulo


                Ao meu Avô - (em memória)
As pessoas boas recordo meu avô
Uma lembrança perdida
Que não a alcança os olhos
É a memória que viaja
Pelo passado dos meus verdes dias
O presente tão sem cor
Que quase só de memórias sou feito
E o passado não roda moinho
Mas roda o tempo ao revés
Trazendo-me pelo tempo
A criança que um dia fui
E o meu avô, seu braço forte
Seu olhar severo, seu coração mole
Seu jeito de encantar
Ele era tão criança
E me disse no meu tempo de menino
Vai pela vida meu filho
Que esse mundo é todo seu
Plante o amor
                   e colherá a paz
Plante a certeza
                   e colherá a realização
Plante a vida
                   e colherá a vida eterna
E sede como a água meu filho
Corra sem parar
Corra mesmo sem ter onde chegar
Corra mesmo sem saber onde vai dar
O que importa se o fim da corrida é a terra... ou o mar?
O importante é semear
A essência da vida por onde passar

Que a vida lhe seja em excesso
E que o mar “mundo” esteja feliz
com a sua chegada.

Roberval Paulo 

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