quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS - A consolidação de um processo

"Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa ao silêncio da ditadura." - da presidente eleita Dilma Roussef, em trecho do seu discurso de vitória, ao reiterar sua opinião a respeito da liberdade de imprensa.

Aproveitei as eleições e o feriado da terça e me dei umas férias também. Dias bons de expectativa e de comemorãção. Volto hoje para ainda me reportar ao assunto ELEIÇÕES.

Passaram-se as eleições e como na máxima pós-carnaval - "depois da quarta-feira tudo volta ao normal" - tudo se normalizou. Para trás as tensões e apreensões da maior e ao mesmo tempo, a pior eleição dos últimos tempos dada a importância dispensada a temas menores em detrimento da discussão de temas cruciais para o crescimento e desenvolvimento do país e do nosso povo enquanto nação de cidadãos.

Os equívocos durante o període de campanha foram muitos e a população assistia a tudo estupefata, sem poder discernir o que era verdade e o que era mentira e navegava desorientada pelo labirinto do medo recheado de promessas, propostas, acusações e ataques de toda forma e espécie, inclusive, contra o patrimônio humano; contra a moral, a diginidade e a intimidade das pessoas, envolvidas ou não no processo.

O cinismo, a hipocrisia, o sarcasmo e a crueldade de muitos, mas, que não correspondem à maioria do povo brasileiro nem ao perfil e característica do nosso povo, feriram de morte os pilares fundamentais da democracia em prol de uma aristocracia falida que ainda tem pulsando forte o seu coração negro e malévolo que persegue o poder só pelo exercício do poder sem se importar com o que se diz de povo e de gente.

A derrota lhes doeu caro e, principalmente, porque veio por aqueles que por eles são excluídos e por tantos e tantos e tantos outros que por sua situação social e econômica podiam ser deles mas que, por terem enraigado em si o verdadeiro sentimento do que é ser justiça e solidariedade, se manisfestam e se manifestam com fervor e afinco e argumentos em favor da parte baixa da pirâmide; dos menos favorecidos de oportunidades e de sonhos em um magnânimo gesto e movimento de explêndida cidadania.

No fim das contas, com a apreensão que norteava as expectativas, com a vergonha que ascendeu ao orgulho, com a revolta que alimentava a crença no futuro, com a mentira que fez ressurgir a verdade, com o medo que desenhava lá no fim do túnel a luz da esperança, valeu os desejos e sonhos, os anseios e a vontade do povo soberano.

Mesmo ferida de morte para ressurgir das cinzas, qual Fênix, prevaleceu a democracia e esta se consolidou quando em seu discurso de vitória, a presidente eleita Dilma Roussef frisou: "Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa ao silêncio das ditaduras."

Que tudo, acertos e erros nos sirva de lição para reorientar e direcionar nossos caminhos rumo à paz social que tanto sonhamos e almejamos, com direitos e deveres iguais  para todos, indistintamente.

Que a imprensa livre continue livre mas que, livre e autônoma, possa refletir e reavaliar o seu verdadeiro papel e importância frente à sociedade, enquanto veículo livre de comunicação e informação.

Que as oligarquias e aristocracias ainda existentes neste país tão diverso possam olhar para dentro de si e se auto avaliarem quanto à sua participação nesta sociedade que hoje é de todos nós brasileiros e não de um pequeno grupo de privilegiados do poder.

Que nós os cento e noventa milhões de brasileiros, a nossa nação Brasil possamos nos orgulhar do grande exemplo de democracia  e soberania do qual fomos todos nós, protagonistas.

E, parafraseando o grande estadista Lula da Silva, - "como nunca antes na história deste país" - elegemos uma mulher presidente da Repúbica Federativa do Brasil.

As eleições ficaram para trás e com ela, os ataques e agressões nocivos à república e ao povo e que tanto nos envergonharam.

A presidente eleita Dilma Roussef é agora a presidente de todos nós - o povo brasileiro - e que ela possa dar continuidade às políticas sociais e de inclusão do governo LULA que tanto bem fizeram à população e ao respeito e dignidade com a pessoa humana, antes tão desumanizada.

Que a normalidade volte a reinar em nosso meio, livre da fúria e tensão dos dias passados, trazendo ainda em seu bojo a imparcialidade e o verdadeiro papel constitucional das instituições enquanto instrumento de gestão do povo, pelo povo e para o povo.

Que o sonho nos seja real e que a realidade nos leve a dias melhores.

Roberval Paulo

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