quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um Louco da Vida - Roberval Paulo

Sou assim, como sou. O mesmo ar em qualquer esquina. O mesmo sono em qualquer cama.
Poeta e compositor das horas vagas. Cantor dos momentos de bar.
Leve e solto como a folha desprendida da sua haste de sustentação, plainando no vazio atmosférico dos sonhos de outono.
Assim, Um louco da vida que de flores e canções tem a alma cheia.


Tem o pé na vida de uma sereia que mar a dentro se foi e se esqueceu da estrada de voltar
Tem sede de justiça neste mundo injustiçado e espera que o sonho que hoje ainda é só sonho mas que segue confiante pela força da esperança possa enfim não ser mais sonho e se faça realizar.


Acredita que o homem é mesmo o lobo do homem e que vive se matando e roubando e se acabando destruindo  e só ferindo, prostituindo a razão, o amor, a inteligência, se desfazendo da crença, crendo na crença moldada, forjada pra enganar e se vai a esquecer que um dia já foi tão puro e hoje já pensa no duro que é não ter mais amor mas se entrega ao desamor pelo fascínio do ter e se perde é só descida, buscando o fim da vida que é viver o prazer que passa, passa e se acaba na onda de sal gelada que enfim vai dar no mar que encerra todos os sonhos, em terra, desencantar.


Roberval Paulo

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