quarta-feira, 12 de junho de 2013

DIFÍCIL DE SER - Roberval Paulo

É sempre difícil viver
Difícil mais ainda é conviver
Sonhar, chorar, brigar, amar...
                                           é difícil de ser.
Mas, no fim, tudo se resume no nada
No nada de que nada mais posso mudar
No nada de que nada mais posso fazer
No nada de não mais poder voltar atrás
No nada onde já sou história
                                       e não posso retroceder.

Este é o tempo de fazer e a vida
                                       não anda para trás
Olhe sim, para trás, para os lados e para a frente
                Reestude o caminho
                Faça a correção de rumo
E de bússola e coração na mão

                Siga em PAZ!

Roberval Paulo

terça-feira, 11 de junho de 2013

UNIRG - AUMENTO DE MENSALIDADE E MANIFESTAÇÃO DE ALUNOS



MANIFESTAÇÃO

Ao som de arrocha, poucos universitários manisfestam-se contra aumento de mensalidade na Unirg

Philipe Ramos
“Infelizmente a gente fica triste com a participação dos acadêmicos. A instituição tem quase 4500 acadêmicos, mas aqui na manifestação temos menos de trezentas pessoas”, diz Douglas Barreto, presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unirg, resumindo o fraco apoio que teve a manifestação universitária, que aconteceu hoje (11).


A mobilização tinha como objetivo mostrar a insatisfação dos estudantes contra o aumento das mensalidades em 15%, anunciado pela presidência da Instituição na semana passada.


O protesto saiu com mais de meia hora de atraso da frente da Prefeitura. Quando o Cocktailonline chegou às cinco e meia, horário que estava marcado o evento, cerca de vinte estudantes estavam no local. Mas aos poucos foram aparecendo mais manifestantes, porém menos que o esperado pelo DCE.


O cocktailonline não obteve o número de acadêmicos que participaram do movimento, mas pelo menos na saída da frente da sede do executivo municipal, a percepção era que havia cerca de cem pessoas.


Os estudantes saíram guiados pela PM. Um trio elétrico tocando músicas do estilo “arrocha” levava o presidente do DCE que manifestava a indignação da entidade com o aumento. Os acadêmicos iam atrás com faixas de protesto, como, por exemplo, uma que estava escrita com a seguinte frase: “Sem diálogo e sem planos de investimentos, Sávio (com letra vermelha em destaque) aumenta as mensalidades”.


Depois de percorrerem a Avenida Goiás, por volta de 19h os manifestantes chegaram à Câmara. Na porta da Casa de Leis, eles trocaram o som do arrocha pelos batuques de um tambor. Até o fechamento desta matéria eles ainda estavam lá.


Reclamação


O presidente do DCE questionou a falta de transparência do presidente da Instituição, Sávio Barbalho, na decisão do aumento da mensalidade. “O presidente simplesmente baixa a portaria sem comunicar os acadêmicos. Por isso nós estamos reivindicando transparência e que a lei seja cumprida.”


Douglas informou que o DCE entrará com uma Ação Civil Pública pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins para que seja derrubado o aumento.


Reunião entre Sávio e vereadores


Hoje pela manhã Sávio esteve reunido com os vereadores. Segundo informações do site Atitude Tocantins, o presidente disse que a decisão do aumento foi discutida com os estudantes e com o Conselho Curador. Douglas afirmou que isso não é verdade. “Quero desmenti-lo. Participamos de três reuniões e não foi falado de percentual de aumento. Apenas ontem que ele veio falar com o Conselho Curador, depois de cinco dias da portaria publicada”.


“Ele não convocou nem o DCE nem o Conselho Curador”, frisou.

Fonte: Cocktail on Line

VISÃO - Roberval Paulo

Horizonte vermelho / fogo
Passeio de cisnes / lago azul
Céu de estrelas
Chão de estrelas
Caminhos que levam ao luar
Mar e lua
Sonhar, voar
Segredos no olhar distante
Gostar de gostar de ti
É ver-te no ar, passar
Nas asas do sonho
Eu, sonho
Cantar, sonhar
Tê-la em mim.

Roberval Paulo

SONHADOR - Roberval Paulo

Ele diria:
Da noite,
         Prefiro os sonhos
Da lua,
         O sonhar distante
Do dia,
         O sonho da hora, “real”
Da vida,
         O sonho que é flor.

E vivendo,
         Sonhou até a morte.
E sonhando,


         Morreu até o fim da vida.

Roberval Paulo

FILHO PREDILETO - (Erma Bombeck) - Uma lição sobre o coração de Mãe

FILHO PREDILETO
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido,
aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe.
E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto,
aquele a quem me dedico de corpo e alma...
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que estuda, até que aprenda.
O que está com frio, até que se agasalhe.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.

E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou...
...até que o reencontre...
(Erma Bombeck)

VIDA, LIVRO ABERTO, TERMINE DE LER - Roberval Paulo

Penso a vida
Tristeza não tem fim
Se ela acabar
Antes do fim

Se for completa vida
Quero-te sempre aqui
Eternamente vida
Morte, longe de ti

Por isso vida, peço-lhe
Não me deixe ao meio
Qual romance aberto

Termine-me de ler
E a esse embargado seio

Traga o céu, leve o deserto.

Roberval Paulo

MOMENTOS II - Roberval Paulo

Não direi, nem mesmo a mim, que sou eu, triste
Me direi sim, quanto mais triste, sou alegre
De mim, quando muito, uma lágrima, inconteste
Rolará da meiga face, despachando a dor que existe

É comum, quando na dor, confiar-se ao desespero
E nas crises da existência, é latente o juízo
Deixar de lado a razão no esboço de um sorriso
É confinar-se à morbidez do mais denso nevoeiro

Não nasci melancólico, é um estado de espírito
Uma profusão de impulsos desconexos me entristece
Às vezes penso que advém de uma saudade

E no silêncio do meu ser, minha alma se esvaece
Dai-me forças Senhor! Mostre a mim a realidade

Me orienta e me conduza ante a sua verdade.

Roberval Paulo

FUGA - Roberval Paulo

Vá meu pensamento
Viaje noite adentro e traga uma estrela que não seja o amanhã.
Trás a mim outro momento que não o sofrer.
E, meu pensamento, pense por mim
Mas volte, trazendo o que de mim se foi, ainda que para além do meu ser que desconheço.

Vá a semear minha dor pela distância que corta a linha do imaginário existir e, se flores encontrar, colha-as, mas não todas, que todos precisam.
Mas as colhidas, continue a interminável viagem e as plante em cada coração que visitares e peça a multiplicação, como o pão
Para que não falte aos sonhos cor, perfume, aroma e amor.

E meu pensamento, já estou com saudades de ti.
Volte logo, volte para mim.
E em meu desconhecido ser plante a tua viagem e os corações que conseguistes amar.
Que meus corações agora se entendam, todos eles.
E não lance mão de ti, oh! meu pensamento
Para atropelar e cair da noite com a manhã.

Quando muito, para sorrir contigo
E aprender que a vida é de pensar e amar
De coração dando-se as mãos
E de amor, qual beija-flor de flor em flor
Da cor que se pinta com a vida

Pelo caminho do qual se originou.

Roberval Paulo

ELA QUE NÃO CONHEÇO - Roberval Paulo

Ela veio de longe
E nem de amor me falou
Trouxe sim, muito amor                          
E acolheu-me em seus braços
Nada me perguntou
Me amou e se fez amada
Segurou em minha mão

E fomos pela vida afora.

Roberval Paulo

ENCANTOS - Roberval Paulo

Céu
de azul                           de anil
e borboleta de cor
de flor                                     de amor
de luz                   de dor.

Sol
de ouro                de fogo
Astro de luz
Mar
poesia                    e               beija-flor.

Fonte do viver
do ter                            do ser
de ver         e        de crer
Fantasias

Sonhos feitos de amor.

Roberval Paulo

quarta-feira, 5 de junho de 2013

LEMBRANÇAS - Roberval Paulo

Um sonho
Uma flor que eu vi nos teus cabelos
Um sorriso numa tarde ensolarada
Um violão, uma canção.

Um sorriso bem aberto e tão de perto
Um olhar manso e certeiro que invadiu a minh’alma
Minha mão visitou num roçar leve a tua face.

E na presença desse ser e seu sorriso tão Divino
Eu me espraiei, me esbaldei e me sorri igual menino

E me senti, assim, sorrindo, subindo ao infinito céu.

Roberval Paulo

ATO PÚBLICO EM DEFESA DO SUS

Presidente Dilma: não acabe com o SUS #atoSUS

Presidente Dilma: não acabe com o SUS #atoSUS

    1.  
    2. Abaixo-assinado por
  1.  
  2.  

A Saúde dos brasileiros está doente!
O Governo Federal está direcionando investimentos com recursos públicos para a saúde privada, afetando uma estrutura pública de todos os cidadãos brasileiros. Além disso, os planos de saúde tem a obrigação de pagar ao SUS quando seus consumidores forem atendidos em hospitais públicos, mas isso não tem acontecido. Ano após ano o investimento na saúde pública diminui.
Há 12 anos o setor das operadoras de saúde é o mais reclamado do ranking do atendimento no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Aliás, os planos de saúde acabam fazendo com que muitos de seus pacientes particulares tenham que recorrer ao SUS, pois se recusam a atender e cobrir despesas maiores. A saúde pública é um direito dos cidadãos assegurado pela Constituição!
Em abril o Idec organizou um ato público e dele resultou um MANIFESTO, junto com outras entidades, em defesa do SUS e pela extinção de subsídios públicos para planos e seguros de saúde. Veja aqui.
Queremos entregar esse manifesto para a Presidente Dilma e precisamos do seu apoio! Assine e compartilhe essa campanha!
Saiba mais:
Esta é uma campanha de: 
1.     Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO
2.     Associação de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento Cipó Cortado - Se. La Roque (MA)3.     Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ASSETANS4.     Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher – Gesto & Ação5.     Associação Paulista de Saúde Pública - APSP6.     Central Única dos Trabalhadores - CUT7.     Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES8.     Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – Imperatriz (MA)9.     Coletivo de Mulheres Ana Montenegro10.   Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG11.   Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS12.   Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP13.   Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP14.   Federação das Associações de Moradores e Movimentos Sociais do Espírito Santo - FAMOPES15.   Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA16.   Fórum Nacional de Pós-graduandos em Saúde – FNPGS17.   Fórum ONGs / AIDS São Paulo18.   Instituto Ágora-Estudos e Projetos em Qualidade de Vida19.   Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC20.   Instituto de Arte, Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo do Amarante – IACEMF21.   Rede de Mulheres pelo Controle Social das Políticas Públicas (BA)22.   Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do RJ - SINFITO 23.   Sindicato dos Médicos de Campinas e Região24.   Sindicato dos Médicos de São Paulo – SIMESP25.   Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal/RN – SINSENAT26.   Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo – SINDISAÚDE-SP27.   Sindicato Nacional dos Auditores do SUS – AUDSUS -28.   Sociedade Brasileira de Bioética – SBB29.   Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade30.   Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos – SOBRAVIME31.   União Brasileira de Mulheres – UBM

terça-feira, 4 de junho de 2013

MAIS UMA DO MISTÉRIO DA VIDA - Roberval Paulo

Ainda que o sol tudo queimasse, 
as águas secassem, 
a mata perecesse 
e a natureza se findasse 
Esta última, a natureza, 
se levantaria das cinzas  
e no vôo da Fênix 
ganharia o espaço 
livre e desconhecido 
e existente eterno, 
pois o existir está no ser 
e o ser é o espírito 
e este não morre.

Eternizado também é o amor 
Então, assim, é tudo o que resta: 
O espírito que é amor, 
O amor que é espírito 
Pois o amor não é passado
É sempre presente 
e estamos conversados.

Roberval Paulo

ATITUDE - É preciso ter - Roberval Paulo

Eu gosto das boas atitudes
A atitude, por exemplo, de procurar dar casa a quem não possui
A atitude de dar de beber a quem tem sede
De alimentar a quem tem fome.

A atitude de levar um sorriso a quem não sabe sorrir
De levar um abraço a quem já não mais abraça
A atitude de sonhar o sol, mesmo que este não se dê aos sonhos.

Quero luz e que a luz da vida esteja em todos
Que a vida seja farta e que na linha de chegada
Possamos partir rumo ao bom
Que o bom é viver.

Gosto de atitude, das boas atitudes
E de perder
Que ganhar é muito fácil.

E que de boas atitudes
Seja o mundo repleto
Seja a vida completa
De sonhos, de amor e de paz
De sol, de luar, de cantar
Na terra onde tudo é breve.

Roberval Paulo


NOVELOS DE AMAR - Roberval Paulo

Ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e a mim como se fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão iguais somos até diferentes somos mesmo diferentes e de caminhar e sorrir nos vemos seres antes fosse dois ou mais ou todos e assim quero me perder em ti antes que em mim e sentir o doce aroma da vida extraída subtraída do meu ser quando o assunto é você e na vertente da nascente água da vida cingir de brisa e flor o frescor do teu corpo e alma e coração qual vulcão se vestindo de calor se contorcendo de dor não de dor mas de dor de prazer de querer se perder no valor do amor amor meu e teu e nosso se amando se dando doando a paz sonhada tão pensada idealizada e necessária às almas descentes carentes de tanto querer se achar se encontrar e seguir na rota da vida subir na descida por tanto lutar e descer ao seio de todo amor que amar é o princípio de tudo a razão deste mundo o porque de estarmos aqui neste sol faça chuva frio ou calor viver é sentir respirar sentir dor deleitar no perceber da glória construir a história vivendo infortúnios às vezes na lama em outras na cama a cair me levando contemplo me espanto me arranco em disparada tenho a alma asada de andar viajar conhecer se entender entender as gentes manter latente a chama viva da vida em mim e em ti em nós que ainda que de sol e mar seja eu feito sou e sempre serei igual a ti e a mim como se fôssemos um só como se fôssemos todos em apenas um que de tão iguais somos até diferentes somente um somente nós e a vida por nós a passar nos levando em novelos de enrolar desenrolar nossos sonhos que de tão amar juntos somos muito a sós entre nós a caminhar.

Roberval Paulo

CAMINHO - Roberval Paulo

Nessa estrada triste
Um sonho triste
Um homem triste
                        a caminhar...

Buscando alegria
Sonhando a poesia
DEUS do céu um dia
                        vai lhe abraçar

De tão alegre ele se viu triste
E sorriu quando devia chorar.

Roberval Paulo

domingo, 2 de junho de 2013

O FIM DO MUNDO - Roberval Paulo

O som ensurdecedor do trovão ressoou na imensidão azul do céu plúmbeo de medo. E o relâmpago, em raio eletrizante e cintilante, escorreu deslizante na abóbada em mistério anunciada, se perdendo no negro azulado da distância. A atmosfera cerrou as portas e o céu abriu suas comportas, inundando impetuosamente a noite em torrentes de terror e desespero. Escuridão era o que havia. Escuridão de uma noite sem luz e sem lua. De estrelas ausentes, apagadas no imaginar do escuro e de sonhos preocupados na inocente perspectiva de ver ali o mundo acabar.

A profecia se cumpria sem preparo e sem cerimônia. O fim chegava desavisado e não mais havia  tempo nem mesmo pra falar de amor. Gritos se ouviam em todas as direções. Gritos de desespero e de impotência frente ao fenomenal evento. Uma desordem geral ordenou no mesmo ambiente e espaço todos os seres, revelando uma harmonia inexistente nos tempos da normalidade. Homens e mulheres se juntavam a leões e outros mais bichos, sem se incomodarem. Crianças escalavam dragões e serpentes, na inocência incomum de ambos, sem perigo algum. O ondular das ondas feria o espaço vazio com sua lâmina líquida e aterrorizante, vencendo quaisquer obstáculos, seja de gente, bicho ou outra qualquer natureza, se arremessando ferozmente sobre tudo, devorando sonhos, pensamentos, vidas e histórias, sendo história viajante em viagem de céu. Volumoso corpo aguacento, vivo e adjacente, num surdo rumor de riso e raiva, subindo vertiginosamente pela estrada aberta e larga que só se estreita nos limites dos céus. A natureza fechou seus olhos e se entregou, caindo por terra que nem terra mais é, levantando desta todos os filhos da luz ou trevas, levados igualmente e impiedosamente ao destino da viagem última. Consumado está o que não mais se pode remediar. O que foi é o que é e o que é pode ser o que não será.

O surpreendente de tudo, de todo este imensionável evento é que, mesmo no fim, a vida não acabava. A vida, quando chega ao fim, ainda é, em si, um ser existente. Ela se renova, transfigura-se e habita galáxias desconhecidas da terra a tão largos anos luz distantes, pelo espaço de um instante. E galáxias e outras mais galáxias se encheram de vida. Da vida que a terra renegou por não mais suportar. Se encheram da vida que não mais podiam aqui continuar, mas, que não estavam prontas, aperfeiçoadas para ao destino final e último chegar. E assim, vão por aí, habitando galáxias e mais galáxias até atingirem o último estágio da existência. Morrendo e recomeçando, em nova vida inserida, desconhecida de todos a nova vida investida, mas que é o caminhar lento, cortante e necessário para o aperfeiçoamento total enquanto ser, enquanto ser existente vindos do amor maior, vindos do seio do seu criador, por amor, e que se desvirtuaram por pouco quererem entender do amor que os trouxe à existência.

 E então, penalizados estão, sentenciados a habitarem, de vida em vida, o desconhecido, até se conhecerem e se entenderem enquanto seres de amor que são, e, assim, alcançarem, pelo dom do amor, pelo dom do saber amar, o reino prometido lá no seio daquele que um dia por aqui caminhou e plantou com todas as letras e com o adubo da verdade, a razão da sua vinda e sacrifício. Lá no seio daquele que, se dirigindo a todos, indistintamente e indiscriminadamente, disse em tom de sabedoria e de santificação, a verdade maior: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao pai senão por mim”.

Roberval Paulo