quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GLOBO E VEJA - Quanta semelhança?

Qual a semelhança existente entre a Rede Globo – mais precisamente o seu carro chefe, o Jornal Nacional – e a Revista Veja? Alguém saberia responder? Não é resposta fácil, dada às sutilezas e intenções ocultas e ainda, às “coincidências propositadas” em que estas ocorrem. A primeira e, menos importante e também, mais amena, é o fato de serem, os dois, Globo e Veja, veículos de comunicação importantes deste nosso tão mais importante País. Findam-se aí as semelhanças coincidentes e inocentes pois todas as outras são propositadas, premeditadas e, “machiavelmente”, arquitetadas, sem me reportar aqui ao grande Filósofo e político Niccolò Machiavelli, dito Machiavel e sim, à interpretação deturpada que fizeram da sua obra, sem considerar a época e a sociedade em que este viveu.

Entre essas terríveis semelhanças está a de que os dois veículos, Rede Globo e Revista Veja foram credenciados e contratados pelo oligopólio da mídia de comunicação direitista no Brasil como palanque externo do candidato José Serra, do PSDB, trabalhando paralelamente e em consonância com o programa do horário eleitoral do candidato tucano. É tudo muito bem sincronizado.

É impressionante como os assuntos e temas, logo que noticiados por estes veículos de comunicação, são, em seguida, tratados no programa eleitoral do PSDB, inclusive sendo apontadas as soluções.

É vergonhoso como veículos de comunicação de tamanha importância e que gozam de tão expressivo conceito; que deviam operar como o espelho da imparcialidade, se prestam, de forma discarada e sensacionalista, a favorecer abertamente, em seu noticiário diário, a candidatura de José Serra em detrimento da candidatura de Dilma Roussef, do PT, utilizando para esse intento de denúncias e mais denúncias, muitas irresponsáveis e infundadas e de acusações levianas, credenciando todas elas à Ministra Dilma Roussef e ao governo Lula.

Desde que a Globo influenciou no resultado das Eleições de 1989, disputadas entre Lula e Collor, ajudando a sacramentar a vitória de Collor, que nós não víamos uma participação tão efetiva, voraz e ferrenha dos meios de comunicação em prol de um candidato. Não dá mais pra diferenciar o que é noticiário político e o que é programa eleitoral, tal é o grau de favorecimento pregado por estes veículos à candidatura de José Serra.

Esquecem-se eles que não estão falando só em favor da candidatura tucana elitista e sim, contra o povo e contra um governo que se notabilizou por trazer para o cenário das grandes discussões o problema social e as classes menos favorecidas e que, longe de ser o governo ideal, tem apresentado e consolidado conquistas importantes com relação a uma melhor distribuição de renda, à popularização do acesso ao crédito e, consequentemente, um aumento considerável nos índices de inclusão social.

Assisto com olhos negativos e tristes essa tentativa de parte da mídia televisiva e escrita do nosso tão querido País, de favorecer a interesses implícitos e obscuros aos olhos da maioria, a despeito da preferência e do direito livre de escolha do povo, dentro do seu próprio critério de avaliação.

É razoável dizer que nós, povo, ainda somos massa de manobra, mas que, dada a própria democratização da informação e ao nosso novo e atual entendimento do que é democracia, estamos praticamente prontos para manobrarmos, nós mesmos, a nosso favor.

A favor do povo.
A favor da Nação antes que do País.
É só termos um pouquinho mais de posição firme e decidirmos o nosso caminho pelos nossos próprios critérios, matando em nós aquela máxima de que o povo é maria vai com as outras.
Então, que assim seja. Martelo batido e ponta virada.

Roberval Paulo

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