domingo, 3 de outubro de 2010

SIQUEIRA CAMPOS VOLTOU

E o sol volta novamente a brilhar no Tocantins. O girassol, com suas cores mágicas e sublimes, torna a florescer, para desta vez não mais murchar. As águas dos rios tocantinenses correm, caudalosas e magestosas, cristalinas e esperançosas, agora acreditando no futuro que ora se avizinha. No futuro que ora se afigura. Até o fogo que destruía, impiedosamente, o nosso cerrado e pastagens, parece ter dado uma trégua. O estado do Tocantins, qual Fênix, ressurge das cinzas e vai às ruas para saldar a volta do seu idealizador que, à custa de ardorosa luta perene e instigante, com lágrimas, revolta, articulações, convencimento dos poderosos, noites e dias não dormidos e até com greve de fome, o fez em realidade. O nosso Tocantins, soberano, altivo e tão amado, se espelha na esperança e determinação do seu povo que, mesmo em desvantagem e contra as cercas da opressão e do terror, não se furtou na hora de decidir. O Tocantins acordou hoje em azul e amarelo de céu e girassol, e em verde e branco de matas e rios, e de limpo e transparente, cores do nosso Brasil Tocantins. Siqueira Campos voltou. Voltou para comandar, mais uma vez, o Estado que idealizou e que amou desde o primeiro momento. Voltou para recomandar o Estado da Livre Inciativa e da Justiça Social, que andava, por força do poder somente pelo poder, injustiçando o seu povo. Voltou para fazer florir o girassol e associa-lo e harmoniza-lo com o sorriso do povo tocantinense, tão parecidos que são. O Palácio Araguaia abre as portas pra aquele que nem de lá devia ter saído. Volta Siqueira. As músicas de campanha te chamavam na voz do nosso povo. O povo nas ruas gritava em voz rouca e às vezes até um pouco abafadas pelo medo, mas gritavam do seu jeito simples e verdadeiro: volta Siqueira. A praça do Palácio Araguaia, com suas luzes e árvores, cantavam alegremente e, fazendo duetos com a voz do vento, clamavam inconsoladamente: volta Siqueira. E você não podia se furtar. Atendendo o clamor desse povo, você voltou. Voltou e voltou firme, com a garra que é inerente aos grandes estadistas, pois se não fosses firme e forte e ainda determinado, tinha caído antes de chegar ao fim da jornada, pois te atacaram de todas as formas. Eram tiros disparados de todos os lados, em todos os dias e em todo momento. Era munição que não acabava mais. A munição da mentira, da inveja, da leviandade e irresponsabilidade. Munição do ódio, do despeito, da enganação e da soberba. Munição até da tirania e crueldade. A última era a munição do não conseguir nada fazer e por isso atacavam aquele que tudo fez. Mas você, não, você não, é muito pouco. Permita-me mudar meu tratamento quando falo de você. Agora é Vossa Excelência. Mas Vossa Excelência caminhava a passos largos rumo a vitória e na sua sabedoria e alma de guerreiro, se defendia dos tiros e ataques. Nem no momento mais difícil, ao ver toda a sua família atacada e sacrificada por tão vis palavras, Vossa Excelência manteve a ombridade e, a custa de muita dor mas também de coragem, se reerguia depois de cada ataque sofrido e se reerguia ainda mais forte. Essa batalha foi vencida e foi no mínimo heróica, e nos legou uma nobre lição de vida. Vossa Excelência mostrou que é possível a vitória, mesmo estando em menor número, desde que a causa pela qual lute seja nobre. Mostrou-nos que é possível acreditar mesmo quando já duvidam todas as crenças. Mostrou-nos ainda que jamais devemos recuar e desistir diante das lutas que nos são apresentadas. Mostrou-nos ainda, grande Siqueira, que, se a causa é justa, lute até o fim, mesmo com a alma sangrando e o corpo em frangalhos. Essa foi uma luta histórica, difícil e quase impossível, mas a esperança sempre esteve à frente nessa caminhada. O Palácio Araguaia é seu de direito velho Siqueira. Não seu como propriedade para dele usar e abusar. Seu porque foi legitimado pela vontade do povo para trabalhar em prol desse mesmo povo, coisa que sabemos e confiamos. Por isso, a ti passamos procuração para falar em nosso nome. Não importa se a vitória veio dividida, com uma pequena vantagem. Essa é a vontade do povo, que fez vitoriosa a democracia. O seu governo é de todos os Tocantinenses. Não fossem as investidas terroristas dos nossos opositores, mais povo oprimido teria votado em ti. Conheço o seu jeito de fazer política. Às vezes, é até muito duro, mas nem sempre é possível estender e abrir a mão para tudo. Às vezes é preciso ter pulso forte. Às vezes é preciso decidir com imperiosidade. Mas meu nobre Governador, acredito em ti. Não tens que fazer tudo. Faças o que for possível e a história se encarregará do resto. Agora, o que não posso deixar de te pedir é que cuide do nosso povo. Cuide desse povo tão sofrido mas esperançoso e que agora, com vossa vitória, tem mais razões para sorrir. Faço uma prece a Deus, pedindo para que ele o ilumine, o Senhor e todos os que vierem a fazer parte da sua equipe para que essa administração seja modelo no nosso tão querido Estado do Tocantins. Que Deus abençoe a todos nós Tocantinenses e perdoe a todos que nos causaram dor. Que essa vitória seja só o início para um novo tempo e que a nossa vida agora, seja mais florida, de sol e girassol brilhando no seio do nosso Tocantins.

Roberval Paulo

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