quinta-feira, 24 de março de 2011

DOCE REGRESSO - A volta para o Tocantins


 
Nas águas do rio Tocantins
Solitário meu pranto deságua
E as águas carregam minha alma
E me levam pro mar a passear
No colo de Yemanjá
Eu galopo em sonho de menino
E retorno feito um passarinho
Que no Tocantins vem pousar

Meu canto invade essa mata, essa terra, essas serras
Um canto de amor em canção
E espalha (aflora) no seio do povo
o sonho e a esperança de um mundo novo
A voz desse chão
E o chão da estrada a poeira levanta, cachoeira
Inunda o meu coração
Um que de inocente a semente
que mina e germina na alma das gentes
Gentes povo do meu sertão

No sonho que trago em meu peito
Eu me pinto de um ser passarinho
Que um dia abandonou seu ninho
E se foi na estrada a viajar
E ferido nas terras de lá
Olhos tristes em face da morte
Alça um vôo de dor e de sorte
Torna à terra que o fez brotar

E volta contando as histórias das noites inglórias
Distante o seu belo torrão
A dor que partiu o seu peito agora é a esperança
de um sonho refeito
Explode em canção
Um canto contente, insolente
Um repente na mente
Cantiga de água e de chão
De água que brota das serras, dos olhos
das gentes valentes na guerra
Tocantins do meu coração

Roberval Paulo

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