segunda-feira, 21 de março de 2011

INTIMIDADE II



O meu som tem a cor da tua pele
A minha voz só se cala no teu beijo
Olhando para o céu são os teus olhos que eu vejo
A esfinge de um amor que se revele

No evangelho da palavra que se vele
Da moça se emoldurou a canção
E do canto fez se um rio em oração
O prenúncio de um enigma, e me fere

Não se entende, não entendo esse tormento
Um sentimento que não quer se revelar
Mais que vive e viaja no pensamento

No intuito de juntos um dia estar
Dois seres só esperando o momento
Alma e corpo na doce luta de amar.

Roberval Paulo

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