Se
o rio deixar de correr
Se
o trem parar de trilhar
Os
caminhos dos trilhos sem fim
Se
o mar deixar de subir e baixar
Se
a vida deixar de nascer
Se
a morte deixar de matar
Se
o homem deixar de sofrer
Se
na terra o amor se acabar
Nem
assim deixarei de te amar
Pode o tempo se esquecer do tempo
Pode
o rio suas águas secar
Pode
o trem se descarrilar
E
o amor ir por além fronteiras
Pode
o mar sumir terra adentro
Pode
a vida se desencantar
Pode
a morte pedir pra viver
Pode
o homem esquecer de sonhar
Pode
a terra cair do espaço
Mesmo
assim hei de sempre te amar
Se o silêncio um grito bradar
Se
o vazio se encher de repente
Se
o diabo plantar a semente
E
colher o fruto do pecado
Se
o sol ao nascer for quadrado
Se
o abismo sem fim for o mundo
Se
Francisco se chamar Raimundo
Se
o leite vermelho ficar
Se
a lua desdenhar da noite
Terei
forças pra ainda te amar.
Roberval Paulo
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