Nordeste, Brasil incerto
Cortinas negras, deserto
Portas fechadas pra o mundo
Sorriso e dor lado a lado
Do centro e sul, isolados
Soluço amargo e profundo
Esquecidos como o grito pela terra
Só lembrados quando em tempo de eleição
Peregrinam feito um canto de novena
A consciência num mísero taco de pão
Pela seca e pela fome os fizeram chorar
Mais não podiam atinar, o choro era a solução
E as lágrimas choradas se fizeram mar
Mar de água doce alimentando o sertão
Chuva forte, lágrimas minhas
Molha tudo que é pra eu ver
Meu sertão florido em flor
Todo o meu povo a colher.
Roberval Paulo
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